NPOT - O começo de uma nova vida escrita por AndyiHoshyi


Capítulo 17
O beijo


Notas iniciais do capítulo

Ryoma terá uma conversa com Sakuno e a chama na hora do intervalo, mas a mesma ainda quer evitar contato com o garoto. Preocupado ainda com Sakuno ele a obriga falar tudo, e algo inesperado acontece. Divirtam-se! ^-^



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Mais um dia da semana a vir, e os alunos já estavam todos na sala com o professor passando textos na lousa e fazendo-os terminar dezenas de lições. Mais uma vez a garota de tranças voltava com a sua expressão triste, sem humor. Não importava se estava feliz por um tempo, aquilo sempre voltava de uma vez quando já se estava em seu quarto, sozinha. E o pior é que não podia desabafar para sua melhor amiga e nem para o amor de sua vida. Hoje, antes de sentar em sua carteira, cumprimentou Ryoma com seu costumeiro bom dia, mas apenas isso, e voltou a não falar com o mesmo. Enquanto o professor passava o texto na lousa, Ryoma dava rápidas olhadas em Sakuno, preocupado com ela. Resolve mandar bilhetes no meio da aula.

Bilhete:


Tomoka que analisava o movimento das mãos de ambos dá um pequeno riso baixo, ainda curiosa para saber o que eles tanto queriam esconder.
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No intervalo, Sakuno e Tomoka estavam sentadas no banco perto do jardim, conversando sobre o bilhete.

– Hihihi! Vai! Me conta Sakuno! O que você e o Ryoma-sama estão escondendo tanto para estarem trocando bilhetinhos, hein? – Perguntava Tomoka com um sorriso maroto.
– Hahaha! Nada Tomo-chan.
– Nada...Conta aí vai! Por a caso é algo comprometedor? Ou algo relacionado a beijo? Hahahaha!
– Pare Tomo-chan! Não é nada disso! – Diz Sakuno corada.
– Então o que é? O que ele escreveu lá no bilhete?
– Ai, Tomo-chan! Você é muito curiosa!
– Vai! Conta, conta!
– Não é nada demais! Ele só me perguntou se eu estava bem. Só isso.
– Sei, sei.
– É verdade! ( Aiai! O que será que ele quer falar? Espero que não seja nada sobre o meu humor ).
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No outro dia, quando soou o sinal do intervalo, todos estavam saindo. Sakuno ainda se lembrava de que precisava falar com Ryoma, mas fingiu ter esquecido.

– Vamos, Sakuno! – Chama Tomoka.
– Vamos. – Sakuno já ia sair quando foi puxada pelo braço.
– Eh?
– Onde você pensa que tá indo?
– Ry...Ryoma-kun?
– Precisamos conversar.
– O que foi Ryoma-kun?
– ... – Ele vai até a porta a fechando. – Já se esqueceu que hoje tínhamos uma conversa? Você não estava pensando em fugir, não é?
– ...
– Faz tempo que estou fazendo a mesma pergunta e você insiste em querer mudar de assunto. E eu não estou aguentando mais, Ryuuzaki.
– ...
– Agora, você vai me contar tudo.
– ...O...O que?
– Ryuuzaki, me diga! O que está acontecendo com você?
– Co...como assim, Ryoma-kun? Eu não estou entendendo.
– NÃO SE FAÇA DE DESENTENDIDA! EU SEI MUITO BEM QUE VOCÊ TÁ ME ESCONDENDO ALGO! EU SEI MUITO BEM QUE VOCÊ ESTÁ SOFRENDO DE ALGUMA COISA E INSISTE EM NÃO ME CONTAR!
– Não! Não estou escondendo nada! Eu só... – Nesse momento Ryoma a coloca contra a parede, a encurralando. – Eu não aguento mais te ver assim. Não aguento mais você me dizendo que está tudo bem quando sei que você não está. Não aguento mais te ver com um sorriso falso mostrando que tá bem. Eu quero a Sakuno de volta! Eu quero a verdadeira Sakuno de volta!
– Eh? – Ela arregala os olhos ao ver a emoção do garoto e de repente lágrimas correm em seus olhos. – Ryoma-kun. – Ryoma encara os olhos marejados da garota à frente, e deixou levar pelos seus sentimentos. A beija com toda sua vontade, carinho, preocupação e vontade imensa de protegê-la. Sakuno estava ainda mais surpresa com o ato de seu amado. Isso poderia ser mesmo realidade? Sendo beijada por Echizen Ryoma? Aquele que ela jurava que a odiava? Que não se importava com a mesma? Que aos poucos a considerou apenas como amiga quando a relação de ambos estava crescendo? Ainda mais naquela situação, onde ela corria grande perigo. Perigo de perder a sua preciosa vida. O beijo foi longo, parecia que o tempo havia parado, aquele momento parecia tão importante para ambos. Ryoma ainda se perguntava o por que dela o atrair tanto, como poderia uma garota desajeitada, que é péssima em tênis, que era horrível em indicar direções? Que ao mesmo tempo é uma garota doce, linda, fofa, delicada, boa em culinária, causar esse efeito no senhor quase perfeito. Ele ignorou esses pensamentos. Já havia sido enfeitiçado pela garota. Separam-se do beijo para tomar fôlego.

