Justin On

Estamos planejando de ir pro Brasil dia 19, no aniversário da Manu, é esse mês, na verdade daqui uma semana. A gente ta tentando criar um monte de coisas pra ela. A gente só tem certeza de que vamos mandar um caixa com os nossos presentes dentro, afinal a gente ainda não tem certeza que vai pro Brasil.

O primeiro presente da caixa era o meu, afinal será o ultimo que ela vai abrir e é isso que eu quero. É uma montagem com fotos nossas desde quando nos conhecemos, eu tenho certeza que eu a farei chorar, mas eu precisava dar isso a ela, pra mostrar como eu a amo, como ela é importante na minha vida agora e sempre.

Estou estudando engenharia, na verdade ainda não estou estudando, as aulas começam dois dias depois do meu aniversário. Por enquanto eu já fui na faculdade para conhece-la, conhecer as pessoas, aulas... aulas mesmo ainda não começaram.

Era umas 10:30 da noite, a Manu não deve estar dormindo. Peguei meu celular e disquei o numero.

Ligação mode on

-Alô? – ela atendeu com a voz sonolenta

-Hey, shawty, te acordei de novo? – perguntei com ressentimento por ter a acordado.

-Você já esta se tornando um especialista nisso! –ela disse e eu ri fraco.

-Desculpa, mas é que é o único momento de sossego no meu dia, já que agora  to na faculdade né! –eu disse e ouvi uns barulhos estranhos.

-Espera um pouco- ela disse e eu ouvi uns barulhos estranhos de novo– pronto! Olha senhor Bieber, acho que o ciúme esta despertando em mim... não quero saber de historinhas de você com meninas dessa faculdade! – ela disse tipo a minha mãe e eu ri.

-Eu não posso andar com as meninas da faculdade, mas você pode andar com meninos brasileiros? – eu perguntei e ri com ela – ta querendo demais shawty!

-Ok, ok senhor Bieber estudante de engenharia, eu deixo você andar com as meninas da faculdade, mas sem essa de ficar de abraços! E pode tratar de usar algo que demonstre que você tem dona! – eu ri com os ciúmes dela.

-Pode deixar shawty! – eu ainda ria – eu arranjo algo... fuçar nas suas coisas que você deixou em Atlanta e ver o que pode ser utilizado! –rimos juntos.

-Ok, ok, vou pedir pro Chris olhar, fica mais fácil! Se não você tem que sair de Stratford e ir pra Atlanta.

-Bom... sobre Chris, eu preciso falar com você a um tempo sobre! – eu disse me enrolando todo.

-O que aconteceu Justin? – ela perguntou preocupada.

-Calma, ele ta bem, mas nós não estamos nos falando, quer dizer, estamos de bem um com o outro, mas não conversamos mais! – eu disse triste.

-Hey, vai ficar tudo bem, apenas de tempo a ele. Não importa quanto tempo ele precise, apenas de tempo pra ele. E depois ele vai falar com você, tenho certeza! –ela disse tentando me acalmar.

-Espero, Chris é uma grande amizade pra mim, não quero perder essa amizade!- eu disse ainda triste.

-Você não ira perder, eu tenho certeza, não ira! – ela disse me tentando fazer bem de novo e eu apenas suspirei.

-Sabe Manu, queria você aqui do meu lado agora, não do outro lado do telefone e em outro país! – eu disse com uma dor no coração.

-É que você não viu o que eu to fazendo! – ela disse rindo.

-Me diz o que é então! –eu sorri ao ouvir a risada dela.

-Eu to deitada na minha cama, com o celular no viva voz do meu lado, de olhos fechados, apenas imaginando que você esta aqui do meu lado conversando comigo!

-Hey, espera! – eu disse enquanto me arrumava também – pronto, vou tentar! – a gente riu.

-Ok, ok! Sabe sinto sua falta também, além do mais que daqui um dia é meu aniversário!

-Um dia? – como assim, não eram dois? Eu olhei no relógio pra confirmar.

-Você não se lembrou do meu aniversário Justin, não acredito! – ela disse trste.

-Ei, não é isso, que pra mim eram dois dias, não um! Mas olhei no relógio e vi que já passou da meia noite, me desculpa!- disse muito rápido.

-Tudo bem, te desculpo! A culpa é minha que fica olhando no relógio e falo assim! – ela disse rindo fraco.

-Acho que já esta na hora de você dormir! Deve estar morrendo de sono! – eu disse

-Sim, estou... mas quero ficar conversando com você anjo! – ela disse fazendo manha.

-Vou cantar pra você dormi ok? – disse

-Aham! – levantei da cama, peguei meu violão, sentei na cama de novo e comecei a tocar.

- I need you boo, I gotta see you boo, and there's hearts all over the world tonight, said there's hearts all over the world tonight... – cantei a musica With You do Chris Brown pra ela, eu acho linda.

