Dont Look Back In Anger escrita por ladyofcamellias


Capítulo 7
Capítulo 7- Darling


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, sou uma pessoa horrível, a pior autora do mundo, mais de um mês sem postar e tal. Mas, lembrem-se, se vocês me matarem não tem como eu escrever mais nada u.u. Qualquer dúvida voltem lá nos últimos capítulos que a vida de vcs volta a fazer todo o sentido do mundo. NOTAS FINAIS!



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POV Annabeth

A primeira coisa que notei ao entrar pela porta da pequena lanchonete foi o sorriso de orelha a orelha, zombeteiro, de Nico. Observando mais um pouco, enquanto caminhava para a mesa que este estava sentado, também pude reparar no silêncio que provavelmente não deveria ser propício ao lugar, por mais que estivesse vazio.

O sorriso dele tornou-se mais largo ainda quando enxergou com clareza a falta de entendimento da situação no meu rosto.

_ Não são nem sete horas ainda, benzinho, sem contar que hoje é domingo... O que você esperava?

Eu juro que se o sorriso dele alargasse mais um pouco as bochechas dele iriam rasgar, como as do Coringa do Batman. Ou talvez eu mesma metesse minhas unhas ali e fizesse todo o trabalho. Seria um prazer.

_ Não me chame de “benzinho” _ retruquei seca, enquanto sentava-me a sua frente.

_ Parece que alguém acordou de mau humor hoje...

Ele assoviou e a garçonete veio até a nossa mesa, anotando seu pedido de milhões de panquecas com mel e o meu café expresso. A mulher olhava-nos como se fôssemos algum tipo de casalsinho enjoado no meio de uma briguinha boba. Como se estivesse cansada de ver a maldita cena todo santo dia.

_ Como você mesmo disse, são sete horas da manhã de domingo. Não tinha hora melhor pra resolver vir a este lindíssimo lugar fazer esta farta refeição, benzinho?

Dessa vez ele riu, mas não como das outras vezes. Uma risada seca e sem vida. E pela primeira vez no dia eu, reparei melhor na aparência de Nico, de verdade. Em como o cabelo parecia oleoso, nos olhos cansados e com enormes bolsas arroxeadas em baixo, na barba por fazer, na camisa amarrotada... Em suma, ele parecia tão mal quanto eu me sentira nos últimos dificílimos dois meses.

_ Eu bem que tentei _ disse finalmente, depois de um prolongado silêncio _, mas você passou a semana inteira fugindo de mim. E porque sabe muito bem sobre o que eu quero falar com você, Annabeth.

Eu suspirei, e para a minha sorte, a garçonete gorda apareceu com o nosso café da manhã. Continuava nos olhando com aquela cara entediada e de ouvidos em pé, numa inútil tentativa de ouvir alguma palavra do que dizíamos.

Olhei para a janela, numa tentativa mais inútil ainda de fugir do olhar tão questionador quanto repreendedor de Nico. Sentia-me como uma criança que sabe que fez besteira, e ao mesmo tempo em que foge dos pais, nega com todas as forças que fez a tal.

Assim que a mulher se retirou, ele veio sentar-se ao meu lado. Puxou meu rosto para o seu e me fez olhar no fundo de seus olhos negros. Suspirei assim que ele me soltou, sentindo-me completamente sem saída. Era agora ou nunca.

_ Esse seu “plano de vingança” _ comecei, gesticulando as aspas no ar _ é um tanto...

_ Arriscado?

_ Isso, arriscado. Sem falar que eu não sei se estou pronta.

Nico novamente riu daquele jeito seco, pondo a cabeça entre as mãos, aparentemente, estressado. Parecia um pai que repreende o filho, novamente.

_ Você não pensou nesse lado “arriscado” quando disse que topava qualquer coisa na casa do seu amiguinho...

_ Eu estava bêbada naquele dia. E ele não é meu amiguinho...

_ Ele é muito mais que isso. Você gosta desse tal de Percy Jackson, Annabeth.

_ Ah pelo amor de Deus! _ exclamei com as mãos para o alto _ Eu não tenho nem ao menos falado com ele...

_ Porque _ Nico me interrompeu _ alguma coisa aconteceu depois que eu e a namoradinha líder de torcida dele fomos embora e deixamos você cuidando do pinguço.

E ele acertara em cheio, deixando-me completamente sem palavras, desarmando todas as minhas defesas. Durante toda aquela maldita semana, todos os dias, eu acordava pensando no que acontecera e ia dormir do mesmo jeito. E ainda por cima, meu subconsciente provavelmente ainda sonhava com isso. A mesma pergunta, rodando minha mente a todo o momento: por que raios ele tentara me beijar? Ele realmente se importava como dizia ou era igual a todos os outros?

_ Desculpa _ novamente ele cortava no silêncio constrangedor _ eu não tenho nada com a sua vida, eu...

_ Está tudo bem, mesmo. _ eu disse, com a cabeça baixa. Se ele me fizesse olhar nos seus olhos de novo, eu juro que começaria a chorar.

_ Não está tudo bem. E bem lá no fundo, você sabe que o meu “plano de vingança” daria uma solução também nisso.

Dessa vez fui eu que dei uma risada seca. Aprendia rápido.

