Eterna Paixão escrita por Luna Brandon


Capítulo 22
Capítulo 22 :: Medos.


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas bonitas ^^
Após muito tempo, finalmente consegui vir atualizar EP para vcs! u.u
Bom, não vou me demorar nas notas iniciais pois vcs devem estar ansiosas para ler este capítulo!
As leitoras novas sejam muito bem vindas e muito obrigada por todos os comentários e pelo carinho de todo e antes que eu me esqueça... Malu Yolo, obrigada pela linda recomendação ♥
Amooo demais vcs! :3
Boa Leitura!



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(PONTO DE VISTA – Bella).

– E então você nunca pensou em morar sozinha? – Luana me perguntou.

Estávamos conversando já fazia algumas horas, sentadas numa mesa no mezanino do segundo andar de uma das danceterias mais badaladas de toda a Inglaterra. Ivy e Karen estavam dançando com algum playboy no meio da pista junto com Mary, Natalie e outra garota chamada Norah – que devo acrescentar – era loira demais para ser original, isso sem contar os seios siliconados e o vestido mega curto vermelho, daqueles que apelam para que todos olhem para ela. Esse mundo esta perdido!

– Gosto da minha família – murmurei com um sorriso. – Gosto do clima de casa cheia, então não.

– Bom, eu gosto de morar sozinha – ela disse. – Morar com Alec e Ian não conta muito. Os dois mal param em casa, então é como se eu tivesse a casa só para mim. Quando nossos pais eram vivos, a casa vivia abarrotada de gente, parecia que ninguém ali sabia o significado da palavra privacidade. É bom ter um pouquinho de vez em quando.

– Sente falta de seus pais? – perguntei, dando um gole em meu drink.

– Sinto – ela deu um suspiro. – Minha mãe Elizabeth, era a minha melhor amiga.

– Como eles morreram? – arrisquei-me a perguntar, mas adiantei-me em dizer – Tudo bem se não quiser responder.

– Não, sem problemas – Luana deu um sorriso. – Num incêndio em Verona, eles inalaram muita fumaça. Chegaram a ser resgatados e levados para o hospital. Meu pai morreu assim que chegou lá e minha mãe dois dias depois. Foi horrível, pensei que Willian fosse surtar.

– Nossa... Sinto muito. Muito mesmo – disse a ela.

– Bom, sempre sentiremos a falta deles, mas já faz tempo – murmurou com um sorriso pesaroso.

– Ouvi o meu nome? – Willian indagou aparecendo do nada na nossa mesa com três cervejas na mão.

– Sim, estávamos conversando – sorri.

– Falar mal de mim não vale hem! – ele sorriu de volta, sentando ao meu lado. Meu Deus, ele era muito bonito!

Não era Edward, mas Willian ainda assim era lindo. Tinha olhos azuis como o oceano, pele branca, porém corada, cabelos castanhos – quase aloirados –, e parecia ser bem encorpado vestido sob uma camisa azul marinho, Jeans e sapatos pretos.

Era um visual formal, mas ao mesmo tempo descontraído. Me fazia lembrar Edward.

Mas que Droga!

Nem quando eu tentava me interessar por outro homem, ele saia da minha cabeça. Apesar de que meu amor por Edward não habitava em minha cabeça e sim em meu coração. E o que mora no coração não pode ser apagado com uma borracha. Mas ainda assim... Eu tinha de dar um jeito nisso. Era necessário. Por ele. Por Edward.

Mas como? Como ficar com alguém, quando seu coração pertence a outro? Como tentar se envolver com uma pessoa, quando outra é que você ama?

– Falar mal de você, Willian – sorri para ele e ele pareceu gostar disso. – Jamais!

(PONTO DE VISTA – Edward).

Amigos... Amigos... Amigos...

Eu amava Isabella, como poderia ficar perto dela apenas como amigo quando o que eu sentia por ela só se intensificava ainda mais a cada dia?

