Cap. 43 - Acho que te amo melhor agora

PDV BELLA

A cerimônia de casamento foi linda, fomos nos arrumar para sair da igreja e depois de uma rápida conversa com Alice, trocamos de lugar então, assim, sai da Igreja com Edward ao meu lado que sorriu ao me ver.

–Muito inteligente Srta. Swan – ele riu quando enlacei meu braço ao seu.

–Eu tento usar pelo menos 2% do que eu tenho aqui – falei rindo apontando para minha cabeça e ele gargalhou dando um beijo no meu rosto.

O fotógrafo bateu uma foto. Sorrimos para ele e outra foto, e fomos para o outro salão onde seria a festa. Vi Rosalie e Emmett posando para algumas fotos e percebi que, talvez, eles iriam demorar.

–Caras, acham que seria feio de mais ficar bêbado de cara? – riu Jasper.

–Acho que um pouco amor, vamos fazer uma social... Depois eu mesma te dou uns shots – Alice riu.

Entramos no salão e vimos aquele monte de gente conhecida, começamos a cumprimentar. Da Itália estava apenas a minha família. De Forks: Riley e Cathy – a enfermeira que descobriu sobre a gravidez de Rosalie e que já estava, perdidamente, apaixonada por Henri.

–Foi tão lindo quando vocês entraram na igreja – sorriu vovó quando fomos a cumprimentar.

–A senhora gostou vó? – perguntei sorrindo.

–Tudo perfeito, a Rose está maravilhosa e o Henri... – um suspiro apaixonado e eu ri.

–Ele está a coisa mais deliciosa desse mundo né? – sorri

–Perfeito...

Edward estava conversando com o meu avô que ria e apontava para os lugares contando algo para Edward que parecia muito interessado e adorei aquilo. Ficamos um bom tempo conversando, então o fotógrafo pediu uma foto. Abracei minha avó, ao lado dela estava vovô e na outra ponta, Edward. Deveria estar linda, o fotógrafo sorriu agradecendo.

–Dona Claire, que saudade – sorriu Jazz indo abraça-la.

Depois de dois anos consecutivos comemorando as festas de fim de ano com os Swan, no ano passado passamos o natal com a família Hale e o ano novo com a família Cullen.

–Como vai, meu querido? – sorriu ela dando um beijo em seu rosto.

–Muito bem – ele sorriu ao mesmo tempo em que a baixinha aparecia gritando “Vovó...”.

Sai indo cumprimentar o resto da minha família, conversando um pouco, Edward chegou ao meu lado com um refrigerante e agradeci enquanto continuávamos conversando e rindo com alguns convidados. Estava saindo da mesa quando Jack puxou meu braço e me chamou mais para perto.

–Quem é a ruiva ali? – ele perguntou apontando para um bolo de gente, bufei.

–Quem?

–É a Cathy, amor – disse Edward rindo.

–Edward, você vai me ajudar, priminho – disse Jack puxando Edward para longe.

Sem ter muito que fazer, continuei andando e conversando com algumas pessoas. Passei um tempo sozinha, mas logo Edward me deu a mão, rindo contou de Jack na saga de conquistar Cathy. Parecia que os últimos Swan solteiros haviam se ajeitado, levando em conta o jeito com que Riley olhava para Zooey.

–Bebeeeella – me chamou aquela vozinha maravilhosa e eu ri

–Oi meu amor?! – sorri pegando Henri no colo.

–A mamã e o papai? – perguntou olhando para mim e Edward esperando quem responderia primeiro.

–Não sei, meu bem. Acho que já devem estar vindo... Estavam tirando algumas fotos – expliquei.

–Mas Henri gota de foto tembém – disse com beicinho

–Se o meu bebê dragão gosta de fotos, então pode tirar fotos com o padrinho e a madrinha, que tal? – Edward sorriu e Henri assentiu feliz

Começamos tirando algumas fotos com o celular de Edward, então o fotografo veio tirar algumas e logo Alice e Jazz se juntaram e tiramos todos juntos.

–Senhores, por favor, com a sua atenção – chamara a organizadora e todos olhamos para onde ela vinha – Queria apresentar-lhes, pela primeira vez... Senhor e Senhora Swan – disse apontando para a porta da onde Rose e Emm apareceram com as mãos entrelaçadas.

