Conquering The Redhead Wild escrita por Bee, Bea Maciel


Capítulo 25
Legal brincar de escolinha com você, Malfoy.


Notas iniciais do capítulo

Ei, meus amores. Sobre o atraso de uma semana, peço perdão, era a última semana do ano letivo, e eu tinha cinco planos de aula, e dois artigos para entregar, e quando achei que poderia tirar um tempinho para escrever, teve provinhas. Nice, right? E sobre esse capítulo, tá um lixo, eu sei disso. Eu precisava brincar um pouco com vocês, mas acho que talvez vocês gostem. Os próximos trarão um conforto aos seus coraçõezinhos.
Acho que é isso, enjoy it.



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Scorpius achava que finalmente havia conseguido chegar ao fim de um ano de empreitada. Mas não podia se enganar mais. Ele podia achar que Rose iria agora ser uma possível namorada para ele. Estranhamente era isso que ele queria, mas aparentemente, uma ruiva selvagem não pode ser domada tão facilmente.

E descobriu isso da pior forma possível. Ele até acharia engraçado, se não fosse lamentável e se não tivesse cerca de trezentas pessoas ao redor, vendo a cena e rindo da cara dele.

Ele havia se aproximado da sua ruiva incrivelmente linda, enquanto ela estava no jardim depois do café da manhã, e depois da demonstração incrível que a ruiva havia dado a ele de afeto, ele realmente acreditou que finalmente teria a chance de beija-la sempre que quisesse e não precisasse se esconder e esconder o que sentia por ela. Doce engano.

Scorpius partiu abraça-la e quando estava quase beijando-a, ela se afastou o encarando com a cara mais desanimadora possível, a testa franzida, os olhos cerrados e a boca em uma curvatura anormal de infelicidade.

— Tá maluco, Malfoy? – Rose perguntou então se afastando dele.

— Eu só queria te beijar, Rose. – ele tentou puxa-la novamente pela cintura, mas ela parecia escorregar das mãos dele a cada momento.

— Me beijar? Agora acho que você tá louco mesmo. Acha que eu vou te beijar na frente de toda essa gente? Minha reputação está em alta, não posso me arriscar. – ela falou rapidamente para ele, sua voz quase em um sussurro. – É para isso que temos a sala precisa, sabe?

— Isso é realmente sério? Sem brincadeira? Achei que você não se importava com essas coisas.

Rose deu de ombros e virou as costas para ele. Mas então ela parou de repente e com um sorriso lançou: - Vamos estudar para os NOMS, hoje às 19, sem atrasos, Malfoy.

Ele deveria saber que sua ruiva (afinal há meses ele vinha tentando reivindicar essa garota para ele) não se renderia tão fácil. Ela só havia agido daquela forma durante a noite anterior para provoca-lo. Ele foi para seu quarto e lá ficou por um tempo em paz, ou tentando, pois Victor não havia o perdoado pela azaração, nem Scorpius havia o perdoado por tentar beijar sua garota, e mentir sobre isso.

Por isso quando Victor estava por perto, eles apenas se encaravam, aquela cara de poucos amigos estampada e deixando claro que nenhum dos dois realmente iria perdoar o outro naquele dia. Mas é claro, Matt tinha que aparecer.

— Estão nessa ainda? – ele perguntou sem olhar para os amigos, apenas mexendo em seu malão procurando um livro, ou algo assim.

— Eu to normal. – Victor disse logo, encarando o amigo – O Malfoy que ainda está brabinho.

— Ah, ótimo. – Matt disse com a voz esgotada, seguiu até a cama de Scorpius e roubou a varinha do loiro antes que outra discussão começasse e que outras azarações rolassem. Depois pegou a varinha de Victor, e com um simples aceno fez com que os dois ficassem presos pelos tornozelos no teto do dormitório. – Então, vocês são adoráveis e são meus melhores amigos. – Matt olhava para os dois.

Scorpius estava com a face completamente vermelha naquele momento, afinal esse era o pior mal das pessoas que tem como cor porcelana. Victor possuía na cara uma carranca horrível, e ele gritava sem parar para que Matt o descesse.

— Mas vocês ficarão ai em cima até que se resolvam.

— Não, eu preciso ir para a aula com a Rose, ou vou tirar um T de Trasgo nos NOMs, e meu pai vai me matar. – Scorpius resmungou para o amigo.

— Eu vou me encontrar com a Julie, por favor cara, faço qualquer coisa para sair daqui. – Victor implorou.

Matt sorriu pegando seu livro e se jogando na cama. –Então espero que vocês se acertem logo. - Ele jogou um feitiço para não ouvir o que os amigos falavam, não queria invadir completamente a privacidade daquele relacionamento estranho que os dois tinham.

