Quase Mil Números escrita por L Ganoza
Notas iniciais do capítulo
Sumário: O sorriso dela alargou-se diante da cena. Afinal, às vezes, quase é o suficiente.
Capítulo: 1/1
Disclaimer: Not mine.
Alerta: UA. OOC.
Quase Mil Números
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by L. Ganoza
to ItachiSaru
Misao estava irritada – para dizer o mínimo. Abriu a porta da pousada onde trabalhava com um grande “Blanc!”, os pés fazendo pequenas concavidades na madeira onde ela os pousava. Atrás dela, Kaoru, que havia acompanhado Okina quando ele a trouxera para casa, insistia em falar algo sobre acalmar-se e sobre desidratação.
Ela havia ficado vinte e nove horas no hospital! Vinte e nove malditas horas presa em uma cama dura e reclinável de lençóis ásperos e brancos, olhando para o teto alto branco, o chão branco de linóleo e as paredes brancas com um friso branco de madeira! Ela havia mencionado que até a cama e a mesa giratória onde ela deveria comer eram brancas?
Haviam sido mil setecentos e quarenta e nove minutos em observação por causa de uma maldita infecção alimentar (culpa única e exclusiva do sushi do posto)! E nessas vinte e nove – VINTE E NOVE! – horas ele não havia aparecido uma maldita vez! Uma única! Ela o havia esperado durante cento e quatro mil novecentos e cinqüenta e três segundos e nada!
Abriu a porta do quarto dele – Kaoru havia ficado para trás tentando arrumar alguns dos objetos que haviam sido lesionados no meio do percurso – com um “Blanc!” bem mais alto, então, parou.
Sentado no meio do quarto estava Aoshi, rodeado por pequenos quadradinhos coloridos, espalhados por todas as superfícies – incluindo as longas mangas dele – estavam centenas de tsurus. Eram tantos que a vista dela se confundia entre os pedacinhos de cores vivas. Engoliu, os lábios secos – há quem acusasse a desidratação por isso.
- Estou em casa, Aoshi-sama – murmurou, os olhos fixos nos dele.
O mais velho acenou, as mãos parando, o tsuru que ele estava a fazer ainda não terminado, abandonado.
- Foram apenas seiscentos e setenta e dois – ele respondeu erguendo-se, os pedacinhos de papel desprendendo-se da roupa dele e voando em direção ao chão. Ele logo se virou, disposto a organizar o caos que havia se formado em seu quarto nas últimas vinte e nove horas.
Misao sorriu, os dentes claros dividindo sua face em dois, e acenou enquanto fechava a porta deixando Aoshi e seus quase mil tsurus do lado de dentro.
Fim.
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Nota da Autora:
Lembrancinha de Aniversário para a Ita. “Tó, pechenti pá vochê :D”.
Eu faço algo mais decente ano que vem. É que a ausência de PC associada à presa para não atrasar ainda mais acabou por dificultar, sabes?
PARABÉNS ATRASADO, ITA! ;D
See ya.