Emmett ergueu as mãos que se entrelaçavam e o salão explodiu em palmas, eles ficaram pulando e comemorando enquanto uma música animada tocava e os fotógrafos arrasavam de tirar fotos. Jazz começou a pular com Henri no colo e eu, Lice e Edward seguimos o embalo pulando e assoviando alto, senti alguns flashes em nós, mas agora só tinha olhos para o meu irmão e a minha cunhada que estavam maravilhosos.

Começaram a cumprimentar os noivos e a festa começou, oficialmente. Jazz e Lice foram levar Henri para eles já que o pequeno estava quase tendo um AVC, olhando os pais de longe.

–Podemos beber agora, senhorita? – perguntou Edward e eu gargalhei

–Da um tempinho, algumas fotos com os noivos e prometo que nem seu nome você vai precisar lembrar – sorri. Ele riu e me abraçou por trás enquanto víamos toda aquela festa linda a nossa frente.

–O nosso não precisará de tanto glamour – ele disse no meu ouvido e eu ri

–Podemos ir para Vegas gato, será até mais divertido – falei o fazendo rir, me deu um beijo estalado no rosto.

Para resumir, foi tudo ótimo. Tiramos inúmeras fotos com inúmeras pessoas, comi pouco, bebi muito, ri e dancei o triplo. Foi então que a grande surpresa aconteceu. Meus pais, tio John e tia Anne subiram ao palco e cada um fez um discurso lindo e tal, e no fim... Tchan tchan, viagem surpresa de lua-de-mel, Rose e Emm viajariam para passar uma semana em Paris, tudo o que Rose sempre quis. Eles começaram a pular e tudo isso, foi lindo. Teve a hora de jogar o buquê – onde eu, Edward, Jasper e Alice entramos na brincadeira para termos mais chances – e no fim, quem pegou? Zooey. Onde isso é justo? Não sei, mas aconteceu. Mais fotos com Rose e Zooey, então sentei descansando e a noiva sentou-se ao meu lado.

–Minha própria madrinha desanimando o meu casamento, isso pode? – ela sorriu

–Não pode... – eu ri

–Então vem gata, hoje é um dos dias mais felizes da minha vida. Você é a minha madrinha e eu quero bebemorar com vocês cinco, como tem sido desde o começo. Aproveitamos e dançamos... – ela disse levantando e me puxando para acompanhá-la.

–Ouvi bebemorar e dançar, também quero – disse Alice chegando.

Rose riu alto e nos abraçou pelos ombros. Fomos para a pista de dança aonde Emm chegava com três copinhos de tequila, Jazz com mais três e Edward com uns limões cortados e um saleiro. Foi épico e filmado, começou com Ed colocando sal no punho de todos. Abaixamos os seis, fechamos o copinho com a mão, batemos três vezes no chão, brindamos, lambemos o sal, viramos a tequila e levantamos colocando o limão na boca e gritamos começando a dançar, porque hoje era dia de festa.

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PDV EDWARD

Quatro dias depois

–Padin, mas faz muitos dias... – Henri dissera quando fui o colocar para dormir.

–E você não gosta do padrinho? – falei com beicinho

–Eu amo um montão, mas quero a mamã e papai – falou chorandinho.

Era o sono. Henri ficava muito bonzinho todos os dias. Emmett e Rosalie queriam leva-lo, mas era desnecessário. Canseira para eles e para Henri. Bella estava se esforçando para não deixa-lo sentir muita falta deles, estava pegando folgas frequentes nessa semana, era o primeiro dia que ela trabalhava desde o casamento e, agora, trabalharia só mais amanhã e, depois, no dia em que Rose e Emm voltariam.

–Amanhã você vem dormir aqui de novo padrin Eddie? – perguntou quase dormindo

Eu e Bella dormíamos aqui na casa deles, porque tudo de Henri já estava aqui e era mil vezes mais simples pegar umas roupas minha e de Bella do que tudo de Henri.

–Amanhã não campeão, amanhã você vai ficar um pouco com a tia Lice e tio Jazz, tudo bem? – perguntei baixinho acariciando o cabelo dele que já estava mais sonolento.

–Ta tudo bem, desculpa tio, Henri não vai mais chorar... Eu ama você e a madrinha. Dorme com os anjinhos e boa noite – disse aquela vozinha, me encarou e sorri para ele.

