Eterna Paixão escrita por Luna Brandon


Capítulo 13
Capítulo 13 :: Grande Erro.


Notas iniciais do capítulo

Aqui esta mais um capítulo de Eterna Paixão.
Boa Leitura, meus anjinhos =)
#RobstenIsUnbroken



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(PONTO DE VISTA - Edward)

– Eu vi tudo Edward. Previ a reação dela... Mas devo te alertar que Bella não estava lá muito coerente na noite passada – disse Alice.

– Eu sei – disse á ela observando o sol nascer através dos belos campos de flores que havia em frente á nossa casa.

– E você não tem medo dela se arrepender depois? – Jasper questionou.

Virei-me para responder.

– É uma possibilidade, mas eu saberei respeitá-la e esperar por ela... Eu vou reconquistar o amor e a confiança dela, nem que seja a última coisa que eu faça – disse á eles.

Alice fechou os olhos e os abriu novamente.

Foi muito rápido, não consegui entender a visão dela.

– Oops, nada bom! – ela exclamou com uma careta.

– O que você viu Alice? – perguntei.

– Bella irá se encontrar com o falsário novamente, eu o vi entregando um envelope á ela.

– Sim é o dossiê, não vou ficar atrás dela hoje... Acho que depois da noite passada às coisas vão ficar mais... fáceis – disse á ela.

– Ou mais complicadas, tudo dependerá do que ela decidir depois de parar e pensar em tudo o que houve entre vocês dois ontem, ocho que você possa ter se precipitado em ter revelado tanto á ela – disse Alice.

– Pode ser que sim, pode ser que não... Mas não creio que ela irá mudar de idéia.

– Ela não é mais uma adolescente domina pela paixão Edward, ela é uma mulher que passou por muitas coisas perigosas e impossíveis de se imaginar... Ela não tem mais 18 anos, ela já vai fazer 21, o tempo passou... Ela mudou – Jasper disse.

– se for preciso eu estou disposto há vencer o tempo e conhecer ela novamente.

(PONTO DE VISTA - Bella)

Abri os olhos para a claridade de meu conhecido quarto.

Minha cabeça estava parecendo um verdadeiro enxame de abelha, de tanto que doía.

Nunca mais colocarei uma gota de álcool na boca, alias, onde é que eu estava com a cabeça na hora que decidi beber?

De repente as lembranças da noite passada invadiram minha cabeça como uma avalanche.

– Não tenho mais forças... Pra ficar longe de você – ele sussurrou para mim, seu belo rosto a centímetros do meu.

– Então não fique – sussurrei de volta completamente envolvida por seu olhar.

Então me deixei ser guiada por meu coração.

Edward se inclinou e me beijou com doçura, ao mesmo tempo em que havia frieza, havia também calor em seus lábios.

A cada toque, era como se eu pudesse ser queimada por dentro.

Meu coração não era capaz de conter o que eu estava sentindo.

Meus lábios se modelavam aos seus.

Uma parte de minha mente protestava, pois sabia que era errado, mas não era o que meu coração dizia.

Mas quem foi que disse que o amor e a razão andam acompanhados?

Eu estava quase sem fôlego, meu corpo parecia estar em chamas.

Edward olhou ternamente em meus olhos ainda tocando meu rosto.

– A morte, que sugou todo o Mel de teu doce hálito, não teve poder nenhum sobre tua beleza – sussurrou para mim a fala de Romeu no tumulo de Julieta.

À medida que Edward tocava meu rosto eu sentia um rastro de calor e frio ao mesmo tempo ficar e era impossível na reagir ao seu toque.

Meus olhos se fecharam.

O que eu sentia por ele era irracional, não havia como controlar.

– A cada dia que passa você fica cada vez mais linda... Tão doce e tão delicada... Pode passar quanto tempo for você sempre será para mim a minha Bella – ele sussurrou para mim.

– Edward... Muito tempo se passou... Muitas coisas mudaram... Eu não sou mais a mesma – sussurrei a ele olhando em seus misteriosos olhos dourados.

– Não me importa que o tempo tenha passado. Não me importa que você tenha mudado. Estou disposto a conhecer você novamente, mas para mim, você sempre será a minha Bella – ele respondeu.

