The Fallen Angels escrita por Pedro Schilling, Mariana Ruschel


Capítulo 1
Capítulo Primeiro - Encontros e Reencontros


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO: ESTE CAPÍTULO AINDA NÃO FOI BETADO E SERÁ REPOSTADO. Bom, esse é o inicio, sem nada demais. Mas a fic guarda bastante surpresas. Algumas das lendas contadas nela são invenções minhas, outras não.



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         Acordei, eram nove horas. Todo o primeiro dia de aula é assim. Simplesmente acordo cedo e fico esperando o despertador tocar. Me mudei faz pouco tempo, Morava na parte rural de São Paulo, e agora morando em pleno centro. Pra mim era tudo muito diferente, mal dormi essa noite. Fiquei uma hora esperando o despertador tocar, e pensando em como seria minha nova escola, se me enturmaria e faria amigos. Sabe a parte boa de ter me mudado e que fiquei a apenas duas quadras da casa do meu namorado o Iago, agora fica mais fácil de controlar. Ele tem quase 18 anos, é alto e não quer saber dos estudos, trabalha na oficina do pai dele e só consegue pensar em uma pessoas, ele próprio, tirando isso, ele é lindo, com aqueles braços grandes, olhos verdes e cabelo claro.

Quando o despertador tocou, me levantei, fui pra cozinha, coloquei um leite a esquentar, e fui me arrumar.

Sabe ainda não me acostumei em ficar sozinho praticamente 24h pro dia, minha mãe morreu num acidente há quase 10 anos e desde então moro com meu pai. Ele passa a maior parte do tempo trabalhando.

Me arrumei, adiantei o material pra escola. Estava tudo tão quieto, pelo menos na minha antiga casa tinha o som dos passarinhos cantando. Como já estava ficando com, decide ir na casa do Iago pra ver o que ele estava fazendo.

Desci as escadas e quando ia sair do portão olhei pra janela e vi uma fumaça saindo por ela.

- Puts, o leite - Voltei correndo, quase botei fogo no apartamento

Quando cheguei já tinha derretido toda a alça da caneta e virado todo o leite, alem de limpar tudo, dar um jeito de esconder a caneca do meu pai quase me atrasei pra aula.

Bom eu me chamo Felipe Fernandes e tenho dezessete anos, digamos que não só aquele Deus grego, mas também não sou um espantalho de plantação de milho. Sou magro, tenho cabelos castanho. Sabe sou daqueles nerds da sala, principalmente, em turmas que não conheço ninguém. Sou uma pessoa engraçada, brincalhona e com alguns neurônios a menos, principalmente quando to entre meus amigo.


- Alo - Atendi meu telefone, era o Iago.

- Felipe, já ta pronto? Depois de te largar na escola, eu ainda tenho que ir pro serviço.

- Nossa, seu pai vai te matar se você chegar atrasado uma vez no serviço – respondi.

- Tá, Felipe não começa.

- Vem pra cá, que eu já to descendo.

Se nossa conversa tivesse sido maior, ou tivesse elogios, tipo te amo, ou beijos, me espantaria, ainda nem sei o que eu ele ta fazendo namorando comigo, por que de uma coisa tenho Certeza ele não foi feito para namorar.


-Oi - Pelo incrível que pareça, ele me cumprimentou com um beijinho no rosto, em um lugar publico.

- Milagre, dando beijinhos com gente envolta – Falei ironicamente.

- Ata! Não enche e vamos, se não nos atrasamos.

- Nem me fala, consegui quase colocar fogo no apartamento, deixei de novo a caneca do leite no fogo, mas dessa fez foi pro um bem maior, eu ia te fazer uma visitinha. Só que quando desci vi uma fumaça saindo da janela da cozinha, daí fudeu tudo. Vou ter que pedir pro teu pai arrumar ela de novo.

- Olha Felipe... como que você consegue fazer esse tipo de coisa? Pode deixa que depois eu passo ali e pego a caneca, mas tenta não deixar pela 25ª vez ela no fogo - Falou me tratando como se fosse uma criancinha de 5 anos de idade. – E avisa quando for dar uma dessas visitinhas repentinas.

- Por que, tem medo que eu te pegue com alguém?

- Obvio, vai me pegar ficando com outro! – Ironizou - Se fosse por isso tirava a copia que tu tem da chave, né o animal!

