You re Perfect For Me escrita por Lady Marbrook


Capítulo 2
- Capítulo 02


Notas iniciais do capítulo

Olá a pessoa linda que está lendo isto agora.
Boa leitura e nos vemos nas notas finais.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/199818/chapter/2

— Mãe!

Minha mãe pela estava determinada a me ignorar a uma semana. Mas, dessa vez seria a última.

O Babaca do meu padrasto, da ultima vez tinha pegado todo o dinheiro guardado para emergência para investir o “empreendimento milagroso”.

—  Por que você não disse a ele para sair desta porcaria de Agencia de Viagens e começar um trabalho de verdade novamente?

Ela suspirou.

— Amu este é o sonho do Akira.

— Então?

— Então significa algo para ele.

— Pois então, eu nunca estou indo para a escola novamente. Por quê? Porque é meu sonho.

— Hinamori Amu, não fale assim comigo.

Por que será que tenho a leve impressão que essa é a frase favorita deles...?

—  Você tem dezessete anos, e você não tem idéia do que é ser como um adulto e ter que lidar com coisas de adultos.

Ô claro. Eu só tenho que lidar com um padrasto inútil que prefere abandonar o emprego e jogar fora o dinheiro da minha mãe, um chefe maluco, uma ex-amiga vaca, um primo mala, e um idiota da escola que não larga meu pé. Que para melhorar ainda mais, o idiota em questão, que sabe que trabalho para o louco das vitaminas.

Queria ver um adulto lidando com todos meus problemas. Hum.

**

No sábado à noite, meu chefe disse que precisaria trabalhar na loja domingo.

—  Não.

—  Por que não? Ouvi você conversando com uma amiga dizendo que não ia ter que nada o que fazer no domingo.

—  Fuxiqueiro.

—  Não, são estratégia, e você estava ligando durante o tempo de trabalho, não é minha culpa.

—  Ainda não.

—  Te pago 75% a mais sobre as horas.

—  Não sei.

—  Te dou um dia de folga, quando quiser.

—  75% e um dia de folga?

—  Não exagere.

—  50% e minha folga.

—  45%.

—  40 e minha folga.

—  Fechado.

**

Quando voltei para casa, eu estava sentada na sala, tentando entender o que estava acontecendo com minha mãe, que estava sentada na mesa da cozinha, olhando fixamente para o nada. Tinha estado ligando e desligando o telefone o dia todo, sempre atendendo as chamadas no seu quarto, e estava cansada, como se tivesse estado resolvendo um problema que sabia que a solução, não iria agradar.

—  Mãe, preciso trabalhar no domingo.

—  Tudo bem, desde que possa te buscar no final.

—   Tááá.

**

Pensei que os domingos no shopping seriam mais agitados, mas o trabalho era lento, como sempre, apesar do shopping estar cheio.

Passei parte do meu domingo empilhando e reorganizando caixas de vitaminas. E fazendo o máximo possível para não ser vista.

Mas deu errado.

Duas vezes.

No meio da tarde encontrei Saaya 2 perambulando, parecendo perdida e frustrada.

—  Olá Amu. Está trabalhando aqui?

—  Ah, Oi, sim.

—  É uma droga né, já trabalhei em um lugar parecido.

Até que Saaya 2 não parecia tão irritante quando não estava desesperada.

—  Estou à procura de um presente pra uma menina de 6 anos birrenta e que sabe tudo.

—  Tente uma placa dizendo “A escola te destruirá”.

Ela sorriu concordando veemente.

—  Deve ser legal trabalhar sozinha. Sem nenhum chefe ao redor.

—  Até que sim, desse jeito ele não fica tentando me convencer a usar um chapéu no formato de cenoura.

—  Eu já vi, ele é lunático.

Nós duas rimos.

A segunda foi Kukai, Utau e Ikuto.

Então os três vieram em minha direção, e senti meu coração acelerar, Utau parou diante de uma vitrine de uma loja perto da nossa seção no shopping, olhando para dentro. Kukai parou com ela, envolvendo seus braços em torno dela.

Ikuto foi o único que veio até a loja. Ele ainda usava um crachá dizendo que era um estagiário e batia irritantemente os dedos no balcão.

—  Então você toma conta de tudo isso.