– Mas e se eu não for mais quem você pensa que eu sou? – questionei aos sussurros.

– Então ainda assim eu não deixarei de te amar... nunca duvide disso. Duvide de qualquer coisa... Duvida da luz dos astros, de que o sol tenha calor. Duvida até da verdade, mas confia no meu amor – ele sussurrou para mim e tocou seus lábios novamente nos meus, fazendo meu coração disparar novamente e meu corpo arder em chamas.

Argh droga!

O que foi que eu fiz?

Porque eu não resisti á ele?

Tudo isso foi um grande erro... Um erro imenso.

Eu não podia ter deixado aquilo acontecer, eu não podia me apaixonar por ele.

Não podia trair Tanya desse jeito, ela não merecia isso, eu devia a minha própria vida á ela.

Mas agora é tarde demais para pensar nisso.

O que eu não posso é cometer o mesmo erro novamente.

Mesmo que Edward e eu tenhamos uma ligação antiga... Que vem do passado... Eu não posso ficar com ele, não é justo com Tanya.

Não sou mais a Bella, mas também sei que Isabel é uma farça.

O que eu preciso neste momento é me redescobrir e esquecer o meu passado.

Mas será que eu conseguirei deixar para trás o que eu sinto por Edward?

Suspirei.

Olhei a minha volta e então vi que marcava 10 horas no relógio.

Droga!

Eu havia me esquecido de J.Jenks.

Levantei-me correndo da cama e fui para o banheiro fazer minha higiene matinal.

Depois tomei um remédio para dor de cabeça e fui me arrumar.

Em 20 minutos eu estava pronta.

Olhei-me no espelho e me dei conta de que meu cabelo ainda estava liso, não com os habituais cachos de sempre.

Eu gostava dele assim, por menor que seja a mudança eu me sentia mais eu dessa maneira.

Ótimo, agora eu só precisava arranjar uma desculpa para sair em pleno domingo.

Aff quer saber?

Dane-se, tenho coisas mais preocupantes na cabeça.

Fui para sala onde Carmem e Eleazar estavam sentados no sofá assistindo ao jornal na TV.

– Bom dia! – disse á eles.

– Bom Dia Mel, dormiu bem? – Carmem me perguntou.

– Sim, dormi e vocês, conseguiram dormir depois do susto da noite passada?

– Não muito bem, mas isso irá passar... Afinal de contas como você mesma disse foi só um susto – Carmem me respondeu.

– Vai sair Isabel? – questionou Eleazar olhando a bolsa em meu ombro.

Era justamente essa a pergunta que eu gostaria que não me fizessem.

– É vou dar uma volta... Não demoro á voltar – disse á eles.

– Tudo bem, mais tome cuidado – alertou-me Carmem.

– Pode deixar – respondi indo para a porta.

Fui para a garagem e digitei o endereço no GPS, eu não fazia idéia de onde ficava o restaurante ao qual ele marcou o encontro.

Com a rota traçada, eu peguei a estrada, mas o que realmente estava em minha cabeça era o que aconteceria a próxima vez que Edward e eu nos víssemos.

Eu não fazia idéia do que iria acontecer de agora em diante e tinha de admitir que isso me apavorava um pouco.

Quando me dei conta, já havia chegado no restaurante.

Era bem afastado da cidade, ficava perto da parte ecológica de Oxford (não que houvesse muito).

Deixei o carro com a manobrista no estacionamento e segui para a recepção.

Uma garota, a hostess do restaurante me recebeu e assim que dei á ela meu nome, ela me guiou para a área reservada do restaurante.

Passamos por umas portas obscuras e então acabei indo parar em uma grande e luxuosa sala com uma lareira cheia de pedras belíssimas.

– Sr. Jenks – cumprimentei-o.

– Senhorita Denali, que prazer revê-la – ele me disse gesticulando para que eu me sentasse junto á ele.

– Igualmente Senhor Jenks – respondi abrindo a bolsa e tirando um envelope com grandes bolos de notas em euro.

– Aqui está sua encomenda – disse ele entregando-me um envelope marrom.

– Obrigada, e aqui está sua bonificação como prometido – disse á ele entregando o envelope com o dinheiro.

– Eu é que agradeço senhorita Isabel... Agora se a senhorita quiser confirmar o conteúdo ainda aqui...

