Novos Tempos Em Hogwarts 2 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 27
Malfoy X Weasley


Notas iniciais do capítulo

Mais um cap. para vocês... Espero que gostem, um pouco de ação e feitiços para variar um pouco.



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As trevas invadiam o local úmido e frio, o ar ali era tão velho quanto às paredes cinzentas de pedra, de cheiro mofado e podre, parecia ser algo como as fundações de um castelo, com varias galerias como as dos esgotos por onde corria um pouco de água, como um pequeno rio. Parte de algumas fundações haviam desabado, pois ali podiam se ver alguns destroços antigos já muito esquecidos pelo tempo. Duas figuras andavam por aquele lugar lúgubre, quase em total escuridão se não fosse por suas varinhas iluminarem o caminho, passaram por algumas camadas de escamas mortas, deixadas por uma cobra realmente grande em suas varias mudas de pele. O homem de vestes negras caminhava por aquele lugar que muitos nunca pensariam em ir, mas ali era parte de sua historia, seus antepassados haviam estado ali, entre eles aquele que seria o mais famoso de todos, que tomaria para si um pedaço obscuro da historia bruxa, muitos temeriam simplesmente mencionar seu nome, iluminado pela luz da varinha, suas feições se tornavam ainda mais sombrias, sua pele parecia mais pálida, e seus olhos se tornaram verdadeiras fendas, não parecia mais possuir aquela beleza que por varias vezes tanto atraiu as mulheres. Ao lado dele, caminhava uma garota, de vestes negras como as dele, no entanto se vestia como uma trouxa, com uma jaqueta de couro e calças jeans e botas negras, seus cabelos loiros repicados lhe davam um ar rebelde e perigoso, e os olhos azuis cinzentos brilhavam incontroláveis pela pouca luz do lugar. Logo haviam chegado após ter de caminhar por certo tempo, até uma porta circular de metal, nela havia varias serpentes de cobre selando a passagem como uma verdadeira tranca, o homem deslizou os dedos brancos por sobre elas, e a mulher o encarara apreensiva, como se esperasse realmente por o que estava para acontecer.

_ sabe onde estamos Lucie? – disse Alaric – essa câmara nada mais é do que a maior construção feita por um descendente meu, não por sua grandiosidade, não pense em tamanho, mas por seu desenvolvimento o velho Slytherin a fez sozinho, desenvolve-a em segredo dos outros fundadores, sabe como é agir sobre os maiores bruxos da época sem que eles notassem?

_ você também é um grande bruxo Milorde – disse Luciana solenemente – é uma grande honra servi-lo, pois sei que quando o senhor alcançar seu objetivo estarei ao seu lado.

_ pode ter certeza disso – disse Alaric sorrindo amavelmente – pessoas como você Lucie, capazes de passar por quaisquer que sejam os meios para atingir seus objetivos, não importando se no caminho para isso tenha que fazer coisas erradas e cruéis, que muitos julgariam como frias e insanas, são importantes nos meus planos.

_ estou aqui para servi-lo Milorde, e apenas isso – disse Luciana – pois nada mais tento ser do que uma fiel seguidora – ele sorrira se voltando para ela – tudo que mandar eu farei, como sabe que sou capaz de fazer, já lhe provei isso antes, no passado.

_ sim, provou – disse Alaric – e fiel a mim, isso é muito valoroso de sua parte Lucie, pois sei que muitos dos que me servem, fazem isso por interesse próprio, como dinheiro, poder, ou pelo simples medo do que posso fazer quando assumir o poder, mas você não é como eles, tem por mim apenas admiração... E confia nas minhas palavras... Em meus planos, não pensa que sou louco como a maioria deles.

_ e por que não deveria confiar em vosso plano? O senhor é o escolhido para livrar esse mundo da imundice que são os mestiços e sangues-ruins, ira tomar o poder em breve quando estiver com tudo que precisa e será um bruxo maior que todos que já passaram pela face da terra – disse Luciana – e aqueles que ficarem em seu caminho, ou não confiarem em vossa palavra, pagaram caro pela descrença e o mesmo será para aqueles que o ousarem trair, não permitirei que ninguém que o traia continue vivo Milorde, pode ter certeza disso.