Tantas perguntas sem respostas. Parece que nem a eternidade é tempo o suficiente para encontrar as respostas.

Meus olhos dispararam novamente para o relógio no criado mudo que marcava uma e meia da manhã.

Onde ela estava? Terá algo de ruim acontecido com ela?

Não. Se Deus quiser não!

Ainda há pouco eu havia conversado com Kate e Carmem, e explicado a situação e o que Alice havia me dito sobre recomeçar do zero. Fazer uma volta no tempo com ela e elas concordaram em me ajudar a convencê-la.

Carmem havia dito que iria ter uma boa conversa com Bella e Kate que iria ajudar no que fosse preciso. Mas e se no final das contas, nada disso adiantasse?

E se eu realmente a tiver perdido para sempre? Teria eu como viver novamente sem ela, sem o seu amor?

Quando eu havia me tornado tão dependente dela para viver? Quando fora que ela se tornou o meu ar, a minha vida, a minha alma?

Talvez tenha sido desde a primeira vez que a vi. Seus lindos olhos chocolates eram tão enganosamente comunicativos que eu havia me visto enfeitiçado por eles. Minha ninfa havia jogado um feitiço sob mim.

Sorri com a idéia, fitando a luz da lua da sacada do quarto dela. Eu precisava conversar com ela, precisava tentar uma última vez.

A porta se abriu e seu maravilhoso e tentador perfume atingiu meus sentidos como uma bola de canhão. Seu coração batia num ritmo lento. Pelo menos até ela se dar conta de que estava ali.

Conforme os batimentos de seu coração aceleravam, virei para ela e fitei seus olhos. Havia algo escondido por de trás deles. Eu sempre soube interpretar seu olhar, mas pela primeira vez na vida não consegui.

– Edward - murmurou vindo até a sacada e parando ao meu lado – O que faz aqui novamente?

– Precisamos ter uma conversa definitiva... Bella – disse a ela.

– Não há mais nada para ser dito entre nós...

– Me perdoe – pedi a ela.

Havia tantas coisas pelas quais eu tinha de pedir perdão a ela.

Perdão por ter entrado na sua vida. Por tê-la feito sofrer. Por tê-la abandonado. Por ter sido um covarde e não voltado para ela, quando era tudo o que eu, que ela queria. Por não tê-la salvo das garrafas vingativas de Irina. Por não tê-la salvo de sua própria dor.

Se ela estava assim agora, era por minha culpa. Se a minha doce e ingênua Bella havia desaparecido era por que por minha causa, ela havia se tornado prisioneira da própria dor e tentado se matar numa vã tentativa de alivio. Tudo causado por mim.

Minha culpa.

Sua expressão ficou confusa.

– Porque esta me pedindo perdão? – indagou.

– Por muitas coisas, mas principalmente por ter forçado uma situação entre nós – murmurei e pegando fôlego continuei: - Não posso mudar o que sinto por você, mas posso aprender a conviver com isso.

Ela abaixou o olhar.

– Edward, não comece novamente, por favor...

– Não vou começar nada – disse á ela, dando de ombros.

Deus, me de forças para não ter de tocá-la e beijá-la!

– Então, do que você está falando? – perguntou.

– Me deixe pelo menos te ajudar, como amigo. Nada mais, eu prometo – propus.

Ela levantou o olhar e me fitou como se não estivesse entendendo nada.

– Edward, não prometa coisas que não pode cumprir – murmurou.

– Sou uma pessoa de palavra – sorri para ela e seu coração disparou novamente. Havia esperança. Havia uma parte dela que ainda me amava. Eu sentia isso em cada petrificada célula de meu ser. – Você perdeu a memória, e ninguém aqui sabe mais sobre o seu passado do que eu. Posso te ajudar, se você quiser. Mas se não quiser, eu vou embora de uma vez por todas.

Seus olhos se arregalaram quando eu mencionei o fato de partir.