–Não tem problema campeão, eu também amo você. Dorme com os anjinhos, e sonhe coisas boas. Se acordar com medo é só...

–Chamar o tio, eu sei – ele sorriu.

–Isso

–Boa noite – e dormiu

Dei um beijo no cabelo dele e fiquei velando seu sono por mais um tempinho tendo certeza de que não acordaria. Acendi a luz noturna dele e saí de seu quarto deixando a porta encostada.

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–Paaaaaaanquecas – Bella cantou e Henri vibrou.

–De sorriso? – perguntou ele no cadeirão balançando as perninhas.

–Mas é claro que sim. Porém... – ela olhou para ele com a cara séria e as sobrancelhas arqueadas – Só ganha quem der um sorrisão para a madrinha – ela sorriu

Henri mostrou todos os pequenos dentes e Bella gargalhou deixando o prato na frente dele e lhe dando muitos beijos na bochecha. Quem ligava se eram 7hrs da manhã? Não me importaria em acordar cedo todos os dias se continuasse vendo os dois sorrindo dessa maneira.

–A tia vai se trocar, tá bem? E já venho te pegar para te trocar – ela disse e Henri assentiu

–Ta bem – concordou e ela foi, depois de lhe dar um beijo na testa.

Tomei café-da-manhã com ele enquanto picava as panquecas e auxiliava-o a levar a colher até a boca, tomou todo o leite e eu todo o meu café e waffles. Bella o trocou rapidamente, e eu me troquei rápido também. Chequei para ver se sua mala estava completa, Bella deu os últimos “Okays” e, assim, seguimos para a faculdade o deixando na creche.

Entreguei a mala de Henri para Jazz assim que o vi.

–Cuida dele hein? – falei zoando

–Vai se foder – ele riu

Alice e Bella estavam presas em alguma conversa baixa e eu não conseguia me concentrar o suficiente para saber sobre o que era. Falavam algo sobre algum noticiário, talvez. Eu e Jazz nos jogamos numa conversa sobre Gators e o jogo de ontem, até que as aulas se iniciaram.

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PDV ALICE

–Onde você está? – Jazz perguntou

–Já estou na porta da creche – falei dobrando a esquina e o vi, na porta da creche.

–Te achei – ele sorriu.

–Oi amor – dei um selinho nele, ele tinha terminado a prova mais cedo.

Henri estava ao seu lado e beijei sua testa. Peguei-o no colo e fomos até onde Jazz tinha estacionado o carro. O bom desse ano, foi que ganhamos uma independência financeira maior e, assim, vendemos o carro antigo, dividimos em três e cada um completou, assim cada casal agora tinha seu próprio carro.

Arrumei o pequeno príncipe na cadeirinha e fomos até em casa com ele tagarelando igualzinho a sua mãe, sobre o seu dia todo o qual ríamos e prestávamos atenção.

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Henri chegou em casa cansado. Dei almoço para ele e deitei na sala, Jazz foi resolver qualquer coisa então fechei as cortinas e deitei com ele em meu peito enquanto assistíamos “Meu malvado favorito”.

–Tia Lice – chamou sonolento.

–Que foi, meu amor? – perguntei acariciando suas costinhas

–Depois vamos pra o parquinho? – perguntou

–Não sei, meu bem... Vamos ver – falei achando que ele dormiria a tarde toda e não gostava de prometer algo que não poderia cumprir.

–Por favor... – disse tão lindo, que não teve como negar.

–Vamos combinar assim, se você acordar antes do céu ficar preto, a tia te leva para comer bolo de chocolate e brincar no parquinho – falei.

–Sim – sorriu então ficou quietinho até eu perceber que ele dormiu.

Me virei ficando para o lado do chão e o colocando no sofá. Fiquei ali deitada velando seu sono, até que eu mesma dormi.

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Mais alguns dias depois

Emmett e Rosalie chegaram há dois dias e foi extrema a saudade que sentiam de Henri e - vamos fingir que - nossa também. Jantamos com eles e depois voltamos para nosso apartamento. Bella estava trabalhando e, por mais que Edward tentasse não transparecer muito, eu sabia que ele sentia muita falta dela. Bella estava ausente de mais na nossa vida. Culpa completa do trabalho, mas cansamos de tentar mudar a cabeça da cabeça dura.

