Chegaram ao hotel completamente molhados e foram direto para o quarto. De lá pediram o jantar, já que Sara estava espirrando um pouco e Grissom fez questão de cuidar dela.

– Grissom, vou tomar um banho enquanto o jantar não chega.

– Tudo bem, mas antes me deixe pedir uma coisa?

– Claro.

– Será que poderia não me chamar de Grissom? Não sei, somos um casal agora – A abraçou por trás – E não precisamos mais de tratamentos formais.

– Tudo bem, mas então deseja que eu te chame de que?

– Ham, não sei. Deixe-me pensar. Acho que pode me chamar de Griss, Gil.

– Acho que até pode ser quando estamos com outras pessoas, mas eu já sei do que te chamarei quando estivermos a sós.

– Já sabe? E de que me chamará?

– Te chamarei do que você representa e sempre representou em minha vida.

– E o que é?

E então ela virou de frente para ele e o enlaçou o pescoço. A cada nome que Sara pronunciava dava um beijo pelo rosto de Grissom.

– Ah, você é o meu amor – Um beijo na bochecha esquerda – Meu querido – Um beijo na bochecha direita – Minha Paixão – Um beijo na testa – E minha Vida!

Quando Sara pronunciou a última palavra Grissom não agüentou e a beijou, um beijo quente e profundo do jeito que só ele sabia dar. O beijo foi forte e apaixonado, Grissom segurava Sara pela cintura pressionando-a contra seu corpo, suas mãos desciam da cintura para as nádegas avantajadas de Sara, e a apertava com força fazendo-a ficar mais próxima de seu corpo quente.

Sara segurava o pescoço de Grissom, pressionando contra seu rosto para que o beijo fosse mais forte. Suas línguas percorriam caminhos deliciosos em suas bocas, fazendo com que não quisessem sair dali nunca mais. O beijo foi demorado e muito bom, brincavam com a língua um do outro e sempre que podiam, davam uma mordidinha de leve nos lábios um do outro.

A essa altura as mãos experientes de Grissom já passeavam por dentro da blusa molhada de Sara. As mãos de Sara já não se encontravam no pescoço de Grissom, naquele momento suas mãos passeavam pela parte de trás de Grissom, apertando e acariciando suas nádegas, o que provocava em Grissom uma reviravolta, pois cada vez que Sara apertava suas nádegas Grissom às comprimiam, o que fazia Sara pirar.

– Querida, quero fazer amor com você.

Sara o olhou e sorriu. O gesto dispensou qualquer resposta. Grissom a abraçou e a envolveu em um novo beijo, mas tão bom quanto o anterior. Com muito carinho a conduziu para o banheiro para tomarem um longo banho de banheira juntos e fazerem amor. Grissom finalmente realizaria uma fantasia que tinha há muito tempo, a fantasia de fazer amor com Sara em uma banheira com espumas e hidromassagem.

Fizeram amor e ficaram por um longo tempo abraçados ainda na banheira, depois se vestiram e jantaram.

Já deitados assistiram um filme que passava na televisão, abraçados de conchinha e depois adormeceram.

Ao amanhecer Grissom acordou primeiro, olhou para o lado e sorriu ao perceber que não havia sido um simples sonho e sim realidade, a melhor realidade de todas. Como era bom acordar ao lado dela. Naquele momento percebeu que nunca mais deixaria de acordar ao seu lado, nunca mais a deixaria escapar. E assim ficou por um tempo a observá-la.

Não demorou muito e Sara também despertou. Deu de cara com aqueles lindos olhos azuis que sempre sonhou acordar com eles a encarando. Sorriu timidamente quando percebeu que ele já estava velando seu sonho por muito tempo.

– Bom dia flor do dia.

– Bom dia – Respondeu sorrindo.

– Dormiu bem?

– Dormi e você?

– Muito bem, mas pra falar a verdade a melhor parte não foi dormir, foi acordar e perceber que não foi um sonho e que você estava dormindo comigo de verdade.

– Para mim a melhor parte foi acordar e ter como a minha primeira visão seus lindos olhos azuis.

Sorriram e abraçaram-se. Logo depois se levantaram e se arrumaram para descerem para tomar café.

Conversavam uma conversa gostosa durante o café. No salão onde o café da manhã era servido encontrava-se bem ao centro uma mesa bem longa com muitas coisas para comer e muitas mesas com muitas pessoas tomando seus cafés da manhã.

– Amor, qual será a programação de hoje?

– Bem, pelo que diz aqui no folheto – Grissom leu o folheto com atenção – Agora na parte da manhã às 09h30min começarão algumas palestras e amo meio dia terá um intervalo, servirão o almoço e as 14h00min começarão outras palestras até as 16h00min e depois estaremos liberados até amanhã.

– Hum, quando que você vai palestrar?

– Deixe-me ver – Olhou o papel novamente – Depois de amanhã, por quê?

– Porque adoro suas palestras, me fazem lembrar quando nos conhecemos.

– Vou caprichar para que fique orgulhosa do seu namorado tá.

– Namorado? – Sorriu.

– Sim, por que acha que não somos namorados?

– Não sei, tecnicamente não somos afinal você não me pediu em namoro formalmente.

– Ah, então você quer um pedido formal?

– Sim ! – Disse fazendo bico.

– Então tá. – Pegou sua mão com carinho – Sara Sidle, você aceita ser minha namorada?

– Hum, deixe-me ver – Fez cara de pensativa – Aceito.

Beijaram-se e sorriram, até que uma pessoa os cortou.

– Hum, pensei que eram casados.

Sara e Grissom levaram um susto, mas mesmo com o passar dos anos, Grissom não esqueceu a arrogância que existia naquela voz, nem precisou se virar para saber quem era.

– Jerry Anderson.

– Gilbert, pensei que já fossem casados.

– E somos – Grissom levantou-se.

– Então a cena que acabei de presenciar foi muito estranha. Você acabou de pedir sua esposa e namoro?

– Sim, nunca ouviu falar que maridos e esposas não são diferentes de um casal de namorados?

– Há sim, é claro. Mas esquece! – Disse sem graça e mudando de assunto - Sua esposa é muito bonita Gilbert – Foi até a cadeira de Sara, que encontrava-se de pé.

– Senhora?

– Grissom, Sara Grissom.

– Muito prazer senhora Grissom.- Beijou a mão dela - Sou Jerry Anderson, as suas ordens.

– Prazer Senhor Anderson. – Tirou sua mão.

– Amor – Disse referindo-se a Grissom – Será que podemos ir até o nosso quarto, acabei de notar que esqueci meu celular e preciso pegá-lo.

– Tudo bem amor, vamos?

– Vamos.

– Jerry, foi um prazer encontrá-lo novamente.

– Igualmente Gilbert.

– Com licença.

– Toda.

Já no elevador Sara não se conteve.

– Que homem galanteador hein.

– Sara? – Grissom a olhou pasmo.

– O que amor? Não estou dizendo nada demais, só que ele é muito galanteador e cá entre nós, muito abusado.

– Por quê?

– Ué Griss, ele estava jogando o maior charme em cima de mim, mesmo sabendo que somos casados.

– Eu vi, e sinceramente? Não gostei nem um pouco.

– Ei – Sara enlaçou seu pescoço – Não se sinta ameaçado, porque não tem a mínima necessidade.

– Tem certeza?

– Tem alguma dúvida?

– Acho que sim.

As portas do elevador se abriram, indicando que haviam chegado ao andar desejado.

– Então vem cá que vou fazê-lo perder qualquer medo.

Sara o puxou para o quarto, e provou literalmente para Grissom que não o trocaria por ninguém no mundo.