– Não, não vai embora – pediu. – Fique... Sua família não parece querer ir embora de Londres agora e tenho certeza que sua partida por minha causa, iria trazer muita tristeza a eles. E eu... eu quero que você fique também.

Sorri para ela. Seu rosto corou. O contraste com o tom branco e empalidecido pela luz da lua que nos refletia dava a ela uma tonalidade linda!

Ela era linda. Tive de me segurar muito para não tocá-la.

– Tudo bem, eu fico.

Ela deu um suspiro. Parecia cansada...

– Eu preciso de respostas para muita coisa. Preciso de ajuda e parece que só você pode me ajudar. Além do mais, a única pessoa que eu confio atualmente é... você – disse.

– Você tem Kate, Carmem, Eleazar e toda minha família... pode confiar neles – garanti.

– É esse o meu problema – ela deu um suspiro. – São muitas pessoas, muitos segredos. Kate, Eleazar e Carmem me pareciam ser confiáveis, mas mentiram para mim durante todo esse tempo que estive com eles, mas o pior foi Irina. Você é a única pessoa que não mentiu para mim até agora, a única pessoa que sempre me disse a verdade. Não consigo mais confiar neles.

– Eles só mentiram para te proteger, Bella – expliquei.

– Eu preferia ter ouvido a verdade do que ficar protegida durante todo esse tempo, alias, se houve uma coisa que eu não fiquei é protegida. Era tudo uma farça camuflada... Tenho medo de quem mais possa estar envolvidos nessa história.

– Se alguém te ameaçar, você deve me falar Bella. – disse a ela. – Não vou deixar você desprotegida, quando nós não sabemos quem mais está envolvido nessa história de Irina.

– Meu palpite ainda é os Volturi.

– Não se encaixa Bella – murmurei. – Não há como Irina ter ligação com eles. Ela simplesmente os odeia. Isso é loucura.

– Bom, chame do que quiser... Intuição, sexto sentido, ou seja, lá o que for. Algo me diz que vem bomba por ai e é do lado negro da história, é dos Volturi embora eu não os conheça – ela deu outro suspiro.

– Eu vou dar um jeito nisso, Bella – murmurei para ela. – Cansada?

– Um pouco – deu de ombros. – Não estou acostumada a ficar fora de casa até altas horas da madrugada.

– Porque esta fazendo isso? – perguntei. Devia ter ficado de boca fechada.

Ela olhou para os lados e mais uma vez eu tive a sensação de que ela estava escondendo algo.

– Preciso me distrair – sussurrou.

– Indo para uma boate na calada da noite para beber com suas amigas? – indaguei dando risada. – Isso não é a sua cara.

– Bom, às vezes precisamos dar um Up na vida. Dizem que velhos hábitos não mudam, mas acho que chegou a hora de mudar os meus – ela sorriu.

– Toma cuidado com os caminhos que você escolhe, Bella – alertei. – Alguns, são para sempre a não há volta.

Ela deu risada.

– Vou me lembrar disso – arqueou as sobrancelhas num claro sinal de desafio.

– É melhor eu ir... Vou deixar você descansar – murmurei e estendi a mão para ela. – Então, amigos senhorita Isabella Baudelaire? – brinquei.

Ela segurou minha mão com um sorriso.

– Sim, amigos – levei sua mão até meus lábios e depositei um breve beijo.

Essa era a nossa última chance.

***

(PONTO DE VISTA – Bella).

Os dias passaram.

Edward e eu havíamos nos tornado amigos. Às vezes nós conversávamos no jardim da minha casa junto com Kate, Alice e até Emmett. Ele estava começando a me dar as resposta sobre o meu passado. Eu tentava manter a farça de garota despojada que sai na calada da noite o máximo que eu podia. Era uma forma de afastar um pouco a imagem que Edward tinha de mim.

Aparentemente, estava dando certo.

Eu o amava. Tudo o que eu mais queria na vida, era estar nos braços dele. Mas havia tantos riscos, tanto em jogo. Era a vida dele que estava em jogo.