–Alice, eu tenho uma coisa muito séria para te falar – Jasper disse sério.

–O que? – falei meio sorrindo, mas murchei ao ver que ele não sorrira de volta.

–Alice, isso aqui não está funcionando... Vamos combinar. Que rotina mais chata. Já estamos noivos há quase três anos – falou sério

Gelei. O que era isso?

–Jasper...

–Olha isso – ele me deu um papel

Peguei com a cabeça limpa, não conseguia pensar em nada, só o que tinha era a imensa curiosidade de ver o que tinha no papel e não entendi bulhufas do que estava escrito ali.

–O que...?

–Quando eu fui para o exército, você me deu uma carta. Lembra-se do que escreveu nela? – perguntou sorrindo.

–Não ao certo...

–Disse que queria se casar na praia, que o mar no pôr-do-sol te fazia lembrar a cor exata de meus olhos. E eu quero me casar na praia, como você me disse aquela vez, andei regularizando isso. Temos permissão do governo para fazer isso em uma praia, em La Push. Ainda é o que você quer? – ele sorriu.

Sorri imensamente para o homem a minha frente, não estava acreditando que ele realmente lembrava-se disso.

–É o que eu sempre quis... – falei já com os olhos quase transbordando a felicidade imensa que eu sentia em meu coração.

–Pode ser em La Push? – ele perguntou sorrindo.

Algo nos olhos dele me deu a certeza de que ele só poderia estar falando de um lugar em La Push.

–A nossa praia? – emoção era pouco, noivamos naquela praia.

–A nossa praia, princesa – concordou sorrindo grande.

Pulei em seu colo dando um beijo nele que te mostrava toda a admiração, carinho e o amor que sentia por ele.

–Eu te amo – falamos juntos.

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–E quando será? – perguntou Edward animado.

–Pensamos em Agosto – sorri

–Mas já? – disse Rose surpresa.

Eu sabia que ela passara um ano planejando seu casamento, mas eu já arquitetava isso em minha mente a muito mais tempo do que qualquer um poderia imaginar.

–Para que esperar mais? Até morrer eu já morri e ainda não me casei com Alice. Onde, no mundo, isso te parece correto? – Jazz brincou e rimos.

–Por que agosto? – Bella perguntou.

–Nossas férias estão sincronizadas para lá, ou não? – perguntei confusa.

–Sim... – concordou

–Pois bem. E queríamos dizer algo sobre os padrinhos... – Jasper começou.

Não era surpresa alguma, mas... Era legal essa sensação de convidarem quatro das pessoas mais importantes da sua vida, para estar no altar no dia mais importante de sua vida.

–O casamento será dia 9 de Agosto. E queríamos convidar Rose como madrinha, Edward como padrinho. Bella e Emm como os segundos – sorri

Nos abraçamos na sala e era tudo sobre o meu casamento. Parecia que eu estava sonhando. Ficamos falando sobre aquilo muito tempo e eu, simplesmente, amava cada segundo.

–E o vestido, doida? – perguntou Bella rindo.

–Já arquitetei isso também – sorri

–Já amor? – perguntou Jazz surpreso

–Mas claro que sim, não teria marcado o casamento se não soubesse, exatamente, como ficará o meu vestido – falei algo óbvio.

–QUERO VER. AGORA – Rose gritou.

Emm fez um “xiiii” longo, afinal, Henri estava dormindo. A babá eletrônica chiou e Emmett foi dar uma espiada em seu filho.

–Não estou com o esboço aqui. Mandei para Camilla ontem... Relaxe, amanhã eu mostro – sorri.

–Seremos apenas nós de padrinhos? – perguntou Bella abraçada a Edward que parecia sonolento.

–Então né, partindo do princípio que consegui companheiros de morte. Teremos Cabe, Jayme, Eleanor e Josh também... Mas, isso se eles toparem – contou Jazz.

–E também Bobby, Gi, Camilla e Matteo... Só para dar par – eu ri, mas eles sabiam.

Sabiam o quão importante eles tinham sido para mim na pior época de todas.

–Achei sensacional – Bella riu

–Convidei Camilla e Matteo ontem... Vou ligar para Bobby e Gi amanhã.

–Será épico – Rosalie sorriu

Emm voltou e nos enfiamos em uma conversa linda sobre o que eu tenho sonhado desde que disse sim, na mesma praia que repetiria essas palavras em menos de quatro meses.