Nenhum dos dois falou por algum tempo, eles até mesmo evitavam se encarar. Matt a cada pouco levantava os olhos de seu livro para os amigos para ver se eles haviam abaixado a guarda, mas só encontrava aquela velha pose defensiva nos dois. Mas aquilo não era realmente legal, Scorpius sabia disso e sabia que seu melhor amigo também sabia. Ele limpou a garganta e se soltou um pouco.

— Então... – Scorpius começou virando levemente a cabeça para seu amigo – Você e Julie? Hm?

— É, ela resolveu me dar uma pequena chance, agora que você parece não querer se arriscar nas meninas que valem a pena. – havia um certo ressentimento transbordando ironia no tom de voz de Victor, ele encarou o amigo e deu um leve sorriso.

— Que bom. Finalmente você vai poder parar de ser um cachorrinho que fica se arrastando atrás dela enquanto ela tá indo pro banheiro com outro. – Scorpius alfinetou o amigo de maneira acida.

— Não quando é meu melhor amigo que tá indo com ela para o banheiro. – o outro respondeu à altura.

— Meu melhor amigo tentou beijar a minha nova conquista, e ainda mentiu sobre isso. Eu ao menos sempre era sincero.

— Eu tentei beijar ela porque ela parecia querer aquilo. – Victor gritou alarmado – Ela tava tão próxima de mim, a boca aberta de maneira tão provocativa, que eu não pensei, foi o meu instinto de urso falando.

— Um urso que logo vai ser castrado. – Scorpius sussurrou sorrindo para o amigo.

— Eu não fiz por mal. – enfatizou por fim.

— Tudo bem, mas eu te azarei por mal, não me julgue. Era o meu instinto de urso. – o loiro admitiu usando a frase do amigo. – Me desculpa.

— Claro, cara. – Victor sorriu, e então com um impulso, se abraçou com o amigo, meio de lado, meio de ponta cabeça, meio estranho. Nem perceberam que Matt encarava os dois havia um tempo com um sorriso no rosto.

— Eu também quero um abraço. – Matt anunciou para os amigos quando os desceu lentamente do teto.

Os três se abraçaram, um momento tenro que dá até vontade de fotografar e deixar na parede pelo resto da vida. Pena que isso não aconteceu, teria sido verdadeiramente belo. Esperem, segundo informações, Miguel aprontou essa com os amigos, e agora usa aquela foto como chantagem quando quer algo.

Miguel sabe ser um verdadeiro filho da mãe quando quer. Mas todos eles sabem. E é por esse motivo – além de dividirem o mesmo quarto, sentindo o chulé um do outro e outras coisas nos últimos cinco anos – que eles eram amigos, amigos verdadeiros, do tipo que não se perde nem por uma garota, nem por um harém.

— Por um harém eu deixaria e mataria todos vocês. – Miguel alertou aos amigos com um sorriso quando os pegou naquela cena incrível de bromance.

— Eu realmente amo vocês. – Scorpius sorriu enquanto arrumava o cabelo no espelho do banheiro e passava perfume – Mas eu tenho uma aula agora.

— Você não se arruma tanto para ir para a aula do Longbottom, ou do Slug. – Victor sorriu para o amigo.

— Nenhum deles pode me dar uns beijinhos no fim da aula. – o loiro sorriu se dirigindo até a porta.

— Nunca se sabe se o Slug não te daria umas beijocas, já que você é o aluno mais indicado para ir para a parede dele.- nos últimos anos todos em Hogwarts sabiam da estante de troféus onde o professor mantinha as fotos de seus alunos mais bem sucedidos, depois da batalha de Hogwarts, ele deu uma entrevista tocante de como queria todos os seus amados alunos naquela parede.

— Nesse caso, - Scorpius sorriu por uma fresta da porta entreaberta – Eu não daria uns beijinhos nele. – ele expos – Eu prefiro muito mais do tipo que tem peitos e que não tenha lesmas nas calças.

Ele nem esperou os amigos responderem, ele já estava quase completamente atrasado. E Rose não suportava atrasos. Mas quando ele chegou na sala não encontrou a ruiva, por isso foi espera-la do lado de fora. Os corredores estavam praticamente vazios àquela hora, a única coisa que os preenchia eram as badaladas do relógio.

Não demorou muito para Scorpius ver a silhueta que se aproximava, mesmo de longe o loiro reconhecia aqueles cabelos compridos e esvoaçantes da ruiva, ou as pernas torneadas dela. Ele realmente adorava as pernas dela, e nem sabia dizer o porquê. Elas eram longas e pálidas e pareciam esculpidas por anjos.

Talvez Scorpius soasse muito clichê nesse momento.

— Malfoy! – ela sorriu docemente para ele, de uma maneira provocativa e animada.

— Weasley. – ele respondeu abrindo a sala para que eles treinassem.

Enquanto Scorpius estava suando, mesmo que já tivesse tirado a capa, o paletó e a gravata, Rose se mantinha incrivelmente impecável, nem uma gota solitária de suor demonstrava qualquer dificuldade ou esforço da parte dela naquele momento em que ele tentava desarma-la e derruba-la.