Quando ele mencionou apenas o fato de partir, foi doloroso demais. Eu podia conviver sem estar nos braços dele, mas não sem ele. Eu precisava dele.

Eu precisava de resposta sobre o meu passado e precisava da presença dele em minha vida.

Desde que Edward e eu nos reencontramos, parece que lentamente um vazio esta sendo preenchido. Seus sorrisos, sua voz, seus olhares para mim, sua presença e o amor que eu sentia emanar dele por mim era a minha maior força para continuar sendo firme.

Irina não apareceu mais, parecia ter evaporado como pó. Eu mal via Tanya, mas sempre que Edward estava por perto, ela aparecia. Era como se quisesse garantir que suas ameaças haviam dado certo. Era praticamente impossível não sentir ciúmes toda vez que ela se insinuava. Porém, para meu deleite, ele sempre a tratava com frieza, porém educação.

Isso era uma das coisas que eu admirava em Edward. A maneira como ele conseguia lidar com situações difíceis.

Tudo parecia se encaixar em seu devido e torto lugar de certa forma. Menos Edward e eu.

Seus olhares intensos me faziam tremer. Meu coração disparava só de ouvir a sua voz. Não estava sendo nada fácil resistir a tentação.

Tive progressos em meu envolvimento com Willian. Ele era um bom amigo, porém parecia disposto a qualquer coisa para que nós evoluíssemos para algo a mais. Luana, Ivy e Karen pareciam aprovar isso.

Ivy e Karen estavam completamente focadas na festa de aniversário que elas iriam dar em alguns dias. Elas não paravam de falar sobre o tal Hotel Kamasutra. Elas me fizeram ir até lá junto com elas para conhecer as suítes e o salão. Não podia negar que era magnífico. Era com ter um pedacinho da Índia em Londres.

O design, a decoração, os lençóis dos quartos bordados a fios de ouro eram dignos de uma lua de mel. Era lindo!

– Uau, essa suíte é muito grande – Karen havia comentado quando entramos numa suíte presidencial do hotel. – Tem piscina com cascata, banheira de hidromassagem, sala de jantar, sala de televisão e um quarto gigantesco com uma cama ainda maior.

– Nossa, é muito lindo, porém grande demais. Ninguém usaria tudo isso – comentei.

– Bom, eu saberia muito bem como usar tudo isso, desde que estivesse muitíssimo bem acompanhada com um homem ao meu lado – Ivy comentou perversamente. – Só usar a imaginação, se é que me entendem.

Demos risada da cara do gerente do Hotel que nos acompanhava. Ivy, Ivy... nunca mudará. Sempre irá precisar de um homem ao lado!

Depois disso, elas me pediram opinião para tudo em que se tratava da festa e eu me vi tão envolvida, que os meus problemas acabaram sendo esquecidos. Pelo menos até a noite em que eu cheguei em meu quarto depois de passar o dia inteiro fora junto com Kate, fazendo um trabalho da faculdade e encontrei tudo revirado e bagunçado.

– Mas o que...? – Kate quase engasgou quando entrou junto comigo ao meu quarto.

Levei as mãos aos meus lábios, horrorizada.

– Porque fizeram isso? – perguntei mais a mim mesmo, do que para Kate.

– Não sei, mas foi alguém desconhecido. Não estou reconhecendo o cheiro, porém é vampiro – Kate respondeu.

– Cheiro? – indaguei a ela.

– Ah qual é? – revirou os olhos. – Sou uma vampira lembra? Tenho sentidos aguçados, posso sentir o rastro do cheiro da pessoa que esteve aqui.

Suspirei e fui até a mesinha de meu quarto, aonde estava o dossiê sobre mim e respirei aliviada.

Graças a Deus estava ali. Havia algumas informações que eu ainda não havia analisado.

