Promise. escrita por Rose-chan10


Capítulo 1
Promise.


Notas iniciais do capítulo

Está ai. Se ficou muito complicado de entender, desculpe. Mas é assim que eu me sinto e coloquei um pouco nele. (Ou tudo?). Sei que esse pode ser apenas um shounen-ai, mas ainda tem um extra. E é lemon. Então como eu tenho lido bastante mangás, vai ser lindoso :3 Eu acho né... rsrs.



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Eu... Sinto um vazio, pra mim a vida não tem mais sentido Eu era um garoto. Eu era novo, inocente. Mas, algo sempre me incomodava. A inocência me fazia pensar que havia um problema comigo. O problema era desconhecido por mim, totalmente. Vários pensamentos vinham a minha cabeça de uma vez. Ouvi de um conhecido que era normal, mas ficar pensando toda hora era muito cansativo.


Irritava. Sempre fui uma pessoa certinha, pontual. Aquilo que costumava ser eu começou a virar apenas um papel. Eu era o ator daquilo. Era cansativo ser a mesma pessoa, tão superficial... Comecei a me perguntar se tudo era conquistado apenas por esse papel e que se eu mudasse, perderia tudo.


Seria interessante fazer um teste, e eu estava disposto a fazê-lo. Comecei a mudar meu comportamento, mostrar o que penso. A minha felicidade começou a se transformar numa tristeza profunda. Meus sorrisos começaram a ficar cada vez mais raros e conforme isso acontecia, eu comecei a ficar rude e ignorante. As pessoas começaram a se afastar de mim. Meus três melhores amigos Amaterasu, Chikako e Akihiko foram embora. Deles apenas ficou Akihiko. Os outros dois estranharam com a minha verdadeira forma, meu verdadeiro eu. Isso me chocou, mas o que eu pude responder eram apenas ignorâncias. Eu falava como se eu soubesse da resposta, eu não sabia. Mas eu suspeitava. Algo do fundo, bem dentro de mim, sabia que isso iria acontecer.


Em uma hora, hora exata do almoço, enquanto as pessoas comentavam sobre as coisas, sobre revistas, sobre mim chamei Akihiko, o qual eu apelidava de Aki. Seus cabelos loiros e seus olhos de mesma cor eram encantadores e felizes, me pergunto como ele conseguia.

Chegando perto de minha mesa, ele pegou a cadeira a minha frente e virou de frente para mim. Eu o olhava sério, meus cabelos pretos estavam com presilhas brancas e meus olhos marrons claros o fitavam.


–O que foi Etsu? – meu nome era Etsuko, então ele apenas apelidou deste jeito.


–Por quê?

–Por que o que?

–Por que continuou ao meu lado, quando eu mudei drasticamente?

–Sinceramente, não acho que mudou. Sempre quando eu estava ao seu lado, você parecia distante. Por mais que você esteja falando que estava bem.


–Eu mudei tanto, e você continua aqui. É uma aposta com alguém ai?


–Não. Com certeza não.

–Então por que?

–Já te disse, não disse? – me olhou sério, mas ao mesmo tempo sereno

Fiquei mudo... Como? Essa era uma das perguntas que mais me incomodavam. Ele sempre ficou no meu lado, e isso estava se tornando irritante. Mas, eu sempre deixo isso de lado. Não irei fazer diferente desta vez.


Algo sempre me intrigava naquele garoto, ele era mais alto que eu. E sempre vinha com um sorriso, será que a palavra problema não existe pra ele? Será? Se não existisse, eu queria poder falar com ele. Eu estou necessitando, falar com alguém.


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Em todo fim de aula, eu ia ao terraço. Ficava olhando a cidade de lá, o quanto era bonita. O vento que batia lá era frio e revigorante, parecia que queria espalhar as coisas, espalhar qualquer coisa. Mas não espalhava minhas perguntas, não espalhava o que eu realmente queria entender. Era como se fosse pedras, e por mais que o vento tentasse fazê-las se espalharem, nada acontecia.