– E...Eu não sei como eu...Me desculpa Sakuno.
– Vo...Você...me chamou de...Sakuno...E...me beijou?
– Eh? – Ele sai da sala totalmente ruborizado e impressionado com o próprio ato. Sakuno continuava ali, sentada no chão, encostada na parede muito ruborizada, tocando os dedos em seus lábios. – ( Ele me chamou de Sakuno? E me beijou? )
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– Ai! A Sakuno tá demorando demais! – Reclama Tomoka.
– Vai ver, ela não tá a fim de descer, igual aquele dia. ( Preciso analisar onde pode estar essa maníaca. Aliás, eu também corro perigo ). – Nesse momento Ryoma vem vindo.
– Ah! Ryoma-sama. A Sakuno não vem?
– ...Eu...não sei.
– O que foi Ryoma? – Pergunta Hayden.
– ...Nandemonai. – E sai andando, deixando os outros meio preocupados.
– Primeiro a Sakuno, agora o Ryoma-sama. O que tá acontecendo com esses dois? – Diz Tomoka
– É, quem sabe.
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Era aula de educação física. Ryoma como sempre estava jogando tênis. Como já estava jogando por um bom tempo, deu uma pausa e foi descansar um pouco. Tomoka e Hayden estavam sentadas no banco assistindo. Sakuno chegou depois, na verdade neste exato momento.

