The Best Thing Thats Ever Been Mine escrita por manupotter


Capítulo 25
Parting is always sad, but the return always worth


Notas iniciais do capítulo

oooooooie flores do meu jardim :3 foi uma dificuldade aprontar esse capítulo, pois nos meus momentos de escrever eu estava ocupada com algo D: e também uma dorzinha de garganta infernal resolveu me pegar somada com a gripe, mas creio que já vai passar. rezem por mim hein! HAHAHAHA
queria muito agradecer todos os reviews que me botaram para cima e agora tenho absoluta certeza que as melhores leitoras do mundo são as minhas! não vou mais me deixar abalar por coisinhas tipo aquelas que ocorreram, sabem por que? Por causa de vocês e de todo o carinho e apoio que recebo!
está ai a recompensa por serem leitoras tão maravilhosas, um capítulo fresquinho. tenham uma boa leitura e espero que gostem do capítulo, eu me diverti muuuuito para escrevê-lo, sério! beijinhos :*



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Hermione POV


Todos pareciam ter corrido para casa ou se escondido em algum lugar, pois só eu e Rony é que brincávamos no meio da tempestade repentina. A água gelada escorria por mim enquanto eu corria desesperadamente sobre a grama, tentando ao máximo não escorregar nas poças que começaram a se formar. Mas estava ficando uma tarefa realmente árdua de se fazer, pois o chão agora parecia estar repleto de sabão.


Desviei algumas vezes dos braços de Ron usando a estratégia de jogá-lo em alguma poça, só que uma hora nós dois escorregamos e fomos parar na lama. Depois dessa, descobri que rir e tentar se levantar de um local escorregadio não são coisas que combinam. Durante minha super crise de risos e minha tentativa frustrada de me levantar, consegui me por em pé só que meu namorado com titica na cabeça me puxou de volta.


– Eu não quero tratamento grátis para a pele com essa lama! –Gritei, tentando me livrar dele, que só ria da minha histeria.

– Não é tratamento grátis para a pele, é lutinha na lama, menina lerda! –Rosnei, dando uma leve rasteira nele que foi o suficiente para que ele caísse de costas na lama novamente.

– Ah é? Então se prepara. –Subi em cima do ruivo imobilizando suas mãos, como se fosse uma tarefa fácil de ser realizada, mas ele não parecia querer usar toda a sua força. – Sei golpes que derrubam qualquer menino. –Falei o desafiando, com um sorriso diabólico no rosto.

– Deixe minhas genitálias fora disso! –E pronto, eu estava rindo feito uma doida novamente, mas sem deixar de segurá-lo.

– Você desafiou uma pobre menina inocente para uma luta, agora vai ter o que merece por ser tão covarde. –Me abaixei, ao ponto de alcançar seus lábios e ele sorriu, elevando sua cabeça e me beijando como podia. Não pude deixar de rir do seu esforço. – Não se mova, deixa comigo. –Mordi seu lábio inferior com um pouquinho de força e um gemido baixo de dor escapou da boca do Ron, o que me deixou levemente contente. Gente, eu amo dominar e descobri isso agora. – Isso... Quietinho... –Fiquei olhando aqueles lábios macios e tão convidativos, não me contive mais beijando-o como eu necessitava, da forma mais intensa o possível.

Ele retribuiu como se precisasse de somente isso para sobreviver, suas mãos lutavam em sair das minhas para alcançar meu corpo, mas eu tinha que ensiná-lo a como se conter. Mentira, eu só adorava torturá-lo mesmo.

Até que passado alguns minutos me beijando, Ron resolveu usar sua força de menino e na primeira oportunidade agarrou minha cintura com força. Argh, ali ficaria uma bela marca de seus dedos. O ruivo sentou-se aumentando o contato dos nossos corpos e isso fez com que descargas elétricas violentas passarem por nós. É normal sentir calor estando de baixo da chuva?

Percebi que ele estava tentando tirar minha camiseta, só que nós estávamos no meio da fazenda e qualquer um que saísse na varanda poderia nos ver naquele momento, então o parei.


– Hum... Ron... Aqui não. –Tentei falar, mas com seus lábios grudados nos meus ficava difícil. – Ron! –Berrei, o afastando por um momento. – Não aqui, alguém pode ver e vamos ficar doentes, e eu não quero ter que explicar para minha mãe que peguei gripe transando com meu namorado no meio da fazenda com muita chance de alguém nos pegar. –Ele fez bico e eu ri. – Eu sei criançinha birrenta, você está a ponto de bala e não é minha culpa.

– Claro que é, olha o que você foi inventar de fazer! Só quem não gosta da fruta que não fica a ponto de bala com uma menina sensacional no colo te beijando loucamente. –Ri, brincando com algumas mechas de seu cabelo.

– Tudo bem, eu que provoquei isso. Mas vamos voltar para casa ver se os outros estão lá. –Levantei de cima dele e quase que tampei meus olhos ao visualizar o volume em sua calça, porém percebi que seria realmente uma estupidez. Ofereci minha mão e ele se levantou, quase caindo de novo. – É um tonto. –Comentei e Rony bufou, me sujando com mais lama.

– Repete agora.

– UI, SEU CHATO! –Juntei um monte de lama e joguei nele, quando percebi sua cara de ódio sai correndo desesperadamente em direção da casa. Eu não sabia se ria por causa do meu surto ou chorava por aguardar uma bola de lama sendo jogada em minhas costas. Como olhar para trás só aumentava o pânico, continuei correndo só que parece que quanto mais eu corria, mais a casa ficava distante.

Senti dois braços me puxando e me envolvendo em um abraço de urso por trás, meu busto ficando coberto de lama grossa que ia escorrendo pelo meu corpo.


– Linda até coberto de lama, parece um chocolatinho. –Ele repetiu a frase que eu disse no dia que rolamos na lama, sua voz soou rouca em meu ouvido e me arrepiei inteira.

– Ok, você venceu, me pegou e se vingou. Agora vamos para casa.