—  Sim, de tuuuudo isso, não é legal? Agora tira os dedos do balcão está sujando.

Atrás dele estava Utau olhando a vitrine.

—  Wow, que maravilha de vendedora. Não me estranha que tenha uma grande fila de clientes.

— O que você quer Ikuto?

Kukai disse algo a Utau que a fez sorrir, de a volta em seus braços e o beijou. Lembrei de todas as vezes que ela me descreveu o que faria se tivesse a chance de beijá-lo. O que se sente quando um sonho vira realidade? Eu acredito que deve ser a coisa mais maravilhosa do mundo.

— Só vim dizer “Olá” a uma colega de trabalho escravo.

— Se é essa a razão para ficar vindo aqui pode...

— Deveria ter me falado que se sentia abandonada. Teria vindo antes. No segundo em que fui contratado, inclusive.

— Cala a boca Ikuto.

Kukai foi para outra loja enquanto Utau entrava na loja. Utau olhava as coisas despreocupadamente como se eu nem ao menos estivesse ali.

Ikuto bateu no balcão novamente.

— Estivesse essa noite pensando em algo...

— Olhe você pensa, já é um grande progresso.

— Idiota. Amu, você gosta de mim? O suficiente para não me atropelar se eu estivesse deitado quase morto no meio da rua?

Por um segundo eu pensei que fosse serio, porque ele parecia tão intenso, como se ele realmente quisesse saber, mas então passou uma garota por ali e disse:

— Olá Ikuto.

E Ele se virou para acenar.

Sim, eu mantia ele acordado no meio da noite.

— Por favor, se você estivesse meio morto no meio da rua, é claro que eu pararia. E então veria você morrer.

— Amu...

Não cheguei a ouvir o que ele disse, por que nesse momento entrou uma senhora na loja e disse:

— Preciso de ajuda.

Eu abri o catalogo e comecei a explicar sobre as vitaminas e doces especiais, tomando cuidado para não olhar Ikuto. Mesmo assim notei quando ele foi embora e que Utau ainda continuava ali.

— Olha, eu só quero saber onde fica o banheiro.

— Oh, Sessão F, final do corredor.

Então Utau veio até mim.

— Nunca imaginei que você trabalharia em um lugar tão ridículo Amu.

Eu não acreditei no que ela falava, na verdade, não acreditava que ela estava falando assim comigo.

— Eu que nunca imaginaria que você se tornaria mais uma das vagabundas correndo atrás do Kukai com a cabeça mais coberta de chifres do que um alce.

Eu sei que soei uma vaca, mas já estava cansada de parecer que não existia, e não deixaria ela falar dessa forma comigo, mesmo que um dia ela tenha sido minha amiga, minha melhor amiga.

Ela deu um sorriso triste, e virou as costas, mas antes de sair disse:

— Pelo menos não sou mais uma perdedora como você.

Não voltei a ver a Utau. Também não vi Ikuto, mas eu nem pensei nele.

Bem, talvez eu tenha pensando um pouquinho nele, mas só poucos segundos.

Dez minutos, no máximo.

Okay foram mais do que isso.

**

Mamãe estava me esperando quando o shopping fechou. Ela não estava feliz.

—  Como foi no trabalho?

Ela perguntou.

— Foi bem.

E a conversa parou por aqui.

Estranho, muito estranho.

A propósito estavam TODOS muito estranhos, sem me excluir do grupo.

Quando estávamos quase chegando em casa ela falou novamente.

— Amu, lembra-se de quando Akira disse que deveria receber um ultimo cheque por todo o tempo de férias?

Por que eu acho que isso é bomba... Uma bomba prestes a explodir no meio da minha cara.

— Sim, mais ou menos. Aconteceu alguma coisa?

— Nada. Chegou ontem, só que o valor é menor do que esperávamos.

— Menor quanto?

Ela deu de ombros.

— Bem menor. Eu tenho falando com a vovó há um tempo e ela se ofereceu para vir ajudar...

— Daí ela enlouqueceu quando você disse não.

Mamãe me olhou, eu descobri a resposta e soube o porquê dela estar tão mal de ontem.

— Você disse que sim.

Estava incrédula. Mamãe tinha convidado vovó para ir para casa. Minha mãe e vovó.

