O Tempo Irá Dizer escrita por analauragnr


Capítulo 60
O tempo irá dizer


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, esse capítulo tá MUUUITO grande.. MUITO MESMO.
 
Desculpem por toda a demora para poder postar esse capítulo tão esperado. Agradeço de coração todo mundo que acompanhou... Espero que gostem desse final eletrizante!!



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Um cálido beijo começava a se formar. Cascão sorriu com o toque dos lábios da comilona e permitiu que ela desse a iniciativa, que pedisse em silêncio que o beijo prosseguisse. Não demorou muito. Magali envolveu um de seus braços no corpo de Cascão e a outra mão bagunçava o cabelo ondulado dele. As respirações falhavam, ao mesmo tempo em que o coração de ambos viajava em uma montanha-russa.

 

- Eu não acredito que eu to fazendo isso – disse a comilona, ao afastar seus lábios do de Cascão.

 

- Mas você fez...  - assinalou o sujinho - Parabéns! Você venceu o seu medo...

 

- Eu não tenho medos a enfrentar... - rebateu Magali, fazendo biquinho

 

- Claro que tem – lembrou o sujinho, aproximando seus lábios nos dela mais uma vez – Vamos, lute com... – Antes de terminar sua frase, a comilona selava seus lábios mais uma vez, se afastando logo em seguida.

 

- Chega, sai da minha casa agora... – disse a comilona, apontando seu dedo para a porta.

 

- Mas, Magali...

 

- SAI AGORA! – berrou, batendo o pé no chão. – Tenho mais o que fazer... Tchau. Esqueça que isso aconteceu...

 

- Jamais vou esquecer – disse, caminhando em direção a porta – Eu te amo. Pense nisso... – abrindo a porta, Cascão saiu sem olhar para trás.

 

Magali começou a chorar desesperadamente. Por que isso acontecia com ela? Por quê? Não encontrava resposta, apenas mais dúvidas... Será que ela amava mesmo Cascão? Será que seu medo a dominava? Ela era feliz assim? O telefone começava a tocar.

 

- Alô? – disse Magali, com a voz chorosa.

 

- Oi Magá, é a Mônica, tudo bom? – dizia a dentuça do outro lado da linha.

 

- Mais ou menos... Acho que vou surtar amiga. – os olhos de Magali vagavam o nada enquanto conversava com sua amiga.

 

- Por quê? – perguntou Mônica, com um tom de curiosidade.

 

- Eu acabei de beijar o Cascão e... - antes de terminar, Mônica a interrompia.

 

- Sério? Até que enfim, hein amiga? Tava mais do que na hora...

 

- Isso é péssimo... Acho que eu to gostando dele – revelou à amiga, secando uma lágrima com a costa de sua mão.

 

- E qual o problema? Isso é ótimo... – assinalou.

 

- Mas e o Quim? – Magali parecia realmente preocupada sobre esse assunto.

 

- Ah, essa conversa de novo – reclamou a dentuça – Esquece dele, Magali. Ele só te causou tristezas e medo. Ele perdeu a memória. Pode viver livre dele agora...

 

- Não Mônica, não posso...

 

- Olha aqui, você está deixando de ser feliz por causa desse panaca. Esqueça dele e seja feliz. Não fique sempre com essa desculpa! Você não gosta do Quim. Eu sei disso. A vida é uma só...

 

- O que eu faço, então? – perguntou Magali, com desespero na voz.

 

- Escute seu coração. Ele é o melhor para te guiar. Corra atrás de seus sonhos. O tempo é traiçoeiro, você sabe mais disso que eu. Você não se arrependerá disso. Vixi amiga, tenho que desligar, tenho que fazer umas coisinhas aqui. Tchau.

 

- Ok. Tchau e... Obrigada! – antes que pudesse ouvir a resposta, o telefone havia sido desligado.

 

Magali refletia. Escutar o coração. Escutá-lo. Como isso é possível? Permaneceu em silêncio durante alguns minutos, olhando para o horizonte. Apesar de estar mais do que claro que ela não amava e muito menos gostava da presença de Joaquim, algo do seu inconsciente implorava para manter-se ao lado desse garoto.

 

Por outro lado, Cascão havia balançado profundamente seu coração. Este sempre batia mais forte apenas com um sorriso do sujinho, ou apenas um olhar discreto. Já era difícil ela esconder das pessoas esse sentimento complicado de se explicar. Depois de sentir o sabor dos lábios do sujinho, o amor que ela sentia ficava cada vez mais claro. Mas o medo não permitia que isso se tornasse concreto, isso que a irritava. Surpreendida novamente, o celular vibrava mais uma vez.

 

- Alô? -  a voz de Magali falhava.

 

- Quem é você? – a voz familiar fez a comilona tremer.

 

- Joaquim, por que você está me ligando?

 

- Como você sabe meu nome? Quem é você... Porque no meu celular está escrito “Magali coração” desse numero que eu liguei? – Joaquim parecia confuso.

