A festa acabou mais cedo para Mônica e Cebola, os quais caíram na armadilha feita por Denise e Reinaldo. Denise chegou a temer que seu plano fosse por água abaixo, pois Cebola sabia o que havia acontecido, não por completo, entre Mônica e Reinaldo. Mesmo assim, Denise não desiste e faz um sinal para seu comparsa, que entende no mesmo instante e tenta beijar Mônica à força. “Coincidentemente” Cebola observa a cena, a qual deixou-o irado e sentia uma pontada no coração inexplicável. Ele interrompia o beijo brutalmente e pisou no pé de Reinaldo. Mônica e Cebola tem uma discussão feia, deixando-os tristes e decepcionados. Quando Cebola estava sozinho, Denise se aproximava dele e dá um selinho, mas logo se afasta, por ordem de Cebola, o qual começava a brigar consigo mesmo. Não agüentando mais ficar na festa, ele saia sem despedir de ninguém, com exceção de Marina e Franja.

Enquanto isso, a festa continuava:

Magali estava sentada no sofá junto a Quim. Estavam muito cansados, pois haviam dançado muito. De repente, Quim se levantava:

- Meu docinho...eu vou ter que ir para casa, meu pai está me esperando! Eu prometi a ele que voltaria cedo!

- Poxa, é uma pena. Bom, então tchau. – dizia Magali, dando um abraço em seu namorado.

Quim saía do salão e Magali observava, quando via subitamente sua amiga dentuça saindo correndo da festa, com o rosto vermelho.

(Geente, o que será que aconteceu? Bom, não adianta eu querer saber agora...).

Ela continuava sentada, relaxando por alguns instantes, estava realmente muito cansada.

Um garoto sentava ao lado de Magali. Parecia muito cansado:

- Nossa, eu to um bagaço! Também, eu dancei bastante!

- Também – respondia Magali – aqui só toca música animada!

- Pode crer! Só música da hora!

Nesse instante tocava uma música muito animada:

- Essa música é massa...bora dançar??

- Ah, – Magali também adorava a música – mas você não vai dar conta de me acompanhar! – dizia mostrando seu sorriso meigo.

- Você quer apostar que eu consigo?

Amar você

- Ta, eu aposto com você! Mas, qual será o prêmio para quem ganhar a aposta?

- Hum...ah! não sei! Vamos logo dançar! Depois a gente resolve isso.

Magali e aquele garoto eram praticamente os reis do salão. Ela revolava e remexia seu corpo no ritmo da música, levando suas mãos para o alto, enquanto ele a acompanhava , girando em torno de si mesmo e mostrava seu sorriso, revelando a ela o quão especialista ele era no assunto.

Magali sentia seu coração disparar. Não entendeu direito o por que. Talvez fosse de tanto pular e dançar, nunca se sabe!

Ela e o garoto dançavam muito próximos, remexiam, pulavam e giravam animadamente.

Fazendo mais um giro, ele sem querer se desequilibrava, fazendo com que caísse no corpo de Magali, a qual, por reflexo, segurava-o firmemente, deixando-a bastante vermelha.

- Desculpa! Não foi minha intenção, eu pisei em falso no meu pé e cai!

- Tudo bem! Eu desculpo! Viu como você não agüenta me acompanhar? – falava Magali, dando uma risadinha abafada.

- Ah, como não! Você não viu quantos giros eu dei? Eu sou O CARA!!

- Se achou agora, hein? Besta!

- Ah, me lembrei. Ainda tenho o meu prêmio, pois eu ganhei a aposta! HEHE!

- O que você quer, então, dançarino profissional?

- Eu...bem...é...

- Fala logo!!

- Ah, já sei!

O garoto pegava levemente a mão de Magali.

- Ei, o que você ta fazendo?

- Estou ganhando meu prêmio.

Ele segurava a mão dela e a aproximava de seu rosto.

Ele beijava lentamente a mão da menina comilona, deixando-a vermelha.

- Foi um prazer dançar com você!

Não resistindo ao momento, o rapaz puxou-a para perto de seu corpo. Magali podia sentir o delicioso cheiro do perfume amadeirado que o garoto usava. Ele lhe roubara um selinho, o coração de Magali disparava! Ele havia saído de cena logo em seguida .

Magali estava perplexa! Quem era esse garoto? Por que ele saiu do nada de perto dela?

Por que ele a beijou? Por que ela havia aceitado aquilo sem empurrá-lo?

Muitas dúvidas rondavam a sua cabeça. Ela colocava uma das mãos na boca, ainda se lembrava do selinho que lhe fora roubado há pouco. Sentia aquele calor daqueles braços desconhecidos.

(Por que eu estou assim? Quem é ele?).

Magali decidiu andar pelo salão a procura dele, mas em nada resultou, ele havia desaparecido.

(Será que ele é o boto? Ai, para de delírio! Doida!)

 Dessa maneira, ela decidiu sair da festa, pois estava tarde e não tinha vontade de continuar lá, a pessoa que procurava não estava mais no salão.

Foi em direção a sua casa, entrou no seu quarto e se jogou na sua cama.

Magali iria olvidar aquele momento? Não, estava guardado na sua memória, cravado e fincando com toda a força em seus neurônios.

Ainda perplexa, fechava os olhos e dormia profundamente.

Fim do 21º capítulo