_ isso vindo de você Lucie, é algo realmente muito importante para mim – disse Alaric e o rosto da garota tomara um tom rosado – e confio que o que diz, não sejam apenas palavras vazias, sendo nada alem da verdade - e ele retirara do bolso algo – pegue é seu... Queria ter lhe dado a algum tempo.

Luciana encarara o objeto que lhe fora entregue, era uma caixa retangular negra, ao abrira encontrara reluzente sobre um foro de veludo verde, uma adaga de prata, sua lamina possuía uma afiada ponta como a de uma espada ou lança, seu capo possuía uma serpente envolta, também de prata e os olhos de esmeralda, era muita sofisticação para algo que teria um destino tão horrível, que certamente envolveria muito sangue e mortes.

_ eu a usarei Milorde, não irei falhar em minha promessa – disse Luciana fazendo uma pequena reverencia – mas, se me permite perguntar senhor, o que fazemos aqui?

_ você verá em breve – disse Alaric que então se voltara para a porta estranha de metal, ele começara a falar, de sua boca as palavras que saiam não pareciam fazer sentido, eram como se fossem chiados, quase como se sua língua agora fosse uma cobra sibilando.

As cobras de metal que guardavam a porta começaram a se contorcer, e com fortes estalos foram se encolhendo deixando a borda livre, logo nada mais impedia ou bloqueava a passagem deles, e Alaric empurrara a porta que se movera e ambos entraram dentro daquele lugar. Luciana notara que no lugar não havia muita luminosidade, na verdade estava por completamente escuro, ela ouvia grande barulho vindo do chão, assim como sentia que havia algo de errado, como se o que houvesse sobre os seus pés pudesse se mexer. Alaric fizera um sinal para que ela se ficasse parada, e a garota obedeceu, com um gesto de varinha ele lançara vários jatos de fogo verde fosforescente, que voaram de um jeito espectral pelo lugar, até cada um deles repousar dentro de uma serpente ali presente, e iluminar por completo o lugar. Luciana olhara para o chão, e pode ver claramente que ele se mexia, sobre o piso onde haviam algumas poças, quase era impossível ter uma visão total, já que boa parte estava coberta por milhares de serpentes de todos os tipos, desde najas até outras que a garota nunca vira, Alaric conversava com elas, e as cobras obedeciam ao que parecia ser uma ordem, o rapaz realmente era um ofidioglota fantástico, como todos os descendentes de Slytherin.

_ me acompanhe – disse Alaric e em silencio ambos seguiram por entre as cobras que iam abrindo caminho para seu senhor e a convidada – elas são lindas não são? – a garota finalmente notara que ele trazia uma jibóia albina enrolada em seu braço, e lhe acariciava de leve a cabeça - Seu avô conseguiu comprá-las a um preço realmente bom, são elas que garantem a proteção, tem ordens para atacar qualquer um que não seja eu a entrar, mas não se preocupe, nunca deixaria que elas fizessem qualquer mal a você... – ele sorrira levemente, conversava com ela como se fosse algo tão casual estarem caminhando num parque, como se fosse um passeio normal entre um casal – mas você se pergunta por que estamos aqui não? – ela assentiu – bem, estamos aqui, pois vou lhe confiar algo que, todos desconhecem, deve saber do que falo não? – ela negara – tudo bem, olhe e veja com seus próprios olhos...

Luciana então encarara, sobre o que parecia um pequeno altar se encontrava um objeto flutuante, retangular feito de mármore branco, quase como uma grande caixa, o que realmente era, ela girava a cerca de trinta centímetros do chão, sobre a luz verde, as runas que enfeitavam a sepultura de Dumbledore fazia com que ela tomasse um ar mais triste e sinistro do que realmente era.

_ o senhor a guardou aqui? – disse Luciana fascinada com a inteligência de seu mestre – bem de baixo dos olhos de todos, onde ninguém ousaria procurar, você escondeu sobre os pés deles – ela o olhava com o mais profundo olhar de admiração – Milorde, o senhor é um mago realmente fascinante...

