Eterna Paixão escrita por Luna Brandon


Capítulo 6
Capítulo 6 :: Nova Vida.


Notas iniciais do capítulo

Obrigada pelos comentários meus anjos!

O clima vai começar a esquentar nos próximos capítulos !!! =)
Aproveitem e boa leitura !!!



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Dois anos depois...

Respirei fundo e abri meus olhos para a claridade.

Um leve raio de luz entrava pelas cortinas brancas em meu quarto.

Kate abriu a porta do quarto e entrou.

– Oi, bom dia - disse ela sorrindo, segurando uma bandeja com um copo de vitamina.

– Bom dia Kate - respondi me sentando cuidadosamente.

– Trouxe o seu café da manhã, se arrume, pois ainda temos aulas hoje - disse ela me sentando-se nos pés da cama me entregando o copo com a vitamina.

– Pois é ainda temos dois meses de gastronomia na faculdade, temos muito que fazer; Apresentar tese e etc. - disse á ela devolvendo o copo á ela.

– Exatamente Mel, e por isso você tem que estar firme e forte - disse ela sorrindo.

Sorri de volta, enquanto me levantava da cama.

Desde quando eles me deram o nome de Isabel, Kate, Tanya e Carmem sempre me chamaram de Mel além de ganhar uma família e um nome, outras mudanças ocorreram com o decorrer do tempo, nessa minha nova vida.

Duas semanas depois que eu estava com a minha nova família eles decidiram se mudar, e agora já não estávamos mais no Alasca e sim em Londres, na Europa.

Assim que chegamos na cidade, Kate e Tanya resolvera entrar na faculdade, e disseram que seria bom se eu entrasse também.

Tanya decidiu fazer Moda, Kate estava em duvida entre Administração e Gastronomia, e eu estava em duvida entre Astrofísica e Gastronomia.

Acabou que eu e Kate acabamos nos metendo no mesmo curso de Gastronomia.

Tanya acabou dando para trás logo nos primeiros dois meses do curso, eu e Kate, seguimos em frente.

E sobre meu passado?

Bem para todos os efeitos eu sou sobrinha de Carmem e Eleazar, prima de Irina e Tanya, e irmã de Kate, e para qualquer um que pergunte eu sou Francesa (tive de aprender a falar Francês e algumas outras línguas á mais), enfim, tudo ocorreu com a maior naturalidade, como se eu sempre tivesse feito parte da família Denali, eles me acolheram como se eu fosse uma filha, nem que eu um dia eu viva eternamente vou conseguir agradecer á eles tudo o que fizeram por mim, porém, de uma maneira estranha acho que Irina não gosta muito de mim, sabe-se lá porque, cheguei a conversar sobre isso com Carmem e Eleazar, mas eles me garantiram que era apenas impressão minha e que eu não tinha com que me preocupar.

Tentei me aproximar de Irina e funcionou. Nós até que nos damos bem, mas ela ainda parece ser uma pessoa meio sombria.

E outras coisas mudaram também.

Ainda me lembro de que eu era uma garotinha simples quando entrei para a família Denali, mas Tanya fez questão de me transformar completamente, então minha aparência física mudou também.

Meu cabelo está bem mais comprido, está quase em minha cintura e ornamentado com cachos grossos, elas me fizeram aprender a usar salto - uma missão quase impossível -, maquiagem e roupas estilosas e de marca (algo que mesmo eu não me auto-conhecendo muito bem não me agradou), porém eu aceitei.

Enfim, seja lá quem eu era no passado, já não existe mais.

Novo estilo da Bella.

Eu já estava pronta para ir para a faculdade e quando estava prestes a pegar minha bolsa Tanya entrou no quarto toda eufórica.

– Acho que alguém viu o passarinho verde Mel - comentou Kate brincando com Tanya.

– Ainda não vi, mas quem sabe não irei ver um dourado - disse Tanya empolgadíssima.

– Hummm... estou sentindo que tem homem no meio, diz aí, quem é o gato? - perguntou Kate.

– Como se você não soubesse né Kate, Carmem ligou para Carlisle agora a pouco e convidou os Cullen para passar uns dias aqui conosco em Londres, eles acham que chegou a hora de apresentar a Isabel a eles, e isso quer dizer que...