– Certo. –Rony me colocou em seus ombros como se fosse um homem das cavernas. Enquanto isso eu berrava xingamentos exigindo que ele botasse no chão porque eu sabia caminhar, só que de nada adiantava.

Chegando em casa todos os membros da família se secavam na varanda e nos encararam assustados.


– É impossível deixar esses dois sozinhos por um minuto, são piores que crianças. –Falou Nina e todos riram.

– Cadê seus ovos, queridos? Não acharam ou dois meninos altos, ruivos e idênticos os roubaram para si? –Perguntou Ella lançando um olhar desconfiado para os gêmeos que levantaram as mãos como rendimento.

– Não, nós ahn... Esquecemos. Vou lá voltar para pegar! –Virei as costas para evitar mais perguntas e Rony me puxou de volta.

– Deixe que eu vou, vai se limpar amor! –Dei um longo suspiro enquanto via o ruivo se afastando.

– Nem faço a mínima ideia do porquê que se esqueceram... –Comentou Gina fazendo uma cara de inocente e eu semicerrei meus olhos, arrancando diversas risadas.

– Não é nada disso, sua pervertida. É que seu irmão resolveu lutar comigo na lama e nos esquecemos do objetivo maior, caçar os ovos. –Falei, esperando que se desse de entender, mas Gina maliciaria do mesmo jeito.

– Bom, o relacionamento da Mione não é da nossa conta, nem precisa se explicar querida. Pode ir lá se lavar que depois vai ter um café da tarde sensacional feito pelas nossas lindas cozinheiras. –Disse Ella e eu sorri.

– Ok. Obrigada! –Entrei em casa correndo vendo meus pés deixando rastros de lama por onde eu passava e me senti realmente mal por sujar a belíssima mansão dos Weasleys. Chegando no quarto, peguei o shorts mais bonitinho que encontrei, uma t-shirt decente e corri para o banheiro, me enfiando de roupas mesmo debaixo do chuveiro. Ah... Como é bom uma água quentinha nas costas geladas.


Fiquei algum tempo refletindo sobre coisas idiotas feito “quantas estrelas existem no céu?” só para poder ficar um tempinho extra embaixo da deliciosa ducha. Sai do banho, me sequei e me vesti, deixando meus cabelos molhados.

Bastou eu sair do quarto para dar de cara com um ruivo maravilhoso estirado na cama só de shorts e cabelo molhado. Por que ele insistia em fazer isso?


– Vai ficar com gripe desse jeito. –Falei, jogando uma camiseta para ele.

– Deixa de ser chata e admite que ama me ver sem camisa, Mi. –Rolei meus olhos e ele riu.

– Eu amo te ver sem camisa, só não admito que outras pessoas te vejam.

– Tem ciúmes até do meu corpinho, é? –Ele disse debochado e eu mostrei minha língua para ele.

– Óbvio que tenho. Você gostaria que eu andasse por ai sem camisa e sutiã?

– São duas coisas bem diferentes, você tem seios.

– E você tem um corpinho gostoso que só eu tenho direitos VIP’s de ver então... Sem mais discussão. Anda, vamos lá para baixo. –Ordenei e ele sorriu, colocando a camiseta.

– Deus, até seu jeitinho mandona me excita. –Gargalhei, saindo do quarto e descendo as escadas pulando degraus como a criança feliz aqui adora fazer. Corri até a cozinha sendo atraída pelo cheiro incrível e minha fome havia voltado cem por cento, o que era uma ótima coisa.


Os gêmeos já exterminavam seus ovos de chocolate e Molly brigava com os dois, infromando que eles não iriam ter fome para o café da tarde. Vendo a briguinha, ninguém acreditaria que Fred e Jorge têm vinte anos. Só que como dizem, idade não é maturidade.


Me sentei a mesa após Arthur falar para mim que se eu ficasse em pé não cresceria mais, então ri e sentei no lugar de sempre. Ron chegou alguns segundos depois jogando os pés por cima da cadeira de Ella ganhando uma bela de uma bronca merecida, é um folgado por natureza mesmo.


Depois de todos os pratos deliciosos estarem sobre a mesa, agradecemos o alimento e fiquei super indecisa sobre o que comer primeiro. As comidas eram similares às do café da manhã, só que percebi a presença de milho cozido com sal, pão de queijo e outras delícias que estavam me fazendo salivar.

Conversamos distraidamente e percebi que iria sentir falta desse clima aconchegante da fazenda como eu sinto falta da minha casa, na cidade grande. Mas eu tive que prometer que iria voltar o mais rápido o possível, e era o que eu realmente estava planejando fazer.


– Fleur, quando o bebê nasce querida? –A francesinha levantou o olhar que anteriormente estava fixo em seu prato de comida cheio de pãos de queijo com geléia de framboesa.

– Meu bebê? –Ela sorriu, acariciando o ventre. – Em outubrro.

– Eu exijo conhecer meu primeiro bisnetinho em primeira mão. Então em outubro quero todos aqui para darmos uma boa vinda ao bacurizinho. –Rimos. – Só que podem vir antes, é claro... Para talvez anunciar outra gravidez, quem sabe... –Vários olhares pararam sobre mim e Gina.

– Não, não... Eu não quero ter filhos muito cedo! –Me defendi erguendo as mãos e arrancando risos.

– Nem eu gente. Já estão me engravidando sem eu saber! –Reclamou Gina e eu gargalhei alto.


Mais algumas risadas depois, terminamos o café da tarde e arrumamos a cozinha em conjunto já que só as cozinheiras é que fizeram a comida, elas mereciam uma folga. Depois nos reunimos na varanda, os adolescentes no chão com as almofadas e os adultos em sofás, cadeiras e bancos super confortáveis. O sol já queria se por em nem eram seis horas ainda.

Eu estava sentada no chão entre as pernas de Ron com a cabeça escorada em seu peito, ele ficava fazendo cócegas no topo da minha cabeça com seu queixo que possuía uma barba rala. Suas mãos repousavam na minha barriga e eu as acariciava, ouvindo os contos do vô Timus. Das assombrações que ele viu na fazenda, das aventuras que ele viveu...

