A Minha Vida Em Mystic Falls - Season 2 escrita por AnaTheresaC


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

7 páginas de Word. É por isso que eu demoro tanto a escrever esta fic, desculpem.
Feliz Ano Novo!



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Capítulo 19

POV Demi Gilbert

Acordei com cordas nos meus pulsos. Doía muito e já não sentia as pontas dos dedos. Os meus tornozelos também estavam na mesma situação, mas não estavam tão apertadas.

Olhei em volta. Elena estava no outro sofá, numa posição muito estranha.

-Elena… - murmurei, já que não me conseguia mexer.

Ela tremeu os olhos e abriu-os um pouco.

-Demi – gemeu ela e olhou em redor.

-Elena… onde estamos?

-Chiu – disse ela, num sussurro. – Vampiros.

Acenei com a cabeça. Ela veio até mim e desamarrou-me.

-O que fazemos? – indaguei, num sussurro.

-Corremos – disse ela, sem emitir um único som. Anuí com a cabeça e levantámo-nos.

Subimos as escadas e havia um pequeno corredor depois de passarmos pela porta. Havia duas pessoas, um homem e uma mulher ao fundo do corredor, a falar numa divisória. Tínhamos que ter cuidado porque não havia porta e eles podiam ver-nos a qualquer momento.

-E é isso, Trevor – disse a mulher. – Ele recebeu, ou não. Só podemos esperar.

Eu e Elena começámos a avançar. Ela ia à frente e olhava para eles, atentamente.

-Não é tarde demais! Podemos deixá-las aqui! Não temos que fazer isto.

-Estou cansada de fugir! – disse a mulher e eu reparei que ela tinha cabelos pretos, curtos e espetados para fora.

-Sim? Bem, fugir impede-nos de morrer!

-Elijah é da velha escola. Se ele aceitar o nosso acordo, estaremos livres.

Eu pisava exatamente onde Elena pisava, com medo de alguma daquelas madeiras velhas rangerem sob os meus pés.

Mas uma madeira rangeu, precisamente quando já estávamos na esquina para fugirmos.

-Vocês! – gritou a mulher e veio até nós. – Não há nada por quilómetros. Se acham que conseguem sair desta casa, estão erradas, percebem?

-Quem é Elijah? – indagou Elena.

-É o teu pior pesadelo – respondeu ela e foi-se embora.

Voltámos para a sala, e eu sentei-me numa poltrona.

-Temos que fazer alguma coisa – falei.

-Eu sei. Mas o quê? – disse a minha meia irmã, desesperada, andando de um lado para o outro da sala. – Já sei.

Ela saiu da sala, e eu segui-a. Ela foi até onde a mulher estava.

-Porque estamos aqui? – indagou ela, sem paciência para joguinhos.

-Continuas a fazer perguntas como se eu fosse respondê-las.

-Porque não responderias? – falei e dei um passo em frente, colocando-me á frente de Elena.

-Tu pegaste-nos – disse Elena.

-Não é como se fôssemos a algum lado, o mínimo que podias fazer era dizer o que queres de nós – afirmei, vendo-a a colocar grandes quadrados de madeira nas janelas. Ela não tinha um talismã para a proteger do sol.

-Pessoalmente, não sou nada – disse ela, e parou junto a mim. – Foste um dano colateral. Em breve iremos livrar-te de ti.

Aquilo arrepiou-me e ela virou-se para Elena:

-Sou apenas um serviço de entrega.

-Entrega para quem? Elijah?

A mulher foi até uma mesa, que estava cheia de pó.

-Dois pontos para a curiosa.

-Quem é ele? – interroguei, aproximando-me dela e vendo o que ela estava a fazer. – É um vampiro?

-Ele é um dos vampiros originais.

-O que queres dizer com “originais”? – indagou Elena.

-Outras vezes com as perguntas! Os Salvatore não vos ensinam história dos vampiros?

-Conheces Damon e Stefan? – perguntei.

-Ouvi falar deles. Há cem anos atrás uma amiga minha tentou juntar-me com Stefan. Ela disse que ele era um dos bonzinhos – respondeu ela, virando as páginas de um livro. – Tenho mais uma queda pelos maus, mas vario.

-Quem são os originais? – inquiri, pegando num livro e fazendo o mesmo que ela. – Ao menos podes dizer-nos isso.

-Trevor e eu fugimos há 500 anos. Estamos cansados, e queremos que isso acabe. Estamos a usar a tua amiga para negociar uma antiga confusão – respondeu ela, fechando o livro e olhando-me intensamente. Eu não desviei os olhos por um segundo que fosse, apesar de me sentir arrepiada, e só querer fugir dali.

-Porquê eu? – Elena aproximou-se de nós, e fez Rose desviar o olhar para ela.