– Sakuno!
– Oi Tomo-chan. – Diz Sakuno vindo em sua direção com o rosto vermelho. ¬
– Sakuno? Doushita? Por que está vermelha?
– Eu estou vermelha?
– Sim, estava chorando?
– Não, não. Acho que deve ser o calor. Hahaha! – Diz ela forçando um sorriso. Do lado de Tomoka, Hayden a olhava meio preocupada, ela percebeu o sorriso forçado de Sakuno. E sem que ela perceba Ryoma estava olhando em sua direção.
– Sakuno, vem aqui!
– Hm?
– Hoje no intervalo, você nem desceu para tomar lanche, e o Ryoma-sama estava demorando em descer.
– Hm? Mas...o que tem isso?
– O que tem isso!? Tem certeza que não tem nada haver com isso?
– E...Eu não sei do que está falando Tomo-chan.
– Hm? Que estranho! Achei que estivessem os dois na mesma sala sozinhos...juntos.
– To...Tomo-chan. – A garota fica mais vermelha do que já estava.
– Hahahaha! Ai! – Ria a amiga.
– Ai! Eu já volto, vou ao banheiro. – Enquanto Sakuno estava saindo, cai de cima um extintor em direção a sua cabeça.
– Hm? – Ryoma e Hayden percebem. Ryoma não teve como salvá-la já que estava dentro da quadra, então Hayden rapidamente correu até lá e pulou avançando em Sakuno, jogando todo o peso do corpo sobre ela para assim desviar do extintor. Ela consegue salvá-la.
– Você está bem, Sakuno? – Pergunta Hayden preocupada.
– Si...Sim. Obrigada.
– Que bom.
– QUEM FOI O DESGRAÇADO QUE TENTOU FAZER ISSO HEIN??? EU VOU ACABAR COM A RAÇA DO INFELIZ!!! – Gritava Tomoka com muita raiva.
– Daijobu ka Ryuuzaki? – Perguntou Ryoma, quem mais estava preocupado naquele momento.
– Si...sim. Estou sim.
– ( Desse jeito eu vou ter que levá-la para casa todos os dias ). – Pensa Ryoma.
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– Me levar...para casa?
– É, Ryuuzaki. Eu sinto que você não está segura e que precisa estar acompanhada com alguém. – Diz Ryoma sentado no banco do jardim, ao lado de Sakuno. Os outros já tinham ido embora.
– ...Mas...Ryoma-kun, por que você acha isso?
– Ryuuzaki, você não lembra o que aconteceu na aula de educação física? Você quase foi morta por um extintor. E aquilo não foi acidental, parece que alguém tinha a intenção de jogar o extintor em você.
– ...Mesmo que for isso, não é motivo para se preocupar Ryoma-kun.
– Como você quer que eu não me preocupe, Ryuuzaki? Isso faria você perder a vida ou então te levar a debilidade mental.
– Hunf! Mas graças a Deus estou bem. Você acha mesmo que um extintor me faria correr risco de vida no meio da rua?
– Olha, pare de brincadeiras! Estou falando sério, pode ser que você ainda esteja correndo risco, pela mesma pessoa que tentou jogar um extintor em você. – Ela sabia disso, mas tentou disfarçar o máximo possível.
– ...De qualquer forma, hoje eu não posso.
– Por que?
– A Tomo-chan me chamou para dormir na casa dela.
– Ah ta! Então, amanhã eu te levo para casa.
– Hm? Não precisa.
– Não seja teimosa! Eu vou e ponto final.
– ...Hunf!
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– O QUE? Ela...quase morreu?
– É Momo-senpai.
– Como?
– Por um extintor.
– Echizen, explica isso direito!
– Era aula de educação física, a Sakuno chegou depois. E na hora em que ela estava voltando alguém jogou um extintor lá de cima. E eu não acho que isso foi coincidência, para mim foi tentativa de homicídio.
– Nossa! E como ela se salvou?
– Se não fosse pela Hayden ela já estaria morta ou com deficiência mental. Ela foi rápida, voando em cima de Sakuno para desviá-la do extintor. Graças a Deus ela está bem.
– Ufa! MAS VOCÊ VIU QUEM É O DESGRAÇADO?
– Não pude ver. Quando fui ver ele já não estava mais lá.
– Caramba Echizen. Coitadinha da Ryuuzaki. Você precisa protegê-la!
– Eu sei. Eu já disse a ela que a partir de agora vou acompanhá-la até a casa dela.
– Muito bem! Gostei de ver, Echizen.
– A Sakuno precisa de mim.
– Espera aí, espera aí! A Sakuno, ou a Ryuuzaki hein?
– Cala a boca Momo-senpai!
– Hahaha! Agora eu vejo que a Ryuuzaki exerce uma grande influência em você, hein?
– Hunf! Não tem nada haver.
– Não...É claro que é.
– Ai! Não me enche!
– Mas então, você já conversou com ela sobre o assunto principal?
– ...Já mas eu não consegui descobrir nada.
– Por que?
– Porque ela não quis me contar, oras!
– O que exatamente aconteceu lá?
– Eh? Ela tentou inventar coisas para não me contar e eu fiz o que você me disse antes.
– O que? Você confessou pra ela? Naquela situação?
– Não, idiota! Eu...a coloquei contra a parede.
– COLOCOU? E AÍ? E AÍ?
– E...Hunf! Eu a beij...
– O QUE!? VOCÊ BEIJOU!? VOCÊ BEIJOU!? É ISSO AE, ECHIZEN! VOCÊ É UM ORGULHO! Estou muito orgulhoso de você.
– Aff!
– Cara! E ela correspondeu?
– Sim,...mas tem algo que tem me incomodado.
– O que?
– Eu acho que ela está tentando me evitar, não sei porque.
– ...Ah! Engraçado! Você não foi romântico naquele dia dos presentes e do jantar?
– Sim. Momo-senpai, vou te pedir uma coisa.
– O que?
– Não conte a ninguém sobre o beijo, ok?
– Ok!...Mas posso contar só para os titulares?
– NÃO! EU DISSE NINGUÉM! NINGUÉM! OUVIU BEM?
– Tá, tá! Quanto mal humor. Mas posso te perguntar algo? Mas falando francamente?
– Pergunta!
– Você ama a Ryuuzaki?
– ...Eu a considero muito importante para mim. Mas...eu não tenho certeza...se é amor. – Ele realmente a amava muito, sabia muito bem disso, mas o que lhe restava era apenas admitir a si mesmo, e claro, se declarar.
– PELO AMOR DE DEUS! ADMITA ISSO LOGO, ECHIZEN! DEIXA DE ORGULHO!
– ...
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No dia seguinte, na saída do colégio, Ryoma fica esperando Sakuno, mas não a espera no portão da escola. Ele havia esperado perto da loja de uniformes. Não queria mostrar aos outros que estava a acompanhando até sua casa. De repente vê Tomoka e Hayden.