_ não foi minha intenção esconde-la aqui Lucie, mas foi necessário – disse Alaric seriamente – mesmo o feitiço aparattus não funciona fora das terras da escola, nada pode ser retirado desse lugar usando magia – ele agora se aproximara do tumulo – e creio que aqui, fosse o melhor lugar para colocá-lo, não acha? Como um tributo ao meu antepassado, será aqui que irei ter uma das minhas vitorias... – ele se voltara para a loira – você deve contatar seu antigo parceiro, e dizer que os planos foram mudados... Dentro de alguns meses, eu terei a varinha, e ela será integre a mim pelo meu inimigo...

_ como quiser Milorde – disse Luciana – e sobre os outros? O que digo sobre o plano e o lugar onde tudo se concretizara? Afinal, eles devem estar ansiosos pela próxima batalha que se aproxima.

_ eles saberam quando for à hora – disse Alaric – até lá, que se contenha, se não os mostrei o tumulo branco até agora, é pelo simples fato de que não confio inteiramente em muitos deles, são perigosos e podem tentar me trair, a pedra não os interessou tanto, mas a varinha? Não podemos dizer o mesmo, todos sonham com ela, seu poder, ser o maior bruxo de todos, não, é arriscado demais... Seria tão imprudente quanto abrir caminho com as próprias peças, para que o adversário possa dar o xeque mate, ou colocar seu rei para um sacrifício... – a cobra começara a deslizar por seu tronco, se envolvendo em seu braço e ombro, e deslizando pelo peito - Isso realmente seria algo estúpido.

_ se não confia neles Milorde, por que ainda os mantêm vivos? Poderíamos dar uma lição neles, eu poderia ensinar-lhes uma lição de o que acontece com alguém que simplesmente ousar traí-lo – disse Luciana – e os matarei senhor, basta que me diga quem são...

_ todas as peças tem seu tempo de sair do jogo, minha rainha – disse Alaric – devemos apenas saber, o momento certo, e aguardar o movimento para eliminá-los, são poucos que vão permanecer de pé depois do final do jogo, pode ter certeza...

_ como queira – disse Luciana fazendo uma pequena reverencia – mas saiba senhor, que sempre estarei ao seu lado, sempre que desejar algo, ou quiser que eu faça algo, estarei ali para realizá-lo, provarei ser uma serva digna sua... – ela fizera uma pequena pausa – uma rainha a sua altura Milorde... – ele sorriu, e se aproximou dela lhe acariciando o rosto.

_ você não precisa demonstrar nada, apenas continue o que tem feito – disse Alaric – já provou a muito tempo o seu real valor a mim Lucie... – ele lhe beijara a testa – agora, volte à França, quero que tudo esteja preparado para o dia da prova final.

_ como quiser, Milorde? Posso lhe perguntar algo? – disse Luciana e ele assentira – como o senhor sabe como entrar em Hogwarts? Digo, poucas pessoas sabem, como entrar nesse lugar, que muitos consideram o mais seguro, no entanto o senhor o faz com tanta facilidade.

_ a coisas que ainda não devo te dizer minha rainha – disse Alaric olhando-a sombriamente por sobre o ombro – coisas que envolvem meu passado, e de que não valem apena falar agora...

_ entendo Milorde, desculpe por minha intromissão, fui curiosa, não devia ter perguntado algo desse tipo – disse Luciana se retirando dali, mas sem desviar o olhar do homem que ainda a encarava, até que finalmente ela desaparecera pela saída.

Tiago sentira alguém lhe dar leves tapas em seu rosto, abrira os olhos, ainda estava com a vista embaçada, ele se sentira deitado no chão do banheiro do quarto de Lily, sua cabeça estava muito próxima a privada, devia ter adormecido depois de ter ficado sem forças para vomitar. Sua vista foi melhorando, e ele pode ver que um dos borrões, um deles muito vermelho, nada mais era do que Rose e seus cabelos ruivos volumosos. A sua prima lhe acordara, certamente era por algo importante, pela mente dele passou a imagem de Alvo, e ele se lembrou imediatamente do que o irmão mais novo havia feito.