Por mais que aquelas histórias instigassem mais crianças com imaginação fértil, era gostoso aproveitar o fim de tarde com a família.


– Vamos nos arrumando para irmos, crianças? Já está na hora. –Avisou Molly se levantando do banco em que estava antes agarradinha com Arthur. Um coro de “aaah, já?” foi ouvido e caímos na gargalhada. – Já, agora, nesse momento. Como eu sei que são lerdinhos para arrumar a mala, já vão subindo. –Obedecemos o comando e cada um foi para seu quarto.

Antes de organizar minha mala bagunçada que nem dava coragem de olhar, peguei meu celular em cima da cama e disquei os números de casa.


Filha? –Mamãe que atendeu, como se fosse alguma novidade.

– Oi mãe, daqui a pouco vamos sair de casa.

Mesmo? Ah, me ligue quando chegar em Los Angeles!

– Tudo bem. Bom, só liguei para avisar mesmo. Até daqui a pouco então!

Até. Boa viagem e não esquece que mamãe te ama! Estamos te esperando.

– Certo. Beijos, amo você também! –Mandei beijos e desliguei, guardando meu celular dentro da bolsa para evitar possíveis perdas. Após isso, joguei minha mala em cima da cama já imaginando o desafio que seria arrumá-la. Tive que dobrar todas as minhas roupas novamente e implorei a ajuda de Ron, que riu da minha cara, mas foi me ajudar percebendo minha cara descontentamento.

Depois de deixar meu namorado fortão socando minhas roupas na mala, fui organizar minha nécessaire para ver se eu não tinha me esquecido de nada no banheiro que foi o novo lar das minhas maquiagem pelo período breve de tempo que passei ali. Chequei todas as gavetas me certificando de que estava tudo certo, e retornei ao quarto.


–Tudo pronto? –Perguntou um ruivo com um leve suor escorrendo na testa por ter quase se matado para fechar os zípers da minha mala.

– Tudo. –Ri da cena que presenciei. – Obrigada por me ajudar, meu príncipe encantado que sempre está presente quando eu necessito. –Beijei o calmamente e ele retribuiu.

– De nada menina que se faz de inteligente só que nem sabe organizar uma mala. –Soquei seu ombro e Ron gargalhou, segurando meus braços e me tascando um beijo desentupidor de pia.

– Quer me matar de falta de ar, estrupício? –Perguntei me afastando dele ligeiramente tonta.

– Claro que não, só se você implorar por mais. –Debochei dele e recebi um beliscão na minha bunda que iria deixar uma marca bem bonita em minha nádega esquerda. O branco contrastando com o roxo do machucado. Mas não deixei barato, belisquei sua bunda também e ele gemeu de dor.

– Nessa bundinha só mamãe pega... –Cerrei meus olhos. – Não é, mamãe...? –Ron deu um sorriso safado e eu ri, estapeando seu braço.

– Vem, vamos lá para baixo que devem estar nos esperando, filhinho da bunda branca gostosa.

– Ui, sai daí bundinha morena. –Gargalhei alto.

– Nós dois somos bundas brancas, amor. Por isso que combinamos tanto. –Falei e o ruivo gargalhou.

– Um dia vamos colocar um biquíni fio dental que nem as brasileiras popozudas usam e vamos bronzear nossas nádegas.

– Você andou olhando para as bundas das brasileiras, Ronald? –Perguntei em um tom bravo, me pondo em sua frente e ele se afastou de olhos arregalados.

– Nós não namorávamos na época é...

– Responda minha pergunta! –Gritei. – Brincadeirinha, também olhei para os corpos definidos, suados e dourados dos brasileiros. –O provoquei e recebi um olhar cerrado.

– Aquelas mulatas da cor de chocolate ao leite...

– Daí já passou do limite da brincadeira, Ronald. –Falei bufando e saindo do quarto fingindo estar realmente brava com ele. Quero dizer, eu estava realmente brava com ele, pois o maldito se recorda de como as brasileiras são!

– ...Mas eu prefiro mil vezes minha inglesa da cor de chocolate branco que tem uma bundinha deliciosa. –Dei de ombros e continuei andando normalmente, como se aquela afirmação nem tivesse mexido comigo. Senti-o me puxar pela cintura e beijar minha nuca, fazendo um calorão subir por mim. – Boba. A menina mais boba e linda do universo. –Ri, me virando para ele e o beijando lentamente. Por mais que meu desejo interno fosse intensificar o momento, tive que o afastar para retornar ao meu objetivo principal.

– Lá para baixo Ron, precisamos ir lá para baixo. –Ele cruzou os braços e gargalhei. – Sua criança birrenta. Vamos! –Desci as escadas e Ron me acompanhou. Todos já se despediam no andar de baixo, só que eu ainda precisava entregar meus ovos.

– Gente, a coelhinha da páscoa chegou! –Berrei, levando minhas sacolas repletas de chocolate e todos riram. Entreguei os respectivos ovos para cada um dos familiares presentes que me agradeceram e quase me mataram de tantos abraços que recebi. A cada abraço eu escutava um “não precisava”, só que na hora de abraçar Gina escutei um “se eu não ganhasse chocolate de você amiga, iria comer o seu para me vingar”. Tinha que ser minha melhor amiga mesmo.


Recebi umas quatro caixas de bombom e de Rony recebi um ovo nestlé classic branco com recheio de frutas vermelhas, digamos que era meu ovo de chocolate favorito. Esse menino acabou de me conquistar pelo estômago.

Depois de todos os chocolates entregues chegou a pior parte do dia, a despedida. Ficamos nos olhando por um tempo sem saber como agir ou o que falar, foi Molly quem começou a despedida triste. Fiquei olhando todos se abraçando e se despedindo como se fosse a coisa mais fácil do mundo, só que para mim não seria tão fácil, pois me liguei a cada membro dessa família de uma forma que seria difícil de separar.


