Após três dias, Yagami estava buscando Misa no lugar em que estava presa. Agora iria começar a executar o plano de L. Logo depois, chegou a outro lugar, onde iria pegar Raito, que estava com Aizawa. Os dois estavam aflitos sobre onde ele estava os levando. Então, ele disse que os levaria para a execução. Isso causou polêmica entre eles, mas após pouco tempo, ele estavam em um lugar aberto. Não era onde seria a execução.

- Raito... Irei matá-lo e a mim mesmo. – por fim pronunciou Yagami. Misa foi a primeira que se desesperou, começou a chorar implorando para que não matasse Raito. E apesar de tudo, até Raito estava bastante assustado com o que acabara de ouvir. Ele não era Kira, e agora seu pai iria matá-lo e se suicidar?

Porém, nada do que ele dizia adiantava. Yagami pegou a arma no bolso de seu terno, e apontou para Raito. Parecia que os minutos não passavam, que tudo estava parando, e então, Yagami puxou o gatilho.

Apesar de tudo, nada aconteceu.

- Está vazia...? – perguntou Raito assustado

- Ah, graças a Deus. – falou Yagami. Ele explicou que tudo foi uma encenação, que Ryuzaki estava vendo tudo através de uma câmera. Ele acreditava que se Raito ou Misa fossem Kira, em uma situação como essa, eles fariam algo para pará-lo.

L explicou que agora, como prometido, eles teriam uma vida normal, mas sob vigilância. Porém, Raito poderia regressar para a investigação desde que ele esteja o vigiando 24 horas.

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- Ah... Então isso que significava 24 horas. – falou Raito balançado a corrente que estava em seu pulso e a outra ponta no de L. – Acha mesmo que precisamos chegar a esse ponto?

- Não estou fazendo isso porque quero, você sabe disso. – respondeu.

- Ai que coisa... Mas você não é Ryuzaki-san? Você estava junto com Raito-kun na faculdade e... – dizia Misa com uma cara meio maliciosa.

- Já disse, não estou fazendo isso porque quero.

- Mas sério, isso é meio estranho, Ryuzaki. – falou Hana quase rindo, que o fez soltar um suspiro frustrado.

- Mas o Raito é de Misa! E como você quer que a gente vá aos encontros? – dizia melancolicamente Misa.

- Serão encontros a três. – Ele respondeu, e Hana viu da cara de Misa.

- Quêee? Você vai ficar vendo enquanto eu beijo ele? – falava ela indignada, e Hana continuou a rir.

- Eu não disse que você vai beijá-lo. Mas eu vou ficar ali, observando.

- Aaaah! Sabia que você era pervertido.

- Raito, faça-a calar. – suplicou. – Hana, você me acha pervertido? – perguntou novamente.

- Já disse que não – falou rindo.

- Hunf, ela só não acha porque ela gosta de você – disse Misa revoltada.

- O quê? E-e-eu não g-gosto dele. – respondeu vermelha.

- Ahaaam! Eu sei que você gosta! – Misa continuou. L sorriu levemente, mas logo desfez o sorriso.

- Não gosto... – disse baixinho.

- Aaah, desculpe! Esqueci que o Ryuzaki-san estava aqui. Pode deixar que eu guardo seu segredo. – piscou para Hana, e a mesma deu um suspiro e repetiu a mesma frase de L:

- Raito, faça-a calar a boca.

- Misa, seja um pouco mais grata a Ryuzaki. Ele a soltou daquele lugar.

- Até você? Você não acredita mais em sua amada?

- Na verdade, foi você que sentiu “amor a primeira vista”.

- Então você não me ama de verdade e só me beijou por beijar? – falou Misa batendo em Raito.

- Sobre amor a primeira vista... – começou L – Foi no dia 22 de maio em Aoyama, correto?

- Sim – o detetive pensou um pouco.

- Naquele dia, por que foi lá? Como você foi vestida? – falou se aproximando um pouco.

