A Minha Vida Em Mystic Falls - Season 2 escrita por AnaTheresaC


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Today on A minha vida em Mystic Falls S2...
Mystic Falls...
Com uma colher provei o leite e ele queimou-me a garganta, mas não quando acontece quando o leite está muito quente. Queimava-me como se estivesse a ser queimada viva. Quando chegou ao estômago foi como uma explosão dentro de mim.
É cheia...
Foquei-me no meu quarto e o seu batimento cardíaco era quase nenhum.
-Ela está a morrer! gritei e atirei o telemóvel para qualquer lado, correndo até lá acima.
De surpresas...
-O leite estava envenenado disse-lhe. Mas era algo que eu nunca tinha provado. Foi a Katherine, de certeza.
E omissões...
-Podíamos conversar um pouco sobre ti e a tua irmã.
Ela enrijeceu.
-O que queres saber?
De verdades importantes...
-A Demi é minha filha.
-O quê?
-Sim, ela é minha filha, mas não é só isso. Ela também é filha do John Gilbert.



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Capítulo 3

POV Demi Adams

Acordei e olhei para o lado. Damon dormia suavemente, com o seu peito a elevar-se levemente e depois a descer. Beijei os seus lábios e depois cada uma das suas bochechas.

-Podemos ficar para sempre assim? – murmurou ele sorrindo.

-Sim. Nas férias – falei e sorri. – Mas hoje não. A Caroline vai sair do hospital mas eu e a Elena precisamos de organizar a festa de regresso às aulas.

-Esta Mystic Falls… sempre com eventos.

-É – acenei e levantei-me da cama. – É bom a minha tia gostar de ti.

Fui até à sua janela e afastei os cortinados para a luz da manhã entrar.

-Porquê?

-Porque eu assim posso dormir aqui sempre que quiser – disse-lhe e dirigi-me para a porta. – Vou fazer o pequeno almoço e depois sigo para a escola.

-Vou ajudar-te.

-Não – disse rapidamente. – Fica aí na cama até ás dez.

-Olha que fico – falou ele e abriu muito os olhos.

-Não me faças inveja.

Desci as escadas ainda a sorrir. Stefan já devia de ter ido buscar Elena porque não havia nenhum som por toda a casa.

A cozinha dos Salvatore era moderna para o tempo em que a casa tinha sido construída. Tinha armários em tons de beje, mas com ornamentos do século XIX. O balcão no centro da cozinha era de mármore com madeira escura. Tirei do frigorífico o leite e cortei pão para fazer torradas. Aqueci o leite mas à medida que ele foi aquecendo notei um cheiro estranho. Com uma colher provei o leite e ele queimou-me a garganta, mas não quando acontece quando o leite está muito quente. Queimava-me como se estivesse a ser queimada viva. Quando chegou ao estômago foi como uma explosão dentro de mim e eu só tive tempo de tentar gritar:

-Damon!

Apoiei-me no balcão da cozinha e tentei respirar, mas o cheiro inebriou-me e eu comecei a ficar confusa. Não sabia o que se estava a passar comigo. Só sabia que o meu corpo todo ardia por dentro e o resto era tudo muito confuso.

-Demi! – ouvi o meu nome muito ao longe, mas ainda consegui focar Damon.

-Tira-me… daqui – forcei-me a dizer e ele pegou-me ao colo. Subiu as escadas e deitou-me na sua cama.

-O que aconteceu?

-Não sei.

-Demi, porque raios é que o teu batimento cardíaco está a abrandar velozmente?

Ouvi o que ele dizia, mas não fazia sentido. Fechei os olhos, desistindo de tentar entendê-lo.

-Demi!

POV Damon Salvatore

-Demi! – gritei por ela, mas ela fechou os olhos completamente. O seu batimento cardíaco estava tão lento que eu sabia que ela não iria sobreviver muito mais se não fizesse alguma coisa.

Telefonei a Stefan.

-O que foi? – perguntou ele.

-Demi – disse numa só palavra. – Ela desmaiou porque provou qualquer coisa que estava na nossa casa e… Katherine.

Era a única solução. Ela devia de ter tido tempo ontem à noite para envenenar a comida.

-O que ela comeu? – perguntou Stefan.

-Não sei.

Corri até à cozinha e o leite ainda estava no fogão a aquecer e havia uma colher caída no chão com uma mancha branca. Peguei nela e desliguei o fogão. Provei o leite e realmente tinha um sabor estranho, demasiado forte para ser leite, mas não tão forte para ser verbena.

-Stefan – disse, chegando o telemóvel ao ouvido.

-E então?

-O leite tem alguma coisa, mas não é verbena.