Quando batia o sinal, eu voltava rapidamente. Sempre sentado nas escadas, estava Akihiko. Sempre que eu o perguntava o porquê de ele está ali, ele sempre dizia “Estava te esperando, Etsu-kun”. Ao invés de descer as escadas e fazê-lo me seguir, sentei ao seu lado. Eu olhava para baixo, esperando que ele começasse a conversa. E por minha sorte, ele começou.

–Ei, Etsu, eu sei que você tem algum problema. Por favor, me diga! Eu sou seu amigo, desde muito tempo certo? Já está na hora de você aprender a confiar em mim! Vamos.

Ah, é certo. Eu esqueci. Akihiko era o meu amigo de infância. Nós nos conhecemos realmente há muito tempo. Eu lembro que ele sempre me fazia sorrir, quando eu chorava. E ele parecia se divertir ao meu lado, pena que essa inocência toda, de minha parte, foi embora.


–Só irei te dizer uma coisa, tá bem?

–Tá, por favor, fale. – Ele se aproximou de mim e levantou minha cabeça, segurando em meu queixo. Eu corei um pouco.


–Sabe quando você não encontra mais motivo para viver?

–O que? – parecia surpreso, e confuso.


Desci as escadas e fui diretamente para a aula.

–É isso que eu sinto. – Sorri tristemente.

Continuei a descer as escadas, o mais rápido que eu pude. As lágrimas pediam loucamente para sair de meus olhos, eu tentava fazê-las ficarem quietas. Apenas algumas conseguiam escapar. Eu as limpava o mais rápido possível. Como o sinal tinha tocado, cheguei à sala, onde várias pessoas estavam lá e olhavam para mim com desgosto. Apenas sorri e depois deste sorriso, minhas lágrimas saíram totalmente. Fechei a porta da sala e voltei correndo para o terraço. Esbarrei em uma pessoa, acho que era Akihiko, mas não liguei. Chegando no terraço, eu me debrucei no ferro que não nos permitia cair. Sorrindo toda hora e chorando, eu brincava.


Naquela hora, minha cabeça se enchia com vários pensamentos de apenas uma frase. A frase era “Se eu pular, vocês não sentiriam minha falta,certo?”. Coloquei minha perna, depois a outra e todo o corpo para depois daquele ferro. Rindo alto, eu decidi cair. Antes de cair, vi que Akihiko havia entrado no terraço desesperadamente. Se ele sentisse minha falta, estaria tudo bem então. Pelo menos, em alguma pessoa eu causaria algo. Causaria saudade.


–Ne, Akihiko. Por favor, sinta minha falta, ta?

Derrubei o meu corpo. Era um adeus.

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O menino de cabelos loiros e olhos serenos amarelos seguraram a mão do menor com força, o puxando e deitando no chão o abraçando. Suas lágrimas quentes molhavam a roupa daquele que queria se jogar. Ele sentou e ainda estava abraçando o menor.


–O que você tem na sua cabeça IDIOTA? Se jogar assim, sem ao menos perceber com o que os outros iriam sentir. Sabe, É CLARO que eu vou sentir sua falta. Eu vou sentir falta de todas as vezes que tento te trazer pra perto de mim. Então, não morra seu idiota. Quero, quero você perto de mim. Então não fuja, não fuja Etsuko.


–Eu não quero isso! Não quero! E só você sentiria minha falta! Por que?

–Deixe-me preencher esse vazio. Deixe-me tirar sua dor. Deixe-me ser o seu todo!

Etsuko apertou a camisa dele e todo o seu sentimento pesado saiu. Lágrimas saiam deles dois. Akihiko tocou os lábios dele. Pedindo passagem com a lingua que foi rapidamente concedida pelo menino frágil. O beijo se juntava com as lágrimas, a respiração era a mesma. Logo se desfizeram do beijo. Sorrindo, o maior tocou levemente o rosto do menor, o acariciando e o fazendo ficar confortado.

–Vai ficar tudo bem, eu prometo.

-Sim!


Etsuko balançou a cabeça positivamente, colocando a mão sobre a de Akihiko. As perguntas, foram finalmente respondidas. E o vazio, preenchido.



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Notas finais do capítulo

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