_ calma, Alvo está bem – disse Rose como se imaginasse os pensamentos do ruivo – venha, a poção está pronta – e se levantara, o Grifinorio a seguiu até o quarto que a irmã dividia com Chloe e mais duas outras garotas, onde notara que um caldeirão se encontrava sobre um suporte, sobre a escrivaninha.

Tiago olhava o conteúdo do frasco em que Rose havia acabado de despejar a poção para ressaca, o caldeirão ainda borbulhava mesmo sem fogo para aquecê-lo, o ar se enchia com o cheiro emanado pela fumaça de tal substancia, onde um conteúdo negro e rançoso se encontrava, em seguida os olhos fitaram a ruiva a sua frente que o dizia para beber aquilo, ele virara de uma vez goela a baixo, e a sentira incendiar, quase como se tivesse ingerido uma das chamas. Logo não sentia mais a cabeça a explodir, ou o estomago embrulhar, era como se estivesse novo em folha.

_ parece que funcionou – disse Rose sorrindo, quando a porta do vagão se abriu fortemente – mas o que... – fora interrompida quando fitara a morena da Lufa-lufa entrando no local, ele parecia estar seriamente chateada com algo– Alice aconteceu alguma...

_ agora não Rose – disse Alice andando saindo de dentro do vagão, deixando para trás dois primos se perguntando o que teria acontecido para a garota ficar daquele jeito.

Alice entrara no dormitório de Alvo, costumava as vezes ir ali quando o garoto não estava, se deitou na cama do Sonserino e se abraçou ao que parecia ser uma de suas roupas que haviam sido deixadas ali. Sentia-se aliviada, mas o mesmo tempo irritada com ele, não se perdoaria se algo acontecesse e eles não pudessem voltar a conversar um com o outro, não podia ficar com raiva dele por muito tempo, mas seu orgulho, isso a fazia não voltar a falar com o moreno. Por que ele tinha que ser tão lerdo e complicado? Ela também, devia fazer algo para ficar com ele não? Mas algo dentro dela a impedia , o orgulho talvez? Vergonha, timidez? O que afinal lhe fazia não chegar para ele no lugar de esperar alguma atitude que ela não sabia se um dia ele fosse tomar? Ela se lembrava do que acontecera aquele dia, e agradecia por tudo ter dado certo, não conseguiria perde-lo dessa forma. Lagrimas escorriam de seus olhos, lagrimas de alivio, ela apertara mais forte as vestes da Sonserina de Alvo contra seu corpo, e pode sentir o cheiro dele nelas. Fora quando vira algo caído no chão, parecia um pequeno pacote pardo e amassado, caído em um canto esquecido entre a escrivaninha e a cama, ela se agachara para ver o que poderia ser, e o pegou em mãos.

“Para: Olímpia D. Máxime
França, Riviera Francesa, Castelo de Beauxbatons, Diretoria”




Ela virara o pacote, do outro lado estava escrito:

“De: Rubeo Hagrid
Inglaterra, Hogsmeade, Castelo de Hogwarts, Casa do Guarda-Caça”





Alice pensara, o que uma correspondência de Hagrid direcionada a diretora de Beauxbatons estava fazendo ali. A Lufa-lufa pensara, realmente imaginando o que aquilo poderia estar fazendo no dormitório do Quarteto, foi então que imaginou que talvez o meio-gigante tivesse pedido a um deles, para entregar aquilo a Madame Maxime, e obviamente que essa pessoa esquecera. Ela então ouvira pios indignados vindos de uma gaiola próxima a cama onde estava sentada, a coruja de Alvo, Edwin, estava ali, e possuía uma cara enfezada, ao que parecia o moreno não a usava muito para entregas, e ela estava necessitada de fazer uma, pelo menos, sempre era assim com aquela coruja em particular, pensando nisso a garota a tirou da gaiola, entregando o pacote esquecido a ela, para que entregasse a diretora, e assim fez, voando em direção ao castelo.