– Tchau Mione, vou sentir muito sua falta, minha nova sobrinha. Tão maluquinha quanto eu. –Ri, retribuindo o abraço de tio Bilius.

– Vou sentir muito a sua falta também tio Bilius. Já é de família ser maluquinha assim. –Afirmei e ele riu.

– Com certeza. Tenha uma boa viagem e não se esqueça do tio Bilius!

– Jamais esquecerei do tio mais louco que já tive. E nos veremos em breve, não nos veremos? –Ele assentiu sorrindo. – Então. Até breve! –Acenei sorrindo e me virei para Tessie que possuía uma expressão indiferente.

– Tchau Hermione, bom te conhecer florzinha. –Argh, aquele tom falso... Respira Mione, não soque a cara terrivelmente maquiada dessa velha.

– Tchau tia Tessie. Bom conhecer a senhora também. –Parece que a palavra “senhora” não a agradou. Mas nem era para agradar mesmo. Ela me deu aqueles beijos que as bochechas mal se encostam, mas já foi o necessário para que eu sentisse seu perfume francês enjoativo. Me afastei dela já dando de cara com outra velha desagradável. Quem? Quem? Quem? Muriel, é óbvio.

– Adeus menina. –E ela que nem conseguia ser falsa.

– Tchau para você também tia Muriel. –Sorri falsamente, abraçando-a com um pouco de nojo. – Sei que jamais vamos nos relacionarmos bem porque estou bem acima da senhora, eu agrado as pessoas e não as afasto de mim como a senhora faz. Mas honestamente, você não irá me fazer falta. –Sussurrei, me afastando logo depois e percebendo sua cara de choque. – Viu? Sei ser desagradável feito a senhora. Prove um pouco do seu veneno, por mais que tenha sido a quantidade mínima que eu destilei. –Percebi o aproximamento de Tessie.

– Como eu estava dizendo, até breve tia Muriel! –Forcei um sorriso e dei as costas, me sentindo até mais leve. Foi a despedida mais legal da minha vida.

Caminhei até Nina que falava com Fleur e percebendo minha presença, sorriu para mim.


– Tchau querida! –Seu abraço era um dos meus favoritos no mundo todo, é sério. Tão quentinho e aconchegante... Tipo abraço de mãe.

– Tchau vó Nina, foi um prazer enorme conhecer a senhora! –Falei controlando um choramingo.

– Eu que o diga. Uma menina tão encantadora feito você! –Sorri.

– Encantadora é a senhora. Sentirei muito sua falta, vó Nina!

– Eu também sentirei, Mione. Já virou minha nova netinha. –E eu não conseguia parar de sorrir.

– E a senhora minha nova vovó. –Ela beijou minha bochecha carinhosamente e sorriu.

– Boa viagem e que Deus acompanhe vocês!

– Amém. –Mandei beijos soprados antes de ir até Timus que me aguardava de braços abertos.

– Doce Mione, sentirei sua falta menina! Por que foi ganhar meu coração tão fácil assim? –Ri, retribuindo o abraço do vô Timus.

– Vocês também ganharam meu coração facilmente, estamos quites. –Ele riu e beijou minha bochecha.

– Volte o mais breve o possível, estaremos te esperando de braços abertos.

– Mal espero para voltar aqui! –Sorri e sem perceber fui agarrada por Ella, que chorava compulsivamente.

– Odeio despedidas, odeio despedidas, odeio despedidas... –Ela ficou repetindo enquanto me apertava mais ainda em seus braços. Não me segurei e cai no choro também, abraçada com vó Ella. Todos gargalharam do nosso drama. – Fiquem quietos seus insensíveis! –Ordenou ela com a voz chorosa e as risadas aumentaram, olhei em volta com os olhos marejados e Molly, Fleur e Nina choravam também.

– Tchau minha menininha linda, sentirei tanto sua falta quanto sinto dos meus outros netinhos. Agora você é da família e não tem mais como sair!

– Mas eu nem quero sair mesmo! –Ela riu e encheu minhas bochechas com beijos.

– Volte o mais rápido o possível, pois vou sentir saudades da casa coberta de lama por causa das duas criançinhas da família, senhorita Hermione Granger e senhor Rony Weasley. –Todos retornaram a rir.

– Eu cubro a casa de lama quando quiser, amor. –Disse vô Timus entre risadas.

– Não vai ter a mesma graça. –Vó Ella deu um último beijo em minha bochecha e me soltou, secando as lágrimas. Sequei as minhas também e Ron riu, me abraçando.

– Minha choroninha linda. –Ele sussurrou e eu ri, beijando-o rapidamente.

– Bom. Agora para finalizar essa despedida antes que eu morra afogada em lágrimas e acabe trancando cada um de vocês aqui em casa, quero só fazer que prometam que o mais breve o possível irão voltar aqui porque essa fazenda enorme é uma solidão sem vocês. –Todos juraram pelas vidas para uma Ella super sensível que o desejo dela se realizaria, voltaríamos em breve. E eu me sentia feliz por isso. – Perfeito. Tenham uma ótima viagem e que Deus acompanhe vocês no caminho! –Acenamos indo para a garagem onde guardamos as malas.

– Amor, o coelhinho! –Avisei Rony.

– É, vamos lá buscá-lo. VOVÓ, TEM UMA CAIXA DE PAPELÃO AI? –Vó Ella assentiu e adentrou na casa para buscar a caixa. – Vou lá buscar o filhotinho. Prepare a caixinha dele!

– Ok. –Ron desapareceu correndo em direção do espaço dos coelhos e vó Ella entregou a caixa para mim já com alguns furos, um paninho macio dentro e dois reservatórios com comida e água para ele. – Ah vó Ella, não precisa de tanto, são poucos minutos de viagem...

– E o coelhinho merece bastante conforto, não é? –Ri.

– Merece. –O ruivo voltou com o filhote em mãos e o colocou dentro da caixinha.