– Porque alguém entraria no seu quarto e o reviraria desta maneira? O que essa pessoa poderia querer aqui? – Kate se perguntava.

– Roubar algo de valor? – respondi com uma nova pergunta.

– Bom, você possui algo de valor? – Kate perguntou confusa.

– Não – respondi, mas depois voltei atrás. – Espere, o colar de safiras e diamantes.

Corri para o closet e abri uma das minhas gavetas, aonde eu havia guardado o colar.

Respirei aliviada quando vi que estava ali. Retirei da gaveta e voltei para o quarto onde Kate pegava alguns objetos do chão e os colocava em seu devido lugar.

– E aí? – perguntou.

– O colar esta aqui... Não levaram nada de valor. As minhas jóias são falsas, são bijuterias então não poderiam ser roubadas. A única que tem algum valor é este colar.

– Uma pessoa invade seu quarto, revira tudo e não leva nada? – raciocinou. – Muito estranho isso. Acho melhor ligarmos para Edward.

– Não, não é necessário – murmurei voltando para o closet e guardando o colar. – Não quero que o envolva nisso também, Kate.

– Mel talvez Edward reconheça o cheiro – retrucou.

– Não, eu não reconheço – de repente, ouvimos do nada a voz dele. Virei-me para trás e lá estava ele.

– Porque esta aqui? – perguntei.

– Alice estava caçando junto com Carmem e Eleazar quando teve uma visão dessa situação e me ligou. Vim para cá o mais rápido que pude – respondeu.

– Não levaram nada. Apenas fizeram a maior zona – Kate murmurou.

– Tem idéia de quem poderia fazer isso? – Edward perguntou para nós.

Fiquei apreensiva.

Sim, eu tinha uma idéia de quem poderia fazer isso. E muito pior.

– Não – menti. Kate concordou com minha resposta.

– Isso esta passando dos limites... Se com um clã de vampiros tão grande quanto o nosso isso esta acontecendo, imagino o que mais poderia acontecer – Edward murmurou pegando um dos lençóis caídos no chão e colocando em cima de minha cama.

– Não sei mais por quanto tempo vou agüentar isso – suspirei e sentei-me no chão encostando-me na parede.

Era muita tensão para uma pessoa só. Eu estava vendo a hora que minha mente iria apagar e que eu iria acabar tendo um colapso nervoso.

A minha vontade era de sumir, ou pelo menos, ir para uma ilha deserta no meio do nada e viver lá para sempre. Estava cansada de viver sob pressão e medo. Isso nunca acabaria?

Edward se agachou e levantou com o polegar o meu rosto de maneira que pudesse olhar em meus olhos.

Seus olhos dourados derreteram-se como Mel.

– Seja lá quem estiver fazendo isso, vai pagar muito caro – ela murmurou. – Eu prometo a você, que eu vou pegar quem esta fazendo isso com você, Bella. Não vou deixar ninguém te machucar.

– Confio em você – murmurei completamente hipnotizada por seu olhar. Ele deu um sorriso de lado.

Mais alguns dias passaram.

Quando eu pensava que não podia mais ser surpreendida, isso aconteceu.

Numa noite em que fui para um barzinho com Ivy e Karen há duas quadras da minha casa, encontrei Alice, Jasper, Emmett, Rosalie e Edward conversando e dando risada naturalmente como se fossem um grupo de amigos que estavam se divertindo após um longo dia de trabalho ou estudos.

Eles pareciam ser perfeitos demais para se adequar ao ambiente. Tinham uma beleza notória demais para passar despercebido. Todos os observavam.

Eu estava estourando de dor de cabeça. Não queria ficar mais ali com Ivy, Karen – que pareciam estranhamente a vontade perto dos Cullen.

Todos os outros humanos, exceto eu e minhas duas amigas loucas, tinham certo extinto de auto proteção que os repelia de chegar perto.

Mas Ivy e Karen pareciam não possuí-lo assim como eu.

