A esperança é o sonho do homem acordado.

Aristóteles

– Capítulo Um –

Os Herdeiros se Separam

– Você está fazendo corpo mole Agatha. – disse Draco autoritário.

Eles já haviam retornado para o seu último ano em Hogwarts e estavam na sala precisa, Draco ensinava oclumência a Agatha desde que voltaram, para Hogwarts. Agatha desistiu de liderar as chefes de torcida, pois, ocuparia muito de seu tempo, ela deu a liderança a Lilá, junto com a insígnia e a chave do quarto. Draco desistiu do posto de capitão do time de quadribol da Sonserina pelo mesmo motivo, mas, continuou como monitor, por motivos óbvios. Os únicos que sabiam dos planos deles eram Dumbledore, Snape, Harry, Gina, Rony e Hermione, sendo que os quatro últimos não concordavam de maneira alguma com isso.

– Você diz isso por que não é com você. – disse Agatha caída no chão ofegante.

– Se continuar respirando assim eu não respondo por mim. – disse Draco a olhando com malícia.

– Ok. – disse Agatha se levantando rapidamente – Vamos recomeçar.

...

– O senhor já contou pra ela Sr. Malfoy? – perguntou Dumbledore quando estavam sozinhos em seu escritório – Sobre o favor que te pedi ano passado?

– Ainda não. – disse Draco passando as mãos nos cabelos, ele estava claramente exausto – Ela não vai aceitar, nem eu aceito isso muito bem.

– Mas sabe que tem de fazer. – disse Dumbledore mostrando a mão murcha para Draco – Eu não vou viver muito Sr. Malfoy e se Voldemort souber que eu fui morto pelas suas mãos, será mais fácil de ele aceitá-los. Snape vai ajudá-los no que for preciso.

– Eu sei. – disse Draco encarando Dumbledore – Vamos fazer no dia da formatura.

...

– Você finalmente está conseguindo. – disse Draco satisfeito quando ele e Agatha estavam na sala precisa – Agora só preciso ensiná-la a alterar as lembranças e criar novas. Você não pode ficar o tempo todo com a mente fechada pra ele.

– Espero que não seja difícil. – disse Agatha cansada.

– Claro que não. – disse Draco se aproximando dela para a abraçar – Eu estive pensando sobre uma coisa que não fizemos.

– O que? – perguntou Agatha recebendo beijos suaves de Draco em seu pescoço.

– Nós não consumamos o nosso casamento. – disse Draco ainda beijando o pescoço de Agatha. – E isso está muito errado.

– Você tem toda razão Draco. – disse Agatha sussurando – Mas nós só vamos consumar alguma coisa depois que eu aprender tudo que preciso sobre fechar a mente, alterar lembranças, criar novas e etc.

– Eu sou o seu marido. – disse Draco com malícia – Eu posso te forçar se eu quiser.

– E eu posso chamar o meu advogado. – disse Agatha arrogante.

– Quem é o seu advogado?

– Papai.

– Você é má. – disse Draco indignado encarando os seus olhos.

– Eu sei. – disse Agatha com um sorriso cínico, e saindo de perto dele – Vamos fazer de novo?

– Ok. – disse Draco emburrado – Mas antes eu preciso falar com você. Dumbledore me pediu um favor.

...

– Eu ainda não acredito que vocês vão fazer isso. – disse Harry aborrecido, quando ele e Draco resolveram conversar na sala precisa, onde não seriam interrompidos – Poderia haver outra maneira.

– Mas não existe outra. – disse Draco – Eu preferiria ir sozinho, mas, Agatha é terrível.

– Gênio forte. – disse Harry sorrindo – Ela gosta de você, por isso quer ir junto, tenho certeza que ela faria qualquer coisa pra ficar do seu lado.

– É estranho ouvir isso de você. – disse Draco simplesmente.

– É, eu sei. – disse Harry tristonho – Eu não sei quanto tempo ficaremos separados, mas, eu vou sentir falta.

– Eu vou manter contato, quando for seguro.

E em seguida eles fizeram algo, que talvez ansiavam em fazer desde o momento que se tornaram amigos, eles se abraçaram, se abraçaram como verdadeiros amigos, cúmplices e companheiros.

– Se cuida. – disse Harry.

...

– Eu não vou conseguir fazer isso Gina. – disse Agatha chorando quando estavam sentadas juntas perto do lago negro – Não posso deixar que ele mate Dumbledore.

– Eu também estou assustada Agatha. – disse Gina fazendo Agatha se deitar em seu colo – Desiste de tudo isso, por favor, nós vamos encontrar outra maneira.

– Não. – disse Agatha firmemente – Mas eu não queria ter que matá-lo, mesmo sabendo que lhe resta pouco tempo de vida, antecipar isso é horrível demais.

– Agatha a formatura é amanhã. – disse Gina apreensiva – Você tem que decidir.

– Eu sei. – disse Agatha triste – Você sabe que depois da morte de Dumbledore, Hogwarts não será mais segura não sabe?

– É eu sei. – disse Gina – Quando acontecer, Harry, Mione, Rony e eu vamos fugir para procurar as Horcruxes.

– Todos vão me odiar por isso. – disse Agatha abatida – Inclusive a minha família, vão achar que eu sou uma traidora.

...

– O final de mais um ano. – anunciou Dumbledore para os alunos – Estou contente por ver mais de meus alunos se formarem para seguir as suas vidas. Mas eu queria antes de tudo, dizer algumas palavras. Tempos sombrios estão para começar...