– Todos prontos agora? –Perguntou Molly e assentimos. – Certo. Entrem no carro que o portão já está aberto! –Sentei no banco da frente com o coelho no colo e aguardei meu namorado, que adentrou em seguida colocando o cinto de segurança. Harry e Gina entraram também. Abri os vidros do carro e fiquei acenando enquanto o carro fazia a volta para seguir os outros automóveis que saiam da garagem buzinando e acenando.

– Voltando à vida real em três, dois... –Gina foi fazendo a contagem regressiva quando saímos do portão da fazenda em que ainda era visível uma mulher de cabelos escuros chorando sem parar no ombro do marido. Eu realmente odeio despedidas. – Los Angeles, ai vou eu! –Disse a ruiva no banco de trás com uma empolgação fingida. – Se eu não tivesse com saudades das minhas peruas que ficaram em LA, acho que moraria aqui para sempre... Pasadena é um lugar tão tranqüilo que precisa de uma ruivinha infernal para balançar um pouco as coisas. –Nós quatro rimos.

– Nem quero imaginar você como prefeita de Pasadena, maninha. –Rony falou com os olhos na estrada.

– Sabe que nem eu. –Rimos mais uma vez. O coelhinho se remexia em meu colo ouvindo nossas risadas e devia estar curioso para saber o que estava ocorrendo, por isso abri a caixinha e ele pulou para fora ficando só com a parte de trás do corpo dentro da sua casinha temporária, devia estar quentinho lá.

– Esse vai ser nosso filho também, Mi? –Perguntou o ruivo afagando a cabeça do bichinho felpudo.

– Ele vai ser da Sophia, por enquanto só temos um filho único mesmo. –Escutei Gina rindo.

– Vocês sendo pais de bichinhos de estimação?

– É pra treinar, Ginevra. –Respondeu Ron e eu cai na gargalhada.

– Amor... Vamos treinar também? –Questionou Gina com uma voz manhosa para Harry que ria.

– Prefiro continuar praticando fazer um bebê, e não criar um bichinho como um bebê. –Falou ele com os olhinhos verdes maliciosos, Ron fez ânsia de vômito e eu gargalhei alto.

– Seu insensível! –Emburrou a ruiva e o moreno fez bico.

– Qual bichinho você quer que seja nosso filho? –Ela pulou no banco de felicidade e eu não conseguia parar de rir.

– Um cachorro. Não, uma cadela, pois você vai ter que aprender a lidar com meninas que são mais difíceis do que meninos.

– Sei disso, por experiência própria. –Gina riu e atacou seu namorado com beijos barulhentos, o que fez com que eu e Ron nos olhássemos com cara de nojo.

– Deus Harry, ela é minha irmã. Tenha um pouco de respeito!

– Hermione é minha melhor amiga e eu não fico reclamando do relacionamento carnal entre vocês dois.

– Gina, vou ligar para o papai e contar que você e seu namoradinho ficam fazendo coisas impróprias que estão constrangindo eu e minha namorada. E você sabe que papai vai ficar enfurecido, pois nem deve saber que a princesinha dele já deu o primeiro beijo. –Provocou o ruivo.

– Se fossem só beijos, não é amor? –Os dois trocaram um olhar que até me deu medo, Rony fingiu que pegou o celular e discou para Arthur, Gina ficou tão brava que quase enforcou meu pobre namorado.

– CHEGA GENTE! –Berrei já cansada das briguinhas infantis dos dois irmãos. Um provocando o outro sem parar. Agora finalmente entendi o porquê de o meu pai odiar tanto as brigas minhas e da Sophia, era simplesmente irritante. Eu sei que irmãos não se dão cem por cento bem, pois convivem na mesma casa, mas isso já estava me enfurecendo. O silêncio delicioso retornou no carro e só um jazz baixinho tocava no rádio.

– Ahn... Posso mudar de estação é que... –Gina esticou o braço para mudar a estação do rádio e bati em sua mão.

– Não, quietinha. Senta ai antes que eu tenha que amordaçar você, Harry e Rony ao banco e eu mesma tenha que dirigir. E olha que não sei dirigir! –Ameacei recebendo olhares assustados.

– TPM amiga? –Perguntou a ruiva em um tom divertido.

– Não, só estou pensando seriamente em ter só um filho mesmo, porque não sei se agüentarei essas briguinhas. –Falei e todos caíram na gargalhada, inclusive eu.

– Você se acostuma a essas briguinhas, Mi. –Disse Harry.

– Veremos então. –Passamos pelo menos vinte minutos de viagem rindo e falando bobagens, até que em uma parte da estrada mais isolada onde um dos lados só se via árvores e do outro lado algumas casinhas simples, o asfalto estava com alguns buracos e o maldito pneu resolveu furar.

– Ah, que beleza, e não temos nenhuma oficina mecânica por perto. Logo aqui pneu, logo aqui...? –Falou Gina com as mãos no rosto. Rony estacionou o carro no acostamento e suspirou.

– Harry, bora trocar o pneu? –Perguntou o ruivo e o moreno pulou do carro.

– Bora! –Respondeu Harry animado. Sai do carro e peguei o celular do meu namorado.

– Vou ligar para seu pai, Ron.

– Ele vai querer vir aqui ajudar, não precisa.

– Só para avisar, chatinho. –Olhei na agenda e disquei para Arthur. Aguardei alguns segundos enquanto chamava e ele atendeu.

O que houve?

– Oi Sr. Weasley, aqui é a Mione. Só liguei para avisar que o pneu furou e talvez vamos chegar um pouco mais atrasados em LA.

Oh céus. Já vou fazer a volta e ir ajudar ai para que não demorem então!

– Não há necessidade, Harry e seu filho já estão consertando, não se preocupe. Qualquer coisa ligo de volta!

Tudo bem. Ligue para avisar que retornaram a estrada pelo menos.

– Ligarei. Tchau! –Desliguei a ligação e quando vi o trabalho do moreno e do ruivo cai na gargalhada. Os dois faziam tanto esforço que pareciam que estavam trocando o pneu de um trator, e não de um carro comum.

– Droga, não está dando certo! Segura esse pneu corretamente, Harry! –Ordenou Ron tentando ignorar as gargalhadas escandalosas que eu e Gina dávamos.