- Misa já disse que não se lembra dos detalhes, Misa foi lá porque quis. – dizia irritada.

- E então voltou de lá já sabendo o nome de Raito e se apaixonou? – ele dizia se aproximando mais. Hana começou a notar essa proximidade peculiar.

- Sim...

- Mas não sabe como descobriu o nome dele...

- Sim... – nesse momento eles estavam bem próximos, e Hana não aguentou.

- Oookay. Já entendemos – ela resmungou empurrando os dois de modo que ficassem bem distantes.

- Falei que ela gosta dele... – Misa falou baixinho.

- E o que você faria se Raito-kun fosse Kira?

- Se Raito fosse Kira... Seria perfeito! – falou sorrindo e abraçando Raito. Ela era grata a Kira pois ele matou o assassino de seus pais. L continuou conversando com Misa sobre Raito ser Kira, e confirmou que iria colocar Misa sob vigilância. Ele falou que ela teria um anexo ao quarto de Raito, e deu-lhe o cartão. E também, falou que Matsuda agora seria seu agente. Mas ela não gostou muito dessa ideia.

- O que ele tem que eu não? – falou Matsuda. Aizawa perdeu a paciência e falou que era para parar com esses assuntos bobos, pois era um caso sério.

- Garota, vai para seu quarto. – falou Aizawa.

- Concordo com ele. – falou Hana levantando a mão irritada. Aizawa arrastou Misa para o quarto dela e a trancou lá.

Ryuzaki pediu por fim para que Raito se aproximasse de Misa para descobrir algo do Kira. Mas surpreendente, ele falou que era contra brincar com os sentimentos de uma garota. Hana se perguntava desde quando ele era assim, e L também se perguntou. Ele disse que entendia, mas que ele pelo menos pudesse dizer a ela para não mencionar nada sobre o caso.

- Ryuzaki, não poderia dar um jeito nessas trocas de hotéis inacabáveis? – perguntou Hana um pouco irritada. – poderíamos ter um lugar fixo para as investigações.

- Sim, eu já pensei nisso. – L se levantou e puxou Hana pela mão até um computador, e consequentemente também puxou Raito.

Ele mostrou a foto de um prédio, que havia um sistema de segurança muito avançado, havia 23 andares e no terraço havia espaço para pelo menos dois helicópteros. Daqui a pouco a construção estaria pronta. Também falou que do 5º ao 20º andar havia 4 quartos em cada andar.

- Queria que todos se mudassem para lá, se não fosse incômodo.

- Yaaay! Finalmente algo bom! – exclamou Hana mais feliz.

- Nenhuma objeção a dar um andar inteiro para Misa? – perguntou L a Raito.

- Eeei! Por que ela tem um andar inteiro? Não que eu preciso disso, mas o que é esse atendimento especial com ela, hein Ryuzaki? – perguntou irritada, se aproximando mais de Ryuzaki. “Ela estaria com... Ciúmes?” pensou ele.

- Ah, nem fale também. Melhor eu ficar quieta aqui. Vai conversar com ela, hunf. – falou irritada.

- Espero que daqui a uns três dias, o prédio esteja pronto. Se quiserem, podem se alojarem aqui no hotel, senão podem ir para suas casas. – falou L.

- Eu vou voltar para casa. – falou Hana decidida, pegando sua bolsa. Os outros também faziam a mesma coisa. – Se bem que... – “Se eu for para casa, eu não saberei se L fará alguma coisa com Misa...” pensou ela desconfiada.

- Por que vai embora, Hana-chan? – perguntou Ryuzaki.

- Agora você me chama assim, hunf. Mas eu mudei de ideia, vou ficar aqui. – disse recolocando a bolsa no sofá.

- Então venha que eu irei mostrar seu quarto.

Eles entraram em um anexo que tinha do outro lado do aposento de Misa, e lá tinha o quarto dela.

- Mas onde você vai dormir?

- Na sala principal.

- Hm... Mais perto de Misa... – pensou desconfiada, encarando ele.