– Confio em seu trabalho, sei que terei um ótimo resultado – disse á ele.

– Agradeço a confiança senhorita Isabel... Mas gostaria de ressaltar alguns pontos do dossiê – disse ele com uma expressão perplexa.

– Explique.

– Bem, em relação à ligação á família Cullen, não havia muito que encontrar... Ao que parece ela teve um rápido envolvimento com um dos membros, mas logo eles se separaram... Parece que eles tiveram de se mudar para Los Angeles... Não consegui mais nada em relação á eles, perdoe-me – ele me disse.

– não há o que perdoar, era exatamente isso o que eu queria saber, se esta garota tinha ou não ligação com eles – respondi.

– Ah e mais uma coisa... Sobre as fotos... Perdoe-me a ousadia, mas não pude deixar de notar a semelhança entre você e está garota ao qual você me pediu para investigar... Vocês são idênticas – disse ele, olhando-me com desconfiança.

– Serio? Estou curiosa para ver as fotos – disse á ele fingindo inocência.

Ele pareceu acreditar.

– Não são muitas, mas tudo o que encontrei e descobri sobre ela está neste dossiê, à pobre morreu na flor da idade tinha apenas 18 anos – disse ele.

– Por acaso descobriu como ela morreu? – questionei.

– sim, na verdade ao que parece ela se suicidou. Ela pulou de um penhasco em uma praia chamada La Push, parece que naquele dia uma tempestade seguida de um furacão estava a caminho... Um péssimo dia pra se pular de um penhasco para o alto mar – disse –me ele.

– Nossa... – comentei atordoada.

Será que minha antiga vida estava tão pavorosa á ponto de eu ter tentado me suicidar?

– Enfim, fotos, nome dos pais, e tudo que eu consegui estão aí... Caso precise de algo á mais, não hesite em me procurar – disse ele.

– agradeço os seus serviços Sr. Jenks... Bem, disse á minha família que não iria demorar, desculpe-me, mas tenho de ir andando – disse á ele.

– Oh, mas que lástima. Pensei que talvez pudéssemos ao menos almoçar – disse ele pesaroso.

– Infelizmente não posso ficar, quem sabe uma próxima vez – não queria que ele levasse isso muito á sério.

– Mas é claro Senhorita Isabel, mas antes de ir gostaria de lhe fazer mais uma pergunta – disse ele.

– Claro, do que se trata? – perguntei.

– Espero que não me entenda mal, mas... Bem eu venho trabalhando para a família Denali á muitos anos, caso eles venham me procurar e me perguntem sobre o que à senhorita me pediu... Eu posso revelar? – ele me questionou.

Estranho.

Porque minha família iria vir atrás dele sendo que eles nem fazem idéia que eu sei sobre J. Jenks?

A menos que não fosse alguém de fato da família Denali e sim alguém ligado á ela.

Os Cullen.

Mas havia um em especial que eu tenho certeza que deve estar seguindo cada passo que eu dou, mesmo que eu não tenha muita ciência de sua presença.

Edward.

Bem, isso não importava de fato.

Há essa altura do campeonato eu já nem sequer poderia querer esconder muita coisa, e que mal poderia haver eu querer saber mais sobre meu passado?

– Mas é claro, não há porque guardar segredos e caso alguém ligado á ela tipo, um membro da família Cullen venha o procurar, fique a vontade para revelar sobre o dossiê – disse á ele e o pobre ficou pálido á menção do sobrenome Cullen.

– Claro, fico mais aliviado deste jeito – disse ele.

– Agora eu realmente preciso ir – disse á ele cumprimentando-o e em seguida saindo do restaurante com a chave de meu passado em minhas mãos.

A viagem de volta para casa foi mais rápida do que o esperado, não havia transito.

Não havia ninguém na sala quando passei pela soleira da porta.

Mas quando tranquei a porta e me virei Tanya estava atrás de mim.

Meu coração foi na boca do estômago.

– Ai que susto Tanya! – reclamei.

– Desculpe-me Isabel... Havia me esquecido do quanto você é frágil – disse ela com uma doçura forçada na voz.

Algo dentro de mim me alertava sobre haver segundas intenções em suas palavras, mas eu não conseguia assimilar o que era.

– tão frágil quanto você Tanya – disse á ela.

