Leis da Noite - Mente sobre Materia escrita por Ryuuzaki


Capítulo 10
A Primeira Noite é Inesquecivel - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Musica Do capitulo: My Dark Side Home - Vision of Atlantis
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=SLg9FofCEhw
Letra: http://vagalume.uol.com.br/visions-of-atlantis/my-dark-side-home.html

Musica Claudius Du Coudray: Through My eyes - Vision of Atlantis.
Video: http://www.youtube.com/watch?v=DF14mX7jgUw
Letra: http://vagalume.uol.com.br/visions-of-atlantis/through-my-eyes.html

Musica Michael Toren: Dead boy's poem - Nightwish
Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=26Se79panak
Letra: http://vagalume.uol.com.br/nightwish/dead-boys-poem.html



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Capitulo 2: A primeira noite é inesquecível.

 

Sim... Vampiro... Michael havia encontrado um vampiro, um que se travestia de colecionador e respondia pelo nome Claudius Du Coudray, um dos grandes figurões na cidade. Quem em Santa Felícia não ouvira aquele nome e escutara fofocas acerca de sua enorme propriedade e vida pessoal?



Não sabiam porém, que o “homem” era um vampiro. Não uma metáfora ou coisa parecida, mas ele realmente era um dos furtivos mortos-vivos que se alimentavam de sangue e Michael havia caído na armadilha elaborada pelo predador. Uma visita a mansão, um convite para debater sobre arte, a qual O Pintor fora de bom grado...


Apenas para ter seu orgulho despedaçado e sua vida ceifada. Por que agora, ele mesmo, Michael Toren, era um dos amaldiçoados.

...

Havia esquecido, momentaneamente, a mulher morta que jazia ao chão completamente sem sangue. Tudo em que conseguia pensar naquele instante era a vida que perdera. Não mais respirava, os órgãos não funcionavam, o coração não tocava ao ritmo dos vivos. Talvez nem alma possuísse. E, com certeza não morreria como planejara toda a sua vida.


Sabia todavia, quem era o culpado por este tormento. E o amaldiçoava.

- Droga! Droga! DROGA!!! – gritava Michael enquanto, em desespero, socava o chão de tabuas com força – Maldito vampiro filho de uma puta! De uma PUTA!

Levantou-se abruptamente sem reparar no estrago que, apenas com a mão, causara na madeira. Continuava a gritar, sempre culpando o Barão. E, afinal, não fora ele responsável por toda a sua desgraça?


Ou, talvez, quem sabe, não fosse o orgulho do próprio Michael o causador de sua morte.

Não se importava em pensar nos fatos. Apenas chutava a parede e praguejava contra seu infortúnio. Começou a andar freneticamente pelo lugar, tentando achar uma solução para os seus problemas, mas nada encontrava. Apenas tijolos caídos, os quais arremessava nas paredes tentando diminuir seu acesso de fúria destruidor.

Ficou mais um tempo lutando contra o inimigo que tomara a forma da construção na qual ele se encontrava, destruindo tudo que encontrava. Teria ficado afônico com os gritos exaltados que soltara caso seu corpo ainda fosse mortal. Até que se sentiu terrivelmente cansado, abatido. Parecia-lhe que havia passado dias inteiros sem dormir.


Estava surpreso por descobrir que os mortos também ficam exauridos, talvez não fisicamente, mas mentalmente. Deu um último e vacilante soco na parede, como que em um ultimo esforço. Porem, este nem mesmo encontrou seu destino. Michael desabou ao chão, chorando diante de sua impotência.


De que lhe serviria a eternidade se não conseguia nem mesmo resolver seus problemas do presente?

Não se importou em levantar-se, continuou deitado no chão exatamente como tinha ido ao solo. Ainda chorava, mas nenhuma gota caía de seus olhos, agora tão adaptados com a escuridão. Gritava e esperneava, mas, sua nova condição o impedia até mesmo de lacrimejar, o que o levou ainda mais ao fundo do abismo do desespero.


Abriu os olhos na vã esperança de que estes ao menos umedecessem e a mulher morta entrou no seu campo de visão. Michael engoliu seco ao vê-la. Iria ela tornar-se um novo monstro? Como ele mesmo se tornara? Não tinha certeza... Mas esperava que não... Algo lhe dizia que não e falava mais... Articulava também que ele deveria sair de lá, esconder o corpo morto e fugir.
Antes que alguém o descobrisse.

O pintor se levantou cansado e ainda choramingando. Aquela vozinha em sua cabeça, a amiga para todas as horas, estava certa. Iria carregar o corpo da jovem a um lugar escondido e ir para casa, ou a algum outro lugar que pudesse esconde-lo do sol.

Caminhou até o cadáver e estacou bem em sua frente. Não... Ele não conseguia, não podia nem mesmo olhar aquele belo rosto que agora, como ele, nunca realizaria seus sonhos. Michael começou a andar devagarzinho para trás. Não conseguia encarar a nova realidade à qual era submetido.


Podia ser uma pessoa muito egoísta e egocêntrica. Mas nunca... Nunca seria um assassino em vida.. E, no entanto, agora era um ser obrigado a matar. Seus olhos se arregalaram conforme a realidade estapeou a sua cara.


Ele não queria viver daquela maneira... E não conseguia encarar o fruto de sua sede. Sua primeira vitíma.

Não podendo continuar naquele lugar de morte ele correu. Desceu as escadas velhas do lugar e saiu pela porta principal da casa que provavelmente estava sujeita à demolição, pelo serviço de segurança pública, devido ao estado precário.


Ouvia a parte sã de sua mente tentando convencê-lo a voltar e esconder o corpo, ou ele poderia ter conflito com a polícia em breve, mas ele não estava se importando com nada mais.


Apenas corria para bem longe daquele lugar, a casa amaldiçoada que marcava seu nascimento como um vampiro.

 

...

 


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Notas finais do capítulo

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A musica do cap ficou em aberto, mas logo darei um jeito nisso, juro!