— Quanto tempo ela vai ficar?

— Não sei.

— Uma semana? Dois meses? Cinco anos? Vamos lá, você deve ter uma idéia de quanto tempo ela vai ficar...

— Amu, pare com isso.

Ela disse com sua voz afiada.

— Isso não foi fácil para mim, era a única solução.

Olhei para ela até que ela desviou o olhar. A vovó era a sua única opção? A vovó vinha nos ajudar?

Era oficial. Absolutamente, não tinha jeito nenhum que minha vida poderia ficar pior.

**

Escondi-me no quarto a noite toda, saindo só para fazer um sanduíche. Terminei comendo só a metade por que mamãe e o idiota estavam sentados em frente à TV de novo.

Sei que não parece tão ruim, mas confie em mim, era como ver um caminhão atropelar um ciclista. Mamãe estava enrolada em uma coberta e escrevia em papeis freneticamente, sua expressão de raiva e tristeza. Enquanto isso o idiota máximo, sentado na cadeira ao lado do sofá onde mamãe estava, assistia um filme de comédia. Mamãe me perguntou como estava, e vi em sua voz carregada de frustração. Akira só encheu a boca de mais pipoca e coçava a cabeça.

Quando fui escovar os dentes antes de dormir, Kukai estava sentado na privada com o cabelo dentro de uma toca de plástico e olhava fixamente uma caixa.

 — Quando chegou em casa?

— Agora a pouco

Ele respondeu.

— O que aconteceu com seu cabelo?

Eu disse enquanto pegava minha escova no armário.

— Ficou sabendo da vovó?

— Vovó?

Kukai olhou para mim.

— O que aconteceu?

— Ah, merda. É por isso que aqueles dois estão tão estranhos quando cheguei? É claro, mas o que ela fez agora?

— Shiu!

Sussurrei, apontando para a sala que estava em silencio, e fechei a porta do banheiro, liguei o ventilador para que o fedor da cabeça de Kukai não me matasse.

— Ela vem nos visitar. Mamãe não quis dizer por quanto tempo. Ela só disse que vovó a ajudaria. Seja lá o que isso se signifique.

— Quando?

— Não sei. Mas, você vai ter que deixar seu quarto como da última vez.

Ele fez uma careta.

— Maravilhoso.

— E o seu cabelo?

Perguntei tentando me aproximar para ver.

— Nem tente. Fui a uma festa, e conheci uma menina que é uma cabeleireira, nos começamos a conversar, e ela disse que eu ficaria ótimo com o cabelo mais claro.

— Ahh, me deixa ver.

— De jeito nenhum.

Escovei os dentes e depois cuspi.

— Hey, como você acha que estão às coisas financeiramente?

Kukai mexeu na toca, franzindo a testa.

— Tipo, A Vovó está vindo ajudar.

Eu ri para não chorar e Kukai deve ter percebido, porque tocou meu ombro, invés de me empurrar, e disse:

— Olha, eu preciso lavar a cabeça esse negócio já tá começando a arder.

Voltei para o meu quarto. Quando me enfiei na cama, eu mal podia escutar a televisão na sala de estar. Fiquei ouvindo por um tempo, mas nunca ouvindo mais que sussurros. Mamãe e o idiota não se falavam.

**

Quando acordei, mamãe já tinha ido trabalhar e o idiota já tinha saído.

Acordei Kukai.

— Seu cabelo está legal.

— Vai embora.

Ele reclamou, puxou o coberto cobrindo até a cabeça. Eu puxei as cobertas.

— Preciso que me leve pra escola.

Ele puxou de volta.

— Pegue um ônibus.

— Não posso pegar ônibus. Ninguém pega ônibus. É como levar uma placa na cabeça dizendo “Sou um perdedor”

— Tenho certeza que você não precisa de uma placa.

Deu um soco na suas costas.

— Vou contar para mamãe.

Eu me admiro com o poder que essas quatro palavrinhas têm. Mamãe era terrível quando descobria que tinham me deixado ir sozinha para escola.

Ele sentou, esfregando os olhos e, em seguida olhando para mim.

— Você não presta.

— Você também. Agora faça o favor de me levar para escola.

