NPOT - O começo de uma nova vida escrita por AndyiHoshyi


Capítulo 7
A história de Tori


Notas iniciais do capítulo

Yo Minna! Gomennasai pela demora, espero que não me matem.



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Nos episódios anteriores:



– Então vai ficar assim, Kachiro, você vai se responsabilizar pelas fotos, e de preferência grave também. Katsuo, você fará dupla com o Kachiro. Horio, você e a Osakada vão ficar responsáveis pela armadilha, como vocês são barulhentos dariam mais certo para os dois.

– Ah! A Osakada de novo não! – Reclama Horio.

– Ah! E você acha que eu estou feliz de ter que ouvir essa sua voz irritante o tempo todo? – Retruca Tomoka.

– Está vendo? É por isso que deixei os dois juntos. Só não gritem por aí pra não chamar a atenção do ladrão.

– Ma...Mas...e eu Ryoma-kun? – Pergunta Sakuno.

– É, Echizen, por que colocou a Ryuzaki junto com você? – Perguntava Horio meio que desconfiado.

– U...Ué, eu já não disse que vocês são barulhentos de mais? A Ryuzaki não é escandalosa e ela não fala muito, igual a vocês, e daria mais certo no nosso plano.

– E...o que nós devemos fazer? – Pergunta Sakuno

–... Acho que tenho uma ideia.

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Enquanto isso o ladrão se encontrava na sala da treinadora procurando mais algumas coisas para roubar. Por sorte ele não notou a presença de Ryoma e os outros, já que estava concentrado só em achar alguma coisa.

– Caramba! Não tem mais nada aqui? Preciso pelo menos de mais uma raquete. – Ele olha para um armário grande que tinha ao lado e avista uma raquete de cor roxa, a mesma cor do uniforme da treinadora Ryuzaki.

– Ah! Que sorte que achei! – Diz pegando a raquete e a analisando – Nossa! Ela é mesmo de ótima qualidade! Desculpe, mas não posso te deixar aqui solitária.

Ele fica mais algum tempo na sala da treinadora e depois de um tempo resolve passar em mais algumas salas.

– Próxima sala, hum...vou na sala do 3º ano.

– Olha! Ele tá indo direto para nossa sala. – Diz Horio para Osakada em algum lugar distante.

– É! Pelo jeito ele vai demorar mais um pouco.

– Tá gravando tudo Kachiro? – Pergunta Katsuo para Kachiro em outro lugar perto dali.

– Sim, tudinho.


Ryoma e Sakuno estavam um pouco mais distantes da sala do 3º ano que os outros.


– Ele tá indo pra nossa sala.

– Ele vai demorar mais algum tempo Ryoma-kun.

– Eu sei Ryuzaki, já sei o que a gente pode fazer.

– O que?

– Vem comigo, vamos pra sala da treinadora.

– Mas não é arriscado?

– Se ele vai demorar não é tão arriscado. A gente passa rapidinho fazendo silêncio.

– O...Ok!


Eles começam a andar em direção à sala da treinadora, parando um instante para falar com outros, fazendo um gesto com as mãos, indicando para ficarem, e eles assentiram com a cabeça permanecendo no mesmo lugar. Entraram na sala e fecharam a porta.


– Ryoma-kun, o que está fazendo?

– Procurando duas raquetes. – Diz isso olhando em um armário um pouco menor do que o outro. – Aqui não tem nada. Ryuzaki veja se tem alguma nesse armário! – Ela abre o armário e acha duas raquetes.

– Olha Ryoma-kun! Tem mesmo e são duas.

– Ótimo! Agora só precisamos das bolas de tênis.

– Ok! – Eles demoram alguns minutos procurando e de repente ouve passos se aproximando.

– Kuso! Ele tá vindo.

– E agora? – Sakuno se desespera. Ele a pega pela mão correndo para dentro do armário maior.

– Fica quieta! – Tampando a boca de Sakuno a deixando incrivelmente vermelha.

– Caramba! Eu juro que tinha esquecido uma bola de tênis aqui, será que é só impressão? Hum...Vou lá na sala do 2º, deve ser que esqueci lá. – Dizia o ladrão confuso. – Ai! Cansei, vou ficar um pouco aqui descansando. Essa de andar pela escola toda cansa mesmo.