– Eu estou segurando certo! Você que não está prendendo as porcas do jeito correto!

– Hey maricas, saiam da frente, eu vou arrumar esse pneu. –Eles me encararam confusos, até a ruiva. – O que é? Uma menina vinda de Londres e que mora atualmente em Los Angeles não pode sabem trocar um pneu? –Os dois se afastaram e eu me ajoelhei no asfalto, soltando as porcas que Rony não conseguiu fixar e tirei o estepe. Ergui mais um pouquinho o macaco, encaixei o estepe novamente e chamei Gina para me ajuda a segurar o pneu. Fixei a roda com as porcas e com um pouquinho de esforço, consegui fazer o trabalho corretamente, por mais que estivesse cheia de graxa.

– Observaram e aprenderam? –Perguntei sorrindo abertamente, enquanto guardava o pneu furado no porta-malas.

– Mas como é que você foi aprender? –Questionou Harry de olhos arregalados.

– Papai me ensinou quando eu era menor, dizendo que assim que eu crescesse poderia humilhar todos os homens do mundo.

– E você humilhou, amiga!

Nós humilhamos Gi. Agora entrem no carro, temos uma viagem a seguir.

– Hey Mi! –Chamou Rony e eu direcionei meu olhar a ele. – Eu te adoro minha namorada versátil. –Ri.

– Sei disso Ron, sei disso. –Brinquei e ele riu, me puxando e me dando um beijo rápido.

– Mana, liga para o papai e avisa que estamos na estrada novamente graças às meninas mais incríveis dessa Terra. –Gina assentiu e piscou para mim, entramos no carro e seguimos viagem.


Como havíamos saído de casa às seis e meia da tarde e passamos vinte minutos parados na estrada por causa do pneu furado, Rony estacionou na frente de casa somente depois das sete e meia da noite, meus pais deveriam estar loucos atrás de mim, pois tinham quatro ligações perdidas no meu celular.


Sai do automóvel e abri o portão tentando não fazer barulho para aparecer de surpresa, só que bastou um barulhinho para que a porta se escancarasse.


– Ah, graças a Deus, estava morrendo de preocupação! –Minha mãe correu em minha direção e quase me esmagou com seus abraços. Tentei retribuí-los, mas eu já estava morrendo sufocada, sorte que ela me soltou quando percebeu. – Pensei que estivessem se acidentado ou algo assim, meu deus, me desculpe pelos pensamentos negativos!

– Mãe, estou vivinha e em casa agora. Acalme-se.

– Finalmente em casa! –Recebi beijos estralados na bochecha e a chegada do meu pai foi minha salvação. Ela me soltou para que eu pudesse cumprimentar meu pai que estava ainda com seu jaleco e um sorriso imenso por me ver. – Pequena!

– Papai! –Pulei em seu pescoço e ele me girou no ar, me abraçando fortemente.

– Que saudades, minha princesinha! –Sorri e beijei sua bochecha.

– Nem me fale, papai. Mas agora eu estou aqui e não irei desgrudar do senhor até que as saudades desapareçam! –Ele riu quando grudei nele feito um bicho preguiça. Mamãe agarrava Ron, Harry e Gina ao mesmo tempo. Senti até dó deles.

– Tenho uma super novidade a vocês crianças... –Levantamos o olhar a minha mãe. – Vocês não têm aula essa semana! A Campbell resolveu fazer o Spring Break e durará uma semana, aproveitem! –Comemoramos com gritos e pulos. Não podia ser mais perfeito. – Ah, e feliz páscoa né pessoal. Mi, adorei o ovo minha fofa! –Rimos e desejamos uma feliz páscoa para meus pais.

– Mi, já vou indo antes que mamãe pire! –Disse Ron.

– Ah, permaneçam para o jantar!

– Hoje não dá Rachel, outro dia quem sabe! –Exclamou o ruivo com um sorriso galanteador nos lábios. Maldito menino que sabe driblar minha mãe.

– Ok. Mas venham, é uma ordem! –Rimos.

– Certo. Até mais Sr. e Sra. Granger! –Ele acenou para meus pais que adentraram em casa quando fiz uma careta que exigia privacidade. Gina e Harry entraram no carro novamente e Rony envolveu minha cintura com seus braços.

– Que tal se formos amanhã à noite na B J's comer pizza com os outros casais? Faz um tempão que não os vemos.

– É uma ótima ideia! –Sorri.

– É né? Ligue para as meninas para ver se elas estão disponíveis que ligo para os caras.

– Ok. –Ron me beijou suavemente.

– Até amanhã então, esteja bem linda para mim, por mais que não seja difícil para você ficar estonteante. –Acariciei seu rosto com um sorriso bobo brincando em nossos lábios.

– Fofo. Comporte-se amanhã e ganhará uma recompensa no final da noite.

– Ah é? –O ruivo raspou os dentes no meu pescoço e me arrepiei inteira.

– É...

– E se eu não me comportar?

– Quer pagar pra ver?

– Pagarei.

– Então tá, até amanhã menino que adora infringir minhas leis.

– Quebrar algumas regras de vez em quando é sempre mais gostoso. –Sorri e dei um selinho nele, empurrando-o na direção do carro. – Te pego amanhã às sete! –Assenti e ele adentrou no carro sorrindo. Deus, como eu amo esse bendito ruivo.

Fechei o portão acenando para Gina e voltei para casa, onde Sophia me esperava sorrindo e exibindo seus dois dentes de leite que caíram.


– SOPHIA!

– MANA! –Ela correu até mim e eu a ergui em meu colo, abraçando ela bem forte. Jamais pensei que fosse sentir saudades da minha irmã.

– Como vai minha gatinha? –Sorri, pondo-a no chão.

– Bem.

– Sentiu minha falta? –Minha irmã soltou um “uhum” e fez uma carinha adorável. Que vontade de mordê-la. – Também senti muito sua falta. Gente, preciso matar as saudades! –Implorei e meus pais riram.