– O que é isso? – perguntou-me ela olhando o envelope em minhas mãos.

– Trabalho da faculdade – respondi.

– Pensei que você e Kate já tivessem passado dessa época – observou.

– Trabalhos extras para o TCC – expliquei.

– Hummm... Posso ver? – ela perguntou.

Tanya nunca havia se interessado pelos meus ou pelos trabalhos de Kate.

– Porque esse interesse repentino agora? – perguntei.

– Nada demais – ela me respondeu com uma falsa inocência na voz.

Se ela estava achando que eu iria me convencer com aquele tom doce e meigo na voz dela, então ela está muito enganada.

– Porque não para de sondar o terreno e não diz logo o que quer? – disse á ela.

– Pelo visto você não é a sonsa sem sal que eu imaginava – disse ela deixando aquela mascara de “garotinha doce” cair.

– Não, eu não sou. Sou muito mais esperta do que você sequer pode imaginar.

– É estou vendo. A doce Isabel finalmente assumindo sua verdadeira identidade não é mesmo, Bella?

– Não, eu não estou assumindo a minha verdadeira identidade, ainda não – respondi.

– Mentira. Você assumiu a sua verdadeira identidade no momento em que você e o Edward se reencontraram – disse ela com raiva.

– Do que está falando? – questionei.

Se o Edward contou á ela sobre a noite passada eu juro que irei fazer picadinho dele!

– Acha mesmo que me engana Bella ou Mel... Seja lá quem você for neste momento. Você não passa de uma falsa... Bastou eu virar as costas para você se atirar nos braços de Edward – acusou-me.

– De onde você tirou está idéia? Edward e eu não temos nada um com o outro... Meu verdadeiro nome pode ser Isabella Swan, mas não me condene por meu passado ao lado dele. O que importa é o presente... O que importa é quem eu realmente sou agora... E quem eu era já não existe mais - disse á ela, embora não fosse verdade.

Eu sabia que havia duas partes dentro de mim.

A parte Isabella Marie Swan e a parte Isabel Denali Baudelaire.

Mas eu também sabia que uma hora eu teria de escolher qual das duas seguir, mas como escolher?

– Mas você sempre será um fantasma entre mim e ele... A cruz da minha vida... Maldita hora em que eu dei a idéia de apresentar você á família dele – disse ela com raiva.

– Não me julgue pelo meu passado Tanya, eu não posso mudar quem eu sou e muito menos mudar a maneira como ele me vê... Mas se você realmente quer Edward para você, em vez de ficar me acusando você deveria ir á luta – disse á ela e doeu mais do que doeria se eu tivesse enfiado uma faca em meu peito.

Eu estava abrindo á mão da minha felicidade e do homem que eu amava pela felicidade dela.

– Você está blefando... Se Edward quer você, porque você abriria á mão dele? – ela questionou desconfiada.

– Porque eu não o amo – gritei.

Doeu demais colocar isto em palavras.

Eu estava mentindo é claro, mas não podia admitir isso á ela.

Não consegui segurar e acabei deixando as lágrimas escaparem por meus olhos.

Eu poderia ser forte o bastante para mentir em relação aos meus sentimentos por Edward, mas eu não era forte o bastante pra encarar a realidade do que eu estava fazendo.

Mas isso era o certo á se fazer.

Ao menos isso eu devia á ela.

Ela salvou á minha vida e me deu uma nova como Isabel, ela me deu um lugar no mundo quando eu não era ninguém.

Em troca eu sacrificarei o meu coração, pela felicidade dela.

Eu devia isso á ela.

– Está mentindo... Você ainda vai se afogar em suas mentiras Isabel – disse ela.

– Eu estaria mentindo se eu dissesse que o amo... Eu não quero nada com ele, eu estou deixando o caminho livre para você Tanya. Estou praticamente jogando ele em seus braços... Se eu o amasse jamais faria isso, eu lutaria por ele e me entregaria á ele sem pestanejar – disse á ela.

– Mas você já ficou com ele uma vez, se não o ama, o porquê então? Por interesse? Ou é uma golpista baixa? – ela questionou.

– Não sou nenhuma interesseira Tanya, muito menos golpista. Um dia talvez eu o tenha amado embora eu não me lembre, mas hoje em dia eu já não o amo mais... O tempo passou e tudo mudou... Eu já não sou mais a mesma – disse á ela.