Isso enfureceu Ryoma, já que estava em um lugar extremamente apertado, apesar de o armário ser grande. O problema nem era por isso, mas sim por estar com Ryuzaki ali colada em seu corpo. Admitiu estar encabulado por estar naquela situação. E a pobre Sakuno, obviamente não se sentia diferente, tentava se afastar o máximo que pode o que era impossível naquele momento. Os dois estavam quase abraçados. Com aquela ação, Sakuno se sentiu estar caindo para trás.

– Doshita Ryuzaki? – Sussurrou Ryoma.

– Ryoma-kun, eu...eu vou cair. – Com medo de cair, ela o agarra com as mãos nos seus ombros. E ele sem pensar a segura pela cintura. Sem querer, concluiu que sua cintura era fina e delicada. Corou ao pensar nisso.

– (Que merda estou pensando?) – Tentou ignorar a cara de espanto da garota e se concentrar no ladrão. – Por pouco você caia, agora não vai cair mais já que está segura.

– Hum. (Mas que confortante! O abraço dele é tão confortante e caloroso!) – Pensava Sakuno encantada, com seus olhos fixos em seu rosto, na beleza do garoto, que agora estava concentrado no ladrão. – (Ai meu Senhor! Ele está tão perto, tão perto, tão...)

– Está tão perto de dar 20:00, daqui a pouco eles chegam em casa. – Dizia o ladrão olhando em seu relógio, parecia preocupado com algo, o que deixou Ryoma meio curioso.

– Eles? Eles quem? – Sussurra pra si mesmo.

– Espera aí! Agora me lembrei onde deixei a bola de tênis, está na sala do 1º ano, como pude esquecer? – Dizendo isso, o ladrão sai da sala.

Ryoma olha para os lados e em cima de sua cabeça ao lado, avista duas bolas de tênis. Sorriu aliviado por ter encontrado antes que o ladrão, como ele não tinha visto? Perguntava-se.

– Ryuzaki, é a hora de nós sairmos. Vamos? – Sakuno estava ainda do mesmo jeito, parecia hipnotizada, não disse uma palavra e nem ao menos o ouvia, isso deixou ele meio preocupado.

– Ei! Ryuzaki, vamos?

– Ah? Claro! – Permanecendo do mesmo jeito.

– Ryuzaki? O que você tem? – Nesse momento chega o ladrão.

– Ah? O que? – Sakuno percebendo o que tinha feito, fica visivelmente vermelha, e com o susto a fez cair pra trás. – AAAAAAAAH!

– AAAAAH QUEM SÃO VOCÊS? VOCÊS NÃO VÃO ME PEGAR! – Diz já saindo correndo.

_Kuso! O que deu em você Ryuzaki?

– Eh?

– Hotoke! Ele não vai escapar. – Diz correndo atrás dele e Sakuno o acompanha.

O ladrão corre desesperado aquele longo corredor que parecia ser uma eternidade, em direção à porta de saída. Bem mais pra frente estava Tomoka e Horio o esperando cair na armadilha dos mesmos. Ainda correndo ele percebe mais a frente a presença de duas pessoas uma do lado da outra. Sugeriu que eles estariam armando alguma emboscada e pulou a corda.

– Kuso! Ele pulou a corda – Pragueja Horio

– E agora Horio? – Diz Tomoka

– HAHAHA! BOA TENTATIVA! – Dizia o ladrão vitorioso não esperando o que lhe esperava.

– Preparada pelo saque Ryuzaki?

– Hai Ryoma-kun

– Então vamos nessa! – Os dois se posicionam ao mesmo tempo para realizar um saque simples, mas pela posição que estavam pareciam dar um impulso maior para realizar um impacto. – Ryuzaki, força hein?

– Hai! Pode deixar! – Os movimentos de ambos pareciam câmera lenta para os olhos dos outros quatro. Não demorou muito e o saque foi realizado. – UAAA! – Acertando em cheio as costas do ladrão, que foi o saque de Ryoma, e na cabeça que foi um saque de Sakuno.