- Falando nisso, vai indo na frente que eu esqueci a chave em casa, te alcanço depois - Falei já saindo correndo.


Alcancei o Iago já quase na frente da escola, e quando tava entrando no portão, ouvi uma voz conhecida, meio escandalosa gritando atrás de mim.

-NÃO ACREDITO, FELIPE FERNANDES, O MENINO DO MATO, ESTUDANDO NUMA ESCOLA DO CENTRO, E AINDA POR CIMA PARTICULAR!!!

Quando olhei pra trás não acreditei no que via, encontrei um velho amigo meu, o Gui, agente se conhece faz séculos, e a ultima pessoa que eu esperava encontrar lá era ele.

-Eu e que não acredito no que vejo, meu quanto tempo. Pior né quem diria que eu taria morando no centro. Meu pai consegui uma promoção de gerente no banco só que lá era muito longe, daí tivemos que vender minha casa de três andares, e vim morar aqui no centro com ele. Ah, e esse é o Iago, meu namorado - Falei pra ele de cantinho.

-Iago, como o mundo e pequeno - Estranhei, o jeito que o Gui falava com o Iago era de um jeito como se eles se conhecessem e conhecessem muito bem.

-Hãããã, por acaso vocês já se conhecessem? - Falei com uma cara de desconfiado.

-Sim, esse ai, eu já conheço de longas gerações - Falou o Iago tentando se explicar.

-Não ti preocupa que depois da aula tu vai me contar exatamente toda essa historia, geração por geração, que eu não to gostando disso - Falei de cantinho pro Iago. – Mas, Gui tu já sabe em que turma tu vai ficar? Felei já entrando na escola.

-Sim, sim, minha mãe veio hoje de manhã aqui na escola e viu, eu fiquei na 107, sala 31 – o Gui respondeu com um jeitinho meio estranho.

-Ta, mas meu pai não conseguiu vir hoje de manhã, ultimamente ele só trabalha não tem nem tempo pra gente, como que eu vou ver em que turma que eu fiquei?

-Tem ali no mural, calma que eu ti mostro.

Quando entrei na escola, ela parecia mais um presídio, a entrada era só uma fachada cheia de janelas e uma porta de vidro enorme que ia do segundo ao primeiro andar. Dentro eu via as escadarias pra secretaria, pra ir pro pátio, e pra direção, à esquerda eu via a biblioteca e algumas salas e umas escadas pra subir pro segundo andar. À direita tava o tão requisitado mural, que parecia mais um aglomerado de galinhas mortas de fome em volta do milho, o Xerox, as coordenações, o bar, mais salas e outra escadaria. Quando consegui alcançar o mural foi uma guerra pra procurar meu nome nos poucos 12 primeiros anos que tinham na escola, e adivinha, tava escrito ali numero 12 da turma 107 Felipe Oliveira Fernandes. De início gostei da ideia de estar na mesma turma que o Gui.

Saí a procura do Gui e acabei achando ele na frente do bar, pra varia, procurando dinheiro pra comprar comida.

-Gui, adivinha também to na 107 - Quando vi ele já tava rodeado de gente, me espanto com a facilidade do Gui de se enturmar. Mas tinha a pequena impressão de que conhecia alguns dos que estavam com ele.

-Felipe, vem cá, lembra do João, da Giulia e do Bernardo?

-Siiim – Olhei pro Gui com uma cara de quem não lembrava, mas que conhecia de algum lugar.

-Eles foram nossos colegas, na quinta.

- AAAAAHHHHH, agora lembrei. Mas o que, que toda essa gente fazendo aqui...

E o papo vai e o papo vem, e fui aos poucos se lembrando de todos. A Giulia, afirma que eu sou a decepção da vida dela, por que o primeiro namoradinho dela ter virado gay foi um grande trauma. O João e o Bernardo, que viraram, aquele tipo de nerd burro. Começaram a ouvir rock japonês e ver animes e ler mangas e tudo, coisas que não sou muito chegado.


Bom, o sinal tinha acabado de bater quando eu entrei na sala, olhei não tinha quase ninguém. Sentei na terceira fileira da frente pra trás, da terceira fileira da esquerda pra direita. E num piscar de olhos a sala já tava cheia de gente, tinha pelo menos uns 40 alunos dentro da sala. Apesar da aparência externa, a salta ate que tava bem cuidada, não tinha riscos na mesa, e cadeiras novas, tinha só apenas uns risquinhos nos cantos das paredes. O quadro era branco, aqueles de caneta, achei estranho porque to acostumado a ficar a aula inteira espirrando por causa do giz. 