-Porque és uma doppelganger Petrova. És a chave para quebrar a maldição.

-Maldição? – queria ter a certeza que tinha ouvido bem.

-A maldição do Sol e da Lua? – disse Elena.

-Conheces a história – afirmou a vampira.

-O que queres dizer com “sou a chave”? A selenita é o que quebra a maldição.

-Não. A selenita é o que liga a maldição. O sacrifício é o que quebra. O sangue da doppelganger. Tu és a doppelganger – disse ela, diretamente para a Elena. – O que significa que para quebrar a maldição, tu tens que morrer.

Rose continuou a explicar que tudo tinha começado com Katerina Petrova. Trevor (o companheiro dela) tinha-se apaixonado por ela, e então tinham-na salvado, irritando os Originais.

Irritada com aquilo tudo, voltei para a sala. Havia um bilhete no sofá de Elena, e eu peguei.

Stefan e Damon estão a caminho – B.

Sorri. Eles vinham-nos salvar!

Elena, Rose e Trevor apareceram, e ele parecia realmente nervoso.

-Isto foi um erro.

-Eu disse-te que iria tirar-nos disto, tens que confiar em mim.

-Não! Ele quer-me morto!

-Ele quere-a mais!

-Não posso fazer isto! Entrega-a a ele, ele terá misericórdia de ti, mas eu tenho que sair daqui! – exclamou Trevor, andando de um lado para o outro da sala. Rose parou-o.

-Ei! O que somos nós?

Ele respirou fundo e respondeu:

-Somos família. Para sempre.

Ouviu-se três batidas numa porta e Rose falou:

-Fica aqui com elas. E não faças um único som.

Ela saiu e Trevor sentou-se numa poltrona, a bater com os pés no chão nervosamente. Cutuquei Elena e mostrei-lhe o bilhete entre o espaço de nós as duas. Ela sorriu esperançosa. Eu estava muito mais calma. Voltei a guardar o bilhete no bolso, e foi nessa altura que um homem apareceu no início da escadaria.

Eu e Elena levantámo-nos rapidamente, assustadas com aquela aura estranha que ele tinha. Eu sentia, apesar dos meus poderes estarem enfraquecidos por causa da beladona que me deram. Ele correu até nós, até Elena e cheirou-lhe o pescoço. Ele era terrivelmente intimidante. Pensei que ele ia matá-la naquele momento, mas ele recuou e olhou para o nada.

-É humana. É impossível – olhou Elena com um brilho perigoso nos olhos. – Olá.

Peguei na mão de Elena, com lágrimas nos olhos.

-Temos uma longa viagem á nossa frente – disse ele. – Devemos ir.

Elena virou-se para Rose.

-Por favor, não deixem que ele me leve! – implorou Elena.

Comecei a chorar e apertei a mão da minha meia irmã. Elena ia morrer às mãos daquele homem misterioso e terrível.

-Uma última etapa de negócios, e estamos terminados – disse ele e dirigiu-se a Trevor, que já estava em pé e de cabeça baixa.

-Esperei tanto por este dia, Elijah – falou Trevor. – Eu realmente sinto muito.

-As tuas desculpas não são necessárias – disse Elijah.

-Sim, são – Elijah começou a andar à volta de Trevor. – Confiaste-me Katerina, e eu falhei para consigo.

-Sim, tu és o culpado, e Rose ajudou-te porque ela era leal a ti, admiro isso – ele parou de frente para Trevor. Rose estava muito assustada e Elena apertava com igual força a minha mão. – Onde estava a tua lealdade?

-Eu imploro o seu perdão – disse Trevor.

-Concedido – falou Elijah e com um movimento que não captei, ele decapitou Trevor.

-Oh! – ofegou Elena e abraçou-me com força, soluçando. Rose quase caiu das escadas, chorando e gritando por Trevor.

-Tu! – disse ela, dirigindo-se a Elijah.

-Não, Rose – avisou Elijah – Agora, tu estás livre.

-Como podes? – gritei, acima dos guinchos de Rose. – Ele pediu o teu perdão!

Elijah virou-se para mim e inclinou a cabeça, sorrindo como se apreciasse o meu ataque de fúria.

-Porque fizeste isso?! Logo à frente da pessoa que mais o amava!

-Ah, esta é a tal ninfa que me disseste – disse ele, mas estendeu a mão a Elena, que continuava abraçada a mim. – Vem.

-E a selenita? – indaguei, antes que ele roubasse Elena do meu abraço.

Ele parou logo.

-O que sabes sobre a selenita?

Não falei. O acordo estava no ar, ele entendeu-o.

-Posso ajudar-te a pegá-la.

-Diz-me onde está – pediu ele.