 

- Ah, o pessoal da classe que a gente estuda junto colocou o apelido em mim de ‘coração’, por me considerarem simpática e tudo mais. Está desse jeito no seu celular pra facilitar as coisas. - disfarçando o extremo nervosismo, inventava uma história para o seu ex-namorado.

 

- Engraçado, eu tenho a impressão de que você é minha namorada, sabia? Sei lá, algo da minha consciência diz isso. É verdade, Magali? - Quim mantia seu tom sério, esperando a resposta da comilona.

 

- Sim, você está certo, Joaquim. Você era meu namorado....

 

- Por que eu ERA o seu namorado? - o tom de voz do rapaz havia aumentado, parecendo irritado com isso, como se alguma lembrança houvesse invadido sua mente.

 

A pergunta de Joaquim fez com que viesse à tona na mente de Magali o porquê, o motivo pelo qual ela tinha tanta dependência de seu ex-namorado, porque ela tinha tanto medo de encará-lo e lutar pela sua felicidade... Algo que a traumatizou por um bom tempo.

 

Flashback

 

Joaquim caminhava, apressado, em direção a um grupo de meninas que discutiam sobre uma festa a fantasia que ocorreria naquela noite no Bairro do Limoeiro. Ao se aproximar delas, acenou e sorriu ao ver Magali por entre os rostos femininos.

 

- Olá meninas, como estão? Ansiosas para a festa de hoje? - animado, Joaquim as cumprimentava.

 

- Estou muito ansiosa! Mal posso esperar pra arrasar com minha linda roupa - disse Carmem, ajeitando suas madeixas loiras.

 

- Ah Carmem... Faça-me o favor: você não é nenhuma deusa... Todas vão arrasa, não só você - assinalou Magali, brincando com a amiga.

 

- Hãã, Magali... Podemos conversar um pouco, em particular? - Aproximando-se da namorada, Quim olhava sério para ela.

 

- Claro, claro... Meninas, já volo. Depois vocês me contam as novidades, ta? - afastando-se do grupo, a comilona acompanhava o padeiro, que permanecia com uma feição séria.

 

Joaquim a levou para um local afastado na pracinha, não muito longe de onde tinham acabado de se encontrar. Estava nervso, com as mãos suando. Com os hormônios a flor da pele, seus 13 anos denunciavam o início de sua adolescência. Olhou para o horizonte para verificar se estava apenas com Magali ao seu lado e disse:

 

- Magali, gostaria de te levar para um lugar pra gente passar a fim da tarde juntos, quer ir comigo?

 

- Claro, Quim... Por que não? Aonde quer me levar? - curiosa, Magali olhava em seus olhos.

 

- Será uma surpresa, por isso vou te vendar... - dentro de um dos bolsos, ele retirava um pano escuro, que colocou nas orbes de sua namorada.

 

Caminhando lentamente, Joaquim a levou para sua casa, aonde não se encontrava ninguém, já que seu pai, Manoel, estava trabalhando arduamente na padaria. Levou a comilona para o seu quarto, sentando-a em sua cama. Ao retirar as vendas, aos poucos, selou seus lábios no de sua amada. Magali retribui calmamente, sorrindo com o afeto de seu namorado.

 

Joaquim, ao perceber que a comilona o retribuiu, tentou prosseguir o beijo, tornando-o um pouco mais interessante. Porém, Magali o interrompeu, pressionando seu braço no peitoral dele.

 

- Quim, eu ainda não estou pronta para isso... Eu não tenho certeza se quero te beijar... Do jeito tradicional. Eu ainda sou muito nova.

 

- A questão é que eu não estou mais agüentando... Eu preciso te beijar, minha linda. Sentir o seu amor em mim.

 

- Mas, Joaquim... Eu não quero! Não estou pronta!

 

- Ah! Então é assim... Você só quer os meus pães, não é? - irritado, Joaquim a pressionou contra seu corpo - Quer saber, se não vai por bem, vai por mal.

 

Após dizer isso, Quim a beijava no pescoço, lambendo e o mordendo com voracidade. O sangue fervia em suas veias, deixando Magali cada vez mais com medo de seu namorado. Ela, por sua vez, não podia fazer nada a respeito, já que ele a impedia de fazer qualquer movimento de fuga. Aos poucos, excitado com o momento, Joaquim retirava a camiseta da namorada, que tentou reagir:

 

- Para Quim, o que você ta fazendo? – perguntou, com os olhos arregalados.

 

- Já te disse... Se não vai por bem, vai por mal... E é melhor ficar quieta, senão as coisas podem piorar para você...

 

Joaquim começava a despir Magali aos poucos, beijando-a no pescoço e no resto de seu corpo, como se ela fosse um alimento apetitoso. Despiu-se logo em seguida, beijando-a e apertando-a com mais força. Não pensou duas vezes quando empurrou Magali para a cama. Ela, por sua vez, aproveitou-se o “momento de liberdade e tentou escapar.

