Jullie’s POV ON:

Bom dia, escola!

Pela primeira vez, depois de tanto tempo sem entrar na escola, eu entrava novamente, com um sorriso no rosto.  

Boa parte de mim estava feliz, mas outra... Nem tanto.

Eu me perguntava: Será que tudo estava igual? Algo tinha mudado? E meus amigos, os que eu tinha feito em tão pouco tempo, mas não queria de jeito nenhum perder? Pedia a Deus pra que tudo fosse como era antes, tudo mesmo.

- Três períodos atrasada, Jullie. – falava a recepcionista da escola – Mais um atraso, e terei que chamar seus pais.

- Isso vai ser difícil, porque eles moram no Brasil. – eu fiz piada, mas parece que não agradou a ninguém.

- Pode ir pra sala, Payne. – ela falava, num tom grosso.

O lado ruim da história tinha sido esse atraso. Maldito Liam! Mas, pra que se comparar um pequeno atraso, pensando em tudo que tinha por vir a partir de hoje? Nada se comparava a minha felicidade, nada.

- Três períodos. – eu falava sozinha, enquanto esperava o sinal tocar para poder entrar na sala de aula – Apenas isso.

- Só três, Jullie? – pelo jeito eu não falava sozinha.

Virei-me para trás, num piscar de olhos e deparei-me com a figura que tanto queria ver.

“Querer não é poder.” E pelo visto... Isso não ia me fazer bem, não mesmo.

- Tomlinson. – falei, curta e grossa.

- Louis, por favor. – ele falava, dando o sorriso que eu tanto gostava de ver.

Mal ele sabia, que enquanto eu estava num tal de hospital, havia lembrado de tudo que tinha acontecido no passado. Eu era uma criança, tenho consciência disso. Mas... Aquilo me marcou como se fosse o pior erro que alguém já havia cometido.

- Para mim, é Tomlinson. – eu falava, querendo chorar – Só chamo pelo primeiro nome, pessoas com quem tenho intimidade, e que eu saiba... Não tenho intimidade com você.

- Mas pode ter. – sua voz fora tomada por um tom malicioso.

Gelei.

“SIM, SIM! POSSO TER!” – pensava.

- Não posso mesmo. – eu falei, querendo me socar – Vá cuidar de sua vida, Tomlinson.

- Eu estou cuidando... – ele falava – Mas parece que ela não gosta de mim.

Uma palavra: So-cor-ro.

- Não sei o que está tentando fazer... – menti – Mas, não vai conseguir. Não comigo.

-Tem certeza, Payne? – ele falava, andando em minha volta – Não vou conseguir?

- Depois de tudo que você fez? – eu falei – Haha, faça-me rir.

- É por isso que está tão irritada? – ele falava.

- E eu tenho outro motivo? – falei.

- Bem... Não. – ele sabia do que tinha acontecido – Mas aquilo é passado.

- O passado, podia ser algo que teria me matado. – eu falei – E isso, seria o presente.

- Pare de me confundir, garota. – ele falava.

- Adoro te deixar louco... – eu falava, num tom malicioso.

E aleluia! O sinal finalmente tinha tocado, graças ao bom Deus.

Não aguentaria mais nenhum minuto na frente de Louis, eu ia acabar me entregando.

Eu não me entendo, não me compreendo: Se tenho total consciência que Louis não é o certo pra mim, porque continuo tentando? GAROTAS!

Mas, eu não sei. Ele demonstrava, de algum jeito, que... Bem, parecia se importar, queria estar ali comigo. Mas depois de tudo aquilo... Era cada vez mais difícil eu me acostumar com a ideia de que Louis poderia, um dia, ser meu.

Na minha mente, e talvez só na minha mente, eu pertencia à Louis, ele pertencia à mim e isso era um verdadeiro conto de fadas.

Realmente... O “felizes para sempre” existe?

Jullie’s POV OFF.