– Não acredito que você esteja falando a verdade – disse ela, porém não havia muita confiança em sua voz.

– O tempo irá provar á você que eu estou sendo sincera – disse á ela.

– Prove agora – ela me desafiou.

– O que você quer que eu faça? Que eu o chame aqui e diga na cara dele que eu quero que ele suma da minha vida e que fique longe de mim? Se quiser eu faço isso agora mesmo – disse á ela, embora eu não quisesse que ela levasse isso em consideração.

Não sei se conseguiria fazer isso depois da noite passada.

– Não, eu sei que ele irá te procurar... Conheço Edward bem o suficiente para saber que ele irá ser cauteloso com você diante das circunstâncias... Da próxima vez que ele te procurar quero que você diga á ele para não te procurar nunca mais... E você dirá também que não o ama... Se ele acreditar, irá desistir de você.

– É só isso? – questionei.

– É, o resto eu faço – ela respondeu.

– Ótimo, agora se você me der licença, eu tenho mais o que fazer e não se preocupe, pois eu farei com que Edward desista de mim – disse á ela.

Ela saiu da minha frente gesticulando para que eu passasse.

Subi as escadas correndo e entre no quarto batendo a porta e trancando-a em seguida.

– droga! – exclamei me jogando na cama e colocando o travesseiro em cima de minha cabeça, deixando que as lágrimas escorressem por minha face.

Não havia mais volta.

Eu estava condenada.

Não havia saída.

Então pelo menos eu teria algo á que guardar.

Minha história com Edward é uma história impossível de dar certo.

Talvez no passado, quando Tanya não estava envolvida tivesse dado certo, mas hoje em dia não.

Foi então que me lembrei do que J. Jenks disse: Ao que parece ela teve um rápido envolvimento com um dos membros, mas logo eles se separaram.

Edward disse que me amava.

Mas nós nos separamos no passado, pois ele teve de ir embora para Los Angeles.

Mas se ele realmente me amasse então nem mesmo a distância seria o suficiente para nos separar, então isso significa que há uma peça na história que eu ainda não liguei, ou melhor, algo que eu não lembrei.

(PONTO DE VISTA - Edward)

– O que será que houve? – especulava Esme conversando com Alice quando desci para a sala.

– Não faço idéia, mas á tempos eu não tinha uma visão dela chorando desta maneira – disse Alice.

– Quem estava chorando? – perguntei na porta da cozinha, onde as duas estavam sentadas conversando.

Esme deu um olhar cheio de receio para Alice.

Mas Alice respondeu da mesma forma.

– Bella, não sei o que houve... Eu realmente estou preocupada com ela Edward... Não há vejo desta maneira desde... Bem, você se lembra – disse ela.

Bella chorando, mas por quê?

– Se alguém fez alguma coisa á ela pra deixá-la assim, acho bom está pessoa começar a rezar e pedir perdão por todos os seus pecados.

Alice e Esme se entre olharam.

– Quem foi Alice? Diga-me agora ou eu irei descobrir sozinho – ameacei.

Pela cara dela era obvio que ela sabia quem a estava fazendo chorar.

Ela fechou os olhos e me mostrou.

“- Pelo visto você não é a sonsa sem sal que eu imaginava – disse Tanya á Bella.

– Não, eu não sou. Sou muito mais esperta do que você sequer pode imaginar – Bella respondeu.

– É estou vendo. A doce Isabel finalmente assumindo sua verdadeira identidade não é mesmo, Bella?

– Não, eu não estou assumindo a minha verdadeira identidade, ainda não.

– Mentira. Você assumiu a sua verdadeira identidade no momento em que você e o Edward se reencontraram – disse Tanya com raiva.

– Do que está falando?

– Acha mesmo que me engana Bella ou Mel... Seja lá quem você for neste momento. Você não passa de uma falsa... Bastou eu virar as costas para você se atirar nos braços de Edward – ela acusou Bella ”.

– Ah... Mas hoje ela morre! – disse á Alice e Esme.

– Edward, mantenha á calma meu filho, violência não o levará á lugar nenhum – alertou-me Esme.