 

Para seu azar, a porta do quarto estava trancada e seu esforço foi em vão. Joaquim pegou-a pelo braço e o apertou com todas as forças.

 

- Aonde pensa que vai, mocinha? – sua voz era firme nervosa, causando arrepios em mim.

 

- O que deu em você, Quim? Você não era assim...

 

- CALA A BOCA, MAGALI! VOCÊ É MINHA! NÃO FUJA DE MIM!

 

- OU O QUE?

 

- VOU CONTAR PARA TODOS O QUE ACONTECEU AQUI... QUE VOCÊ FOI UMA OFERECIDA E QUERIA FAZER SEXO COMIGO! MAS EU, COMO ALMA BOA NEGUEI.  Então, escute: Se eu ficar sabendo que você se envolveu com algum rapaz, seja ele quem for, vou contar essa historia. Ah, claro: Sorria! – em uma das mãos, ele escondia uma máquina fotográfica e tirou uma foto de Magali nua.

 

- SEU MENTIROSO! SEU... SEU... – as lágrimas começaram a rolar, Magali estava ainda muito assustada.

 

- PSIU! – gritou ele, segurando sua boca com uma das mãos – Não interessa se sou mentiroso ou não, as pessoas vão acreditar em mim por eu ter provas. Então, você está alertada... Agora, vista-se, você tem uma festa para ir... Fica linda pra mim! Te amo! – disse dando um selinho, como se nada tivesse acontecido.

 

 

Fim do flashback

 

 

A lembrança fez o corpo da comilona tremer, seu cérebro começava a entrar em colapso nervoso. Sua reação era sempre a mesma quando esse momento era redesenhado em sua cabeça.

 

- Hein, me responda minha pergunta, garota: porque você ERA minha namorada? – a voz do rapaz ficava cada vez mais grossa, mostrando claramente sua impaciência.

 

- Quer saber, Joaquim... Porque você é simplesmente um cretino, um tarado inconseqüente, um ciumento irritante, um panaca em forma de um padeiro obeso com cara de pastel. Pode esquecer, eu não vou mais ficar com medo de suas chantagens... CHEGA! EU ESTOU DEIXANDO DE VIVER MINHA VIDA POR CAUSA DE UM PANACA COMO VOCÊ! – o sangue fervia nas veias da comilona, deixando a ira dominar seu corpo.

 

Os gritos da comilona despertaram, de maneira momentânea, uma pequena memória na mente de Quim: a da sua maior chantagem e jogo sujo.

 

- Então você quer que eu mostre as fotos, hein garota? Você quer se revelar para o mundo... Pois bem! Isso será feito, amanhã! Prepare-se para que o mundo te encare de outra maneira. Amanhã, quando sair desse hospital, estará perdida, lindinha.

 

- AH VOU? – perguntou, com ironia -  Não sei se você sabe, mas até você sair dessa cama branca, pegarei essas fotos... Que acredite ou não, eu sei onde estão. Levarei cada uma delas para uma linda exposição: A polícia vai ficar frenética quando souber de um caso de abuso sexual. Imagina só: o que seu pai vai pensar do seu filinho querido e todo perfeitinho, o exemplo da família?

 

- AH É? Duvido que você terá coragem de fazer isso! Eu sei mais do que ninguém que você é dominada por mim e não fará nada do que eu quero – Apesar de manter a voz firme, a voz de Quim falhava, demonstrando nervosismo à reação de sua ex-namorada.

 

- Pois muito bem... Espere seu jornal chegar amanhã aí no seu quartinho de merda e veremos quem é o mais covarde – de maneira fria e corajosa, Magali desligava o telefone, no instante que Quim começava a gritar desesperado.

 

A comilona levantou-se em um salto pegando as chaves, que se encontravam ao seu lado, numa pequena mesinha perto da porta principal de sua casa. Como nesse chaveiro encontravam-se as chaves da casa de Quim, ela esboçou um sorriso malicioso. Mesmo envolta de felicidade, não acreditava que conseguiu encarar seu ex-namorado como há pouco. Parecia que depois de ter beijado Cascão, uma coragem repentina começou a surgir em seu corpo, como uma corrente elétrica extremamente forte.

 

***

 

 

Os passos eram pesados, assim como a respiração da comilona. Segurando em uma das mãos um envelope marrom que poderia tirar literalmente um peso enorme de suas costas, estava a poucos metros do posto policial do Bairro do Limoeiro... Ao estar próxima da porta, ela pausou e respirou fundo. Olhou fixamente para os policiais que ali se encontravam e sentiu um pequeno nervosismo. Mas antes de conversar com eles, precisava que seu boletim de ocorrência fosse divulgado para todos do seu bairro, já que sua vingança estaria completa somente assim. Magali vasculhou sua bolsa e encontrou seu telefone celular. Começou a procurar um de seus contatos. Ao encontrá-lo, discou o número e esperou a resposta:

 

- Alô? – a voz soava tranqüila

 

- Oi Lu! Aqui é a Magali, sua prima... Tudo bom? – A voz de Magali saiu firme, devido ao seu nervosismo

 

- Oi prima... E aí, como você está! – Ao se recordar da prima Magali, Luciana fica animada do outro lado da linha.