– Shikisho! – Pragueja o ladrão.

– Ne? Mada Mada Dane?...Dorobo-san – Provoca Ryoma – Então, agora me responda onde está a MINHA RAQUETE VERMELHA? – Disse um Echizen já alterado, dando ênfase no final da frase.

– CALMA! CALMA! POR FAVOR NÃO ME ENTREGUE PRA POLÍCIA!

– E por que não? Você roubou a minha raquete preferida e mais um monte de coisas, incluindo as coisas dos meus amigos aqui presentes.

– É ISSO AI! AGORA ME DIZ ONDE ESTÁ O MEU GLOSS ROSA BEBÊ?

– Gloss rosa bebê? Desculpa mas eu não roubei nenhum gloss, e a propósito, o que é um gloss?

– Co...Como assim? Se você não roubou...QUEM ROUBOU MEU GLOSS? – Se desespera Tomoka, fazendo todos ficarem impacientes.

– Espera um pouco! – Sakuno diz isso tirando a máscara do ladrão, revelando um homem.

– Shigeru-san? – Todos dizem espantados por ver o homem conhecido. Era um senhor muito simpático, que faz limpeza pelos corredores do colégio toda manhã.

– Shigeru-san, por que o senhor fez isso? – Pergunta Kachiro indignado

– Gomennasai meninos, eu sei que fiz errado, eu estou muito envergonhado...Os meus filhos adoravam jogar tênis, eles sempre jogavam. – Começou a contar a sua história.

– Nós éramos uma família feliz. Meus filhos sempre foram apaixonados pelo tênis. Jogavam o dia todo.



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Flash Back On



– PEGA ESSA NII-SAN! – Rebate.

– Ha! Ah! Você é muito mole Tori! – Devolve

– Ah! Pare de me caçoar Kuno-niisan e joga sério!

– EI GAROTOS! VENHAM ALMOÇAR! A COMIDA JÁ ESTÁ NA MESA! – Grita Shigeru-san para seus filhos.

– HAAAI OTOOO-SAN!

Já almoçando, eles comentavam sobre o jogo que tiveram. Mais falavam que comiam, e seu pai só chamavam a atenção dos dois.

– Tinha que ver Oto-san, hoje consegui ganhar do Kuno-niisan de 6 a 4

– Que bom filho! Está melhorando!

– Hu! Isso foi pura sorte! Por pouco te vencia, maaaas...admito que você melhorou bastante Tori.

– Honto? Arigatou Nii-san – Agradece Tori sorrindo.

– Tadaima! – Dizia uma voz afeminada e angelical chegando à cozinha.

– Oka-san!

– Olá filhos! Sentiram saudades da mamãe?

– Olá meu amor, sentimos muito a sua falta. – Dizia agora Shigeru

– Sim Oka-san, muito, muito.

– Oh! E então, jogaram muito tênis hoje?

– Sim, hoje eu consegui ganhar do Kuno-niisan de 6 a 4.

– Sério? Nossa Tori-kun, como você melhorou! Estou muito orgulhosa, de vocês dois.



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Flash Back Off



– Mais tarde, minha mulher Akina estava jogando com meu filho caçula, Tori. Ela assim como meus filhos também gostava de ficar jogando tênis. Quando os dois jogavam era como se o tempo parasse, meu filho amava passar o tempo com Akina jogando, no tempo ele tinha dez anos de idade. Era uma época muito feliz, mas depois daquele dia...



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Flash Back On

– Ha! Rebate essa Oka-chan! – Rebate Tori com certa força.

– Mada Mada! – Rebate Akina facilmente.

– Uaaau! Você é muito boa, mas tenta pegar ESSA! – Rebateu essa última com certa força e rapidez que a levou pra bem longe. A bola para no meio da rua, era uma rua muito movimentada.

– Ai! Acho que exagerei um pouco. – Com uma gota na cabeça

– Tudo bem Tori-kun, eu pego a bola. – Akina corre até a bola para buscá-la, mas a mesma atravessa a rua sem olhar para os lados. Quando olha para um lado avista um carro vindo em sua direção.

– ABUNAAAAI! OKAAA-SAAAN – Grita para sua mãe Tori que presencia a cena.