É claro que ele havia melhorado das primeiras aulas para aquela, mas Rose era incrível naquela matéria, era impossível alguém realmente possuir aquela classe e pose mesmo quando estava lutando.

— Qual seu maior medo, Malfoy? – ela perguntou se defendendo rapidamente de um feitiço que ele havia lançado.

— Sei lá, nesse momento é ter um T de trasgo na única matéria que me interessa. – ele sorriu ofegante tentando se defender dos feitiços dela.

— Única? Por acaso você quer fazer exame para Auror depois dos NIEMs?

— Exatamente.

— Achei que você iria ser um curandeiro, assim como seus pais. – Rose alfinetou, demonstrando ter mais conhecimento sobre a vida dele do que ele próprio.

— Seria legal, mas não seria apenas seguir mais uma maldita tradição? Uma nova, mas ainda sim.

— Tradição? Sério? É com isso que você se importa nesse momento?

— Sim, não quero ser mais um Malfoy chato e que vive pelo dinheiro. Quero adrenalina nas minhas veias. – e então ele sorriu de lado para ela finalmente a desarmando – E meu avô vai ficar louco se eu me tornar um Auror.

— Uma pausa para agua e para você me explicar isso? – Rose propôs agarrando uma garrafa de agua e demonstrando finalmente que havia se cansado naquilo.

— Bom, simples. Meu avô perdeu tudo naquela luta judicial por ele ser um comensal da morte, todos conhecem essa história. Seu tio salvou minha família, e meu pai teve que arcar com o fardo de ter uma família para cuidar. Meu avô queria que ele apenas se casasse com uma garota rica, o que ele fez, mas ele e minha mãe nunca utilizaram do dinheiro dela. E quando eles se tornaram curandeiros, ele ficou louco dizendo que meu pai estava manchando sua honra. – Scorpius explicou e então com um sorriso divertido encarou a ruiva – Ele disse que a única profissão pior seria de Auror. Principalmente porque seu pai e seu tio são aurores.

— Tecnicamente agora eles são chefes de sessão, mas eu deixo isso passar. – Rose alertou divertida. – E acho que você teria dificuldades de se manter firme naquele emprego se dependesse de meu pai.

— Por que diz isso?

— Simplesmente porque a última coisa que ele me disse quando te viu na estação no nosso primeiro ano foi: “Nunca se aproxime daquele menino feio e loiro de cabelo engomado ali. Ele é a pior companhia que alguém pode querer.” – ela engrossou sua voz para demonstrar exatamente como seu pai havia falado.

— Ele nunca vai me aceitar como um Auror. – Scorpius suspirou pesadamente derrotado. – E nem como seu namorado.

— Como meu namorado? – Rose gargalhou com o que ele falou – Acha que eu um dia te teria como meu namorado?

— Sim, e será em breve, adorável ruiva selvagem. – Scorpius sorriu – Você não vai resistir tanto aos meus encantos como você quer passar.

— Por mais que eu ache tentador, não acho que chegaremos tão longe, doninha. – ela se levantou novamente empunhando a varinha. – Round 2.

Eles estavam no meio de uma batalha, feitiços voando de um lado para o outro e Scorpius tentando se concentrar nos feitiços, e nas explicações que ela dava para um feitiço atingir o oponente de maneira mais potente ou não, quando a cabeça do loiro parou de pensar em feitiços e voltou alguns minutos antes na conversa que tinham.

— Como você sabia que minha mãe e meu pai eram curandeiros? – ele perguntou divertido para ela, e assim que viu que a ruiva havia ficado levemente encabulada ele abriu mais o sorriso.

— Quando meu irmão foi atacado por um centauro numa floresta perto da Toca, eu fiquei com ele e a mamãe no hospital, enquanto o papai foi resolver essa questão do centauro, e eu vi seus pais lá, e você também. – Rose sorriu – Sua mãe é muito bonita. – ela afirmou e ele sorriu levemente.

— Ela é uma mãe incrível também. – ele apontou de maneira sucinta quando conseguiu mais uma vez derrubar a varinha da ruiva. – E aposto que ela seria uma sogra incrível para você.

— Bom, acho que está bom por hoje, acredito que você vai se sair bem nos NOMs. – a ruiva anunciou juntando suas coisas do chão. – Foi bom brincar de professora com você, Malfoy.

Ela saiu da sala antes que o loiro pudesse falar mais alguma coisa, e ele se sentiu vitorioso, mas também estranho por ter afirmado aquilo para ela.


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Notas finais do capítulo

E ai, aproveitaram? Espero que sim, me avisem, ok? E eu quero saber a opinião de todos, acho que eu não respondi os comentários ainda desde que voltei, mas o farei, em breve. Agora estarei livre, já passei em algumas matérias, e posso respirar aliviada, mas tenho que começar a escrever meu TCC. Que venha o quarto ano. Vou tentar adiantar essa fic, eu prometo. XX