 

- Ah, vou levando a vida... Escuta, você ta muito ocupada aí no escritório? – a pergunta soou calma, não demonstrando a seriedade do assunto

 

- Até que não,viu... Hoje o jornal ta meio que sem notícias e ta monótono. Precisamos de uma reportagem que atraia o público, sério. – a voz de Luciana denunciava um enorme tédio em seu trabalho.

 

- Então, eu vou precisar de um favor seu... Eu tenho uma notícia não muito agradável, mas que com certeza você vai adorar, pois será a capa do jornal de amanhã, aposto! – envergonhada, Magali conta a prima de forma resumida sobre Joaquim e suas chantagens.

 

- Nossa, prima!! Estou indo pra delegacia agora mesmo!! Pode deixar que vai ser a capa de amanhã mesmo! Mas, você tem certeza que quer fazer isso?

 

- Sim, mesmo que acabe com minha reputação, eu quero!

 

- Certo, já estou indo! Beijos – antes de Magali responder, a ligação fora encerrada.

 

***

 

 

- Joaquim, tenho aqui uma entrega para você. Quer que eu a traga? – a enfermeira estava no pequeno vão da porta do quarto do rapaz, que acabara de acordar.

 

- Por favor – com um pouco de sonolência, o rapaz se sentou na pequena cama de hospital, ajeitando os cobertores em volta de seu corpo.

 

A enfermeira segurava nas mãos um lindo buquê de lírios brancos e um grande cartão enfeitado com coraçõezinhos. Um pequeno sorriso fora esboçado no rosto do rapaz. Ao ter seus presentes próximos a suas mãos, pegou mais do que depressa o cartão, que se encontrava as seguintes palavras: “Para o padeiro mais lindo do mundo...”. A alegria dele aumentou. Então ela não teve coragem e decidiu vir para meus braços, que adorável, pensou ele, sorrindo.

 

Conforme rasgava o papel, sua expectativa aumentava consideravelmente. Havia um pequeno bilhete e um pedaço de jornal dentro do envelope. Curioso, o padeiro pegou o bilhete e começou a ler: “ Querido Joaquim: Divirta-se, aprecie a paisagem, pois será a última vez que a verá. Afinal, quem ri por último, ri melhor. Magali

 

 

Surpreso com esses dizeres, o rapaz correu os olhos para o pedaço de jornal que se encontrava no envelope, intocado. As palavras começaram a corroê-lo e o medo começou a dominá-lo. Não é possível! Pensava furiosamente. Mas era possível sim: sua foto estava no jornal e não demoraria até que a polícia chegasse no hospital para levá-lo.

 

***

 

 

 Cebola olhava atento para a tela do computador. Seus olhos estavam cansados e ele estava prestes a dormir ali mesmo, de tão cansado que se encontrava. Sua vontade de concluir o seu plano era tão forte que nada o tirava daquela cadeira: nem mesmo as ligações de Mônica. Faltava apenas a conclusão de sua apresentação de slides, ajustar alguns detalhes e acrescentar as gravações de áudio e vídeo, coletadas por ele mesmo, durante suas “visitas” solitárias ao parquinho.

 

- Vamos lá, Cebola! Falta pouco pra acabar com a raça daquela vaca filha da puta... Ah! Ás vezes eu não sei como eu fiquei com ela, mas enfim... Ela terá o que merece: a morte de sua reputação. – tentando entusiasmar-se e manter acordado, o garoto dos erres esticava os braços e balançava os pés com força. Porém, o inesperado ocorreu.

 

Por causa de seu chute, o computador começou a surtar e desligar-se sozinho, fazendo diversos barulhos esquisitos.

 

- DLOGA! POLCALIA! MAQUINA DE MELDA! POLA, SÓ POLQUE EU TAVA ACABANDO! ESSA VACA FILHA DA PUTA SE INTLOMETE NOS MEUS PLANOS ATÉ QUANDO NÃO SABE DELES! CALALHO!! – devido ao seu nervosismo, não notou a presença de sua mãe, que adentrava em seu quarto.

 

- Filho, eu trouxe seu lanche...

 

- E VOCÊ CALA BOCA E SAI DO MEU QUALTO!  JÁ DISSE QUE VOCÊ PODE SAIR COM O PILALHO DO DUDU, POLA! VA CULTIR SUA VIDA E ME DEIXA EM PAZ!

 

- Como é que é, Diego Cebolinha? Você deixou sua irmã sair com um amigo dela sem me avisar? E pare de falar palavrões na minha frente!

 

- Ih mãe, mal ae... – envergonhado, Cebola começa a se desesperar, deixando cair seus DVD’s caírem no chão – AH! QUE DLOGA! Não é nada disso mãe, é que eu estresso quando o computador pifa!