Despedi-me deles e sai do barzinho a pé mesmo. Não tinha vindo de carro e minha casa ficava bem próxima dali.

Eu só não contava que seria seguida.

– Não devia andar de madrugada e sozinha pelas ruas da boêmia Londres – ouvi uma linda voz sussurrar no meu ouvido, enquanto eu andava no meio da rua deserta.

Virei-me para trás e la estava ele. Reconheceria sua voz mesmo em uma multidão.

Fazia dias que não conversávamos a sós.

– Não há perigo – sorri.

– Não há perigo, quando essa pessoa não se chama Isabella e não tem família e amigos imortais – brincou.

Dei risada e continuei andando. Edward me acompanhou.

– É, que bela sorte a minha, não acha? – comentei.

– Nem me fale – sorriu. – Porque decidiu ir embora tão cedo?

– Estou com dor de cabeça e esses saltos estão me matando – apontei para os scarpins em meus pés. Eu não ia usá-los, porém com o vestido verde que eu usava e a casaquinho preto, apenas sapatos de salto combinavam.

– Antigamente você tinha medo até de usar salto alto – Edward lembrou, dando risada.

– Bom, ainda tenho medo. Porém, estou tentando superá-lo... Já fiz isso outras vezes.

– Tem medo de outras coisas? – indagou.

– Sim – respondi.

– Posso saber do que? – perguntou curioso enquanto andávamos pelas ruas vazias de Londres até a minha casa.

Eu queria dizer para ele que o meu maior medo era perder ele para sempre. Mas eu não podia, então disse a ele sobre as outras coisas que eu tinha medo.

– Corujas e tempestade – murmurei.

Ele gargalhou.

– De tantas coisas para se ter medo no mundo, você tem medo de corujas e tempestade!

– Eu sei, eu sei – dei risada. – É besteira, mas não posso evitar. Eu sinto medo... Principalmente de corujas.

– Por quê? O que te faz ter medo daquele bichinho tão inofensivo? – perguntou enquanto entravamos na rua da minha casa.

– Não sei exatamente – dei de ombros. – Uma vez, uma coruja invadiu o meu quarto no meio da madrugada e ela pousou na minha cama. Eu acordei assustada... Ela ficou me olhando com aqueles olhos amarelos e redondos dela – expliquei a ele e me vi usando as mãos para isso.

– E daí por diante, você começou a ter medo dela? – tentou adivinhar com um sorriso zombeteiro.

– Sim – respondi. – Graças a Deus eu não vi nenhuma por esses dias. Afinal, elas costumam aparecer a noite.

– Toma cuidado. Quando menos se espera, ela pode aparecer! – zombou.

– Vira essa boca para lá! – dei risada parando em frente a minha casa.

– Chegamos senhorita Baudelaire – murmurou com um sorriso.

– Obrigada por me acompanhar – agradeci com um sorriso.

– Não há de que – sorriu. – Amigo é para essas coisas.

– Pois é – sorri indo para os degraus que davam para a porta de entrada. Foi quando vasculhei a minha bolsa e me dei conta de que estava sem a chave. – Droga! – resmunguei.

– O que foi? – Edward perguntou.

– Esqueci minha chave e não tem ninguém em casa – disse a ele. – Kate, Eleazar e Carmem disseram que ia sair para caçar.

– E Tanya? – indagou.

– Essa mal para em casa. Ninguém sabe aonde ela anda se metendo – murmurei de má vontade.

– Bom, se quiser eu posso arrombar a porta – propôs.

– Não, nada disso – arregalei os olhos. – As portas daqui são com trancas modernas. Você pode abrir elas por dentro sem precisar de chave, pois não há tranca. Mas por fora é necessária a chave.

– Quer ir pra minha casa e esperar eles voltarem? – perguntou.

– Não, vou dar um jeito nisso – murmurei indo para os fundos da casa e checando se havia alguma janela aberta.

Todas fechadas. Nada bom!

– O que vai fazer? – Edward me perguntou.