Scorpio estava andando pelos jardins de Beauxbatons, após o termino da primeira prova, a passos apressados tentava chegar a tenda da enfermaria, onde Alvo estaria sendo tratado, esperava que o amigo estivesse bem, pois não iria gostar de saber que algo realmente grave acontecera, se tivesse acontecido seria muito difícil de explicar como um garoto como o moreno havia se ferido tão gravemente. Quando estava a pouco mais de vinte metros, percebeu alguem a observá-lo encostado em uma arvore de braços cruzados, ele logo reconheceu os cabelos cor de ouro de Louis Weasley, o estudante da escola francesa parecia estar a espera do terceirista, e ele sabia exatamente alguns motivos que poderiam estar levando ele a fazer isso, mas ignorou, seguindo novamente seu caminho, até que o loiro lhe chamou a atenção.

_ Malfoy – disse Louis e Scorpio parara sem se virar para trás, mas voltara a andar novamente, não iria se rebaixar ao nível dele, se o estudante de Beauxbatons estava namorando Rose, não iria ficar para vê-lo esfregar isso na cara dele – precisamos conversar, agora.

_ acho que não temos nada para conversarmos – disse Scorpio voltando a dar alguns passos, mas fora em vão, ao olhar para baixo, percebera que a grama por sob seus pés, havia sido enfeitiçada, agora as finas folhas verdes estavam alongadas, e o amarravam para não deixá-lo escapar – olha só, o senhor perfeito usando feitiços, isso era novidade para mim, parece que realmente a conversa que quer ter é algo importante – falara com um tom e sorriso irônico e sarcástico, ele rira enquanto apontava a varinha para as próprias pernas e fazia a grama retornar ao normal – o que quer comigo?

_ acho que já sabe a resposta a essa pergunta não? – disse Louis seriamente.

_ vejamos... – disse Scorpio fingindo tentar se lembrar de algo, agora ele tinha certeza de que era sobre Rose, no entanto não iria dizer isso, seria o mesmo que escrever no próprio rosto que gostava daquela ruiva sabe-tudo irritante – não faço a mínima ideia do que pensa que possa ser um assunto para conversarmos.

_ estou aqui pela Rose – disse Louis e Scorpio finalmente se voltara para encara-lo de frente – gostaria de pedir que se afaste dela.

_ e por que acha que eu a quero perto de mim? – disse Scorpio rindo secamente, enquanto sua cabeça tentava entender os rumos que iam levar aquela conversa, afinal o outro fora direto, queria que ele se afastasse da ruiva, coisa que o Sonserino não queria fazer nunca – eu não faço a mínima questão de ficar perto dela, acho que você deve ter percebido mesmo com o seu cérebro insignificante que não somos o que se pode chamar de melhores amigos.

_ se não se dão bem, e você não faz a mínima questão de ficar perto dela – disse Louis – por que o faz?

_ infelizmente Alvo, é primo dela, e como ele é meu melhor amigo, acho que é quase impossível de se evitar os encontros, afinal a Weasley é amiga dele também – disse Scorpio – ah, mas sabia disso não? Afinal, também são parentes, mas isso não quer dizer que eu queira ser seu amigo.

_ e eu realmente não faço questão que seja – disse Louis – mas não é da sua amizade com o Alvo que quero conversar...

_ ah... Claro, é sobre a Rose – disse Scorpio – me afastar dela não foi isso que me pediu? Pois então saiba que eu não farei isso – ele sorrira, enquanto Louis fechava a cara – não vou fazer nada que você me pede Weasley, pois estaria seguindo uma ordem sua, e eu não respeito ordens... muito menos de pessoas como você.

_ você gosta dela não é Malfoy? – disse Louis sorrindo sinicamente – você está apaixonado por ela, por isso a trata tão mal, já vi coisas do tipo antes, e como é aquela expressão, ah, sim... Que ódio e amor sempre andam juntos, sendo sentimentos muito parecidos entre si, que às vezes se confundem.

_ eu não gosto da Weasley – disse Scorpio friamente.

_ eu não acredito, bem, na verdade talvez esteja certo – disse Louis – é estranho uma pessoa gostar de outra e fazê-la sofrer como por exemplo, o modo como você trata a Rose, ela chora por sua causa, você a tira do serio, a pertuba, faz da vida dela um inferno.

_ do jeito que fala me faz parecer um cara mal – disse Scorpio sorrindo sinicamente – não sou tão horrível assim, e sua prima não é nenhuma santa que não saiba se proteger, se esquece Weasley que foi ela que me estuporou e me lançou no lago, não o contrario...