 

- Uhum, sei... Bom, a Mônica ligou, é melhor retornar, ela parecia preocupada com você.

 

- Pode deixar! Assim que eu terminar isso daqui eu ligo! Agora, você me dá licença... – levantando-se da cadeira, Cebola pegava o lanche com uma das mãos.

 

- Tudo bem... – com o rosto um pouco preocupado, Dona Cebola fechou calmamente a porta.

 

O computador, ainda fazendo barulhos estranhos, começou a reiniciar. Aos poucos, a tela começou a voltar ao normal. Para o alívio de Cebola, o seu computador tinha um programa de “auto salvação” de arquivos e nada foi perdido de fato.

 

- Ufa! Ah, desculpa ter te xingado, computador lindo! Você sabe que eu te amo! Ta legal, agora vamos finalizar logo isso! Eu preciso ver a Mônica, afinal, quando ela fica preocupada, o clima fica tenso.

 

O garoto dos erres permaneceu concentrado por mais alguns minutos no computador, até que finalizou todo o arquivo, o salvou e guardou em um CD. Sorriu satisfeito consigo mesmo. Alegre, pegou o celular e discou para o primeiro numero que veio a sua mente.

 

- Oi amor! Tudo bom com você? – a dentuça falava alegre e preocupada do outro lado da linha.

 

- Melhor agora! Acabei de fazer a primeira parte do meu plano. Agora falta só a parte final... Que você verá com os próprios olhos.

 

- Nossa, que bom! Mas, hã, eu preciso te falar uma coisa: Você viu as novas notícias no jornal?

 

- Eu não... Ela anda meio sem notícias interessantes. Por que?

 

- Porque o Quim foi preso... – assinalou a dentuça, com a voz preocupada

 

- QUÊ? Mas o que ele fez, afinal? A briga foi tão tensa assim na festa? – pasmado, Cebola vasculhava pelos jornais ao lado de sua escrivaninha.

 

- Não, é pior... Ele tentou estuprar a Magali quando eles tinham apenas treze anos e tirou fotos disso, ameaçando a Magali de que iria maldizê-la para todo mundo. Ela não quis saber mais das ameaças dele e o denunciou.

 

- Calamba, é por isso que ela é tão encanada em ficar com o Cascão e com qualquer outro garoto. Vai por mim, só porque um dia eu elogiei ela por estar bonita há alguns anos, ela ficou me olhando como se isso fosse um palavrão horrível.

 

- É, eu me lembro disso... Acho melhor a gente visitá-la! Vamos? – convidou Mônica.

 

- Ah, melhor não. O Cascão provavelmente ficou sabendo de tudo e foi acolher ela. Deixa os dois se entenderem! Afinal, eles merecem, assim como nós merecemos! – ele sorriu ao dizer essa frase.

 

- Bobo. Bom, era isso que tinha a dizer. Vamos na praça umas cinco horas?

 

- Claro... Afinal, eu preciso te abraçar, eu to te devendo isso. – depois de terminar o que disse, Cebola desligou o telefone.

***

 

Cascão aguardava, nervoso, alguém abrir a porta da casa de Magali. Aflito, batia nervosamente a porta. Não demorou muito e a comilona abria a porta, com os olhos lacrimejados.

 

- Vim aqui assim que vi a reportagem... – afirmou o sujinho, correndo abraçá-la – Desculpa, eu não sabia desse seu trauma.

 

- Você não precisa pedir desculpas. Na verdade eu tenho que  agradecê-lo, cabeção. – disse Magali, retribuindo o abraço, ainda chorando – Você me deu forças e me incentivou, assim como a Mônica, a lutar contra o meu medo. Porque eu não vivia de verdade. Com você eu comecei aprender o que é viver.

 

- Fazer o que né, eu sou o cara... – vangloriou-se o sujinho, abrindo um sorriso maroto.

 

- Cala a boca, cabeção – disse, afastando-se do abraço.

 

Seu esforço foi em vão. O sujinho, ao ver que a comilona se afastava, pegou-a pelo braço e puxou seu rosto para perto do seu. Olhou fixamente nos seus olhos e sorriu. Beijou sua testa calmamente, acariciando com uma das mãos as costas da comilona, que sentia um arrepio se formar em sua espinha.

 

- Cascão, por favor, pára... Não força a barra, sério. – uma lágrima rolava em seu rosto.

 

- Desculpe, mas eu não pude resistir. Acalmar você é a coisa mais importante pra mim... Pensei que estava te acalmando...

 

- Tudo bem, você não fez por mal. É que o trauma é muito grande...

 

- Eu sei como que é... – afirmou o sujinho – Eu também tenho um grande trauma. Acredite... Eu tomo banho, mas a água ainda me assusta. Mas, escuta, eu não tenho pressa. Porque eu sei que a gente supera os medos com paciência, sem apressar as coisas. Aos poucos, você nem lembrará que foi dominada pelo panaca do filho do padeiro. Saiba que eu estarei aqui do seu lado, pro que der e vier.