-Felipe, tu te importa se eu sentar com os guris? - O Gui me perguntou, e como sempre acabou me deixando sozinho e de lado, me trocando pelos outros amigos dele, mas não iria negar.

-Claro, pode ir.

-Não tem problema, tu não vai ficar brabo?

-Fica tranquilo Gui, não tem problema.

Quando a sora entro, so tinha mais três classes sobrando, a do meu lado, e as duas atrás de mim. E na minha frente sento duas nerds que falavam sobre as teoria de repulsão dos átomos na camada de Valencia, olha se eu soubesse do que elas estavam falando eu ate tentaria me enturmar, mas como não era o caso, preferi ficar na minha. Oh, que aula boa so apresentações, eu parecendo um camarão quando a professora perguntava meu nome, e ainda começamos a conversar sobre a materia que tivemos em português do ano passado, e o sono foi batendo, e batendo, ate que o sinal decidiu bater também, era recém o segundo período e já queria cometer suicídio. Mas daí acontece o inesperado. Eu simplesmente, sinto um cheiro estonteante, que me deixava tonto, e fazia minhas pernas tremer, um cheiro doce e amargo, forte e suave, um cheiro inexplicável. E entram na sala dois alunos atrasados. A primeira era uma menina, alta, bonita até, cabelos castanhos na altura do ombro, magra que nem eu. Depois, entra um menino, quando ele entrou, logo notei ele, e percebi que era dele que vinha o cheiro, nem alto nem baixinho, cabelos pretos como perola, olhos verdes como esmeralda, nem bombado mas também nem um fracote como eu, simplesmente o garoto perfeito de toda a garota e garoto gay sonha. Quando olho eles estão vindo na minha direção, olho pro resto da classe, e vejo que agora só sobram duas classes, uma ao meu lado e uma atrás de mim.

- Oi, meu nome é Ana Paula, posso me sentar aqui? - Uma voz doce sabe, não sei por que mas meio que me identifiquei com essa Ana Paula. Mas mal prestei atenção no que ela falava, parecia que estava hipnotizado pela beleza dele. - Oiii?? Tem alguém ai?

-Ahh, desculpa, oq eu tu falou? - Respondi pra ela tentando disfarçar com medo de que ela tenha percebido.

-Se eu posso me sentar aqui, já que só sobrou essas classes.

-Ah, pode sim. - Tirei minha mochila de cima da mesa dando espaço pra ela sentar.

-João, vem. - João, esse era o nome, e ela ainda era amiga dele, e ele ia sentar atrás de mim.

-Parece, que vamos ter período vago, a sora de biologia faltou no primeiro dia de aula, oh beleza. - Ele falou com a Ana e olhou pra mim. –Prazer, meu nome é João Vc

itor, e o teu?

-O meu, ahh, Felipe, isso, Felipe Fernandes. – falei parecendo um porco no curral. Oinc, oinc, oinc.

-Prazer Felipe Fernandes, parece que temos todo um período vago pela frente. Veio da onde?

-Eu, aah, na real mesmo, tu conhece a zona rural aqui de são Paulo, e eu vim dela, to morando a duas quadras da escola, e ainda me acustumando com o agito do centro, meu pai consegui um emprego, por isso me mudei. - Meu Deus, eu tava muito nervoso, não calava a boca, e tinha acabado de falar praticamente toda a minha vida pra eles, em um segundo.

-Legal, eu não chego a morar na zona rural, mas moro praticamente no meio do mato, tu conhece a ...


O tempo passou, e me acalmei, acabei descobrindo que o João Victor é uma pessoa muito legal. Ficamos o período inteiro se conhecendo, me identifiquei mais com a Ana, nossa a gente parecias irmãos gêmeos separados na maternidade, tínhamos varias coisas em comum, nós dois gostávamos, de linkin park, mitologia grega e por ai vai.

Depois desse longo período livre, conhecemos a professora de literatura, geografia, e espanhol, sim temos espanhol.

-Ana, tu tem MSN? - Perguntei pra não perder contatos.