_ ela apenas se defendeu de você, ela não te atacaria – disse Louis – agora não posso dizer a mesma coisa de você... – ele se aproximara ainda mais – acho que seria o covarde o bastante para atacá-la, mesmo ela sendo uma garota... Sim, você seria dar para ver de longe isso...

_ eu não sou um covarde para atacar garotas – disse Scorpio seriamente, ele nunca havia machucado Rose, como aquele idiota poderia acusá-lo de algo do tipo? – pode ter certeza de que nunca atacaria sua prima, por mais que ela grite, que me bata e me azare, nunca revidei...

_ espero que nem tente, pois saiba que não iria deixar passar – disse Louis – pois agora, a Rose tem alguém para defendê-la, alguém do lado dela que se preocupa e vai protegê-la de todos que tentem machucá-la ou façam a sofrer.

_ então é verdade o que me disseram que eram namorados – disse Scorpio rindo arrogantemente, mas por dentro aquelas palavras soaram muito pesadas, ele queria estar naquele posto que o outro loiro ocupava, queria ser ele a cuidar de Rose, não ele – ótimo, aproveite então enquanto agüenta, você não irá durar muito ao lado dela...

_ por que diz isso Malfoy? – disse Louis – você sabe de algo por acaso que poderia atrapalhar o meu namoro com ela? Ou seria uma ameaça?

_ não foi uma ameaça – disse Scorpio – apenas um conselho... – ambos ficaram se encarando em silencio por um tempo, até que Louis se pronunciou.

_ pois saiba que eu não tenho medo de você – disse Louis – nada do que diz ou faz pode me atingir.

_ serio – disse Scorpio – então, posso considerar isso o que? Uma ameaça ou um desafio?

_ entenda como quiser – disse Louis e Scorpio sorriu, retirando a varinha das vestes – o que pretende fazer Malfoy?

_ que tal um duelo Weasley? – disse Scorpio sorrindo arrogantemente e com a tradicional voz arrastada enquanto girava a varinha entre os dedos – veremos se é tão bom assim...

Nesse momento um pequeno grupo de alunos de Hogwarts pararam pelo local e estranharam, os gêmeos encararam Scorpio e Louis e pela cabeça de ambos passou o mesmo pensamento, que em breve aconteceria algo realmente ruim, pois não tinha como ambos terem uma conversa civilizada, não só por se odiarem, mas também pelo fato de o sonserino querer a muito tempo dar uma lição no aluno de Beauxbatons.
_ deviamos fazer alguma coisa não acham? – disse Chloe – ou vocês vão querer que eles acabem duelando?

_ vamos ver até onde isso vai – disse Lysander com a feição seria – mas pelo que conheço Scorpio... Isso vai longe...

_ espero que não faça nenhuma besteira – disse Lily – mas mesmo que faça, ele é bom em feitiços... Vai se sair bem... – Lysander não gostara daquele comentário, ele era tão bom em duelos como Scorpio, apesar de que Lily nunca o vira duelando, mesmo assim ainda ficara um tanto enciumado.

_ vamos ficar olhando, Scorpio odiaria que nos intrometêssemos em algo como uma discussão – disse Lorcan – lembre-se das discussões com Rose...

_ o que eu ganharia duelando com você? – disse Louis se aproximando de Scorpio – se planeja me colocar em encrenca por conta de você querer duelar comigo aqui nos jardins, sabia que não, obrigado... Acho que não sabe, mas aqui temos leis, assim como você... Entre elas, essa e o que aconteceria se eu fosse pego? Acabaria em detenção.

_ oh, claro me desculpe – disse Scorpio ironicamente – sabe de uma coisa, eu não dou a mínima se você vai ou não pegar detenção, pouco me importa... Mas já que vai recuar dessa maneira, para mim tudo bem.

_ eu não sou covarde, apenas tento seguir as regras – disse Louis – e você deveria segui-las também Malfoy...

_ sei... – disse Scorpio com a voz arrastada – como queira... Até mais Weasley, é bom saber que a sua prima tem alguém como você para defendê-la, apesar de eu duvidar muito que consiga defender a si próprio.