 

- Obrigada, Cascão. – agradeceu a comilona, inclinando sua cabeça no ombro direito de Cascão, fechando os olhos – Você não faz idéia de como mudou minha vida... Pra melhor. Eu... Eu... Eu...

 

- Você... Você... Você...?

 

- AH, cala a boca! – nervosa, afastou-se dele, batendo-o no peitoral.

 

- Não vou calar. Mas o que você ia dizer pra mim? Não vou interromper, sério. Calei-me - falou o sujinho, tampando a boca com as mãos.

 

- Eu...Eu... – a frase não saia de seus lábios, parecia difícil pronunciá-las – Eu.. Ah! Droga! Por que é tão difícil dizer isso? – antes que Cascão perguntasse algo, Magali envolveu seus braços ao redor do pescoço do sujinho, selando seus lábios no dele.

 

Assustado com a reação de sua amiga, Cascão a olhou assustado. Mas por pouco tempo, já que a comilona mostrava que queria beijá-lo, sem medo. Retribuindo as carícias, envolveu seus braços ao redor da cintura dela. Os lábios se movimentavam de forma sincronizada, clamando urgência.

 

O sorriso era inevitável no rosto do sujinho. Afinal, era a primeira vez que Magali o beijava dessa forma, sem que ele a “forçasse” a fazer isso. Ele sabia que no fundo Magali o amava e era isso que queria dizer a ele. Apesar de ela não ter dito nada, era como se tivesse feito isso milhares de vezes, só por um beijo.

 

- Nossa, o que deu em você, Magali? Decidiu me beijar assim, do nada?

 

- Ah, desculpe...

 

- Desculpar por que? Foi ótimo! Só estou surpreso com sua atitude! Você decidiu jogar tudo pro ar mesmo...

 

- Não, na verdade, eu decidi que não vou ficar escondendo o que eu sinto ou o que penso... Nunca mais... E você é o culpado disso, sabia? – disse, mostrando a língua.

 

- Ah! Sabia que ia sobrar pra mim... De novo. – um tanto irritado, Cascão virou as costas para amiga, cruzando os braços.

 

- IH! Vai começar com o teatrinho... Se começar a fazer chantagem que nem o Quim, pode sair da minha frente agora... – Magali fitou os olhos do sujinho, mostrando que estava falando sério.

 

- Não, nunca faria isso com você! – afirmou, pegando calmamente sua mão – Não preciso disso pra ter você comigo – disse reaproximando-se de Magali, fitando-a. – Cara, você é muito paranóica! Sério, é eu dizer algo diferente que você fica toda nervosinha... Acalme-se. Relaxa, eu não sou tarado e chantagista. – tentando acalmá-la, o sujinho beijava-a na testa.

 

- Cascão...

 

- Que foi? – perguntou, olhando-a nos olhos.

 

- Eu... Eu te amo – as palavras, que antes custavam a ser pronunciadas, foram ditas.

 

- Que bom saber isso de você, Magali – Cascão sorriu e aproximou-se do rosto.

 

O sujinho selou seus lábios na comilona, que retribuiu feliz ao beijo. O selinho fora breve, mas mexia com as emoções dos dois de uma maneira que parecia que haviam se beijado por horas.

 

- Quero você sempre ao meu lado, gulosinha!

 

- O que quer dizer com isso, cabeção?

 

- Vou te fazer uma proposta: Mas fique tranqüila, te darei tempo para você pensar a respeito... Até o aniversário da Denise, ok?

 

- Mas que proposta é essa?

 

- Você quer ser minha namorada? – ela a olhou nos olhos e sorriu. – Me responda na festa, ta? Quero deixar você pensar. Te amo – dessa forma, Cascão se despede de Magali com um selinho um tanto prolongado e despediu-se dela, caminhando para sua casa feliz da vida

 

 

***

 

- Como será que o Cascão e a Magali estão se saindo? – perguntou Cebola, enquanto caminhava com Mônica na pracinha.

 

- Veja por você mesmo... Olhe lá – disse, apontando para a casa de Magali, onde um casal apaixonado se beijava.

 

- CALACA! Magali soltou geral... Quem diria! Mas, sei lá, eles ficam lindos juntos – afirmou o troca-letras – Assim como eu e você, dentucinha.

 

Mônica sorriu e beijou-o no rosto.  Estar ao lado dele era a melhor experiência de sua vida.

 

- Agora me diga, Cebolinha... Quando você realizará sua “grande proeza”? – Mônica fitou o rosto do namorado, esperando uma resposta.

 

- No aniversário da Denise, que será daqui uma semana. Aguarde,você vai ficar pasmada com o eu vou mostrar para todos. Mas, lembre-se: é um segredo nosso.