-Sim, sim dexa que eu anoto pra ti.

-Brigado. – Bateu o sinal da escola. – Brigado, prazer em conhecer vocês, mas agora tenho que ir que meu namorado ta me esperando ali na frente, e se ele espera cinco minutos já fica furo da vida. – me despedi já saindo da sala.

-Namorado? Tu e gay Felipe? – o André me perguntou com uma cara de espanto.

-Sim, sempre esqueço de mencionar esse detalhe. – tentei arranjar uma desculpa do porque não tinha falado antes.


Quando desci tava um tumulto de gente na saída, foi uma briga pra mim conseguir sair e ir encontrar o Iago, e ainda tinha que achar o Gui pra ver aonde ele tava morando. Quando consegui chegar na entrada da escola vi o Iago mas ele não me viu, e já tava com cara de irritado então preferi primeiro ir procurar o Gui, que seria mais calmo. Entrei de novo na escola e perguntei pro Bernardo e ele tinha visto o Gui, que me falou que ele estava me esperando fora da escola. Depois de chutes, socos, apertos na bunda, consegui atravessar o mar de pessoas aglomeradas na frente da escola. E encontrei o Gui, que por acaso estava com o Iago.

-Gui, tava te procurando lá dentro. – falei pro Gui olhando com uma cara de desconfiado pro Iago.

-Sim, eu tava aqui te esperando e chamei o Gui, pra ver se ele sabia onde tu tava. Que por acaso já estou a quase 10 minutos esperando tu aparecer. – o Iago falou pra mim, tentando se explicar.

-Hum, nossa, vai perder o tratamento facial de beleza? – Olhei pra ele com cara de brabo ironizando. – vai por onde Gui?

-eu vou pegar ônibus, mas vou esperar o pessoal, podem ir indo. Até amanhã.

-Ta obrigado, até. – puxei o Iago com tudo, não estava gostando nem um pouco da intimidade dos dois.


-Ta, eae, vai ficar brabo, agora? – O Iago me pergunto, quando nos afastamos do Gui.

- Iago, depois agente conversa.

-Ah, pra varia vai começar a dar “piti”. Felipe que, que aconteceu agora, que, que eu fiz?

- Iago, depois nós conversamos.

-Sempre tudo, tudo e motivo pra briga. Eu faço o que tu me pede, te busco na escola, ti trago na escola e e assim que tu me retribui?

- Ae, agora vai atirar na minha cara, e Iago eu já falei DEPOIS nos conversamos.

-Que descutir depois Felipe, tu sempre deixa as coisas pra depois...

-Ae quer descutir, enão vamos descutir. – puxei o Iago pelo braço, e parei no meio da rua. – Primeiro, tu nucna faz os negócios que eu peço,q eur provas, o cinema na semanda passada, tu foi ver comigo, ou eu tive que ir na estréia dos piratas do caribe sozinho?

-Ai Felipe, não começa...

-Sozinho, eu fui sozinho, por que ele tava cansado do trabalho, porque ele não gosta, e o que aconteceu no outro dia?

-Felipe, se tu continuar dando escândalo eu vou embora.

-Tu ficou brabo comigo por quê? Por que eu não quis ir ver velozes e furiosos contigo. Sabe...

- Ta Felipe, cansei vou embora... – ele começou a sair, e eu o puxei pelo braço.

- Agora tu vai ficar. Quem canso disso fui eu Iago, já não aguento mais, tu só pensa em ti, e você, você, você 24h por dia, tudo, exatamente tudo, que tu pede para eu fazer eu faço, daí eu nego de fazer uma coisa, ele vira um touro de rodeio, quer me matar, mas daí quando eu peço pra ver um filme comigo, pra fazer uma coisa diferente que EU goste né, porque as únicas coisas que fizemos é sair pra ver corridas, ver filmes de corridas, coisas que eu detesto, e o trouxa aqui vai, e vou achando que vai ter recompensa, e de noite, nem um te amo tu fala. CANSEI Iago, cansei, já falei mil vezes e vou repetir, tu ta acabando com o nosso namoro, e se pra ti e difícil, ficar em publico, brigar em publico, me trazer na escola, não ti preocupa, não vem mais, e agora eu vou sozinho, não preciso da tua companhia. – Sai correndo, sem olhar pra trás, me segurando pra não chorar, segurava aquilo tudo a séculos, estava ate difícil de conseguir respirar, tinha perdido completamente o fôlego.