Ele fez, mas dirigiu tão devagar que acabei chegando atrasada, a que significava ir a secretaria pegar um passe.  A secretária em frente ao balcão perguntou meu nome, me olhou sem entender quando eu disse, e logo disse para eu sentar e esperar.

Alguns minutos depois, Utau entrou na secretária com uma pilha de papeis.

—  Os formulários de permissão para as regionais.

Ela disse para a secretária, passando a pilha de folhas.

— Obrigada Utau.

Ano passado ela não saberia da existência da Utau.

— Pode me dar um passe pra aula? A Sra. Ayuzawa esqueceu me dar um.

— Claro, só um segundo.

É claro que Utau teria seu passe em um segundo. Ela não teria que esperar. Esse era o poder de ser alguém. Inclusive os adultos que supostamente dirigiam a escola não eram imunes a ela.

— Obrigada

Falou Utau, e olhou ao redor do escritório, quando meu viu, congelou por um segundo e logo olhou pra longe, olhando novamente para trás do balcão.

Olhei para o chão e desejei que sua cabeça explodisse.

Eu não odiava Utau, odiava a garota idiota que ele tinha se tornado ao esquecer nossa amizade e fingir que eu não existia.

**

Eu continue pensando em como Utau agora era, nos problemas que o imbecil do meu padrasto trazia e a vinda da vovó. Eu continue pensando nisso quando cheguei em casa do trabalho e tentei fazer meu dever de casa, apesar de que amanhã era dia de conselho de classe.

Parei de fazer meus deveres de casa e afastei meus livros, jogando meu lápis sobre eles. Por que eu tenho que aprender mais do que eu sempre quis saber sobre geometria, mas nunca me ensinam coisas importantes, como o que fazer quando sua melhor amiga decide agir como se nunca tivesse te conhecido?

Ou por que eu não tinha aprendido maneiras de parar de estar trancada-em-uma-sala-de-aula fantasiando sobre um cara que, quando eu o conheci no ano passado, me ouviu dizer que ele era bonito e depois veio até mim e disse que lamentavelmente, eu não era seu tipo, mas, que se por acaso, eu não teria uma caneta para lhe emprestar?

**

Nós tivemos uma liquidação no trabalho. E por mais incrível que parecia ela foi um sucesso. Tirando dois caras chatos que incomodaram pedindo descontos.

Quando o shopping finalmente fechou, Ganta pegou os produtos que sobraram da liquidação e começou a reorganizar-los, acrescentando frascos do transbordamento que ele recentemente tinha começado a guardar no pequeno armário que tinha em baixo da caixa registradora.

— As coisas estão começando a ficar apertadas aqui, assim que tiver um espaço maior no deposito eu vou comprar, mas por enquanto vou levar as reservas pra casa. Vou precisar de outra caixa, porém, pode ir à lata de lixo e pegar uma?

Por que nada superar trabalhar vendendo vitaminas, exceto aquela viagem extra do fim do dia ao lixo.

As lixeiras eram fora do shopping, escondido atrás de um muro de tijolos e da parte de carregamento. A única maneira de chegar até eles era pelo corredor do shopping, uma longa passagem que passavam por trás de cada loja e estava cheio de armários de armazenamento.

Quando cheguei lá fora, um cara usando uma camiseta da uma loja de café estava jogando o lixo fora. Ele acenou com a cabeça para mim.

— Loja de vitaminas, né?

— Certo

Disse com cautela. Ele não era maravilhoso ou algo assim, mas era fofo do tipo “ tenho o cabelo bagunçado, vendo café e provavelmente toco violão.”

— Você trabalha no café, não é?

— Sim. Ei, você pode falar para o seu patrão, pra ele parar de falar sobre vitaminas quanto estiver na loja? “Meu patrão odeia isso, mas eu não quero dizer nada por que...”

— Com certeza

— Obrigado

Ele disse totalmente fora do meu sarcasmo. E quando ele saiu acrescentei enquanto ele voltava para o shopping.

— Idiota.

Então ouvi alguém rir.

Eu não queria saber de quem era à risada, mas eu conhecia a risada do Ikuto assim como eu sabia que ele tinha uma pequena cicatriz no cotovelo esquerdo. Você não pode ter tanta luxuria por alguém e não perceber coisas sobre ela.