-Não funciona assim – semicerrei os olhos. Os meus poderes estavam muito fracos, quase não funcionavam, mas se ele fizesse alguma coisa, eu conseguiria impedi-lo.

-Estás a negociar comigo? – indagou ele, cruzando os braços. Ele olhou para Rose, que ainda estava desmanchada em lágrimas. Elena desfez o abraço, e olhou-o sem medo.

-É a primeira vez que oiço isso.

Ele olhou para Elena, e percebi que ele estava a tentar compeli-la a dizer onde a selenita estava. Era esperto, ele sabia que o que eu soubesse, ela sabia.

-O que está esta verbena a fazer no teu pescoço? – disse ele, e arrancou-lhe o colar. Pegou-lhe na parte de trás da cabeça com a mão, e apesar de Elena resistir, ela teve que ser obrigada a olhá-lo nos olhos. – Diz-me onde está a selenita.

-Na tumba, debaixo das ruínas da igreja.

-O que está a fazer lá?

-Está com Katherine – respondeu Elena.

-Interessante.

Um vidro partiu-se no andar de cima.

-O que foi isto? – indagou ele para Rose.

-Não sei.

-Quem mais está nesta casa?

-Não sei – respondeu ela.

Ele olhou para mim e pegou em Elena com força, forçando a nossas mãos a separarem-se.

-Mexam-se! – disse ele e eu segui-os, só mesmo por Elena. Para onde ela fosse, eu iria, não ia deixá-la nas mãos daquele psicopata misterioso.

Fomos até ao hall e começaram a haver vários borrões, rastos de vampiros que passavam a alta velocidade por nós. Elena conseguiu desenvencilhar-se de Elijah e correu até mim. Abracei-a com força, com medo que aqueles vampiros não fossem Damon ou Stefan.

-Rose – disse ele, muito tenso.

-Eu não sei quem é – respondeu ela, também assustada.

-Aqui em cima – era a voz de Stefan. Respirei fundo. Eram eles, eles iriam salvar-nos!

Elijah subiu as escadas.

-Aqui em baixo! – falou Damon e eu sorri.

Uma estaca de madeira voou e foi parar á mão de Elijah. Ele olhou para a estaca e tirou-a com calma, mas vi a fúria e a impaciência nos seus olhos.

Elena e Rose desapareceram. Fiquei sozinha, com Elijah. Ótimo, qual era o plano deles? Deixarem-me sozinha com aquele psicopata?

-Com licença – disse ele, descendo as escadas e pegando-me no braço com extrema força. – A todos os interessados, estão a cometer um grande erro se pensam que me podem derrotar… porque não podem. Ouviram isso? Eu repito: não me podem derrotar.

Ele arrancou um bengaleiro que estava ao lado na porta, que era de madeira e atirou-me para o chão. Bati com força na cabeça, e até vi estrelas.

-Eu quero a rapariga. Não a que me deixaram, quero a doppelganger – ele começou a tirar o suporte para os casacos. – Vou contar até três… e cabeças começarão a rolar! Estamos entendidos?

Elena apareceu no topo das escadas com os braços cruzados. Reparei que ela tinha uma granada de verbena.

-Eu vou contigo. Só não magoes os meus amigos, eles só me queriam ajudar.

Ele subiu as escadas rapidamente, fazendo Elena ofegar e dar um passo atrás. Damon apareceu na sombra das escadas. Colocou um dedo nos lábios para mim, e eu fiquei calada. Ele estendeu a sua mão e com o indicador pediu-me para ir até ele.

Levantei-me, sentindo uma tontura gigante. Olhei para Elijah e Elena. Os dois estavam demasiado focados neles mesmos. Então, Elena tirou a gravilha da granada e atirou em Elijah. Eu corri até Damon e abracei-o com força.

Stefan e Elijah caíram das escadas, mas Elijah levantou-se primeiro, e então Damon puxou-me para trás dele, e com o bengaleiro acertou em cheio no peito de Elijah. O psicopata ofegou e Damon prensou-o contra a porta principal, onde ele começou a dissecar.

Respirei fundo. Aquele pesadelo tinha acabado.

-Estás ferida? – indagou Damon e eu corri para abraçá-lo. Atirei-me para os seus braços, a chorar como uma madalena arrependida.

-Estou bem, estou bem.

Coloquei as minhas mãos no seu rosto, a afundei-me nos seus olhos azuis.

-Pensei que ia morrer quando ele chegou.

-Está tudo bem, estou aqui. Está tudo bem – ele sossegou-me e voltei a abraçá-lo.

-Eu sei, agora está tudo bem.

©AnaTheresaC


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Elijah apareceu!
Feliz Ano Novo!
XOXO,até para o ano! (dia 6 de janeiro)



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