Like A Romeo And Juliet escrita por LiliSouza


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

NESSE CAPITULO UMA CERTA PESSOA VAI APARECER, VOCÊS IMAGINAM QUEM É? HAHA Mas ele vai aparecer pouco ;D enfim... Espero que gostem amores :D hehe



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Capitulo Seis.

            Senti que não tinha mais o controle sobre minhas lágrimas. Elas simplesmente saiam de meus olhos sem minha autorização. Minhas pernas começaram a doer e de acordo com o que eu via já estava bem além de onde deveria ser minha casa. Eu só parei quando bati em alguma coisa e acabei caindo de joelhos no chão. Minhas pernas estavam tão dormentes que nem senti a dor do impacto de meus joelhos no asfalto.

- Ai meu deus. Me desculpe. Você está bem? – ouvi uma voz suave perguntar.

            Minha respiração estava lenta.  Na verdade, eu mal tinha respiração. Senti uma mão em ombro.

- Moça... Você está bem? – a pessoa insistiu na pergunta.

            Fechei meus olhos. Concentrei todas as minhas forças para poder responder àquela pergunta. E também para poder levantar o rosto e olhar para quem falava comigo. Olhei para o lado e vi que a pessoa encontrava-se ajoelhada ao meu lado. Uma mão estava apoiada no joelho e a outra em meu ombro. Olhei para a pessoa e... Até hoje não sou capaz e, jamais serei, de explicar o que senti naquele momento.

            Apavorada, era a palavra que me descrevia naquele momento. Mas quando eu olhei para cima e meus olhos encontraram os daquela pessoa, até então desconhecida, minha respiração voltou ao normal, às batidas do meu coração se normalizaram também. E a aflição e o medo que sentia antes... Foram embora.

- Sim... Estou bem – respondi.

            Agora era o menino que não respondia. Ficamos alguns minutos, talvez, nos encarando, sem dizer nada. Apenas... Nos encarando. Seus olhos eram castanhos esverdeados, eles estavam cheios de preocupação, pude notar. Os cílios eram longos, a boca pequena, pele morena e cabelo muito preto. 

- Você tem... Certeza? – perguntou o menino.

            Assenti calmamente.

- É melhor a gente... – ele olhou pra frente e depois para nós. Foi quando reparei que estávamos no meio da rua.

            Ele levantou primeiro. Mais uma vez fechei os olhos e respirei fundo a fim de ganhar forças. O menino estava de pé e com sua mão estendida para mim. Eu a segurei. Ele me puxou com cuidado.

- Obrigada – eu disse encarando o chão.

- Não foi nada. É... Você mora por aqui? Ou... Está perdida?

- Estou perdida. Completamente perdida – falei sentindo que iria voltar a chorar.

- E... Como você se...

- LOLA! – uma voz conhecida o interrompeu. Olhei para trás e vi...

- Liam? – eu disse surpresa.

            Ele correu até mim. Segurou-me delicadamente pelos ombros.

- O que aconteceu? O que faz aqui? – olhar para ele só me dava mais vontade de chorar. Ele fazia com que eu lembrasse toda a minha situação.

- Como... Você me achou aqui? – perguntei sem pensar.

- Eu... Estava chegando a Starbucks e vi você sair correndo. Fiquei preocupado e... Resolvi vir atrás – disse Liam.

            Olhei para baixo. As lágrimas voltaram a cair. Fiz a única coisa que eu tinha vontade naquela hora. Abracei Liam. E abracei com todas as minhas forças... Que não eram muitas. Seus braços envolveram minha cintura.

- Vem Lola, vamos pra casa. Seus amigos devem estar preocupados – disse ele.

- Tudo bem. Vamos, mas eu não quero ir pra casa – falei.

- Não? Mas... Você tem que ir pra casa – a expressão dele era extremamente preocupada. E EU me sentia culpada por estar fazendo ele ter que lidar com os meus problemas – olha vamos indo e no caminho você tenta se acalmar e coloca suas idéias no lugar. Tudo bem?

            Assenti.  Lembrei que havia outra pessoa ali e que ela provavelmente não estava entendo nada do que se passava. Olhei para trás e me surpreendi ao ver que não tinha mais ninguém ali. No estado que eu me encontrava não duvidaria se tivesse tido uma alucinação.