–... Que o Edward irá vir junto, não é?- concluiu Kate.

– Exatamente - disse Tanya piscando para nós duas.

– Quem é Edward?- perguntei.

– Ah, esqueci que você não sabia deles Mel, bem, os Cullen são como se fossem nossos primos, porém Tanya sempre foi apaixonada pelo Edward, só que ele até então era apaixonado por outra mulher, qual era mesmo o nome dela, Tanya?- perguntou Kate.

– Bella, Isabella, sei lá, o que importa é que já se passaram dois anos desde quando essa garotinha sem sal morreu, não é possível que ele ainda esteja de luto né - disse Tanya revirando os olhos, como se a idéia de "luto" fosse repugnante.

– Minha nossa Tanya, como você é fria, e como pode saber que ela era "sem sal", se você nem a conhecia? Ele á amava e se eu conheço bem o Edward, ele ainda deve amá-la mesmo tendo passado dois anos - repreendeu Kate.

– Dane-se, nada melhor do que um novo amor para apagar outro - disse Tanya dando de ombros.

– Nem sempre é assim Tanya, às vezes essa garota tinha algo que encantou ele, mas será que você tem a mesma coisa? - disse á ela.

– De que lado você está afinal? - perguntou Tanya incrédula.

– De lado nenhum, eu só não quero lhe ver se machucando Tanya, se você é apaixonada por esse tal de Edward e ele nunca olhou para você, o que te faz acreditar que ele olhará para você desta vez?- perguntei.

– Simples, o fato de não haver outra na jogada - respondeu-me ela.

– Você pode estar certa ou não Tanya, mas não temos tempo para especular agora, eu e a Mel temos aula agora - disse Kate intervindo.

– Tudo bem, e vocês têm razão, mas eu não vou desistir dele assim tão fácil - disse ela.

– Você é quem sabe, mas tome muito cuidado - alertei-a.

– Obrigada Mel, é bom saber que vocês se preocupam - disse Tanya amigavelmente.

– Não precisa agradecer, sabe que é de coração - disse á ela.

– Okay, o papo esta muito bom, mas vamos nos atrasar Melzinho, vamos logo - disse Kate me puxando pelo braço para fora do quarto.

Bem e assim começou a rotina de minha nova vida.

(PONTO DE VISTA - Edward)

Ilha de Esme, Brasil.

O mar estava calmo e o sol se pondo no céu, através das águas.

Pra uma pessoa menos amargurada do que eu, aquilo era a visão do paraíso, mas não para mim.

Sem Bella, nada havia beleza.

Ela era a razão de meu universo.

O celular tocou no bolso de meu jeans me distraindo, enquanto eu caminhava sobre as ondas do mar.

Peguei do bolso e atendi, era Alice.

– Oi, Alice.

– Oi Edward, seu sumido, como você está? Finalmente consegui falar com você.

– Bem, e aí em Forks, como vão as coisas?- perguntei.

– Vai bem, bom, mais ou menos, Victoria andou aparecendo por aqui, quase conseguimos pegá-la, mas ela parece ter um sentido aguçado para fuga, sinto muito - disse ela me deixando com raiva.

– E você só me avisa isso agora? Ela é assunto meu, não de vocês. Se alguém tem que pegar ela esse alguém sou eu - disse á ela.

Victoria.

Essa era um assunto quase esquecido para mim, mas ele ainda era meu problema.

– Edward, todos nós sabemos que você não anda no seu normal... Já faz muito tempo, você já não está ponderando mais as coisas com a razão - disse ela como argumento.

– Razão? Se eu me lembro bem, da última vez que eu agi com a razão, eu a perdi, ou você já se esqueceu disso?

Ela suspirou.

– Claro que não Edward, não há um dia que eu não lembre dela, principalmente nos últimos dias - disse ela.

– O que quer dizer? - perguntei.

– Eu tive uns flashs dela esses dias, e eu tenho estranha sensação de que algo está prestes a mudar - alertou-me ela.

– Flashs? Como assim Flashs? Está querendo dizer que andou tendo visões sobre ela? - perguntei descrente.