– Dona Carmelita, prepara um pote grande de pipoca e se junte com nós aqui na sala! –A baixinha assentiu e saiu pela cozinha. Mamãe me puxou em direção da sala e nós duas nos jogamos no sofá. Bichento veio correndo e se jogou em meu colo, ronronando e se esfregando em mim. Fiquei afagando sua cabeçinha ruiva e me lembrei do coelhinho. Levantei e fui até a bancada da cozinha onde a caixinha com o filhote estava. Agora era a hora de ver se eu iria ser tocada de casa com o pobre coelho em mãos. Peguei o bichinho felpudo e voltei para a sala, onde minha irmã quicava no sofá.

– Sophia, é para você de presente de páscoa! –Estendi o coelhinho e Sophia escancarou sua boca, correndo na minha direção e pegando o filhote no colo.

– Fofo, fofo, fofo! –Ela ficava repetindo enquanto esmagava o pobre animal em seus braços.

– Desde quando...? –Perguntou meu pai com um olhar confuso, minha mãe estava igualmente confusa.

– Peguei lá na fazenda ahn... Pensei que seria um bom presente para a So já que ela perdeu o Perebas. –Falei piscando os olhos inocentemente.

– Daqui a alguns dias nossa casa vira um zoológico, já teve bicho de tudo quando é tipo aqui. –Disse meu pai, suspirando profundamente.

– Bom, agora vamos preparar uma casinha para ele lá fora porque coelhos defecam demais e não quero ver minha casa coberta de cocô. –Minha mãe disse e eu ri.

– Ah mãe, fica tipo uma decoração daí... –Recebi um olhar de desdém e cai na gargalhada. – Que foi? Não é verdade? –Me joguei no sofá e mamãe riu. – Qual vai ser o nome dele, So?

– Perebas, para homenagear meu ratinho que morreu. –Respondeu minha irmã quase que me emocionando. Alguns minutos depois afagando meu gatinho e vendo minha mãe e minha irmã babando em cima do coelhinho felpudo, dona Carmelita chegou com pipocas de manteiga que exalavam um cheiro incrível pela sala.

Contei detalhes da viagem toda, tirando alguns momentos que eles não tinham necessidade de saber, é claro. Minha vida sexual fica só para mim, e algumas informações com as curiosas das minhas amigas. E conta sobre a viagem ficou melhor ainda com pipoca de manteiga quentinha, tv ligada como som de fundo, Bichento miando porque queria comer pipoca também, Perebas pulando loucamente pela sala demonstrando sua personalidade curiosa e toda a minha família em volta de mim novamente.

Durante a preparação do jantar, fiquei em cima da minha mãe enquanto ela fazia sua lasanha, mas uma hora ela se incomodou e me tocou da cozinha. Irrita tanto assim ficar vendo os outros fazendo comida?

Fui brincar um pouco com Perebas, o que fez com que Bichento se enciumasse e quisesse brigar com o coelhinho, o repreendi e fiz a cena mais retardada do mundo. Fiquei falando com ele coisas como “não se deve fazer isso, ele é seu amiguinho agora. Você tem que brincar e não brigar com ele!” como se meu gato entendesse uma mísera palavra que saía da minha boca, mas tudo bem, já são de nascença esses problemas mentais, só que pioraram depois de arranjar as amigas mais débeis mentais da face da Terra e Ronald Weasley como meu namorado.

Depois do meu surto de loucura e Sophia tirar com a minha cara por causa disso, o jantar foi anunciado e sentei com alegria no meu lugar a mesa, a cadeira estofada que minha bunda se encaixava perfeitamente no assento. Uma felicidade só.

Fiquei observando minha família enquanto comia silenciosamente. Sempre me auto julguei como independente, só que o que me assustava de vez em quando era como eu iria reagir quando tivesse que seguir minha própria vida, eu não sou mais uma criança que quando começa a aprender a andar cai seus tombos e os pais ajudam-o a se levantar para tentar de novo.Como iria ser daqui pra frente? Eu continuaria morando em Los Angeles ou passaria na Harvard e me mudaria para Boston? Que grande falta me faz uma bola de cristal, hein.

Meu pai uma vez me disse para cuidar do presente para que o futuro se faça perfeito, pois pensando demais no futuro esquecemos se viver o agora e comprometemos o amanhã. Mas o problema é que isso faz parte da minha personalidade, sempre tive medo do amanhã. Essa posição de menina forte é só fachada, mais manteiga derretida que eu não existe. Porém sei que a vida vai me moldar da forma que for melhor para mim e para os outros ao meu redor.

Dei boa noite a todos alegando estar muito cansada fisicamente e mentalmente, tirei um tempo para tirar minhas roupas da mala e organizá-las e aproveitei para ligar para minhas amigas. Peguei meu telefone querido posicionado em cima do criado mudo e me debrucei na cama discando vários números para fazer uma ligação em grupo. A primeira a atender foi Cho, o que eu já aguardava.


Gatinha minha, oi! Que saudades!

– Nem me fale, minha japinha fofa! –Escutei berros do outro lado do telefone.

MIONE, MIONE, MIONE! –Luna ficou repetindo enquanto gritava histericamente, não pude deixar de gargalhar por causa disso. – Estou mortinha de saudades, sua cadela!

– Estou com mais saudades ainda, loira cachorra! –E começaram os apelidinhos que em alguns países degridem a imagem, só que no nosso caso são só apelidos fofos e amorosos que rolam por entre amigas.

Não me deixem por fora disso, bitches! –Gritou Gina e caímos na risada. Mais dois minutos de conversa e minha mãe apareceria no meu quarto achando que sou doida.

– Gente, gente, calma. Tenho um negócio para dizer! –As garotas eufóricas finalmente se calaram. – Queria convidá-las para amanhã às sete horas da noite irmos ao B J's nos entupirmos de pizza e fofocar bastante. –E os gritos recomeçaram.

Era tudo o que eu mais queria para acabar com essa minha super semana de tédio total. –Comemorou Luna.