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Flash Back Off


– Foi aí que meu filho parou de jogar tênis e começou a odiar esse esporte. Sem falar que...ele tem um trauma de jogar tênis.

– Eu...sinto muito Shigeru-san – Tenta consolar Sakuno

– Desculpa mas...o que isso tem haver com seu roubo?

– ECHIZEN! – Grita Horio alterado.

– Não, tudo bem, eu já estava chegando aí.


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Flash Back On


Dois dias depois, se encontrava a família no túmulo de Akina, orando. E uma criança de seus 10 anos de idade chorava muito, se sentindo o culpado da grande tragédia.


– Utsu...Utsu...Oto-san...Eu sei que eu sou o culpado de tudo. – Dizia Tori enquanto chorava lágrimas grossas.

– Não, não é sua culpa meu filho.

– É minha sim, por minha culpa ela não voltará nunca mais, nunca mais veremos o lindo sorriso dela. Por culpa do meu forte saque que dei.

– Não diga isso filho, isso foi uma tragédia, mas não se sinta culpado.

– ...Oto-san...Utsu...utsu...EU NUNCA MAIS JOGAREI TÊNIS!

– O que? – Perguntava Kuno indignado.

– FOI O QUE VOCÊ OUVIU NII-SAN, NUNCA MAIS VOU JOGAR TÊNIS! NUNCA!

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Flash Back Off


– Meu filho decidiu descartar o tênis de sua vida, mas era a sua grande paixão, e tentei faze-lo voltar a jogar tênis, mas como somos uma família bem humilde eu não consegui nem comprar uma raquete, e a antiga raquete foi jogada fora no mesmo dia que meu filho decidiu nunca mais jogar tênis. E foi por isso que decidi roubar.

– Oji-san, não é assim que as coisas se resolvem, roubando. Isso pode prejudicar você e o seu caráter, sem falar que seu filho não aceitaria se soubesse que você roubou. E mesmo que você conseguisse roubar, quem garante que ele voltaria a jogar tênis?

– Eu sei Echizen-kun, me perdoe...de verdade, eu só queria ver meu filho feliz outra vez, mas eu não pensei direito quanto a ele voltar a jogar. Por favor! Não me entregue para a polícia! Eu prometo nunca mais voltar a roubar.

– ...Nós não vamos te entregar, Shigeru-san.

– ...Arigatou! Arigatou Gozaimasu!

– Mas antes, pode nos devolver as nossas coisas?

– Ah! Claro, claro, mil perdões!...Mesmo que eu não consiga, tentarei faze-lo voltar a jogar.

– Vamos ajudá-lo Ryoma-kun! – Pede Sakuno

– Quem? Nós?

– É Ryoma-kun, você tem como ajudá-lo, já é quase um profissional. Você pode dar aula pra ele.

– Ryuzaki! – Faz cara emburrada

– Onegai Ryoma-kun, ajude ele! – Ainda implorava Sakuno, quase fazendo bico.

– ...Hunf! Tá legal! Tá legal!

– Arigato Gozaimasu, Echizen-kun. – Agradecia mais uma vez o faxineiro

– Amanhã eu vou à sua casa ás 8:00

– Sim.

– E você Ryuzaki, como vingança terá que vir também.

– EEE?

– É isso aí! Foi você quem me botou nisso.

– Ueee~~ Ryoma-kuuun, seu chatooo! – Sakuno choramingando.



Tsuzuku... ( Continua )...

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Tradução:

Kuso - Merda

Doshita - O que foi?

Hotoke! - Deixe pra lá!

Shikisho - Droga!

Mada Mada Dane? - Ainda não/ Você tem muito que aprender.

Dorobo - Ladrão

Oto-san - Pai

Honto - Verdade

Nii-san - Irmão

Tadaima - Cumprimento usado ao chegar em sua casa.

Oka-san - Mãe

Abunai - Perigoso. Nesse caso "abunai" seria cuidado.

Utsu! - Onomatopéia de choro baixo.

Oji-san - Senhor/ Velho

Onegai - Por Favor!




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Notas finais do capítulo

Hahahaha coitada da Sakuno, kkk até o próximo cap. kissu



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