— Isso virou uma convenção dos idiotas?

— Eu não ganho sequer um “Yo Ikuto” antes de você começar a me bombardear?

Ele estava de pé na parte de carregamento, apoiado em uma pilha caixa de sapatos.

— Não. Adeus.

— Ei, espera

Ele disse, e saltou da doca de carregamento. Vi ele caminhar em minha direção com uma mistura de aborrecimento, por que ele era o Ikuto, e sempre tinha essa cara, e, bem, mais aborrecido por que ele tinha que caminhar até mim.

— Olha isso. Ganhei uma nova etiqueta de nome hoje.

Ele desprendeu e a segurou em minha direção.

Eu a olhei. “Novo escravo”.

— Promissor.

Ele sorriu.

Eu ri e ele sorriu novamente para mim, as covinhas aparecendo. Foi à coisa mais próxima de um momento agradável que eu tive com alguém nos últimos tempos.

Então, naturalmente, Ikuto arruinou dizendo:

— Qual é o negócio com o seu chefe? Temos um aviso nos fundos da loja que se ele aparecer devemos chamar o gerente imediatamente.

— Olha, eu não é como se eu gostasse de trabalhar lá, eu odeio na verdade, e não é minha culpa se meu chefe é maluco e conta pra todo mundo suas aventuras vendendo vitaminas.

— Ei, eu só...

— Oh, eu mal posso esperar para ouvir isso.

Ele piscou para mim.

— Eu só estava tentando conversar com você.

Eu odiava como ele era lindo e me odiava ainda mais por perceber que ele era um gato.

— Claro que estava. Por que você falou tanto enquanto escutava o cara do café reclamando do meu chefe. Ah, não espera... Você só riu.

— Não de você. Eu não iria...

— Tirar sarro de mim? Por favor...

Ele me olhou por um momento e depois disse?

— Olha Amu, desculpe...

Por alguma razão, aquilo me deixou com raiva. Levantei uma mão, tanto para empurrá-lo ou para dar um tapa nele, eu iria decidir depois que tivesse feito, e ele a segurou.

Eu congelei.Não era por que eu não estivesse mais com raiva, por que eu estava. Eu senti muitas outras coisas também, coisas que sequer tinham nome e isso me atingiu tão forte que não podia me mexer.

Ele também não se mexia, eu senti um calor e uma agitação no estomago como aquilo que falam “Milhares de borboletas, ou sei lá o que”. E eu soube que algo iria acontecer.

E aconteceu.

Ele me beijou.

Meu primeiro beijo.

Com Ikuto.

Era algo saído de um sonho. Eu tinha esquecido ele e de mim, e dos meus problemas.

Tirando o fato que eu estava parada perto de uma lata de lixo, do lado de fora do shopping. E eu estava com Ikuto, que tinham “pego” quase todas as garotas da escola, e que eu não gostava dele.

— Idiota

Eu disse, o afastando e tentando ignorar o modo como eu estava tremendo.

Ele me olhou como se nunca tivesse me visto antes.

— Idiota? Você acaba de meter sua língua na minha boca e agora está me xingando?

— Eu não fiz isso.

— Não fez o que, enfiar sua língua ou me xingar. Você fez os dois e muito bem.

— Não fiz

— Fel

Ele disse, e se inclinou para mim.

— Não fiz.

Eu disse de novo, e então eu...

Essa era  parte embaraçosa...

Eu o beijei. Não pude evitar. O olhar no rosto dele era tão intenso e a coisa toda era tão intensa que eu tive que fazer. Não pude me controlar. Eu não queria. Pelo menos não até que alguém abriu a porta do shopping nos mandou irmos terminar em um motel e fechou a porta de novo.

Então eu agarrei uma caixa e sai correndo embora como se estivesse sendo perseguida.

O que não estava. Ikuto não veio atrás de mim. Não que eu quisesse mesmo, nem nada isso.

Além disso, quando cheguei a casa, esqueci de tudo sobre o beijo, pelo menos por  um tempo, por que quando cheguei a casa, a vovó estava lá.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Deixem suas opiniões nos reviews, por favor!
Uma pergunta, preferem capítulos grandes como estes, ou menores?
Até o próximo capítulo.
Beijos, Lady.