Estava tarde, talvez até quase amanhecendo, no entanto ouviu alguém abrir a porta de frente de sua casa. Quem seria a esta hora? Perguntou-se levemente desinteressado. Não estava com muita paciência de levantar para saber, pois no momento estava muito aborrecido por ter visto mais cedo uma ridícula cena romântica de Elena e Stefan. Então, se fosse um ladrão, seu “querido” irmão poderia simplesmente levantar e expulsa-lo. Decidiu então voltar a dormir, até perceber que pelo barulho de passos pelo corredor, havia alguém indo em direção ao seu quarto. – Ótimo, era só o que me faltava, uma visita. – Pensou com ironia.

    Sentou-se na cama com uma imensa rapidez, e ficou esperando a pessoa chegar a seu quarto, com uma estranha posição: Uma posição de caça. – Acabarei logo em uma rápida mordida. – Então a porta se abriu. Quando já estava quase levantando da cama para o ataque, percebeu quem era a “intrusa” do seu quarto: Elena.

    – Ah, mas que boa hora para uma visita, Elena. – Disse com um tom mais irônico que pode usar no momento, dando ênfase no nome da duplicata. Ainda estava com certa raiva de ter visto a cena de sua amada com seu irmão.

    Mas ela não o respondeu. Simplesmente ficou fitando-o por certo momento, e então se dirigiu para a cama do Salvatore mais velho. Ao chegar à cama, deitou ao lado dele e simplesmente o beijou de um modo tão feroz que Damon nunca suporia que Elena pudesse fazer. Gostou do ato, porém ficou bastante confuso. Era certo que a menina já havia mostrado interesse pelo vampiro, porém era mais óbvio que estava perdidamente apaixonada pelo Salvatore mais novo.

– Elena, o que diab-...?

Mas no momento que ele começou a falar, a garota o silenciou colocando seu dedo indicador na frente de sua boca. Ela sorriu pra ele, e começou a tirar a roupa.

(...)
    Fora a melhor noite da vida de Damon. Estranha, sem sentido, mas definitivamente a melhor. Dormir com sua amada sem ter que a compelir, com o bom grado e a vontade totalmente dela. Estava tão feliz que depois do acontecido, abraçou Elena pelas costas e acabou adormecendo ao lado dela.

    Acordando, virou imediatamente para o lado em que supostamente a menina estava até ele adormecer, mas não havia nada. Não gostou muito do que viu, então decidiu esperar até as aulas dela acabar para conversar sobre o assunto. Quase no horário, foi para a casa da duplicata e entrou em seu quarto, para a conversa. Logo, ela chegou.

    – Damon? O que está fazendo aqui?

    – Acontece, Elena, que realmente não me agrada ser deixado no meio da noite.

    – ...? Do que está falando, Damon? Ontem a noite eu nem vi você!

Ela me fitava com um olhar curioso, mas com uma expressão diferente. – Ótimo, como sou burro, confundi um mero sonho com realidade, típico de um vampiro, não? Será que ela pensou que sou louco?  – Pensei com amargura. Fui embora um instante depois de ter ouvido aquela resposta, irritado pelo meu maior desejo ter sido um simples sonho, e irritado por ter aborrecido Elena.

                -

    Mas o que ele não sabia, era que Elena também havia sonhado com Damon. O mesmo sonho. E havia realmente gostado. Então realmente aconteceu? Não foi um sonho? Definitivamente foi um sonho, no entanto, quem disse que o que acontece no mundo dos sonhos é algo inexistente? As únicas certezas dessa história seria que Damon e Elena nunca tiveram uma conversa sobre esta noite, e Elena amou e viveu sua vida inteira, obviamente com Stefan, apesar de definitivamente nunca ter se esquecido daquele incrível e estranho sonho.