Olhei para cima e vi a sacada do meu quarto. Não era tão alto. E tinha uma árvore bem em frente... Eu podia entrar por lá, afinal, antes de sair de casa eu havia deixado as portas de vidro abertas. Eu iria escalar a árvore.

– Vou entrar pela sacada do quarto – murmurei.

– O que? – desacreditou. - Não esta falando sério, esta?

– Sim, estou – respondi tirando os sapatos dos meus pés e jogando pro alto de maneira que caíssem na sacada e depois fiz o mesmo com a minha bolsinha de mão. Ambos caíram na sacada. Ótimo!

– Duvido que consiga – desafiou com um sorriso malicioso.

– Não devia ter feito isso, senhor Cullen – murmurei dando risada.

Agora eu iria subir nessa árvore e entrar pela sacada ou eu não me chamo Isabella Marie Swan.

Apoiei o pé e me lancei para cima subindo num vão no meio do tronco da árvore. Machucaram um pouquinho meus pés descalços, mas nada demais.

– Bella, é melhor você descer daí – Edward alertou no gramado ao lado da árvore observando.

– Não... Eu disse que ia entrar pela janela do quarto e eu vou fazer isso – retruquei.

– Bella, estou falando sério. Você vai cair e se machucar – alertou novamente.

– Sei o que estou fazendo – murmurei ao mesmo tempo em que eu ouvia um som. Um som apavorante para alguém que tem medo de algo.

Foi quando eu a vi.

Uma coruja marrom, com olhos dourados. Grandes olhos redondos e dourados, olhando diretamente para mim e fazendo aquele som irritante.

– Eu avisei – ouvi Edward murmurar ao mesmo tempo em que a adrenalina começava a correr em minhas veias e meu coração disparava.

– Ai meu Deus... Essa coruja de novo não! – resmunguei.

Droga de coruja!

Minhas pernas ficaram bambas e eu olhei para baixo numa tentativa de voltar atrás e descer dali. Maldita idéia de subir naquela árvore!

Era alto, muito alto. Minha vista ficou turva e eu cai no chão, ao mesmo tempo em que dava um grito agudo. Pelo menos eu achei que iria cair.

Ao invés de cair no chão, cai nos braços de um Anjo.

Quando abri meus olhos em choque, nossos rostos estavam pertos demais. Eu podia sentir seu hálito maravilhoso banhar o meu rosto e sua respiração gélida. Era extremamente embriagador, assim como o dourado Wisky de seus olhos intensos nos meus.

– Eu prometi que iria te proteger – sussurrou, fitando-me intensamente.

– Obrigada – sussurrei.

– Eu também prometi que não iria mais forçar nada, mas não consigo ficar longe de você – murmurou sedutoramente.

Seus lábios estava há milímetros dos meus.

– Não faça com que eu me arrependa disso - cedi.

Não conseguia mais resistir ao poder que Edward exercia sob mim. Era tarde demais.

Ele deu um sorriso torto e meu coração cantou em meu peito.

– Você nunca se arrependeu de mim – e então ele me beijou com todo o amor e desejo que havíamos ambos refreando durante os últimos dias.


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Notas finais do capítulo

É, acho que esse negócio de "somente como amigos" não vai dar muito certo. O que Edward e Bella sentem um pelo outro é intenso demais para ser ignorado ou camuflado, apesar de tudo rs
Espero que tenha gostado do capítulo e por favor, não esqueçam de comentar hem!
Bom, quem quiser saber as datas de postagens da fic adiciona meu grupo no facebook: https://www.facebook.com/groups/331826443522415/

E ah, dêem uma passadinha na minha outra fic, a My Angel. Também é uma adaptação da saga Crepúsculo a partir do livro lua nova e 100% beward (Sempre!).
http://fanfiction.com.br/historia/395557/My_Angel/

Beijooooos... Beijooooos... Beijooooos... Amooooo vcs ♥