Por Um Segundo escrita por Phallas


Capítulo 20
Quer uma carona?


Notas iniciais do capítulo

Oi, minhas lindas!
Então.
Demorei? Acho que não, né? kkkkk'
Bom, aí está o capítulo, mas antes eu queria falar uma coisinha (novidade).
Eu queria agradecer (nossa, a Ana quer agradecer, que surpresa, que coisa inusitada) a todo mundo que comentou no último capítulo. Algumas leitoras fantasmas realmente apareceram e eu quero que vocês saibam que eu gostei muito de vocês, muito mesmo, e que vai ser um prazer ter vocês mais pertinho de mim. E meu Deus, não pensem que aquilo foi um puxão de orelha hahahaha foi um desabafo, eu não tava normal aquele dia. (que coisa mais incomum de acontecer né).
E eu também queria dar as boas vindas a uma leitora de ES que voltou pra me acompanhar em PS e que fez uma coisa que é a primeira vez que fazem comigo. Ela chegou quando a história já tinha dezenove capítulos e deixou DEZENOVE COMENTÁRIOS. Loa, muito obrigada. Vai ser maravilhoso escrever pra você de novo ;)
Por enquanto, é só isso. Obrigada a você aí que está do outro lado da tela s2



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/198057/chapter/20

"Uma perda pode converter-se num benefício e um benefício, numa perda."

Pensamento Taoísta


Griffin ficou comigo até eu dormir. Eu ainda sentia suas mãos nos meus cabelos enquanto meus olhos se fechavam lentamente, mesmo que eu estivesse fazendo uma força monumental para ficar acordada. Eu não queria que ele fosse embora e me deixasse sozinha. Mas ele foi. Quer dizer, minha mãe não ia deixar que Griffin dormisse aqui nem se o mundo dependesse disso.

São três horas da manhã. Eu acendo o abajur que meu pai comprou para mim quando esteve na China e que agora só me deixa mais depremida. Eu me olho no espelho e vejo a maquiagem borrada que me deixa parecendo o Coringa ou qualquer outro inimigo do Super-Homem. Dane-se se o Coringa não é do Super-Homem.

Eu voltei para casa na Mercedes de Tensy dirigida por Griffin. Atrás de nós, Austin, que fizera questão de nos acompanhar, dirigia seu Porshe com Tensy ao seu lado, que queria desesperadamente fazer essa noite desastrosa valer a pena. Por mais incrível que isso possa parecer, ela não conseguiu.

Griffin e eu não trocamos muitas palavras no caminho de volta. Ele abria a boca de tempos em tempos para me consolar, mas eu o cortava dizendo que eu preferia o silêncio a ouvir palavras que se dissolveriam no ar, antes de chegar aos meus ouvidos. Ele respeitou minha vontade e não disse nada, mas às vezes tirava uma das mãos do volante e pegava as minhas.

Eu implorar a ele para subir comigo, tentando segurar o choro o máximo que conseguia e me deitar no colo dele até dormir são as últimas coisas que eu me lembro.

Eu me sento na cama e abraço meus joelhos. Olho para o celular por um minuto e em um instante de devaneio me imagino ligando para Griffin, falando que acordei, e que ele tem que vir aqui me fazer dormir de novo. Eu não vou conseguir sozinha.

Veja bem, eu não estou triste por causa do carro em si. Sim, eu meio que o amava, aquele Audi foi meu primeiro carro e eu mal o dirigi. Mas fico triste por perdê-lo assim, sem mais nem menos, por causa de um menininho mimado que eu nem mesmo conheço. Ou não lembro muito, que seja. E aquele carro não tinha seguro, porque era muito novo, e meus pais nunca pensariam que ele seria atacado por um maníaco psicótico, agarrador de menininhas indefesas.

Mas eles tinham que ter pensado.

Ah, meus pais. Foi Griffin quem ligou para eles e contou o que tinha acontecido, porque eu não tive forças. Estava olhando dramaticamente a meu ex-novo-primeiro-carro ser guinchado por um cara com camisa do Bob Marley.

Realmente deprimente, eu sei.