 

- Nunca me esquecerei disso, Cebolinha. Vai ser tão bom ver a máscara da Denise cair na frente de todo mundo, no dia mais importante para a vida dela...

 

- Com certeza – concordou Cebola – Ainda mais que depois disso resultar na nossa felicidade plena...

 

- Eu te amo, Cebolinha...

 

- Hum, eu também amo muito você, golducha. – disse, beijando a mão da namorada.

 

***

 

A boate estava animada. Não havia uma pessoa que não se divertia com a musica alta, as luzes que não paravam de se movimentar no salão. Magali dançava animada ao lado de sua melhor amiga Mônica, enquanto Cebola e Cascão iam ao banheiro.

 

-  Por que essa cara toda feliz, hein Dona Mônica? – perguntou, gritando, à amiga, piscando para ela.

 

- Você saberá no momento certo, Magali. Mas, agora pergunto eu, por que toda essa felicidades estampada nesse seu rostinho? Muita sujeira na sua vida? – Mônica riu de sua pergunta.

 

- Simples, colega – intrometeu-se Denise, interceptando entre as duas amigas – Depois de ter mandado um pé na bunda no bolo fofo do Quim, ela decidiu colocar as asinhas de fora. Ta muito de beijinho pro lado do sujo do Cascão. Aliás, Magali, eu vi a sua notícia: seus pais devem estar orgulhosos de você.

 

- Obrigada, Denise. Meus pais estão orgulhosos de mim, sim! Obrigada por me lembrar... – agradeceu Magali , com um tom de ironia na voz

 

- Bom, xuxus, eu vou me vestir para “divar” e vocês todas vão ficar babando por mim... Beijos, não me liguem agora! – disse a ruiva, afastando-se de Magali e Mônica.

 

- Não vou nem comentar o que acabei de presenciar... – disse Magali, revirando os olhos.

 

- Enfim, já foi... Mas me diga, o que aconteceu esses dias, hein?

 

- Ah, estão cada vez melhores, Mônica... O Cascão é um amor comigo e estou gostando cada vez mais dele. Nossa, estou tão feliz assim. Agora eu posso dizer que estou saindo do casulo, pois agora sou uma borboleta que está saindo para voar.

 

- Por que você diz isso?

- Simples, o Cascão me pediu em namoro e...

 

- O QUE? VOCÊ NÃO PODE ESTAR FALANDO SÉRIO? MAS E AÌ, VOCÊ ACEITOU?

 

- Ainda não, mas... –antes de pode se explicar, leva uma bofetada da melhor amiga. – AII, DOEU!

 

- Por que não criatura? ACEITA LOGO!

 

- Eu tava tentando dizer isso... Que vou dizer pra ele hoje, mas precisamente agora... – vendo os garotos se aproximarem, Magali sussurrou algo no ouvido do sujinho, que o fez sorrir como nunca.

 

- AH, COMO EU TE AMO, MAGALI! MINHA MAIS NOVA E PERFEITA NAMORADA – gritou bem alto, sendo capaz de Mônica e Cebola ouvirem de longe.

 

- Que bom que os dois finalmente ficaram juntos, não acha?

 

- Concordo, Cebolinha. Há coisas que só o tempo irá dizer. Como isso que vimos agora...

 

- E o que veremos daqui a pouco – completou o troca-letras.

 

- O que você fez, garoto? – perguntou a  dentuça, fitando os olhos do namorado.

 

- Simples, minha cara dentuça: Troquei os DVD’S de apresentação... Mas ninguém irá desconfiar que é uma armação, já que o começo do vídeo é idêntico ao original... O desastre só vai acontecer quando a diva estiver no seu maior momento de glamour.

 

- Como você conseguiu fazer tudo isso sem ninguém desconfiar?

 

- Fácil, meu amor. Como o Caleb trabalha na segurança e precisava desmascarar a Denise para conseguir reconquistar a ex-namorada, foi fácil convencê-lo. Afinal, o benefício é pra todo mundo, menos à ela.

 

- Hum, como você é sagaz! Agora eu quero ver o circo pegar fogo... Ou melhor, a Denise pegar fogo... HAHAHHA

 

 

***

 

As luzes da danceteria se apagaram e a única fonte de luz que iluminava o salão era a do telão, onde se mostraria o vídeo de aniversário de Denise. Jatos de fumaça começaram a sair. Uma música suave começou a tocar e a menina ruiva aprecia aos poucos atrás da tela. Ao sair detrás da mesma,revelo-se a garota, através das luzes dos holofotes, com um vestido escandalosamente bonito: De fato, Denise era, naquele momento, uma diva.

 

O vídeo se iniciava. Denise sentara-se em uma cadeira próxima à tela e assistia orgulhosa as fotos e lembranças do seu passado. A cada nova foto ou vídeo de sua infância, ela ficava cada vez mais orgulhosa. Depois de alguns minutos de retrospectivas, começaram as homenagens. Primeiro vieram os parentes, que a elogiavam como nunca, como se ela fosse a melhor menina do mundo.