Quando cheguei em casa, subi correndo, quase quebrei a porta batendo, fui direto tomar um banho. Fiquei uns 40 minutos La, 10 tomando banho e 30 sentado, chorando, sabe, eu amo demais o Iago, e ele me trata como se fosse nada, e ainda essa historia do Iago com o Gui, tudo batendo e batendo nos meus pensamentos, não sabia mais o que pensar, nem eu me entendia, pensava no Gui, no Iago, no João, no que tinha sido aquele meu ataque de nervos na aula. Pra mim já tinha sido muitos encontros e reencontros num dia só.


Quando sai do banho, me sequei, coloquei meu pijama, e quando entrei no quarto, pelo incrível que parece meu pai estava lá sentado na minha cama olhando meu álbum de quando era pequeno.

-Pai chego mais cedo hoje? Perguntei.

-Filho, vem cá, to olhando teus álbuns de fotos, quando tinha uns dois anos, tu era a cara da tua mãe. – ele respondeu, e vi que tava querendo esconder algo, mas mesmo assim, fui e me sentei ao lado dele.

Comecei a olhar as fotos, e relembrar dos nossos momentos juntos e me deu aquela falta da minha mãe, mas mesmo ela estando morta sempre senti ela por perto, sabe, juntinha de mim. Parecia que ela nunca me largava, mas sentia falta de abraçá-la, beijá-la, de brincarmos juntos.

-Sabe, filho. Sua mãe era perfeita, sabia lidar com tudo, e hoje, eu penso que ale alem de tudo, me deu um grande presente, você. Quando olho pra você, vejo os olhos da sua mãe a boca da sua mãe, mas não só fisicamente, vejo a delicadeza dela, a suavidade, você é um espelho refletido dela, eu sei que não sou um pai presente, mas tento com todas as minhas forças estar contigo nos momentos que precisar. Foi difícil lidar com o fato de você ser gay, sim, porque todo o pai sonha em levar seu filho pro futebol, mas entre as linhas e a mesma coisa, so que invés de futebol, ti levava pro bale. O Iago me ligo, falou que você brigaram, e que tu saiu descontrolado...

- Sabia que tinha a mão daquele por tras...

-Shhhh, dexa eu falar, eu sei muito bem o tipinho do Iago, e também sei muito bem, quando tu decide dar teus chiliques, mas queria que tu soubesse, que não importa o que acontecer, eu sempre vou estar aqui, mesmo ausente, a noite, quando eu chego, nos conversarmos, e tu ira me contar como foi teu dia, oq eu tu e o Iago andam fazendo, mas por favor poupe me dos detalhes, que ainda não to preparado pra ouvir isso, e saiba que qualquer coisa que tu precisar que acontecer eu estou aqui, porque não importa, trabalho, lugar, pessoa eu vou ser SEMPRE o teu pai, e agora deixa eu voltar pro meu trabalho, que consegui dar um escapadinha pra ver como tu ta mas preciso voltar logo. – ele me da um beijo e vai embora denovo.

Sabe, meu pai parece as vezes tão imperfeito, mas tão perfeito. O jeito que ele falou comigo hoje, era o que eu realmente precisava, mas não posso negar que minha mãe seria mil vezes melhor, mas de uma coisa eu sei, que amo meu pai e hoje acabei de descobrir que ele me ama tambem.


Depois de ficar um tempo deitado na minha cama, ouvindo musica, fui ver se tinha temas pro dia seguinte, e quando abri a mochila e tirei meu caderno dela caiu um papelzinho.


“Anapaulamuller8@hotmail.com

p.s. vou ti dar o do João tmb,

jvcsantos2@hotmail.com,

beijinhos, Ana.”


Naquele momento me lembrei dos meus novos colegas,e não pensei duas vezes em pegar meu note e entrar no MSN pra adicionar os dois.


Ana Paula diz:

*AEEEEEE, me adiciono entaaoo

*Achei que tinha esquecido

Askoaskoakokasokasokasok

Felipe Fernandes diz:

*Na real, na real mesmo eu me esqueci

*Ygiubtkjfwiukhjn2efwohunjd

*Mas eae tudo bem por ai?

Ana Paula diz:

Sim, sim por aqui ta tudo bem, e por ai?