Meus pais ficaram tristes. Não pela perda, mas por me verem triste também. Eu sinto vontade de chorar toda vez que eu lembro que minha liberdade está reduzida pela metade, mesmo com Griffin me jurando que a BMW pode ficar na minha casa, ou a Range Rover de Viper, para eu pegar a hora que eu quiser. Ele ofereceu até me comprar um carro novo, mas esse não é o maior problema. Como disse Tensy em uma tentativa meio infeliz de me deixar melhor, meu pai poderia me dar um Audi diariamente se eu resolvesse brincar de quebrar um por dia.

Só sei que meu pai não vai comprar um carro novo para mim durante um bom tempo. Já provei que não consigo cuidar nem da maçaneta de um.

Sim, arrancaram as maçanetas.

Então estou de volta à estaca zero. Mas dessa vez a estaca zero é ainda pior. Além de ter decepcionado meus pais e perdido meu carro, estou fazendo meu namorado se sentir culpado. Griffin acha que a culpa é exclusivamente dele, e não estou dizendo que é, mas talvez eu não tivesse meu Audi destruído se ele não tivesse, bem, quase perfurado o baço do garoto.

De qualquer forma, daqui a alguns anos, quando eu tiver dinheiro para comprar um carro que não seja em miniatura, comprarei um carro blindado.

Só para o caso do meu namorado quase matar alguém em uma boate.

De novo.

○ ○ ○



Como as notícias se espalham tão rápido? Por que, de repente, metade do mundo sabe que na noite de sábado Bellie Harper teve seu lindo e precioso Audi assassinado por uma trupe de marginais? Tensy me jurou que não contou nada a ninguém, nem Austin, nem Viper, que ficou sabendo por Griffin o que aconteceu. A única conclusão louvável e sensata que consigo chegar é que existe alguém que me segue a todos os lugares que vou, para escrever minha vida em um livro de comédia pastelão e divertir o planeta com as situações ridículas que vivo.

É.

Eu realmente acho que é isso.

Bem, meu perseguidor pode colocar no livro que todas as pessoas estão me encarando e comentando, com vozes sussuradas que estão me levando à loucura. Acho que não vai demorar muito tempo até que eu perca a paciência e atire uma porta de um Audi na cabeça de alguém.

– Eu soube do que aconteceu, Bellie. - Diz Jason, parado na minha frente. - Eu sinto muito pelo seu carro.

– Obrigada. - Respondo, meio sem saber o que dizer. Griffin está com raiva porque Jason veio falar comigo, e tem mais raiva quando ele vai embora, lançando um olhar acusador na direção dele.

Mais algumas pessoas vêm falar comigo. Helaina e Megan passaram rindo na minha frente e eu senti vontade de atropelá-las.

Mas, adivinhe, eu não tenho um carro.

Estou prestes a fazer uma faixa de "Eu só perdi um carro, e não a minha mãe" quando a escola inteira para. Ninguém se mexe, ninguém respira. Os olhos de todos se arregalam e os queixos caem no chão em sincronia. Até Tensy parece impressionada. Uma Ferrari California vermelha toma conta do estacionamento da escola, o barulho do motor é tão potente que sinto meu coração bater no ritmo dele e sei que não sou a única.

O cara que está dirigindo a Ferrari desce. Está usando um uniforme de choffer, e tem um papel grosso nas mãos. Ele olha a escola com o queixo levantado, e ignorando todos os alunos vidrados no carro atrás dele, o motorista olha o papel um breve instante e anuncia, com uma voz quase tão potente quando o motor da Ferrari:

– Um presentinho para Bellie Harper.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Amores, seguinte, eu acho que eu já falei isso, mas o próximo CCA sai no capítulo 22 e eu já decidi qual eu vou postar. Ele se chama "Como remendar um coração partido." O que acham?
Ah, Loa, falando em CCA, você pediu pra ler "Cidade das sete luzes", não foi? Eu vou mandar o texto pra você, não sei se tem limite de caracteres pra mandar por MP, se não der a gente acha outro jeito. (;
Beijos, até a próxima! ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Por Um Segundo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.