Quem luta com monstros deve velar por que, ao fazê-lo, não se transforme também em monstro. E se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti.

Friedrich Nietzsche

– Capítulo Cinco –

Provocações e Ciúmes

Quando Draco e Agatha aparataram outra vez em seu apartamento, Agatha foi rapidamente à mesa de bebidas, ela encheu o copo novamente com firewisk e bebeu. Draco apenas a observava.

- Eles estão desapontados comigo. – disse Agatha abatida – Eu mudei, eu não consigo mais ser a mesma de antes.

- Você está dizendo uma loucura. – disse Draco se aproximando dela e pegando o copo de suas mãos da mesma forma que fizera mais cedo – Eles ficaram super felizes por te ver, estavam com saudades. Sempre que eu vou até lá, a primeira coisa que sempre fazem é perguntar de você.

- Eu estou diferente Draco. – disse Agatha atribulada – E eu não consigo lidar com isso.

- Vamos lidar com isso juntos ok? – disse Draco dando um leve beijo em seus lábios – Vamos pegar o Jake para jantar. Chama logo aquela babá esquisita.

- Draco! – repreendeu Agatha, mas, ela sorria.

Agatha subiu as escadas e entrou em um dos quartos, Isabella e Jacob brincavam juntos no chão do quarto azul e branco. Como Agatha dissera antes ele era lindo, seus cabelos negros eram lisos e seus olhos eram pratas como os de Draco, suas bochechas e lábios eram rosados.

- Sra. Malfoy. – disse Isabella sorrindo quando a viu entrar – Andy já está pronto. Vai levá-lo agora?

- Vou sim. – disse Agatha pegando Jacob no colo, ele sorriu ao vê-la e Agatha retribuiu.

- A senhora fica tão mais bonita quando sorri assim. – disse Isabella se levantando do chão.

- Nem Doutora nem senhora, Izzy. – disse Agatha calmamente – Meu nome é Agatha.

- É pra não perder o costume. – explicou Isabella chateada – Imagina se eu fico perto de um desses comensais maus e te chamo de Agatha? Você vai perder a moral.

- Não seja tonta Izzy. – disse Agatha girando os olhos.

- O General ainda está irritado comigo?

- Não se preocupe com ele. – disse Agatha indo em direção a saída do quarto – Pode ir dormir mais cedo se quiser, não precisa esperar.

Agatha desceu as escadas com Jacob no colo, Draco já os esperava perto da porta, os três saíram em direção à sala de jantar da mansão. Na grande mesa no centro da sala, Bella já se encontrava sentada ao lado de Lúcio, de frente a eles se encontravam Blásio e Emilia. Depois de dois anos que Draco e Agatha haviam se juntado a Voldemort, Draco conseguiu entrar em contato com Blásio, ele e Emilia estavam juntos, estes também se tornaram uns dos favoritos de Voldemort com uma pequena ajuda de Draco, após o nascimento de Jacob eles foram escolhidos para serem seus padrinhos. Muitos outros que Draco conhecera em Hogwarts também se tornaram comensais, alguns do lado de Voldemort outros do lado da Ordem.

- Boa noite. – disse Agatha e Draco.

- Boa noite – responderam os quatro.

Eles se sentaram nos dois lugares um de frente para o outro perto da ponta da mesa. Agatha colocou Jacob em um cadeirão ao seu lado. Em poucos minutos Voldemort apareceu na sala e se sentou na ponta da mesa.

- Boa noite. – disse sibilante sem olhar para ninguém – Podem se servir.

Os presentes se serviram em silêncio, ninguém falava a não ser que Voldemort fizesse isso primeiro.

- Como foi com os Australianos? – perguntou Voldemort depois de um tempo.

- Muito bem. – respondeu Draco naturalmente – A propósito Blásio, enviaremos você e Emilia à Austrália nos próximos dias para verificar território.

- Perfeitamente. – respondeu Blásio.

- Tantas cadeiras vazias. – comentou Voldemort como se para si mesmo.

- Felizmente estão em missão Milorde. – disse Draco satisfeito.

- E Rodolfo quando volta? – perguntou Lúcio.