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PDV EDWARD

Mais tarde, no mesmo dia do anúncio de Alice e Jasper, eu e Bella fomos dormir. Na verdade, quem dormiu foi ela. Eu fiquei abraçado com ela. Então parei e recalculei toda a minha vida, na verdade, toda a nossa vida. Parei para pensar na minha vida conjugal com a mulher mais importante de toda a minha vida e, pensei, por que eu ainda não dei uma estabilidade maior para ela?

Pela primeira vez eu pensava em casamento sem impulsos ridículos de ninguém.

Velei seu sono pela noite inteira, ela era perfeita no sentido mais imperfeito dessa palavra. Bella merecia uma estabilidade maior do que apenas a de uma namorada. Ela não era só a minha namorada, e já tinha passado da hora de eu mostrar isso para a sociedade. Foi dali que a ideia surgiu.

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Acordei cedo e agradeci ser sábado e, principalmente, agradeci ela estar de folga hoje. Olhei para o relógio que marcavam 13hrs e sorri, ela ainda demoraria um pouco para acordar.

Peguei o violão colocando-o embaixo da cama com cuidado, coloquei aquela blusa que ela gostava e no bolso do short que eu usava – short de pijama, diga-se de passagem – coloquei a caixinha que pesava quase que minha vida inteira. Hoje era dia 9 de Abril, estávamos completando dois anos e oito meses de namoro, a comemoração seria perfeita.

Abri seu estojo de maquiagem e peguei o que eu queria lá dentro, fui até o banheiro e, depois de tudo pronto, deitei na cama delicadamente e continuei velando seu sono que não durou mais de dez minutos.

–Por que sempre fica me encarando? Devo estar toda babada e com um bafo do cão – ela riu.

–Está linda – falei sincero e ela sorriu.

Ficou um tempo fazendo manha e eu estava lá, o coração a mil e ela sem aparência nenhuma de quem iria para o banheiro. Eu estava quase morrendo e não creio que estava disfarçando bem minha cara de animação, mas ela não comentou nada.

–Vamos para aquele pub ainda? – perguntou animada

–Lice e Jazz não desmarcaram... – falei dando de ombros.

–Ótimooooo, quero encher o cu de Heineken hoje – ela riu.

–Vamos fazer o que você quiser – falei apaixonado.

Uma promessa que parecia besta, mas era a mais sincera de todas, e eu não falava apenas de hoje. Ela sorriu para mim, ela com certeza sabia que eu escondia algo, mas ainda bem, não comentou nada sobre isso.

Eu, particularmente, não achava que a paixão acabava depois de uns tempos de namoro. Prova disso éramos nós dois, eu ainda a amava com todas as minhas forças e ainda sentia as borboletas no estômago quando ela chegava. Ainda ficava nervoso quando ela não estava por perto e sentia a falta dela mais do que qualquer coisa. Só eu sei como sentia a falta dela por conta do trabalho que cobra de mais e isso era amor e paixão, eram os dois. Eu ainda era o mesmo adolescente imaturo e apaixonado pela mesma mulher ideal, e isso nunca ia mudar.

Ela disse algo que perdi e levantou-se me dando um selinho. Jogou o cabelo para o lado e saiu do quarto, sentei rápido pegando o violão e fiquei na ponta da cama esperando ela voltar.

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PDV BELLA

Ele realmente pensava que me enganava mesmo depois de tudo o que já passamos juntos. Aquela carinha já tinha me mostrado que eu teria uma grande surpresa hoje, mas, mesmo assim, ao entrar no banheiro eu perdi algumas batidas só para logo depois meu coração bater a mil e meus olhos se encherem de lágrimas, não podia descrever em palavras o que eu sentia. No espelho do banheiro se lia apenas uma frase escrita de batom.

Casa comigo?

Voltei para o quarto sem nem me importar como eu poderia estar parecendo, corri sem deixar uma lágrima sequer cair. Abri a porta do quarto e ele sorriu com um violão no colo que começava a soar a música mais linda que eu já ouvira.