Ai, por isso que você é minha melhor amiga! –Disse Cho e eu ri.

Vi Ron convidando os três mosqueteiros também, eles vão? –Perguntou Gina.

– Creio que sim né.

Então vamos reservar uma mesa bem longe deles porque meninos não fofocam. –Gargalhei depois do que a japonesa disse.

Ora, é só usar a técnica de sumirmos para o banheiro em grupinho, assim não levantamos suspeitas. –Sugeriu Gina.

Os meninos vão pensar que estamos evacuando para deixarmos espaço para mais pizza, não vai dar certo. –Fiquei confusa depois do que Luna disse.

Quem é que pensa numa coisa dessas? Só uma pessoa anormal!

E o que os meninos são, ruiva? Normais é que não são, né. –Eu e Cho só riamos com a conversa super produtiva.

Definitivamente não Luninha, definitivamente não. –Ficamos alguns segundos rindo até que me lembrei da conta de telefone e se ela viesse alta por causas das conversas longas que geralmente tenho com minhas amigas, eu iria ser esfolada viva.

– Meninas lindas que eu amo, vou ter que desligar porque se não mamãe e papai assassinam sua filhinha querida. Amanhã falo mais com vocês, beijinho! –Elas insistiram para que eu ficasse mais um pouco só que consegui dribá-las e mandei mais alguns beijos antes de desligar.


Abri a porta para que Bichento entrasse em meu quarto e vi Sophia preparando uma caminha para Perebas que observava atentamente cada movimento que ela fazia. Minha irmã conversava calmamente com ele e eu senti uma vontade de esmagar os dois até que seus olhinhos saltem fora das órbitas.

Fechei a porta novamente e fui tomar um banho rápido, mas que jogou todo o peso do meu cansaço embora, trazendo somente uma sensação de soninho que deveria ser eliminada. Coloquei um pijama curto pela noite em LA estar em uma temperatura agradável, apaguei a luz e me joguei no colchão, me cobrindo com meu edredom fofo de bichinho. Bichento aninhou-se ao meu lado e desliguei o abajur, caindo em um sono delicioso alguns minutos depois.


...

Acordei lentamente despreocupada com o horário, pois por mais que fosse segunda, era Spring Break!

Passei o dia tranquilamente, apenas aproveitando o belo sol que fazia brincando no quintal com meus animaizinhos de estimação super fofos e a metida da minha irmã super possessiva com o coelho que eu dei para ela.

Fiquei de pijama o dia todo, junto com minha cara de quem acabou de acordar e meus cabelos bagunçados. É tão bom passar algumas horas sem se preocupar com sua aparência ou com responsabilidades, só ficar cometendo o pecado capital da preguiça e se entupindo de chocolate. Namorar um menino preguiçoso me trouxe novos hábitos.

Só que após as cinco e meia comecei minhas arrumações. Tomei um banho que lavou a alma, coloquei um vestido rosa de cor lisa e saia rodada, uma jaqueta jeans clarinha por cima e por fim, um peep toe nude. E é claro, uma sapatilha prata dentro da bolsa para evitar dor nos pés.


(Roupa: http://cdn4.lbstatic.nu/files/looks/medium/2012/05/04/2172424_IMG_9687.jpg?1336091196)


Meu cabelo eu deixei solto com belas ondas marcadas pelo baby liss, na maquiagem fiz algo mais natural, por mais que eu fosse sair a noite. Só para esconder minha cara de “passei o dia todo boiando”. Borrifei meu perfume de baunilha que um certo ruivo tanto ama e rodei na frente do espelho, comprovando que eu estava bem linda para meu namorado.

Já se passavam das seis e quarenta e cinco quando fiquei pronta e desci as escadas, dando de cara com uma mulher me olhando chocada.


– Minha menininha está tão linda! Virou um mulherão! –Mamãe disse lacrimejando.

– Mãe, respira, não chore. E obrigada! Estou mesmo bonita? –Dei uma volta sorrindo.

– Perfeita. –Uma buzina soou no lado de fora. – Divirta-se! –Sorri e beijei a bochecha da minha mãe.

– Obrigada. Beijos! –Acenei correndo para fora de casa. Visualizei Rony no portão vestindo uma calça jeans, uma camiseta e um blazer. Ele fica tão sexy de blazer e se ele não parar de sorrir torto para mim o agarro ali mesmo.

– Cumpriu meus pedidos, está estonteante. –Sorri encantada e beijei seus lábios suavemente, uma das suas mãos segurava meu rosto e a outra minha cintura. O ruivo inspirou em meu pescoço e voltou a olhar para mim sorrindo. – Tão cheirosa... Você ainda vai me matar um dia.

– Vocês dois ai, deixem a paquera pra depois, temos uma pizzaria para ir! –Gritou Gina de dentro do carro e Rony bufou.

– Certo. Mas Mione... Esse seu vestido...

– O que tem ele? –Mexi na barra do meu vestido.

– Curto.

– Ele não é curto!

– Mas quando você sentar... E um homem olhar... Existem garçons tarados, sabia?

– Sei. E sei que você pode acabar com a raça de todos os tarados que olharem para mim. –Ele abriu um grande sorriso.

– Claro que posso.

– Sei disso. Agora vamos, ciumentinho. –Abri a porta do carro e entrei, Rony sorriu bobo e deu a volta no carro, sentando no banco do motorista. Essa noite promete.


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Notas finais do capítulo

Manu sempre parando nas melhores partes, né. HAHAHAHAHA gostaram do capítulo, fofas? e essa Mione trocando pneu gente, menina versátil! Sempre surpreendendo o Ron. HAHAHAHA
aaaah, lembrando que no próximo capítulo vou escrever de como foi essa noite na pizzaria e depois vou fazer resumos de cada mês para que a fic ande mais rápido, na minha mente minha primeira fic não iria ter tantos capítulos, mas agora creio que vai longe! HAAHAHAHA
eeenfim, o que mais gostaram? o que não as agradou muito? comentem! beijinhos carinhosos e até o próximo capítulo :*



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