- Por que agora ficou fixada em Misa-Misa? E por que está brava? – perguntou com o polegar na boca.

- Misa-Misa? Já a está chamando assim? – falou indignada. Raito estava ignorando tudo o que conversavam.

- Por acaso você não estaria com... – ele foi se aproximando mais de Hana – Com ciúmes, não é Hana-chan?

- E-eu? Com c-ciúmes? – ela gaguejou vermelha. Ele aproximou mais do rosto dela, e então colocou uma mão no rosto dela. Os dois até haviam se esquecido que Raito estava lá devido a corrente.

- Sim. Ciúmes. – falou quase sussurrando. Ele foi se aproximando cada vez mais dos lábios dela, mas então Raito interferiu.

- Ahn, Ryuzaki... –Ele percebeu como estavam, e ficou um pouco constrangido. – Estou atrapalhando?

- Ah não, claro que não. – disse vermelho. Como ele não notou a presença de Raito? Por um instante, sentiu como se só havia os dois. Ela também pensou a mesma coisa.

- Eer... – ela não sabia o que falar. – Acho que vou ter que passar na minha casa pegar algumas roupas.

- Não será necessário, Watari buscará. – Ela não gostou muito da ideia de Watari mexendo em suas roupas.

- Tem certeza? Quero dizer, eu posso ir lá, ia ser meio estranho Watari mexe...

- Não, fique. – interrompeu e segurou sua mão.

- Se faz questão... – falou envergonhada.

- Vou ter que ir ver se os outros irão ficar aqui. – disse sem empolgação, arrastando Raito junto.

- Ah, eu vou voltar na sala também. – quando ela entrou na sala principal, deu de cara com Misa.

- Aaah! Hana-san! Misa queria falar com você!

- Ah, o que foi? – disse um pouco sem paciência.

- É mesmo verdade sobre você e o Ryuzaki-san, heein? – perguntou curiosa.

- Não! Não é isso! – falava envergonhada.

- Vaamos! Diga para Misa! Vamos! Vamos! Vamos! – e Misa continuou falando e cutucando-a, que ela se irritou.

- Okay! – ela olhou para os lados para se certificar que não havia ninguém – Talvez eu goste dele, mas eu não tenho certeza e... – sussurrou, mas a garota a interrompeu.

- Ahá! Misa sabia! Pode deixar que eu guardo seu segredo. Misa vai arranjar uns encontros para você porque Misa é demais! – falou rindo.

- Ei, não preciso de encontros...

- Ah, mas o Raito-kun teria que ir junto por causa dessa corrente... Tome cuidado com aquele pervertido, às vezes ele mudou de time... – falou rindo. – Mas o avise que Raito é de Misa!

- Tá bom. – deu um suspiro de ignorância. Não conseguia discutir com alguém como ela.

- Você tem que agir rápido! Vai lá e nhá! Ataca! – falou Misa.

- O que seria “nhá, ataca!”? – perguntou confusa.

- Haha, você é engraçada! – disse meigamente e foi procurar Raito. Mas Hana realmente não havia entendido. “Eu nem devia ter contado... Na verdade, nem sei se eu gosto direito dele.” Pensou e olhou para ele, inconscientemente sorrindo.

- Hana-chan! Venha comer bolo! – chamou Ryuzaki.

- Siim! – respondeu feliz.

- Hana-chan, quando o prédio ficar pronto, acho que seria melhor que você escolhesse um quarto perto de meu aposento. Facilitaria para investigarmos... – ele comentou.

- Ah sim, eu iria escolher um quarto perto do seu mesmo.

- Ryuzaki, até quando iremos ficar assim? – perguntou Raito entediado mostrando à corrente.

- Até eu ter certeza de que você não é Kira.

- Que bom... – Hana sussurrou. Isso ia levar um bom tempo, não poderia ficar a sós com L por um bom tempo.

“Bom... Talvez eu realmente goste do L... Tenho que parar de negar. Mas se eu não negar, será que vou... Ver a morte dele?”