Por Um Segundo escrita por Phallas


Capítulo 13
Você não está mais no controle


Notas iniciais do capítulo

Ei, princesas!
Obrigada pela leitura de vocês, e pelos reviews!
Aviso importante lá nas notas finais do capítulo!
Boa leitura, espero que gostem =D



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"Dizem que a vida é cheia de surpresas. Que nossos sonhos realmente se realizam, assim como nossos pesadelos."

Gossip Girl




– Por favor, sentem-se. - Convida a voz.

Apesar de ter sido convidado em sua própria casa, Griffin se senta em um dos sofás. Eu me sento ao seu lado, com medo de encostá-lo.

Albert Galiarddi sorri e bebe um gole de chá em uma xícara chique.

– Resolvi esperar por vocês, espero que não se importem. - Informa ele, mas não estou olhando para sr. Galiarddi. - Acho que se lembra de meu filho Vince, não, Bellie?

Vince assente para mim, na outra poltrona. Eu retribuo o cumprimento. Ele e Griffin trocam um olhar de meio segundo. Por fim, meu namorado suspira.

– O que quer exatamente, Albert? - Pergunta ele, parecendo tentar ao máximo não ser hostil.

Sr. Galiarddi sorri de novo.

– Quero falar com você e Bellie sobre alguns assuntos pendentes.

Meus olhos voam para Griffin. Ele aperta as mãos tão forte que suas veias aparecem.

– Não era para ser tão cedo. - Afirma ele.

Albert balança a cabeça e Vince passa os dedos pelos cabelos loiros.

– Não gostamos de ser enrolados, Griffin. - Fala sr. Galiarddi, solenemente.

– Não estamos enrolando ninguém. - Retruca ele. - Só quero pensar com ela direito. A decisão final é dela, Albert.

Sabe, acho que o assunto sou eu.

– Do que vocês estão falando? - Tomo coragem de perguntar, no mesmo instante em que Vince se levanta.

– Vamos embora, pai. - Ele sugere, com sua voz grossa e sexy. - Eles não têm uma resposta.

– Temos um prazo a cumprir, Vince. - Responde sr. Galiarddi, severamente.

– O que está acontecendo? - Pergunto.

– Bellie... - Começa Griffin, se virando para mim e pegando na minha mão.

– O que está acontecendo, minha querida - Interrompe Albert Galiarddi -, é que seu namorado nos prometeu algo e não cumpriu.

– Promoteu o quê? - Sussurro para Griffin com os dentes cerrados, minha mão ainda na dele.

– Prometi seu passe. - Sussurra ele de volta.

– Você fez o quê? - Pergunto, minha voz subindo oitavas. - Como pôde prometer meu passe? Eu ainda não sei nada sobre o patrocínio.

– O que importa é que Griffin prometeu, senhorita Harper. - Ressalta Albert. - Estou com o contrato aqui. Podemos seguir?

Olho para Griffin em busca de socorro.

– Precisamos de mais tempo, Albert. - Afirma Griffin.

Albert Galiarddi solta uma risadinha desdenhosa.

– Nós não temos temp...

– Pai. - Repreende Vince. - Dê tempo a eles.

Sr. Galiarddi franze o cenho claramente contrariado. Por fim, olha para Griffin e em seguida para mim.

– Vocês têm duas semanas. - Diz, enquanto vai embora.

Jogo um olhar de agradecimento a Vince. Ele me retribui e depois olha para Griffin, que não sei se olha de volta. Depois que ouvimos os barulhos dos dois saindo, eu me viro para meu namorado com raiva.

– Por que fez isso? - Grito, me levantando.

Griffin solta um suspiro de quem já fez isso muitas vezes.

– É bom para você, Bellie.

– Como você pode ter tanta certeza?

– Esses publicitários são sérios. Eles vão te patrocinar corretamente. Vai ser muito mais fácil para você entrar na faculdade direto. Pense nisso.

Eu mordo meu lábio e caio sentada no sofá ao lado dele.

– Mesmo?

– Mesmo. - Responde ele, chegando perto de mim.

Griffin coloca a mão na minua cintura e me puxa para mais perto. Sinto seus lábios se colocarem suavemente nos meus. Sua mão esquerda chega nos meus cabelos quando ouvimos um pigarro baixo.

– Desculpe, sr. Carmichael. - Diz uma empregada com um ligeiro sotaque francês.

Griffin ri.

– Não tem problema, Jeane. - Fala Griffin. - Ah, essa é a Bellie.

Jeane vem até mim e beija a minha mão.

– É um prazer, senhorita.

– Todo meu. - Eu sorrio.

Jeane faz um breve reverência antes de pedir licença e voltar para a cozinha com passinhos apressados.

Griffin ri de novo.

– Ela estava doida para te conhecer. - Observa.

– Você fala de mim para todo mundo? - Pergunto, corando.

– Mais ou menos isso. - Responde ele, me dando um beijo na bochecha.

Eu rio e reparo em alguma coisa no canto da sala que não havia visto antes.

– Quem toca piano? - Pergunto, andando até o instrumento no centro de uma elevação de madeira.