– Não exatamente, eu consigo ver ela por apenas um ou dois segundos, é como se fosse intuições, não há decisões por trás dessas visões, porém eu consigo visualizá-la - disse ela.

– Desde quando você está tendo esses Flashs? - questionei.

– Já tem uns cinco dias - respondeu-me ela.

– Estranho - comentei.

– mas não foi só por isso que eu te liguei - disse Alice.

– Qual o outro motivo? - perguntei.

– Carmem ligou ontem para nós, e nos convidou para passar uns dias com eles em Londres, já faz muito tempo que não vemos nossos "primos", e quero saber se você quer ir conosco ou ainda quer ficar mais tempo sozinho aí nesta ilha, e então, o que me diz? – ela perguntou.

Pensei por um breve minuto.

Já faz um ano e meio que não vejo minha família pessoalmente.

Depois da morte de Bella, preferi me isolar por um tempo, era melhor assim, ninguém precisa sofrer junto comigo, mas acho que finalmente chegou à hora de voltar, principalmente por causa desses flashes que Alice anda tendo.

Quero saber mais sobre eles.

– Eu vou, pegarei o primeiro vôo amanhã pela manhã, acho que chegarei amanhã á noite aí em Forks, quero saber mais sobre seus Flashs - disse á ela.

– Sério? - sua voz se tornou enérgica – Oh Deus! Que boa noticia, Esme e Carlisle vão gostar de saber disso, e pode deixar, assim que você chegar irei lhe mostrar tudo o que eu vi sobre Bella - garantiu-me Alice.

Ouvir seu nome, me trazia uma sensação estranha.

– tudo bem.

– Até amanhã então - disse ela despedindo-se.

– Até - respondi desligando o celular.

Olhei o pôr do sol através do mar.

Esse lugar era lindo e o sol era bem ofuscante.

Bella sempre gostou do calor, fico imaginando o que ela sentiria, o que ela pensaria vendo esse belo cenário.

Gostaria tanto que ela pudesse estar ao meu lado neste momento.

Era tão estranho pensar dessa maneira.

Eu tinha a estranha sensação de que ela de alguma maneira poderia realmente estar ao meu lado neste momento, embora eu não soubesse bem o porquê.

Ainda antes do amanhecer, peguei o barco e fui para a marinha no Rio de Janeiro, depois peguei um táxi e fui para o aeroporto.

Para minha sorte, sairia um avião em direção á Seattle em menos de 20 minutos.

Foi uma viagem longa, porém, tive bastante tempo para refletir.

Os flashs de Alice não eram normais.

Como ela poderia ter visões de uma pessoa que já não existia mais?

Isso era o que mais me intrigava no momento.

O comandante anunciou que o avião iria pousar.

A noite já estava púrpura lá fora.

Eu estava prestes a chegar na plataforma de desembarque quando me deparei com uma baixinha exótica toda alegre.

É claro que ela previu que eu estava chegando.

– O que está fazendo aqui Alice?- perguntei fingindo estar sério.

– Alguém tinha que vir te receber né, não está feliz em me ver?- perguntou ela com uma expressão triste.

Dei risada.

– Claro que estou sua anã - disse, fazendo ela abrir um sorriso imenso e correndo para me abraçar.

Pessoas que passavam á nossa volta observavam dando risada.

– Sua maluca, para com isso as pessoas já estão pensando besteira - disse á ela.

– Dane-se, eu estava louca de saudade do meu irmão favorito, você não devia ter demorado tanto pra voltar - disse ela me observando.

– Precisava de um tempo só pra mim depois de tudo o que houve - disse á ela.

– Ah, mas precisava demorar tanto? - perguntou uma voz brincalhona.

E é claro que era o Emmett.

– Fala sério, não foi só você que veio não é mesmo? - perguntei, enquanto Emmett vinha me cumprimentar.

– Culpado - disse ele dando um sorriso amarelo.

Em seguida, Rosalie e Jasper apareceram.

Rosalie estava diferente desde a ultima vez que á vi, seu cabelo estava somente um pouco para baixo do ombro e com alguns cachos nas pontas e Jasper, bem este trocou o corte de cabelo e agora está um pouco mais curto.

– Seja bem vindo de volta, Edward! - disse Rose sorrindo e me dando um abraço.