-Ele não é uma vampira, Damon.

-Eu sei, mas tu sabes que… - parei. Stefan não sabia. Nem Stefan, nem Elena. Quem apenas sabia era Bonnie, eu e a tia dela.

-Pode ter sido um veneno qualquer que a Katherine usou. Quais são os sintomas dela? – perguntou ele, preocupado.

Foquei-me no meu quarto e o seu batimento cardíaco era quase nenhum.

-Ela está a morrer! – gritei e atirei o telemóvel para qualquer lado, correndo até lá acima. Eu não sabia o que podia ser, mas tinha que tentar qualquer coisa. Mordi o meu pulso e forcei-a a beber. No início custou, mas depois o meu sangue foi descendo pelo tubo digestivo e quando chegou ao estômago começou a fazer efeito. O ritmo cardíaco aumentou e as suas faces começaram a ficar com cor outra vez.

Ela abriu os olhos e engasgou-se. Sorri com as lágrimas a escorrerem-me pelos olhos, feliz por ela ter aberto aqueles olhos castanhos cativantes.

-Damon – falou ela e abraçou-me. Rodeei-a com os meus braços e apertei-a o mais que pude mas de maneira a não a magoar. Só queria senti-la ali, comigo, viva e com um coração a bater.

-O que te aconteceu? – perguntei-lhe.

-Não sei – falou ela e apoiou a sua testa no meu ombro. Apertou-me as mãos com força e respirou fundo. – Mas gostava de saber.

-O leite estava envenenado – disse-lhe. – Mas era algo que eu nunca tinha provado. Foi a Katherine, de certeza.

-Ela sabe que eu sou uma ninfa – falou ela e no início não fiz a conexão ás coisas. – Aquela erva… beladona. É a única hipótese.

Sim, podia ser. Eu e ela já tínhamos falado sobre essa erva. Os sintomas estavam todos lá e Katherine sabia que ela era ninfa, porque ela tinha conhecido a Lilliane. Aquela bitch está morta.

-Estás bem para ir ás aulas? – perguntei-lhe.

-Sim, estou. Só vou tomar o pequeno almoço ao Grill ou isso.

-Eu vou contigo – prontifiquei-me.

-Claro – acenou ela e voltou a abraçar-me.

-Demi, eu é que estive a ouvir o teu coração a fraquejar e estás com medo de perder?

-Aquela Katherine… e a Lilliane. Tenho medo, Damon. O que elas podem fazer?

Afastei-a do abraço e obriguei-a a fitar os meus olhos.

-O que nós temos mais ninguém tem. Não vão ser duas vadias que apareceram do nada que vão mudar o que eu sinto por ti.

-Mas tu já sentiste algo por elas.

-À 145 anos atrás. Tu mudaste isso, Demi. Tu és única para mim – disse-lhe limpando as lágrimas que escorregavam pela sua face. – Queres mesmo ir ás aulas?

Ela fechou os olhos com força e respirou fundo.

-Eu tenho que ir. Preciso de normalidade, Damon. Preciso de fazer coisas humanas ou então vou enlouquecer – disse ela e afastou-se de mim para ir à casa de banho.

Segui-a, ainda preocupado com ela.

-Se sentires alguma coisa de estranha telefona-me, está bem?

Ela acenou com a cabeça.

-Também tenho o Stefan e a Elena – ela sorriu para mim mas depois ficou alarmada. – Eles ainda não sabem. Achas que devia dizer-lhes?

-Acho que nesta altura do campeonato, eles saberem o que tu és será uma vantagem.

Ela concordou comigo e depois de mudarmos de roupa levei-a à escola.

-Apareço por cá assim que terminarem as aulas, está bem?

-Claro que sim. Tchau – disse ela e selou os nossos lábios com um beijo rápido.

Vi-a entrar no edifício da escola e segui para casa dela. Toquei á campainha e Melinda abriu-me a porta.

-Damon! Que surpresa. Em que posso ajudar-te? – perguntou ela, impedindo-me de entrar com um braço estendido a atravessar a porta.

-Precisamos de falar. É da tua conta.

-E o que é da minha conta?

-Demi.

Ela mudou de expressão e deixou-me entrar. Fomos para a cozinha porque ela ainda estava a terminar de fazer o pequeno almoço.

-O que tem ela?

-A história é muito longa, mas resumidamente, ela e Elena são doppelgangers.

Ela fechou o armário dos pratos, surpresa.

-Oh, a Elena também é?

-Isso significa que já sabias que a Demi era?

-Sim, já – confirmou ela. – Já tinha visto uma foto de uma jovem igual a ela. O nome dela era Lilliane.