            Liam e eu fomos andando calmamente até minha casa. Queria ir o mais devagar possível. Quanto mais tempo longe de casa, melhor. O que fazia eu me sentir melhor era saber que Harry estaria lá. E ele mais que ninguém sabia me acalmar e me confortar. Chegamos a frente a minha casa.

- Pronto. Chegamos – disse Liam com um sorrisinho.

- Obrigada Liam por... Ter ido atrás de mim e... Desculpa por ter te preocupado – eu me sentia uma completa idiota. Uma criancinha de quatro anos de idade que não sabia lidar com seus próprios problemas e que queria sempre fugir deles ao invés de enfrentá-los.

- Não precisa agradecer e nem se desculpar Lola. Não seremos marido e mulher, mas podemos ser amigos, certo? – falou ele sorrindo.

- Claro que seremos amigos – consegui dar um leve sorriso.

- Então... Amigo é pra essas coisas – o sorriso dele aumentou. Ficou bem mais bonito.

            Eu o abracei mais uma vez.

- Melhor eu entrar agora né. E ligar pros meus amigos que provavelmente devem estar desesperados. Quando nos veremos de novo? – tive que perguntar.

- Amanha – rapidamente ele respondeu.

- Nossa. E como sabe?

- Ouvi meus pais conversando.

- Ah ok – havia me esquecido por alguns momentos que eu seria obrigada a casar com ele e que agora nos veríamos bastante. Tinha seu lado bom né – até amanha então. Boa noite – dei um longo beijo em sua bochecha e entrei em casa.

            Harry que estava sentado no sofá levantou rapidamente. Correu até mim e me abraçou muito forte.

- Meu deus Lola! Onde você estava? O Niall, o Louis e a Mel disseram que você saiu correndo da Starbucks e não sabiam pra onde tinha ido – meu irmão me segurava pelos ombros e me encarava com uma preocupação desesperadora.

- Desculpa Harry é só que... – antes de terminar de falar voltei às lágrimas e Harry me abraçou novamente.

- Ai maninha o que aconteceu? – ele afagava meus cabelos com delicadeza.

- Vamos subir não quero que papai e mamãe me vejam chorando – eu disse.

            Fomos para meu quarto. Harry sentou-se em minha cama. Eu deitei com a cabeça em seu colo e contei tudo que estava sentindo enquanto ele fazia carinho em meus cabelos.

- Lola olha pra mim – ouvi Harry dizer.

            Sem a menor vontade levantei a cabeça de seu colo.

- Se você for se casar será apenas no final do ano. Até lá não dá pra você ficar sofrendo desse jeito. Eu sei que é difícil, que falar é fácil porque não é comigo, mas... Faça um esforço. Tente esquecer um pouco isso tudo. Passe mais tempo com Niall, Louis e Melanie vocês sempre se divertem muito juntos. Só não... Não sofra ok? Eu odeio te ver assim – ele secou os resquícios de lágrimas que ficaram em meu rosto.

- Quando eu estou com eles eu realmente... Esqueço tudo isso, mas... Não adianta porque eu chego aqui e mamãe e papai viram falar comigo como se isso fosse o melhor acontecimento de toda a minha vida. Sendo que... É o pior – olhei para baixo.

            Meu irmão pegou minhas mãos.

- Vou dizer uma coisa que talvez... Melhore ou... Piore a situação, mas preciso falar. Eles não vão ficar tão em cima de você por que... Eles vão estar muito ocupados... – Harry passou as mãos pelos cabelos encaracolados e me olhou aflito – preparando as coisas para o casamento.

            Uma dor imensa tomou conta do meu peito. Aquilo tudo estava sendo pior do que eu imaginava que fosse.

- Ai Harry... Isso não é justo comigo – falei chorando demais.

- Calma maninha, Calma! Até o final do ano... Até você se formar eu JURO que vamos mudar isso ok? Você não vai se casar. Eu juro que não. Não vou deixar isso acontecer – meu irmão me abraçava com toda sua força. Isso, com certeza, me acalmava muito. 


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