– Alice, o que Tanya tem na cabeça? Eu vou acabar com ela e é agora – disse indo para a porta.

– Jasper! – Alice Gritou e nisso Jasper parou ao meu lado fazendo com que uma onda de paz me invadisse.

– Acalme-se e se for pra fazer algo haja com prudência – alertou-me Jasper.

– Okay – suspirei derrotado pelos talentos dele – vocês venceram. Mas querem que eu fique aqui de mãos atadas em quanto Tanya machuca Bella?

– Não, acalme-se que eu vou tirar Tanya da mansão Denali e vou dizer umas verdades pra ela e você vai cuidar da Bella porque ela não esta nada bem – disse Alice pegando a bolsa em cima do sofá.

– Ótimo, faça isso... Porque eu juro que se eu me esbarrar com Tanya nesse momento acho que sou capaz de matá-la – disse á ela.

– Nada de mais mortes nesta família... Já tivemos tragédia demais nos últimos três anos – disse Esme.

– Concordo plenamente Esme, Edward eu vou ir arrancar a vagaba de lá e resolver a situação, assim que você receber meu toque no celular você vai para lá e conversa com ela, só não faz nenhuma besteira ta – disse Alice.

– Nem vou falar nada Alice.

Ela piscou para mim e saiu.

Eu estava impaciente, já havia se passado 10 minutos e então Alice mandou uma mensagem no celular.

Agora!

Ótimo, o caminho estava livre.

Fui pra garagem e peguei o Audi, é um carro veloz e era exatamente disso que eu precisava naquele momento.

Velocidade.

Não pensei duas vezes, assim que os portões se abriram pisei fundo no acelerador.

Em cinco minutos cheguei em frente à casa de Tanya.

Kate estava no Jardim.

– Que bom que você chegou – disse ela com os olhos angustiados.

– Onde ela está? – perguntei.

– No quarto, ela trancou a porta... Estou preocupada com ela – disse ela.

– Eu vou falar com ela – disse á ela.

– tome – disse ela entregando-me uma chave dourada – é a cópia da chave do quarto dela, não estava em casa na hora da discussão, só cheguei na hora que Mel bateu a porta lá em cima... Encostei Tanya na parede e ela me confessou o que fez... Eu juro que se ela não fosse minha irmã eu tinha feito picadinho dela – disse Kate.

– Espero que ela não apareça hoje na minha frente... Não sei do que seria capaz – disse á ela.

– Você tem toda razão... Bom, Carmem, Eleazar e Irina foram caçar no continente, só voltam à noite... Alice saiu com Tanya e bem... Vou deixar vocês a sós... A casa é toda de vocês – disse ela.

– Obrigado – agradeci.

– Não há de que – disse ela indo para a garagem da casa.

A casa era linda por dentro e por fora, era a primeira vez que eu reparava com clareza.

Mas era meio escura em alguns aspectos, além de ser gigantesca, a objeção de “mansão” como Alice dissera cai perfeitamente.

A sala estava completamente escura, as cortinas estavam fechadas, era tão estranho e vazio.

Subi as escadas e não tive duvidas de que aquele quarto era o de Bella, afinal era ali onde o seu doce perfume era mais forte.

Coloquei a chave na gigantesca porta marfim e girei cuidadosamente para não fazer barulho, não queria assustá-la.

Quando eu entrei no quarto ali parecia ser mais claro e aberto do que o resto da casa, talvez porque tivesse um pouco mais de vida ali.

Bella estava dormindo, mas em seu rosto havia marcas arroxeadas em volta de seus olhos, o que sugere que ela passou um bom tempo chorando.

Impossível ou não ela não mudará nada nos últimos anos, talvez tenha ficado ainda mais linda, ou seria o meu amor por ela que fazia com que eu a visse ainda mais bela?

Não tenho uma resposta para isso.

Ela suspirou e piscou algumas vezes, é como se ela tivesse sentido que eu estava por perto.

Ela abriu os olhos e sentou-se na cama arregalando-os quando me viu.

– Oi – disse á ela.

– Oi... Como você entrou aqui? – ela me perguntou desconfiada olhando para a porta.

– Kate – expliquei mostrando-lhe a chave.

– Literalmente vou fazer picadinho dela! – ela exclamou com um suspiro tão baixo, que um humano mesmo ao seu lado não conseguiria ouvir.