 

Logo após, os amigos começaram a se declarar. Porém, houve um barulho de explosão no vídeo. Uma bomba se desenhava na tela e perto desse objeto se encontrava as seguintes palavras: “Denise, a menina bombástica...”. Até aí, Denise não desconfiou de nada, já que Carmem era cheia de idéias estranhas e ousadas.

 

No início, aparecia uma foto muito bonita de Denise com seu atual namorado Reinaldo,o qual sorriu ao ver a imagem. Alguimas palavras apareciam no meio da imagem: “ E ele pensava que chifrou a mim, Cebola...” Aparece a seguir uma foto de Cebola com a cara abatida, com um desenho de chifres na cabeça. A tela ficou preta e mais letras apareceram: “ Mas, quem diria, não sou o único a ficar com galhos depois de conhecer essa bela garota...”

 

Um holofote acende inesperadamente sobre ela... Constrangida, Denise levanta-se e tenta mostrar classe. As fotos começaram a ser mostradas: Denise beijando Xaveco, Denise agarrando Titi, fazendo carinhos bem sensuais em Fabinho e dando um amasso nem um pouco discreto em Toni. Para o maior desespero da ruiva, começou a ser exibido um vídeo, gravado em câmera escondida, onde Denise conversava com Caleb:

 

- Vem cá, gato! Não tenha medo... Denise beija com muito amor...

 

- Afinal, por que você me beijou, sendo que namora o Reinaldo?

 

- O Reinaldo é um imbecil, um energúmeno. Só foi uma cobaia minha para conseguir o Cebola todinho pra mim. Mas, o retardado desse troca-letras ficou com a dentuça nojenta e o perdi. Mas o beijei e isso foi bom. E você me ajudou demais, colega. Mesmo que a tonta da dentuça tenha te pedido pra causar ciúmes em Cebola, eu armei o pior e você agiu melhor do que o esperado. Claro, eu te beijei porque você é lindo. Mas a Irene perdeu um belo de um namorado. Retardada. Enfim, beijar é a melhor coisa da vida, ainda mais se for com todos os meninos do bairro.

 

- Então foi você que armou tudo para separar o Cebola e a Mônica?

 

- Ah! Quanto asneira, meu pai amado! Sim, meu caro. Agora vá que eu tenho mais o que fazer...

 

Logo após o vídeo, a tela ficou escura mais uma vez e nela se encontrava alguns pequenos dizeres: E então, quem é o lobo vestido com pele de cordeiro? Sua máscara caiu, Denise! Parabéns! Hoje é seu aniversário! São os votos de Cebola e Mônica, o casal que tentou destruir, mas infelizmente, não conseguiu...

 

- MAS O QUE É ISSO? É BLASFÊMIA!! EU NÃO SOU ASSIM! – o rosto dela estava completamente vermelho e não sabia mais o que fazer.

 

Do outro lado da pista, Mônica e Cebola pulavam e riam demais. Abraçados, comemoravam a queda da “diva do mal”.

 

- Meu pai amado! Que isso hein, Cebola – falou Cascão, abismado.

 

- Parabéns, Cebola! Você é um gênio! – afirmou Magali, sorrindo.

 

Mônica selou os lábios nos de seu namorado, mais feliz do que nunca. Abraçando-o fortemente, quase quebrando as costelas do mesmo.

 

- AI! CUIDADO, MÔ!

 

- Desculpa, Cebola, não pude resistir...

 

- Tudo bem, eu amo você assim mesmo...

 

- Mas me diga: como que será que a Denise vai ficar daqui em diante!

 

- Eu não faço questão de saber – afirmou Cebola – Mas uma coisa eu digo... isso será como o destino do nosso amor: Só o tempo irá dizer.

 

Não havia mais dúvidas. O tempo mudou o destinos desses jovens. Alguns para o bem, outros para o mal. Tempo. Tempo. Tempo. Será que ele é bom? Ruim? Traiçoeiro? Gentil? Ele é tudo isso e mais o pouco. Ganham aqueles que sabem usá-lo a seu favor e, claro, a favor de outras pessoas. Porque quem é egoísta e nunca quer ver os outros bem, o tempo pode ser devagar, mas saberá o melhor rumo para cada um de nós. Qual será o destino de cada um desses jovens?  Como Cebola afirmar:  só O TEMPO IRÁ DIZER.

 

 

 

FIM xD

 

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

É, tudo que começa termina um dia...
 
Só quero dizer que foi uma grande experiência para mim escrever essa história. Já foram inúmeros dias que passei digitando cada letra desse romance enrolado ( e põe enrolado nisso).
Quero agradecer a todos que me apoiaram, a todos que me acompanharam. Espero que tenham gostado da história e que ela tenha tocado vocês... Porque a mim, tocou. rs
 
Por favor, mandem review... Não custa nada, vocês sabem disso.
 
Bom, é isso ae!! Thanks for all of you!