Merlin não acreditou.

Resolveu segui-la.

Ela andou até uma das torres do castelo, estava frio e ventilado.

Começou a sussurrar palavras da antiga religião, estava invocando um poder muito forte, Merlin sentia a aura do feitiço, era das trevas, da mais profunda maldição, resolveu pará-la, ou então ela jogaria uma praga em Camelot.

Morgana foi atingida com um chicote invisível que Merlin conjurara.

–Mais que..... Merlin!

–Pode ir parando o que estava fazendo. - Ele riu um pouco da onde o chicote atingira, ela corava e ele começou a rir, mas depois centrou em sua missão.

–Você sempre tem que aparecer, não é?

–Claro. Não devo satisfações para você.

–Seu covarde.

–Covarde?

–Sim, pois você se juntou com esse hipócrita do Arthur.

– Meu destino é protegê-lo! E eu já entendi o porque!

– Ele não vai ser diferente de seu pai!

–É seu pai também! E você é que se assemelha mais com Uther.

–Não! Eu quero a magia!

– Arthur vai ser um bom rei, ele é honesto e compreensivo!

–Ele vai te matar quando descobrir o que você é! Escute o que eu digo.

–Ele entenderá.

– Não.

Morgana lançou um feitiço, Merlin conseguiu se proteger e mandou uma magia parecida em resposta.

– Você pensa que pode tornar Arthur um bom rei, mas porque acredita nisso?

–Pois é meu destino protegê-lo e fazê-lo virar o rei que está se tornando.

–Ele....-Morgana lançava lanças de fogo das trevas na direção de Merlin a cada palavra.- não......conseguirá! Não.....vou...deixar!- Merlin não aguentou, ainda estava fraco e caiu no chão com a sequência dos feitiços, logo depois lançando o feitiço do chicote para despistá-la. Morgana caiu com a chicotada em sua perna.

–Ho, Dragon......

–O que está fazendo?

No céu se viu um enorme dragão sobrevoando o castelo e indo na direção de Morgana e Merlin.

Ele soltou fogo pela boca, Morgana rolou pelo chão a tempo de se esquivar do fogo do dragão.

– Você é....

–Sim, sou o último mestre dos dragões!

–Emrys!

–É como os Druidas me chamam.

– Você!

Morgana rastejou e pulou da torre, desaparecendo no nada.

– Maldita, escapou.-falou Merlin, xingando.

O sinal tocou, haviam visto o dragão.

–Vá embora, Obrigado.- falou Merlin, conversando com o dragão.

Merlin correu para seus aposentos e usou mágica para que alguns guardas não o vissem.

–Merlin, o que aconteceu?-perguntava Gaius, que estava fazendo um remédio a base de ervas.

–Morgana, estava no castelo, ia fazer uma praga. Não sei qual, mas fraca não era. Mandei o dragão vir para cá, ajudou muito, mas esqueci de seu tamanho.

–É, pois todos falam desse dragão. Estão com medo.

–Entendo, mas não posso fazer nada, foi o jeito, minha perna fraquejou novamente.

–Tem que melhorar o quanto antes disso.

–Sim, vou dormir agora.

Merlin não sabia o que fazer, o que Morgana estava tramando?

Que praga era aquela que ela pensava em fazer?

Não conseguia dormir, só pensava nas coisas ocorridas ultimamente.

Dormiu depois de 2 horas pensando.

Em seu sonho, teve uma visão.

–Não!-Merlin gritou enquanto dormia e acordou logo em seguida.

–O que houve?

–Tive uma visão.- Falou Merlin, com os olhos lacrimejando.

–Mas o que foi?

– M-Morgana matando o dragão.....E é...- Merlin saiu correndo ,com roupa de dormir, pelo castelo até ir parar numa clareira, onde se encontrava com o dragão.

Viu Morgana parada, olhando o dragão, que ficou parado, e ,num piscar e olhos, fez um feitiço numa faca e o furou.

–Não!

Morgana se virou de repente para ver quem estava lá, quando viu que era Merlin, começou a correr para a floresta, mancando.

–Não!

Merlin estava irado, mandou uma magia poderosa que pegou Morgana e a trouxe em sua direção, sendo arrastada pelo chão.

–Você o matou!

– Me solte!

Merlin começava a queimar por dentro, fazendo seus olhos ficarem brancos e mandassem essa cor para a planta que segurava Morgana, virando pedra a cada local que ele olhava.

Preciso me controlar, pensava, mas seu corpo não queria obedecer, estava com muita raiva, como nunca havia sentido.

–Você não sabe..... do que .....sou capaz!- Merlin viu que Morgana ficava desesperada a cada ponto da planta que virava pedra, cada vez mais próximo dela.

Um pó brilhante alastrava o lugar, o dragão havia desaparecido, só sobrara sua alma.

–Ele se foi!-falou Morgana, aproveitando o momento de distração de Merlin e quebrando as partes da planta que viraram pedra, permitindo sua liberdade.

–Morgana!

Merlin viu que ela saíra de sua planta, atacou, mandando feitiços mortais na direção dela, sempre desviando e se protegendo.

Morgana lembrou da perna de Merlin e fez com que uma planta aparecesse nos seus pés e deslocassem sua perna.

–Ah!-Merlin gritou de dor.

–Curta bem o funeral -falou Morgana, correndo para a floresta e desaparecendo.

–Por quÊ? Dragão!- sussurrava- poderia ter se protegido......era o destino?

Gaius encontrou Merlin na clareira e viu que o menino estava furioso, decepcionado e triste ao mesmo tempo. Ajudava Merlin a se levantar.

–Ele.....Gaius, por quê existe o destino? Não podemos mudá-lo?- Gaius ajudava Merlin a se levantar.

–Bem.... podemos mudá-lo sim, a não ser que não queiramos.

–Mas por que o dragão não quis mudar o seu destino?

–Vai que ele já viveu demais....não sei, mas vamos voltar para o quarto. Camelot está uma bagunça, tem guardas por todo lugar, eles vão trocar as posições, pode ser a chance para voltarmos.

Os dois foram para o castelo, esperaram a hora certa para passar sem problemas e voltaram para o quarto.

Sua perna piorara e teve que fazer uma magia poderosa para recuperar os movimentos, estava debilitada.

Merlin não conseguiu dormir, pesadelos o aguardam e ele sabia.