– Você está bem? – perguntei.

– Sim, porque não estaria? – ela questionou, com a voz rouca.

– Seus olhos – disse á ela.

– Frutos de uma noite mal dormida, nada demais – ela me disse.

– Tem certeza? – censurei-a tentando arrancar a verdade.

– Absoluta... Mas me diga, porque você está aqui... O que veio fazer aqui? – ela perguntou.

– Conversar com você – respondi.

Ela parecia ser tão fria, tão hesitante.

Ela não estava assim ontem á noite, porém não posso esquecer-me de alguns detalhes.

– Sou toda á ouvidos – ela me disse dando de ombros.

– Sobre a noite passada... Acho que precisamos conversar – disse á ela.

– Também acho – disse ela olhando para baixo.

– Você se lembra de tudo o que eu disse não se lembra? – perguntei.

– Sim, de tudo... Mas também tive tempo o suficiente para pensar em tudo o que aconteceu e vem acontecendo nas últimas semanas.

– O que quer dizer? – questionei.

– Não posso te enganar, não seria justo com você nem comigo mesma. Não sou mais a Bella, Edward. O melhor que você tem á fazer é esquecer á mim de uma vez por todas e seguir com a sua vida em diante.

– Não pode estar falando sério – o que ela estava falando era insanidade.

– Nunca falei tão sério em toda minha vida, a noite passada foi um grande erro... Nunca deveria ter acontecido – ela me disse olhando em meus olhos.

Havia uma frieza obscura em seu olhar.

– O que está dizendo é um grande erro – disse á ela me aproximando.

Peguei suas mãos e olhei em seus olhos.

– Não, já deixei as coisas escaparem dos limites... Não vou fazer isso novamente – ela me disse tirando suas mãos das minhas.

Eu a soltei, não queria forçar uma situação.

– Bella... Por que está fazendo isso? – perguntei.

– Porque é o certo... Lamento mas não posso fazer isso.

– você já fez uma vez, nós já ficamos juntos uma vez – lembrei-a.

– Mas não deu certo, sabe-se lá Deus por que... Não quero tentar de novo... As coisas mudam e as pessoas também – disse ela.

Droga!

Como ela já sabia que nós nos separamos no passado?

Será que ela se lembrou de mais coisas?

– Como você sabe dessa parte da história? – questionei.

Ela pegou um envelope de baixo do edredom dourado.

– O que é isso? – questionei, mas acho que já sabia o que era.

– Um dossiê sobre a Bella, bem, sobre o meu passado.

– Poderia ter vindo falar comigo, não precisava encomendar um dossiê – disse á ela.

– Eu estava confusa e com medo quando decidi fazer isso... E em quem eu poderia confiar?

– Você pode confiar em mim, eu sempre lhe direi a verdade – disse á ela.

– Não é bem assim. – disse ela balançando a cabeça.

– Acha que eu mentiria para você? – perguntei.

– Edward ultimamente eu não ando confiando nem em mim mesma.

– Eu vou reconquistar sua confiança, nem que seja a última coisa que eu faça – disse á ela.

– Não quero que tente me conquistar de maneira alguma, nem mesmo a minha confiança, a única coisa que eu preciso é ficar sozinha... Por favor, não me pergunte o porquê, mas quero que me deixe e me esqueça. Siga com a sua vida em diante e não me procure mais – ela me disse friamente.

Suas palavras doeram mais do que doeria uma adaga em meu coração quando eu ainda era humano.

– Está mentindo.

– Não, não estou. Acho que nunca disse algo tão sério em toda a minha vida.

– Sim está. Eu te conheço melhor do que ninguém... você tem idéia do que está fazendo? Eu amo você, acha mesmo que eu conseguiria seguir com a minha vida á diante depois de passar dois anos pensando que você havia morrido e agora te reencontrar... Jamais. Não há nada que você diga ou faça que vá mudar isso – disse á ela.

– você precisa tentar, eu seguirei com a minha vida á diante como se tudo tivesse ficado no passado e você faça o mesmo, por favor – ela me pediu levantando-se da cama e andando de um lado para o outro.

Ela não podia estar falando a verdade.

Não depois de tudo que houve ontem á noite.