– Está preparada? – perguntou Draco, ele estava pálido, mais do que o normal.

– Claro que não. – disse Agatha tremendo, eles estavam sentados juntos na mesa da Sonserina – Como vamos sair daqui?

– Por um breve momento as proteções de Hogwarts serão desativadas. – explicou Draco em voz baixa – Então Snape vai nos aparatar para onde Voldemort está.

– ... então eu peço pra vocês, muita força e coragem – terminou Dumbledore olhando especificamente para Draco e Agatha, todos aplaudiram em seguida.

Agatha sabia que essa era a deixa, Draco a pegou pela mão e eles se levantaram, o salão se colocou em silêncio por que nunca ninguém antes se levantou enquanto Dumbledore ainda estivesse de pé, todos olhavam curiosos para os dois para saber o que iriam fazer, então Draco e Agatha pararam a poucos metros de distância de Dumbledore. Agatha tremia e suava frio, até mesmo Draco tremia de nervoso, Dumbledore sorriu o incentivando e Draco apontou a varinha pra ele. Os professores imediatamente colocaram as varinhas em punho, mas, eles não contavam que Agatha evocaria um vento forte fazendo com que estas voassem longe.

– Draco. – disse Dumbledore pedinte – Por favor.

– Avada Kedavra! – disse Draco em voz alta. Dumbledore caiu pra trás com os olhos abertos totalmente sem vida.

Draco e Agatha saíram correndo pela grande porta do salão principal, eles sabiam que Snape estava vindo atrás deles, quando eles saíram pelas portas de carvalho, Snape os alcançou.

– Temos que ir. – disse Snape pegando os dois pelas mãos a desaparatando, eles aparataram, em frente a uma enorme mansão que eles não sabiam onde ficava. Agatha caiu no chão de joelhos e soluçava de tanto chorar, ela estava desesperada, nunca pensou que isso fosse acontecer com ela.

– Recomponha-se garota. – disse Snape friamente – Ele não pode te ver assim.

Draco ajudou Agatha a se levantar e enxugou as suas lágrimas e juntos eles se aproximaram da entrada da mansão. Na porta haviam alguns comensais encapuzados.

– O que faz aqui Severo? – perguntou o mais próximo – Milorde o chamou?

– Tenho boas notícias pra ele. – disse Snape apontando para Draco e Agatha.

– Esses são os herdeiros? – perguntou o comensal ansioso.

– Exatamente.

– Entre.

Snape entrou seguido dos dois, a mansão era anormalmente grande, era como se dentro dela coubesse mais algumas casas menores, era obvio, a mansão foi enfeitiçada para isso, era claro que eles estavam fazendo um exército. Eles seguiram Snape até uma sala ampla e confortável, e Voldemort estava sentado imponente em sua poltrona com Nagine em seus braços como um animal de estimação, Agatha a olhou com horror, o seu medo de cobras a assombrava, mas, ela tinha que aprender a conviver com ela. Voldemort os fitou com um brilho estranho no olhar e ele esboçava um sorriso estranho.

– O que temos aqui? – perguntou sibilante.

– Milorde. – começou Snape – Dumbledore foi morto pelas mãos deles.

– Dumbledore? – disse Voldemort duvidoso – Explique isso direito.

– Quando você me escreveu aquela carta. – disse Draco calmamente – Eu entendi que realmente meu lugar era com você, mas, precisava levá-la comigo – disse apontando para Agatha.

– Draco levou quase o ano inteiro para me convencer. – explicou Agatha fria – Foi então que eu entendi, que chances eu tenho ao lado de Harry Potter se eu posso ser bem maior ao seu lado? Perto dele eu seria ofuscada. Fora a humilhação dele ter me trocado pela minha própra amiga, eu sempre fui fiel a ele, e qual foi o meu pagamento? Agora eu sei que serei melhor aceita ao seu lado, eu te darei a minha fidelidade eterna... Milorde.

– Pensamos o resto dos dias que nos faltavam para a formatura, pensando em um presente para te dar depois de termos te traído. – disse Draco com um sorriso cínico – O que melhor do que a morte de Dumbledore?

– Por que não mataram o Harry? – perguntou Voldemort, Draco sabia que ele os estava testando.

– Por que sabemos que o Potter é seu. – respondeu Agatha – E além disso quando Dumbledore despencou no chão, Potter fugiu com a sua matilha.

Voldemort deu uma gargalhada sinistra.

– Seu trabalho já está terminado Severo. – disse Voldemort calmamente – Pode voltar para a escola, creio que será o novo diretor.

– McGonagall é a visse diretora.

– Não por muito tempo. – disse Voldemort – Com a queda de Dumbledore Hogwarts agora será minha. Pode ir, eu cuido deles.

Voldemort esperou que Snape saísse para recomeçar a falar.

– Que bom que vocês caíram em si e voltaram pra mim. – disse ele os observando, Voldemort estava vasculhando em suas mentes – Como sou misericordioso com os que merecem, vou aceitá-los de volta – Então ele olhou para um comensal que estava no fundo da sala – Busque Lúcio e Bella, vamos fazer o voto perpétuo. – então Voldemort se voltou novamente para Draco e Agatha – Mas como todo pai corrige os seus filhos, vocês também precisam de um castigo. Voldemort apontou a sua varinha para os dois.

– Crúcio.

Sete anos depois.