– Eu. - Responde Griffin, como se não fosse nada demais.

Passo os dedos pela superfície preta e brilhante do piano.

– Eu não sabia que você tocava. - Comento.

Griffin dá de ombros.

– Não achei importante.

– É muito importante. - Digo, me sentando no piano. - Eu acho lindo.

Ele sorri e eu sorrio de volta.

– Vamos subir?

– Vamos. - Aceito.

Nós subimos de mãos dadas pela escada de tons de marrom da casa. Chegamos a um segundo andar de tons claros e mais quadros chique. O andar é dividido em dois: o quarto de Griffin e o de Blake. Prefiro não chegar perto do de Blake, então nos encaminhamos para a suíte de Griffin.

Ele abre a porta revelando um quarto grande e bem arrumado, do jeito que o meu nunca vai ser. A cama é de casal, e fica à direita. Cortinas de fio egípcio cobrem a janela clara e grande. Na parede da esquerda, há murais com centenas de fotos de Griffin com os amigos. Na parede da direita, há uma estante lotada de troféus. Eu chego perto e leio o rodapé de alguns deles.


"Campeão da Liga Municipal De Voleibol 2008"

"Melhor jogador do Campeonato Estadual De Voleibol 2010"

"Destaque Da Liga Nacional de Futebol Americano 2009"

"Primeiro Lugar Do Campeonato de Golfe Nacional 2007"

"Revelação do Torneio Internacional de Tênis 2010"

"Atleta do ano do estado da California 2010"

"Recordista do Campeonato Nacional de Equitação 2011"

– Caramba. - Sussurro.

Griffin joga praticamente todos os esportes. E é bom em todos eles. Eu nunca pensei nisso, mas ele já ganhou uma Liga Estadual, o que atualmente é o meu sonho.

– O que foi? - Ele pergunta.

– Você ganhou uma Liga Estadual de vôlei com quinze anos? E um torneio de golfe com doze?

– Foi. - Responde.

Eu levanto as sobrancelhas, com um pouco de raiva. Ser o time feminino do estado é tudo o que eu quero e Griffin, que tem troféus de todos os estilos, não dá nem um pouco de valor em já ter ganhado tudo isso.

Griffin pega o troféu de campeão da Liga Municipal e suspira pesadamente. Acho que talvez ele não fique muito feliz ao se lembrar do tempo que estava no West High. Às vezes, acho que ele tem vontade de voltar para lá.

– Gostou? - Pergunta Griffin, sinalizando o quarto em volta.

– É lindo. - Assinto.

Ele se deita na cama grande e bate no colchão, sinalizando para que eu me junte a ele. Eu me deito na cama macia, com a cabeça em seu ombro. Griffin mexe nos meus cabelos por alguns minutos até respirar fundo e perguntar:

– O que vai fazer?

– Em relação a quê? - Digo, ainda distraída com a mão dele nos meus cabelos.

– Ao patrocínio, Bellie. - Responde, sério.

Eu olho para cima.

– Precisamos discutir isso agora? - Suspiro.

– Precisamos. Não temos tanto tempo.

– Eu não sei, Griffin. Nem conversei com meus pais ainda.

– Eles vão te apoiar. Você só precisava ter assinado e levado para eles. Estaríamos livres disso agora.

– Eu não sabia que eles ainda pensavam tanto em mim. - Argumento. - Você devia ter me dado mais detalhes e sabe disso.

– Eu sei. Mas você vai ter fazer a escolha algum dia.

– Não devíamos deixar aqueles publicitários nos intimidarem tanto. E se eu disser não, o que eles poderiam fazer?

Griffin dá de ombros, meio perturbado.

Meu celular toca. Eu o tiro do meu bolso traseiro e reviro os olhos quando vejo o número de minha mãe piscando na tela.

– Minha mãe deve estar querendo que eu volte para casa. Está tarde. - Falo.

Eu me levanto da cama e Griffin vem atrás de mim. Jeane aparece para uma despedida rápida. Nós vamos para a garagem, e entramos dentro da BMW. Eu queria pedir a Griffin para me deixar dirigí-la, mas percebi que seu humor não está dos melhores.

Depois do caminho silencioso, Griffin abre a porta para mim, me acompanha até a porta e me dá um beijo rápido. Eu abro os olhos e o encaro.

– Prometa que vai pensar. - Diz ele.

– Vou. - Respondo.

Griffin me dá um beijo na testa e entra no carro de novo.

Ótimo, agora eu tenho que pensar.


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Notas finais do capítulo

Meninaaas leiam isso, por favor!
Então, acho que todo mundo conhece o Griffin, não é? Kkkkk
Mas o que vocês acham de conhecer o Griffin de verdade?
Eu me inspiro em muitos garotos pra compor ele, na verdade, mas me inspiro em um em especial.
Desde maio, ando escrevendo alguns textos sobre ele no meu bloco de notas, quando vem à cabeça mesmo. E queria mostrar pra vocês, sei lá, pra vocês verem mais ou menos como ele é de verdade, o que acham?
Se vocês quiserem, eu posto no próximo capítulo. E apago depois. kkkk
Obrigada pela leitura!
Beeijos ♥



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