– Não acredito no que está dizendo ontem você não estava deste jeito, tão hesitante... Muito pelo contrário... – disse á ela olhando em seus belos olhos castanhos.

– Sim, ontem eu estava diferente... Não estava pensando com clareza e agi por impulso, me deixando guiar por uma parte desconhecida dentro de mim... Mas eu acordei hoje de manhã e percebi que tudo estava errado, que tudo que aconteceu foi um grande erro. Não é assim que deve acontecer... Não é assim que as coisas são!

– Esta errada. É assim sim. Mesmo que você diga que quer que eu fique longe de você... Nada vai mudar pra mim... Eu não estava brincando quando disse que mesmo que você não fosse mais a mesma eu não iria deixar de te amar... Não há volta... Não há uma solução! – disse á ela.

O que ela estava me pedindo era uma loucura!

Eu não conseguiria ficar longe dela mais um minuto sequer nem se eu quisesse.

– Sempre há uma solução, foi você quem disse isso – ela me lembrou.

– Há uma solução quando se há problema... Mas isso não é nenhum problema.

– No nosso caso é... Há muitas coisas e muitas pessoas envolvidas... Pra onde eu olho vejo rastros do meu passado... Então por favor, me ouça e faça o que eu peço... Esqueça-me e não me procure mais... Siga sua vida em diante como se nada nunca tivesse acontecido.

– Você pode querer me afastar de você e eu até imagino por causa de quem, mas isso não mudará em nada o que eu sinto por você.

Vi em seus olhos que ela vacilou.

Não tinha duvidas de que tudo isso tinha dedo de Tanya.

– Mesmo assim você precisa tentar... Olha, eu sei que nós dois temos um tipo de ligação que eu não entendo, mas nós temos que deixá-la no passado.

– Tem certeza de que é isso que você quer?

– Tenho.

– Não vou contestar sua decisão Bella, mas ainda assim nada irá mudar.

– Você precisa tentar – ela insistiu.

– Minha vida mudou quando eu conheci você... Você me mudou por completo, não há mais o que mudar – expliquei á ela.

– Edward o problema é que... – ela respirou fundo e começou a olhar para o chão, e então disse – você pode me amar... Mas eu... Talvez um dia tenha te amado, mas isso passou – ela me disse.

Havia algo por trás daquelas palavras dela, e eu já até imaginava o que, mas eu precisava ter certeza.

– O que está querendo dizer?

– Edward, eu sinto muito, mas eu não te amo da mesma forma – ela disse, olhando para o chão.

Aquilo foi pior do que a noticia de sua morte.

Quantas vezes ela dissera que me amava no passado?

E quantas vezes eu disse á ela tanto no passado, quanto agora que a amo?

Ela estava mentindo.

Eu já sabia o porque!

– Então isso muda tudo – disse á ela, fingindo ter desistido.

– Que bom que entendeu – ela estava sendo fria e ao mesmo tempo cautelosa.

Ela não sabia mentir, mas eu precisava respeitar sua decisão, pelo menos por enquanto.

– eu vou te deixar como você quer... Vou tentar manter distância... Mas mesmo que nós dois estejamos distantes, eu ainda vou te amar... Mesmo que você não possa me ver... Meu amor por você sempre existirá – sussurrei á ela.

Aproximei-me e dei um beijo em sua testa antes de sair de seu quarto, deixando-a sozinha.

Sai da casa e quando ia entrar no carro Kate estava voltando.

– E aí, como é que foi? – ela questionou ansiosa.

– Ela me pediu para deixá-la... Para eu esquecê-la – disse á ela.

– Ela não iria pedir isso Edward... Não sei o que Tanya disse á ela, mas isso tem dedo dela – disse ela.

– E você acha que eu não sei?!

– E agora o que pretende fazer?

– Não vou perdê-la novamente... Antes que Tanya possa fazer algo que nos separe definitivamente, eu preciso agir... Chegou à hora Kate. Eu vou revelar a verdade sobre nós a ela... Reúna amanhã todos em minha casa, chegou à hora da verdade ser dita.


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Notas finais do capítulo

Tadinho do Edward né =(
Bom, ele cravou a própria cova no passado quando decidiu abandonar a Bella. Espero que tenham gostado e que comentem dizendo o que acharam :)