_ No que fingir namorar você só para jogar na cara de Thalia que nós somos melhores que ela, que ninguém precisa dela e que superamos suas canalhices ajuda na minha situação com o Percy? _ perguntei, erguendo as sobrancelhas.

_ Não é óbvio? Todo cara quer ter o que não pode...

_ E quem disse que ele pode me ter? Não sou sua namorada, Nico Di Ângelo? _ retruquei. Se erguesse mais minhas sobrancelhas elas alcançariam o couro cabeludo.

_ Isso é um sim?

_ O que você acha benzinho?

POV Percy

_ Benzinho?

_ Hã... hum? _ foi apenas o que consegui responder, ainda sonolento.

Meus olhos tentaram se abrir, mas logo tornaram a se fechar ofuscados pela claridade que vinha da janela. Minha mãe sorria enquanto escancarava as cortinhas e abria o vidro, ainda de roupão e um pouco descabelada.

_ A noite foi boa? _ perguntei, notando seu sorriso bobo. Ela sorriu mais largamente ainda.

_ Ótima... E a sua?

Ergui as sobrancelhas e tal gesto só a fez rir e por as mãos na cintura, vindo sentar-se na beirada de minha cama. Ainda sorria daquele jeito fraterno e carinhoso que só mãe sabe fazer, embora parecesse um pouco tensa, os braços agora cruzados abaixo do peito.

_ Acha que eu não vi aquela menina saindo tarde da noite daqui?

_ Não é nad...

_ Nada do que eu estou pensando? Percy, meu filho, eu não nasci ontem.

_ Mãe _ eu protestei, revirando os olhos _, Rachel é minha namorada.

_ E você gosta dela?

_ Como assim? Ela é minha namorada, mãe, claro que eu gosto dela.

Dessa vez foi ela que revirou os olhos, parecendo desgostosa, embora ainda assim brincalhona. Puxou meu coberto e em silêncio pôs se a dobrá-lo. Observava-a, quieto, tentando entender o queria dizer.

_ Aonde você quer chegar com essa conversa? _ perguntei desconfiado.

_ A lugar nenhum, querido. Sou sua mãe e estou preocupado com você, ué.

_ E por quais motivos você estaria preocupada?

_ Responda-me você, Percy.

Ela perdera todo o ar brincalhão. Olhava-me fria, tentando arrancar mil e uma respostas de mim. E o pior de tudo é que estava certa. Tinha direito sim de perguntar o que estava acontecendo comigo, porque andava chegando tão tarde e porque Rachel agora passava a maior parte das noites aqui. E a última pergunta nem eu mesmo sabia responder.

_ Não é nada que valha a pena, eu... _ respirei fundo _ eu estou bem, mesmo.

_ Qualquer coisa você sabe que pode conversar comigo, não é?

_ Claro.

Ela saiu, fechando a porta suavemente. Joguei meu travesseiro nesta com força, caindo deitado, as mãos na cabeça, os olhos fechados. O dia mal começara e eu me sentia assim, estressado, suando frio, ficando de cabeça quente por qualquer coisinha.

As dores de cabeça, a ressaca e o cansaço tornaram-se algo comum desde a maldita festa de sábado retrasado, isto é, desde que me tornara realmente um jogador do time de basquete da Goode High School. E aquilo lá parecia mais uma quadrilha de traficantes do que um time. Rachel aparecia aqui direto e fazia questão de passar a noite comigo, sem que ao menos pedisse. Eu até gosta dela, mas é que...

Ela não é Annabeth, a frase subitamente me veio na cabeça. E isso só a fez doer ainda mais. Desde aquele domingo, há uma semana, ela não falava mais comigo. É claro, apresentara nosso seminário de segunda-feira na aula do professor Quíron e, depois disso, pronto, nunca mais olhou na minha cara. Dizia bom dia, educadamente, sorria e ia embora. E não fazia mais que sua obrigação.

Sua frieza me matava. Por que sentia tanta falta dela? Por que ela ficara tão chateada? Meu Deus, eu gostava dela? Mas ela não é só minha amiga?

Todas essas e milhares de outras perguntas davam voltas e voltas na minha cabeça. Peguei um comprimido analgésico em cima de minha mesa de cabeceira. Precisava esquecer, precisava pensar. De tudo e em tudo.


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Notas finais do capítulo

OOOOOOOOI. Véi, já são mais de meia-noite, não me peçam para falar alguma coisa que faça sentido a essa hora u.u.
Primeiramente, devo todas as desculpas do MUNDO pela demora. Gente, eu tava completamente atolada e tals. Agora vai ser um pouquinho mais fácil postar, vcs devem ter visto em algum lugar que todas as faculdades e colégios federais no país inteiro estão em greve, e a minha escola tá nessa também. Então já sabem, por enquanto, mais capítulos, mas depois eu vou estar com o dobro de falta de tempo.
E sobre os reviews, já sabem, né? Fiquei muito feliz com os que recebi, todas vcs são lindas demaaaais. Então, mês passado foi meu aniversário e vcs poderiam mandar alguns a mais e quem sabe alguma recomendação de presente, né? Sem falar que no dia dos namorados quem deveria me dar alguma coisa perguntou oq eu ganhei ---'
Nossa, eu falo demais, hihi. Fuuuuuui =*