_ vai a merda Malfoy – disse Louis se voltando de costas e saindo andando.

_ ah, e sobre a Rose – disse Scorpio – eu posso não gostar dela, mas já se perguntou se ela gosta de mim? É bem provável não? Afinal de contas, você disse que ódio e amor andam lado a lado.

_ ela não gostaria de você, ela não se interessa por garotos do seu tipo – disse Louis ainda caminhando de costas.

_ é mesmo, ela prefere garotos como você, um tremendo idiota metido a conquistador, acha mesmo que o que sente por ela é tão forte? Pois eu acho que você ira abandoná-la no mínimo sinal de uma garota melhor aparecer, seja uma mais bonita ou inteligente, afinal de contas, você sempre busca o melhor não é? – disse Scorpio – do contrario não teria tido tantas namoradas, o que fez? Trocou uma por outra assim que se cansou?

_ Cala a boca Malfoy – disse Louis, ele parara de supetão – você não sabe de nada, o que você pode saber, não estava aqui para ver essas coisas.

_ só sei que você fica falando de mim, mas será você que fará a Rose sofrer, não eu – disse Scorpio – pois você Weasley, não pode ser o senhor perfeição que aparenta – Louis se voltara para o sonserino o olhando ameaçador - você não a ama de verdade, ela é apenas mais um desafio não? Uma fantasia de criança... – ele erguera a varinha, colocando sob o queixo do outro, fazendo o loiro interromper o que dizia – o que vai fazer?

_ você vai pagar caro pelas suas palavras – disse Louis retirando a varinha do pescoço de Scorpio e caminhando alguns passos para trás – você não perde por esperar Malfoy, vou acabar com você...

_ pode vir Weasley, eu não tenho medo – disse Scorpio, ele sorria maroto, desde que chegara ali queria ter aquela oportunidade, um duelo com Louis, poder derrotá-lo, pelo menos fazer algo para diminuir a raiva que sentia por ter perdido a Rose – não sabe o quanto esperei por isso...

_ Estupefaça – disse Louis e o feitiço disparara de sua varinha passando rente ao rosto de Scorpio.

_ Expelliarmus – disse Scorpio, mas antes que o feitiço atingisse Louis, ele gritou um contra-feitiço que o protegeu.

_ Rictusempra – disse Louis, e novamente Scorpio se defendera.

_ Protego – disse Scorpio e o feitiço foi repelido – Petrificus Totalus.

_ Repelio – disse Louis e o feitiço foi repelido – vamos tornar as coisas um pouco interessantes – ele olhara para um conjunto de pedras ali perto, vestígios do que sobrara da construção da arena – Wingatium Leviosa – ele apontara para as pedras, e em seguida para Scorpio.

Scorpio mergulhara antes de ser atingido pelas pedras, que caíram estrondosamente no chão, ele encarara por alguns segundos as pedras, para então se voltar para o rapaz que lançara o feitiço, se aquelas pedras o atingissem, certamente teria tido graves ferimentos, o que Louis estava com a cabeça? O Sonserino tornou a se levantar, tento que se proteger ainda no chão de alguns outros feitiços lançados pelo outro loiro.

_ Riddikulus – disse Scorpio e a maldição que rebate bicho-papão saira de sua varinha.

_ Protego – disse Louis e o feitiço fora desviado – não é tão bom duelista quanto pensava não é mesmo Malfoy?

_ Alarte Ascendere – disse Scorpio e pela primeira vez um deles fora atingido pelo feitiço, Louis subiu alto rapidamente, e caira fortemente no chão com um grande estrondo – na verdade, acho que sou melhor do que pensava...

Alguns alunos de Beauxbatons chegaram correndo, garotos com a mesma idade de Louis o ajudavam a se levantar do chão, enquanto outros andavam até Scorpio lhe apontando as varinhas. Lysander e Lorcan que observavam a cena pensaram em andar ao encontro do amigo, mas ambos foram impedidos pelas garotas. Lily apertara fortemente a mão de Lysander que encarara surpreso aquilo, como se a atitude da garota fosse a coisa mais improvável de acontecer.