Quando eu acabei de cantar eu a chamei mas ela não me respondeu, provavelmente já dormindo, eu apenas escutava a respiração dela pelo celular e isso já era especial pra mim. Me deitei e fechei os olhos, parecia que ela estava do meu lado, é o que eu mais desejo.

-Justin? – escutei alguém me chamando de manha, entreabri os meus olhos e a maldita claridade os invadiu, fechei de novo.– Justin vou deligar meu anjo, te amo!- escute a voz da Manu e percebi que era do celular.

-Te amo shawty! – eu disse meio que morrendo por ela ter acabado de me acordar.

Ligação mode off

Acho que eu dormi só mais uns 15 minutos e levantei. Eu sonhei com a Manu essa noite, ela estava comigo aqui em Stratford e nós nos divertíamos muito com a neve, queria tanto que fosse verdade!

A caixa de presente provavelmente já tinha chegado no Brasil. Chaz ia comprar uma blusa pra Manu, MAS AQUILO FALTAVA PANO! Ele usou a desculpa que no Brasil é calor, mas não colou, não deixei ele comprar.

Entre eu e Chris ta uma situação inexplicável, a ultima vez que eu falei com ele foi que ele ligou avisando que a caixa havia chegado em Atlanta, mas nem conversamos, foi tipo: ”oi Justin, só to ligando pra avisar que a caixa já chegou, ok? Tchau cara”. Foi isso, simplesmente.

A gente já comprou as passagens para ir pro Brasil dia 19 e voltar 20, pois temos que voltar, já que vai ser a ultima semana de férias e minha mãe me quer aqui em Stratford pra não dar nada errado no esquema.

-Justin, vem almoçar filho! – chamou minha mãe.

-To indo! – disse descendo as escadas.

-Nossa, veio rápido! – a gente riu – hoje é macarrão! – ela disse e eu sorri.

-Delícia mãe! – eu disse e ela riu.

-Vocês vão amanha pro Brasil? – ela perguntou enquanto colocava os nossos pratos na mesa.

-Sim, vamos de manha pra chegar a noite na hora combinada! A gente vai sair bem cedo mesmo, porque além de tudo tem um parada no México pra reabastecer!

-Então vocês saem de madrugada?

-Exatamente senhorita Pattie! – eu disse enquanto comia.

Ficamos conversando enquanto almoçávamos. A tarde fui na casa do Ryan e ficamos conversando sobre o que faríamos, como ia ser legal ver a cara da Manu de assustada quando nos visse e tals. Era umas 7 horas eu voltei pra casa, a janta já estava na mesa, jantei e fui pro meu quarto. Tomei meu banho e fui direto dormir. Na verdade eu não vou dormir muito, a viagem é as 4 da manha, então eu só vou dormir... 3, 4 horas!

Acordei com despertador que tocou as 3. Levantei, fiz minha higiene e necessidades, troquei de roupa, peguei minhas malas e desci. Minha mãe veio um tempo depois enquanto eu tomava um café, a abracei e me despedi.

Peguei minha Range Rover e fui até a casa do Ryan e depois na casa de Chaz, indo logo depois pro aeroporto. Chegando lá Mari e Gi já estavam quase dormindo sentadas no banco de espera. Cumprimentei elas e a mãe da Mari. Deixei a chave da minha Ranger com a mãe da Mari e fui fazer o check-in.

Deu uns 10 minutos e o nosso voo foi chamado, todo mundo com um sono do caramba, não tinha quase ninguém no aeroporto, demos tchau pra mãe da Mari e fomos pro avião. Dormimos a viagem inteira, a gente nem acordou quando a aeromoça passou com o café da manha.

Chegamos no Brasil sei lá que horas, só sei que tava perdido no fuso horário. Quando chegamos no aeroporto ligamos pra Juh e Bia, Juh disse que tinha que ser rápida porque estava pegando uns esmaltes acho e que não podia demorar.

Ela falou que era pra gente curtir o dia e tals e quando desse 5:30 era pra estar na port do apartamento, concordei e perguntei que horas eram, era 3:30 da tarde ainda. Ficamos andando na praia, tomamos água de coco e eu gostei muito. Não me pergunte como conseguimos comprar porque foi muito louco.

Era 5:30 e nós estávamos na porta do apartamento que achamos com a ajuda de um cara que falava inglês e se encantou pela Gi, falo nada sobre o Chaz, foi hilária a cara dele quando o menino chegou dando em cima da Gi.

Liguei pra Juh, já que ela falou que não era pra tocar a campainha por causa da Manu. Ela abriu a porta pra gente e a gente entro no apartamento. Foi os 3 meninos pra um quarto e as meninas pro outro. Tomamos banho correndo e nos trocamos.