(https://www.youtube.com/watch?v=mKs3bybeTO8&list=HL1396806903&feature=mh_lolz)

–Quero te fazer sorrir quando estiver triste, te carregar quando sua artrite estiver ruim, tudo o que eu quero fazer é envelhecer com você. Eu te darei remédio quando seu estômago doer, construirei uma fogueira quando o aquecedor quebrar. Oh, seria tão bom, envelhecer com você – parei na frente dele que sorriu grande o meu sorriso favorito, minha emoção refletida nele – Eu sentirei sua falta, te beijarei, te darei meu casaco quando estiver frio. Eu preciso de você, eu vou te alimentar, até o controle remoto você vai segurar – dei uma risadinha e ele sorriu ainda mais – Então me deixe lavar os pratos da nossa cozinha, te colocar na cama quando tiver bebido de mais. Oh, eu poderia ser o homem que vai envelhecer com você. Eu quero envelhecer com você.

Dei o meu maior e melhor sorriso para ele, alegria era uma palavra muito insignificante para descrever o que eu sentia agora, estava sem reação. Assim que acabou a música, ele colocou o violão de lado e se ajoelhou na minha frente, tirou uma caixinha do bolso e abriu me mostrando uma aliança que parecia antiga e era linda.

–Eu desejo para nós dois, todo o amor do mundo, porque menos do que isso seria insuportável. Somos duas pessoas, duas vidas, duas personalidades, mas tudo isso não importa, porque é um amor. Juntos somos o sorriso, o abraço, o conforto e o todo. Somos ridiculamente opostos e extremamente parecidos, tem como sermos mais errados que isso? – nós rimos – Mas não importa, meu amor, nada importa porque nosso amor completa a falta, consola e substitui a dor, com o mais puro e infinito amor. Porque é com você que eu quero estar para sempre. É com você que eu quero trilhar o nosso caminho. Hoje, amanhã e sempre – ele sorriu docemente – Quero me casar com você Isabella, porque você é a pessoa mais imperfeitamente perfeita para mim. Foi insuportável viver sem você, uma vez, há dois anos e eu espero nunca mais ter que sentir aquilo – falou.

–Nunca mais, vida – falei acariciando seu rosto.

Ele sorriu ainda mais e levantou segurando meu rosto delicadamente.

–Eu amo você, mais do que a mim mesmo. Tenho te amado por muito tempo, acho que isso foi evoluindo de uma forma boa. Crescendo de um jeito positivo e acho que, depois de tudo, te amo melhor agora e só pretendo aprimorar esse amor, cada dia mais, cada hora, cada instante. Te prometo que darei o meu melhor, farei o possível e o impossível para fazer isso aqui – disse apontando para nós – Durar o máximo, espero que dure até o fim das nossas vidas, mas, se não for até lá, só espero que seja eterno enquanto dure e se um dia acabar, o que eu duvido muito, que possamos recuperar nossa amizade do começo – franzi o cenho, ele tava prevendo o fim do nosso casamento? Ele riu ao ver minha cara e bufou - Quer saber, só tava querendo ser realista. Se isso aqui acabar é o caralho Bella, você é minha e eu sou seu. Se der errado você me soca e a gente tenta de novo. Vou continuar o cavalheiro, o amigo, o irmão, o namorado, o amante, o cara que te arrasta para fazer exames de sangue – ele riu e eu bufei rindo também – Serei o que quiser, em troca só preciso de uma promessa... Aceita se casar comigo e prometa ser minha até o fim das nossas vidas – falou

Eu já chorava de soluçar com um sorriso besta no rosto.

–Eu aceito, meu amor e prometo... Só me prometa o mesmo – pedi.

–Eu prometo, eu juro... Desde quando te vi pela primeira vez

Sorri e assenti, ele também deixou umas lágrimas escaparem e tirou o anel da caixinha, colocou a aliança em meu dedo anular. Percebi que parecia que tinha sido feito sob medida para mim, era perfeita. Limpei as lágrimas dele e ele as minhas, enquanto ríamos como dois imbecis.

–Noiva

–Noivo...

Ele me beijou delicadamente me abraçando pela cintura e girando devagar no meio do nosso quarto.

–Não sei medir em palavras o quanto eu te amo – falou quando nos separamos.

–Me mostre em gestos, nunca em palavras – pedi séria e ele sorriu.

–Como você quiser Sra. Cullen, até o fim – disse.

Fomos lentamente andando para nossa cama comemorar nossa primeira hora de noivado.