-Sim, exato. Ela era bastante amiga da Katherine Pierce, a vampira que me transformou a mim e ao meu irmão.

-Hum. E porquê o agora de falar sobre elas?

-Porque elas voltaram.

Ela aproximou-se de mim e inclinou a cabeça.

-O quê?

-Sim. Katherine e Lilliane estão de volta. E pelos vistos, os alvos são a Elena e a Demi.

-O que elas querem delas?

-Não sei. Mas o que eu sei é que Katherine envenenou a comida que eu e o meu irmão tínhamos em casa. A Demi tem uma suspeita que seja beladona pelos efeitos que lhe causou mas eu…

-Ela provou beladona? – perguntou ela, chocada.

-Sim. Foi um acidente, Melinda! – falei rapidamente. – Sabes que nunca faria uma coisa destas a ela.

Ela respirou fundo e olhou-me bem nos olhos.

-Sim, eu sei disso.

Mais uma vez, senti aquela vibração verde e quente a passar dela para mim, que me fez um arrepio na espinha.

-Preciso da tua ajuda.

-Em quê?

-Preciso de saber se a Katherine envenenou mesmo a comida lá de casa. Não é saudável para a Demi e podíamos conversar um pouco sobre ti e a tua irmã.

Ela enrijeceu.

-O que queres saber?

-Não é o que eu quero saber. É o que a Demi quer saber.

Ela baixou o olhar e sentou-se numa cadeira.

-Damon, agora quem precisa de ajuda sou eu.

Fiquei atento ao que ela dizia.

-O que eu vou dizer só pode ficar entre nós. A Demi não pode saber.

-Como assim?

-Se a Demi ficar a saber vai ser muito mau para ela.

-Estou a ouvir – disse e sentei-me ao lado dela. O assunto era sério, sentia isso e via isso nos olhos dela.

-A Demi é… minha filha.

-O quê?

-Sim, ela é minha filha, mas não é só isso. Ela também é filha do John Gilbert.

Pestanejei os olhos muitas vezes, sem querer acreditar no que estava a ouvir.

-A história não acaba aqui. A minha irmã teve um caso com Mason Lockwood quando já estava noiva do Cameron. E isso resultou no Kellan.

-E porque é que ela não pode saber disso?

-Porque ela iria odiar-me, eu sei disso.

-Mas ela pensa que a mãe dela está morta! – exclamei.

-A mãe dela está morta! – disse ela no mesmo tom. – Para todos os efeitos, a mãe dela morreu naquele acidente de carro. Eu não sou mãe dela, não posso ser. Posso ser a tia que fecha os olhos para o namorado que dorme na cama dela, mas não posso ser a Tiara. Ela era tão boa naquilo que fazia! Eu não consigo ser como ela, Damon.

-Eu não sei se consigo manter isto escondido da Demi – falei e aproximei-me da janela da cozinha que tinha vista para o jardim.

-Por favor, Damon! – implorou ela soltando um soluço e vindo para o meu lado. – Tudo o que ela conhecia sobre família seria arrancado dela. Ela já perdeu muito, não pode perder mais isto.

John Gilbert… bem, ele realmente era um safado, han? Se John era pai de Elena e de Demi, isso faria delas meias irmãs. Como é que eu iria esconder isto dela? Demi perceberia que algo se passava comigo, que eu lhe estava a esconder algo, ela sabia sempre.

-Então ela e a Elena são irmãs – disse-lhe. – Como é que és capaz de viver todos os dias com ela no mesmo teto e não lhe dizeres que ela afinal tem uma mãe e um pai e uma irmã? Como?

-Damon, tenta entender o meu lado.

-Eu entendo – falei e era verdade, mas eu compreendia o da minha namorada, e esse era o mais importante. – Mas eu também entendo o da Demi. Ela não consegue passar pelo cemitério sem ficar com lágrimas nos olhos, ela fica toda sentimental quando alguém morre. Ela não ultrapassou a morte dos pais adotivos dela!

-Eu sei, eu sei! – disse ela. – Mas por favor, Damon, se ela ficar a saber eu não sei o que ela pode fazer.

Ouvi o baque de uma porta a fechar-se e fui até à porta. O carro da Demi estava a arrancar pela rua fora em alta velocidade. Na curva ele patinou para a faixa contrária e um carro parou de repente fazendo os travões chiarem.

POV Demi Adams

Não, não, isto não me podia estar a acontecer! Porque raios é que eu tinha decidido ir a pé até casa da tia Melinda para lhe pedir informações? Porque não tinha ficado com Elena e Bonnie na escola? Porquê?