Fomos pro lado de fora do apartamento depois que acabamos, a Juh falou que era prevenir. Mari e Gi xingaram um pouco por causa que elas falaram que nem acabaram de se arrumar, mas elas já estavam prontas, acabaram de se maquiar do lado de fora do apartamento e colocaram as maquiagens na bolsa.

-Hey, entrem, mas não façam barulho, ela esta no quarto, com a porta fechada! – disse Bia abrindo a porta.

-E onde ta o notebook pra gente entrar no Skype?- perguntei entrando no apartamento.

-Ta em cima da mesinha ali- ela apontou- sentem ai que eu fico de olho se ela não vai vir!

Bia foi atrás da Juh e eu entrei no Skype esperando a Manu entrar. A gente combinou, Chaz, Ryan, Gi e Mari vão ficar no canto perto da porta, ai quando eu chamar eles, eles entram cantando parabéns. Então quando o Chaz fizer o sinal, Bia apaga a luz.

Estava ali, meio que nervoso esperando a Manu entrar no Skype. Quando o nome dela apareceu e ela me chamou.

–Oi shawty, feliz aniversário meu amor! – disse sorrindo.

–Obrigada anjo! Cade todo mundo?

–Estão vindo – virei e chamei todos.

–PARABÉNS PRA VOCÊ, NESTA DATA QUERIDA, MUITAS FELICIDADES, MUITOS ANOS DE VIDA! – eu, Gi, Mari, Chaz e Ryan começamos a cantar.

–Own, que lindos! Amo vocês! Brigada! Espera que eu vou chamar as meninas! – quando ela disse isso Chaz fez o sinal e Bia apagou a luz.

–AAAAH! JUH, BIA, CADÊ VOCÊS? – Manu berrou, ela odeia escuro!

–ESTAMOS AQUI NA SALA, VEM AQUI! – a Bia gritou de volta.

–PERA, VOU TE ENCONTRAR NO FIM DO CORREDOR! – a Juh gritou e foi.

Quando a Manu chegou no fim do corredor a Bia acendeu a luz e nos gritamos SURPRESA! A Manu tinha a boca aberta em um perfeito O.

-Parabéns shawty! – fui na direção dela e a abracei, foi tão bom.

-Eu não acredito que vocês estão aqui, eu não entendo, como? –ela me abraçava forte.

-Depois te explicamos agora da oi pro resto! –eu disse a soltando.

-O meu Deus, eu não acredito que vocês estão aqui! – ela disse enquanto abraçava Mari e Gi e eu ri sozinho.

-Own linda, você acha que a gente ia ficar longe de você? – perguntou Mari.

-Nunca vamos ficar longe! Onde ta a pulseira? – perguntou Gi, que pulseira?

-Aqui! Eu amei! Tenho que agradecer ao inventor! – Manu disse e elas riram, quem é o inventor gente?

-Hey, gata, vai esquecer o Chaz aqui? – Chaz disse e nós rimos.

-Não né seu bobo! A e pra você saber, não eu não venho sempre ao Brasil- rimos mais, sabíamos que era por causa da carta que ele escreveu.

-Oi linda, parabéns! Cada dia mais linda e mais fofa! – disse Ryan a abraçando, ela como uma irmã pra ele.

-Own Ryan, te amo! Mas é melhor eu parar de falar porque se não o Justin fica bravo comigo! – Manu disse me fazendo rir.

-Não é bravo, é ciúme! – eu disse e a abracei de lado dando beijo depois.

-Meu, o que vocês estão fazendo aqui? Eu achei que vocês estavam em Stratford, no frio. Como? – ela ainda dizia não acreditando ainda.

-Ideia conjunta! – disse Juh.

-Pera, vocês estão no meio de todo esse esquema? – ela perguntou pra Bia e Juh.

-Mas é claro! Se acha que eles iam aparecer aqui do nada? A gente fes todo um esquema! – Bia disse como se fosse obvio.

-Chris e seus pai também iam vir, mas não deu! – disse Chaz.

-Que pena, estou com saudades deles também! – ela disse triste.

-Hey, nós estamos aqui! Aproveita em! vamos embora amanha a noite! – disse Gi.

-Já? A porque? Fica aqui comigo! – ela me abraçou.

-Não podemos shawty, temos que voltar, estamos estudando, não estamos igual você, curtindo! – eu disse, sei que isso meio que jogar na cara, mas é verdade.

-Eu quero vocês aqui! – ela disse triste.

-Não dá! É triste mas não da! – disse Mari.

-A, vamos esquecer isso e vamos curtir a festa! Ou você acha que a gente veio aqui pra ficar chorando e se encarando? – perguntou Chaz e nós rimos fraco.