Felipe Fernandes diz:

*Ah mais ou menos, acabei de ter uma conversa bem tensa com o meu pai agora

*Sem falar na discussão que acabei de ter com o Iago.

Ana Paula diz:

*Iago?

Felipe Fernandes diz:

*Ah meu namorado...


Quando olhei o Gui estava me chamando


Gui Nascimento diz:

*Tu e o Iago terminaram?

Felipe Fernandes diz:

*Não so mais uma discussãozinha sobre a personalidade ridícula dele

*Mas por que ta tão interessado nisso?

Gui Nascimento diz:

*Por nada, e que eu vi vocês discutindo,

*Daí achei que tinha acontecido algo.

*HASUHSAUASHUASHUASHUSAHSHU

Felipe Fernandes diz:

*Ah, mas posso ti perguntar uma coisa?

Gui Nascimento diz:

*Pode sim!

Felipe Fernandes diz:

*Da onde você e o Iago se conhecem?

Gui Nascimento diz:

*Ah, aquele eu conheço faz tempo

*Eu so primo emprestado dele, meu pai e irmão da madrasta dele.

Felipe Fernandes diz:

*Ahh, acho que intendi.

*Mas brigado mesmo assim

*9uh3rqefiotknl4fewu0ijokt4fr´pl~ç.few=doc´pl

Gui Nascimento diz:

*Que nada, qualquer coisa to ai.


Na real mesmo, essa historia de primos emprestados não entro na minha goela, mas o Gui não teria motivo pra mentir pra mim. Nesse dia fui dormir cedo, eram onze e meia e já estava com sono. Quando me deitei, comecei a pensar no dia de hoje, sabe quando tu ta deitado na cama olhando pra parede esperando o sono vir e ele, quando vem, vem com tudo, teria dormido que era uma beleza se não fosse pelo meu sonho.

“Eu estava, sentado nos bancos da minha nova escola, olhando todos, acho que estava no recreio, mas estava sozinho, eu vi os meus colegas o Gui, o Iago...

...“Calma ai”, eu pensei, “o Iago na escola”, ele estava com o Gui conversando, pareciam íntimos. Mas não sei porque eu simplesmente fiquei sentado e continuei olhando as pessoas, olhei gente que nunca vi na vida, e lá pelas tantas achei a Ana e o João, e tudo ficou em câmera lenda, quando eu olhei pra ele, ele me olhou também, e me deu apenas um sorriso, e começou a vir na minha direção, e a Ana me olhou com uma cara muito estranha. Mas ai chega a parte ruim, quando olhei novamente pro Gui e pro Iago e eles estavam se beijando, mas não apenas um simples beijo eles praticamente se comiam no meio da escola, alias, na minha frente, naquele momento fiquei paralisado, não sabia o que fazer, não sabia o que pensar, e pra varia, comecei pelo errado. Me levantei, vi que o João foi tentar me segurar, mas parece que algo o impediu, quando cheguei perto dos dois eles nem perceberam minha presença, mas, eu simplesmente agarrei os cabelos do Gui, os dois levaram um susto e pareciam surpresos, o Iago nem tentou me impedir, eu puxava o cabelo dele o mais forte possível.

-Tu pensa que tu e quem?! – me dirigi ao Gui. - Primos né?! – falei com ironia pro Iago.

Soltei os cabelos dele, sai com um chumaço de cabelos na mão, até mais do que ele normalmente tem, soltei no chão, olhei para o Iago e ele ria da minha cara, vi que ia começar a chorar e para evitar constrangimento, sai correndo pela porta e acabei saindo na minha antiga casa, no terraço, onde eu sempre ia quando estava mau, me sentei no chão e fiquei olhando a paisagem e me senti a pessoa mais trouxa do mundo. Apoiei minha cabeça em meus joelhos e comecei a chorar, por que? Não sei, mas sabia que nada do que tinha acabado de ver me fez bem, sabe me senti como se todo o tempo que estava com o Iago, ele ria de mim, e me fazia de bobo. Estava sentado, chorando e ouso uma voz no meu ouvido.

-Oi- quando ouvi aquela voz doce, levantei o rosto e...”

Acordei.



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Notas finais do capítulo

Pode não parecer muito por enquanto, mas nos próximos capítulos teremos mais ação.



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