- Na próxima semana. – respondeu Agatha abrindo um enorme sorriso para Bella – Logo, logo, terá o seu marido de volta Bella. Desculpe não tê-los mandados juntos, mas, é que eu achei que ele desse conta sozinho, e deu. Sabe são tantas coisas que ele consegue fazer sem você Bella.

- O que quer dizer? – perguntou Bella irritadiça.

- Nada. – disse Agatha bebericando o vinho – Não quis dizer nada.

- A sim, eu já ia me esquecendo. – disse Draco calmo – Natasha Novgorodseva virá passar uns tempos conosco...

- Natasha! – exclamou Agatha visivelmente irritada – Você não me contou sobre ela.

- Me desculpe. – pediu Draco desinteressado – Eu recebi uma carta hoje confirmando a presença dela.

- Será bom temos uma representante da Rússia aqui. – disse Voldemort fitando o nada, ele já havia presenciado cena de ciúmes de Agatha antes e não estava interessado em mais uma – Assim podemos ter certeza se podemos confiar nela realmente ou se a matamos, pra mim tanto faz.

- Já arrumaram um quarto pra ela? – perguntou Emilia levemente aborrecida.

- Na verdade. – começou Draco mais cuidadoso – Eu pensei em ela ficar na nossa casa Agatha.

- Conosco?

- Fica mais fácil de planejarmos o ataque com ela lá querida. – explicou Draco.

- O fato, meu bem. – disse Agatha arrogante – Nós moramos na mesma mansão, então qual o problema de ela ficar em um dos quartos? Ela ficara perto de qualquer forma.

- Eu já me decidi. – disse Draco definitivo – Espero que como a minha esposa você entenda.

- Claro querido. – disse Agatha entre os dentes – Entendo perfeitamente.

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- Você está maluco! – alterou-se Agatha quando ela e Draco já se encontravam juntos já em seu quarto – Trazer aquela... mulher pra cá?

- Eu não entendo por que você fica histérica quando falo da Natasha. – disse Draco irritado.

- Você ainda pergunta? – disse Agatha nervosa – Nos dias em que estivemos da Rússia ela só fez em se jogar pra cima de você.

- Nós precisamos dela. – disse Draco calmo – Ela está do lado da Ordem.

- Ela só está do lado da Ordem por causa de você. – disse ela vermelha – Achei que fosse obvio.

- Que seja. – disse Draco indiferente – Mas o importante é que ela está disposta a ajudar... Onde você vai?

- Beber. – disse Agatha abrindo a porta.

- Não vai mesmo. – disse Draco a pegando pelo braço e voltando a fechar a porta atrás deles em seguida ele a jogou na cama – Isso faz mal pra você, tem que parar. Uma vez eu disse que garotas doces como você só tomam suco de morango.

- Talvez a garota doce tenha se tornado uma mulher amarga. – disse Agatha deprimida.

Draco respirou profundamente.

- Isso vai acabar logo. – disse Draco se deitando na cama ao lado dela – Confia em mim.

- Eu sempre confiei em você Draco. – disse Agatha sincera encarando os olhos pratas de Draco – Nós estamos tão perto dele e não podemos matá-lo, às vezes tenho tanta vontade de pegar a minha varinha e acabar logo com isso.

- Você não pode. – disse Draco urgente – Se fizer isso você morre, lembra do voto perpétuo, nós prometemos que não íamos matá-lo.

- Eu sei. – disse Agatha se aconchegando no peito de Draco – Eu só não queria que Jake crescesse aqui.

- E não vai. – disse Draco afagando os seus cabelos.

- Se Natasha fizer qualquer gracinha eu posso torturá-la? – perguntou Agatha esperançosa.

- Você nunca torturou nem um animal. – disse Draco em tom zombeteiro.

- Mas as pessoas não sabem. – disse Agatha animada – Eles acham que eu torturo por diversão. Eu posso treinar com a Natasha.

- Não Agatha. – disse Draco sério.

- Estraga prazeres.

- Tem uma coisa que te daria mais prazer do que ver Natasha sofrer. – disse Draco se deitando por cima de Agatha.

- Sério? Eu não faço idéia do que seja. – disse Agatha pensativa.

- Muito engraçado. – disse Draco acariciando o rosto de Agatha e beijando os seus lábios em seguida.