– Obrigado - agradeci.

– É bom tem ver novamente cara - disse Jasper me cumprimentando também.

– Também é bom te ver, Jazz, mas onde estão Carlisle e Esme? - perguntei.

– Bem aqui, meu filho - respondeu Esme, ela estava atrás de mim.

Quando me virei ela me abraçou fortemente, se ela pudesse estaria chorando.

– Senti tanta a sua falta meu filho, não devia ter deixado você partir... me prometa que não vai ficar mais tanto tempo longe de nós?- pediu-me ela.

– Vou fazer o possível, mãe – respondi embora eu não pudesse prometer nada.

A ausência de Bella era uma dor que jamais poderia ser superada, e eu não queria que isso os afetasse!

Então me deparei com meu pai observando a cena sorrindo.

– Oi pai - disse á ele.

– É ótimo ter você conosco novamente filho - disse ele me abraçando.

– É bom estar em casa.

Era muito bom ser acolhido pela minha família com sorrisos.

– Você acabou de sair de um avião e já vai entrar em outro - disse Alice.

– Como assim? - questionei.

– Essa baixinha aqui previu que você iria chegar á tempo de pegarmos o vôo ainda hoje para Londres, Carmem já esta nos esperando, ela disse que tem novidades - disse Jasper abraçando Alice.

– Ótimo que horas saí o vôo? - perguntei.

– Em 1 hora, então ainda dá tempo para conversarmos - disse Alice seriamente me lembrando do real motivo ao qual me fez aceitar voltar.

– Tem razão - concordei.

Meus irmãos e meus pais foram se sentar e esperar na sala de embarque depois que fizemos o check-in, eu e Alice fomos para a praça de alimentação que estava realmente vazia.

– E então, me mostre o que você realmente viu - pedi.

Alice fechou os olhos e me mostrou Flash por Flash.

O primeiro era meio desfocado, mas deu para perceber que era ela, só que estava bem diferente, o cabelo mais comprido, e cacheado.

Estranho, ela nunca teve o cabelo cacheado, a única vez que á vi com cachos foi no baile da escola em que ela foi comigo.

Depois ela me mostrou outro, ela estava sentada em algum lugar, parecia um campo de flores, ou seria um Jardim?

E então ela me mostrou o terceiro e último.

Ela estava linda, talvez ainda mais linda do que antes, estava conversando com alguém que não consegui identificar quem era.

E então acabou.

– Acredita no que viu?- perguntou-me ela.

– Claro que acredito, mas como isso é possível? Porque ela está tão diferente nestas visões? - questionei.

– Não faço idéia Edward, mas como eu disse tenho a sensação de que algo vai mudar você sabe que eu carrego o lema de que "a esperança é a última que morre"... Nunca perdi a esperança de que ela pudesse estar viva, e agora têm esses Flashs ou vislumbres, chame como quiser... É muito estranho.

– Mas Alice, pare e pense, se ela estivesse viva, ela já teria dado sinal de vida, ela poderia até ter nos esquecido – me esquecido -, mas a família dela não. Você estava em Forks todo esse tempo, teria visto algo... Acha mesmo que ela deixaria Charlie sofrer pensando que ela morreu? - disse á ela.

– Claro que não, mas é aí que entra a teoria de Rosalie, lembra? - perguntou-me.

– Lembro: se não há um passado, não há como haver presente ou futuro, mas como ela poderia perder o passado? - perguntei.

– Se ela perder a memória, não haveria como ter um passado - respondeu Alice enquanto anunciavam que nosso vôo partiria em 30 minutos.

Talvez ela tivesse razão, se a pessoa perde a memória, perde o passado.

Bom, tínhamos que ir.

Eu teria ainda algumas horas de vôo dentro de um avião até Londres para pensar.

O que Alice disse tinha nexo, mas depois de tudo que eu sofri, será que teria lugar para uma nova chama de esperança de ela estar viva, mesmo depois de já se ter passado dois anos?

Não acreditava que isso fosse possível.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam?
Próximo capítulo promete grandes emoções e mais uma musica da Trilha sonora da fanfic *---*

Aguardo ansiosa os comentários.

Bjinhos.