Fomos no tal restaurante e nos divertimos muito. Conversamos, rimos, cantamos. Eu conheci o tal Rafa, ele é um cara legal, mas ele quase não ficou com a gente, foi embora cedo, a Bia meio que chutou ele, porque ela não queria segurar vela sozinha.

Fomos pra praia e estávamos todos sentados na areia conversando e olhando a lua refletindo nas ondas. A Manu estava encostada em mim e eu estava abraçada nela.

-Não quero que você vá embora! – ela disse com voz falha.

-Hey, não vai ficar triste vai? Eu não posso ficar aqui no Brasil, mas você sabe que eu vou estar sempre ao seu lado! – eu disse e dei um beijo no topo da cabeça dela pra reconforta-la

-Sim anjo, eu sei! Mas dói saber que você já vai embora, que vamos ficar longe um do outro de novo, que eu só vou te ver de novo em julho! – ela disse e ela parecia já chorar.

-Shawty, não fica assim – me levantei e me sentei na frente dela – a gente vai se falar sempre! Eu vou te ligar, a gente vai se ver no Skype, eu vou cantar pra você dormir. Quando a gente perceber já vai ser julho e nós vamos estar juntos de novo, eu prometo! – limpei as lágrimas dela e a abracei.

-Sabia que o seu abraço é o melhor que existe pra mim? – ela disse e eu ri fraco.

-Porque? – perguntei sorrindo.

-Porque nele eu me sinto segura, sinto que com você eu estou protegida de tudo e de todos, que há amor de verdade. Seu abraço me aconchega, me acalma, me faz bem! – ela disse e eu senti ela respirando no meu pescoço.

-Que bom que eu te faço tão bem assim! – eu disse sorrindo e a beijei

Era tão bom estar com ela ali. Eu não queria mais voltar pra Stratford, queria ficar com ela ali pra sempre. Voltamos pro apartamento e cada um foi pro seu quarto.  Acho que eu dei uma cochilada mas acordei depois e resolvi ir tomar água.

Vi alguém na varanda e percebi que era a Manu. Me sentei ao lado dela e ficamos conversando sobre várias coisas. Depois que ela bocejou umas vezes ela deitou no meu colo. Comecei a fazer cafuné na cabeça dela enquanto olhava pro mar e pensava que amanha já ia embora e largaria minha vida aqui de novo.

Um tempo depois ela já havia dormido, a peguei e a levei até o quarto dela. Quase eu pisei na Mari que dormia perto da porta, mas consegui desviar. Voltei pra varanda e fiquei ali, meu sono havia desaparecido.

Lagrimas as vezes escorriam do meu rosto porque eu lembrava que aquela sensação de ficar longe da minha vida ia voltar. Eu ia ficar longe da Manu de novo, ia voltar pra Stratford, ia ficar sem ela nos meus braços de novo.

Não sei porque, mas a Manu tem essa força sobre mim, esse poder de me fazer parecer menina, chorando pelos cantos, pensando na vida a todo momento. Fiquei ali e vi o sol nascendo. Era tão lindo... to virando mesmo uma menina!

Acho que era umas 8:30 da manha, não sei, perdi a noção do tempo. A Manu veio até a varanda e deve me ter visto naquele estado lamentável, sem dormir, depois de ter chorado, pensado, sonhado.

–Ainda aqui? Não dormiu? – ela me perguntou sentado ao meu lado e me dando um beijo na bochecha.

–Não consegui, fiquei pensando em hoje a noite e meu sono simplesmente sumiu. Pelo menos consegui fazer você dormir! – eu disse e sorri fraco.

–Ei, não pode tratar minha vida assim! – eu a olhei sem entender – não faça a minha vida sofrer, ela precisa dormir de vez enquando! – eu não tive outra reação a não ser sorri.

–Eu te amo tanto! – disse e a beijei.

Era tão bom estar ali com ela, a beijando e a sentindo nos meus braços. Depois dali fomos a praia, conversamos, namoramos um pouco, apenas esquecendo que hoje a noite eu ia embora.

Chegou a noite e eu não podia esconder a minha tristeza. Era horrível a deixar de novo. Todos foram no aeroporto se despedir, eu não queria deixar Manu de novo, sei que ela ia ficar bem, sei que ela ia ficar com boas pessoas, mas eu queria ficar com ela ou que ela fosse comigo.

Ver ela chorando do lado de fora do portao de embarque foi uma das piores dores da minha vida. Eu não sei se vocês, mas imaginem você perdendo a sua vida, a deixando para trás, é uma dor insuportável. Sofri quando ela foi embora pro Brasil, agora to sofrendo porque eu estou a deixando no Brasil. É horrível.

Passe a viagem inteira pensando nela, acho que sonhei com ela também. Mas agora é continuar a vida, julho vai chegar logo e eu a verei de novo!