– Ah! Ryoma-sama.
– O que faz aqui, Ryoma?
– Nada!
– Por a caso está esperando alguém é? Já sei! Está esperando a Sakuno não é Ryoma?
– Aff! Claro que não. Eu só estou indeciso se eu compro uma jaqueta azul ou preta.
– Hahahaha! – Riam as duas – Tá bom, até amanhã.
– Até amanhã. (Acho que agora posso ir até ela). – Ele foi até ela para buscá-la.
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– Então Ryoma-kun, o que quer conversar?
– Não é nada. Vamos?
– O que? Você não disse que tinha que conversar comigo?
– Se eu não inventasse alguma coisa, você iria embora sem mim.
– Ê?
– Eu disse que você iria comigo e vai! Mas não se preocupe! Ninguém vai saber. Por isso, todos os dias te esperarei na loja de uniformes, ok?
– ...Mas...Ryoma-kun, não precisa fazer isso.
– Nada de mas!
– ...Hunf! – Ela simplesmente suspira e anda na frente. Ele rapidamente a segura pelo braço. – Sakuno.
– Eh? (Sakuno?) O que foi?
– ...Sabe, eu sinto que...cada vez mais você está se distanciando de mim.
– Eh?
– É isso Sakuno? Você está tentando se afastar de mim?
– ... – Ouvir aquilo a machucava muito, ainda mais porque ela entendeu que ele sentia algo especial por ela, só não tinha certeza se era mais do que um amor de amigos.
– E aquele beijo?
– Ryoma-kun.
– Sakuno. – Ele já estava aproximando seus rostos para dar mais um beijo, mas Sakuno vira o rosto.
– Não, Ryoma-kun. Eu não posso.
– Por quê?
– ...Porque...eu não quero.
– ...Mesmo? Você não mostrou isso quando estávamos na sala. – Ele segura seu rosto fazendo-a olhá-lo. Depositou mais uma vez seus lábios dos macios de Sakuno. E ela corresponde não resistindo. O beijo foi longo e apaixonante. Mesmo adorando aquele momento ela tinha que interromper.
– Pare, Ryoma-kun! Eu não posso fazer isso. – Ela sai correndo chorando, o deixando lá sozinho sem entender. – (Me desculpe Ryoma-kun. Me desculpe!)
– (Por que Sakuno? Por que você faz isso?)


Tsuzuku...
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Tradução:

Nandemonai - Não é nada.
Doushita - O que foi?
Daijobu? - Você está bem?



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Notas finais do capítulo

Pela primeira vez vcs não vão me matar né? Espero que tenham gostado ^^



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