Entrei na auto estrada, rumo a NY. Eu precisava de estar em casa para pensar. Na minha casa. Na casa onde os meus verdadeiros pais viveram comigo e com o meu irmão. Segurei o volante com mais força e preguei a fundo no acelerador. Não me queria importar se ia apanhar multa ou ter um acidente, tudo o que me importava agora era ficar bem longe de Mystic Falls.

O meu telemóvel tocou mas eu não atendi. Então, senti o meu carro a ir mais para a frente e assustei-me. Olhei pelo espelho retrovisor e Damon estava no seu carro com um olhar de… vampiro. Suspirei. Não me importava. Ele avançou para o meu ponto cego e bateu no carro. Ele patinou, mas eu mantive a trajetória, completamente assustada. Eu ainda tinha o sangue dele no meu sistema e se morresse… não, eu não queria ser vampira.

Respirei fundo e comecei a desacelerar até parar o carro à berma da estrada. Saí do carro e ele estacionou o carro dele atrás do meu.

-Mas que raio! – exclamei avançando para ele. – Não me podes deixar em paz?

-Não – rosnou ele e beijou-me furiosamente. No início resisti, mas depois percebi que iria perder, por isso entreguei-me a ele. Era um beijo profundo e furioso, cheio de sentimentos revoltosos e, isto assusta-me, vampiresco. Pela primeira vez percebi que ele era realmente um vampiro, um predador e isso era perigoso. Mas ao mesmo tempo excitante, porque nunca sabia o que ia acontecer a seguir. Quando nos separámos ambos estávamos ofegantes e ele ainda tinha o queixo cerrado e erguido.

-Eu só quero ficar um tempo sozinha – argumentei. – Por favor.

-Um tempo sozinha não é fugires de Mystic Falls.

-Damon, tenta entender, ela é minha mãe e a Elena é minha meia irmã! – exclamei. – Tudo o que preciso é de tempo para digerir tudo.

Ele pegou-me nos braços e encostou-me ao porta bagagens do meu carro.

-Damon! – exclamei e tentei libertar-me.

-Demi, eu tenho muitos problemas agora para lidar e tu fugires de mim não é a melhor solução.

-Eu não estava a fugir de ti! – gritei. – Eu estava a fugir de… de…

-Se quisesses pensar convenientemente, podias ter ido a correr para minha casa e fechares-te no meu quarto. Isso sim era pensar!

-Tu não me irias dizer a verdade – acusei-o.

-Não. Iria forçá-la a dizer-te – falou ele rapidamente. – Eu acho que tu deves de dar meia volta e ires ter com a tua tia, ou mãe, não importa. Vocês precisam de falar.

Olhei para o chão. Não queria ter que voltar àquela casa e enfrentá-la. Eu pensei que a minha verdadeira mãe tivesse morrido, aliás, que toda a minha família á exceção dela tivesse morrido, e afinal eu tinha uma mãe, um pai e uma meia irmã.

-Preciso de ir falar com a Elena – disse finalmente. Ela, de todas as pessoas que se encontravam em Mystic Falls, iriam compreender. Afinal, John e Isobel são os pais biológicos dela e estão vivos.

-Está bem – concordou ele e abriu-me a porta do carro. Entrei, e voltei para Mystic Falls.


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Notas finais do capítulo

Como todas adoramos o Mason, e eu ainda não perdoei a Julie e o Kevin por o matarem, decidi colocá-lo um pouco mais na fanfic. O que acham?
Bem, próximo capítulo vai ser assim...
Next Tuesday...
Bem vindos à feira de Carnavel de Mystic Falls...
-Elena, eu não sei como hei-de dizer isto mas eu descobri uma coisa que nos pode mudar ás duas.
Bonnie colocou os peluches em cima da mesa e olhou para mim. Elena fez o mesmo, e eu fitei apenas Elena.
-Tu e eu somos parentes.
Houve um grande silêncio entre nós as três e foi Bonnie que o interrompeu.
-Como assim parentes?
-John Gilbert é teu pai comecei. E ele também é meu pai.
Virás pelas revelações...
Segui o som e encontrei imensas pessoas a ver um braço de ferro. Damon estava de costas para mim, também a observar o seu irmão a fazer braço de ferro com Mason Lockwood. Aproximei-me dele e Stefan perdeu. Arregalei os olhos surpreendida por ele ter perdido.
Mas ficarás para ver o desenlace...
Encontrei Damon abraçado a Caroline e com uma estaca pronta para desferir o golpe que seria fatal para ela.
-Não! gritei e ao mesmo tempo Stefan apareceu do nada e empurrou Damon para fora do alcance de Caroline.



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