_ não vá, você não deve se meter – disse Lily – sei que ele é seu amigo, mas Scorpio sabe o que está fazendo, devemos confiar nele – por uma estranha razão, a garota se importava com Lysander, temia que ele acabasse se ferindo se entrasse no duelo.

_ ah... Claro - a expressão nos olhos de Lysander se fechou, ela não queria que ele se metesse, pois o outro sabia o que fazia, ou seja ela devia estar se divertindo com o duelo de Scorpio – vou deixar o Malfoy cuidar de tudo, afinal de contas, devo ser péssimo em feitiços, não é isso que pensa? Que não devo ser tão bom quanto ele?

_ não foi isso que falei – disse Lily surpresa, por que ele fora tão grosso de repente com ela? O gêmeo soltara da sua mão, caminhando até Scorpio já com a varinha em mãos – não vá... – mas ele fizera de conta que não ouvira.

_ é muita covardia – disse Lorcan – são quatro contra dois? Mesmo ambos sendo bons, aposto que será um duelo difícil... Eu... Vou ajudar.

_ não, você não pode ir – disse Chloe lhe segurando o braço com força – você tem que ficar... N-não quero que se machuque – ele a olhara por um tempo, e sorriu o que fez a garota soltar seu braço desviar o olhar – você... n-não pode ir... – fora quando um feitiço foi lançado em direção aos três, mais precisamente a Lorcan – CUIDADO - e a loirinha o empurrou para longe, sendo acertada em seu lugar, caindo no chão.

_ Chloe? – Disse Lorcan se ajoelhando ao seu lado, e lhe acariciando o rosto, uma expressão seria raramente vista tomou conta de sua face e ele se voltou para o local onde estava havendo a briga – VOCÊS VÃO PAGAR O QUE FIZERAM COM ELA... – ele correra em direção a confusão com a varinha já alta, lançando vários feitiços – SEU VERME MISERAVEL, VOCÊ VAI PAGAR... – e começara a duelar com o que lançara o feitiço que atingira a Grifinoria.

_ isso não vai acabar bem – disse Lily tentando aparar Chloe que ainda estava desacordada – vamos lá baixinha, acorda... – sem sucesso ela tentava fazer a amiga voltar a consciência.

Alvo que caminhava coberto pela capa da invisibilidade, encarou a cena que apareceu a sua frente, enquanto seguia para o Trem Negro. Seus amigos estavam duelando com alunos de Beauxbatons, Lysander enfrentava dois ao mesmo tempo, enquanto Lorcan furiosamente duelava com outro que parecia assustado frente ao olhar furioso que o gêmeo possuía, mas o que certamente atrairia mais as atenções seria Scorpio e Louis, ambos lançavam feitiços de alto nível um contra o outro, e quase nunca eram acertados, sempre se defendendo. Sem pensar direito, o moreno retirara a capa, e correra ao auxilio dos amigos, e assim o quarteto mais uma vez entreva em algo que poderia acabar resultando em sérios problemas.

_ Alvo – disse Scorpio após ver o melhor amigo estuporar um estudante bem no rosto – o que faz aqui? – ele então percebera que os gêmeos também estavam duelando – o que fazem aqui?

_ não iríamos deixar você se divertir sozinho não é? – disse Alvo e apontara a varinha para um outro estudante – Expelliarmus – a varinha do oponente voara longe - Petrificus Totalus – o garoto caira duro na grama.

_ não se meta no nosso duelo Alvo – disse Louis que bloqueava mais um feitiço de Scorpio – não quero machucar você...

_ nunca atacaria alguem da minha própria família Louis – disse Alvo – e seu assunto a se resolver é com o Scorpio, eu e os gêmeos queremos apenas garantir que ninguém se meta a tentar protege-lo – ele apontara para mais um garoto a varinha e disse – Expelliarmus – dessa vez, o rapaz voara alguns metros e caira – um duelo justo não acha?

_ certo – disseram Louis e Scorpio ao mesmo tempo, e depois se fuzilara com o olhar.

_ vamos Chloe, acorde, está perdendo a diversão – disse Lily arrastando a amiga para longe do confronto, acabou por escondê-la atrás de uma arvore, e tentava reanimar a amiga a todo o custo – qual é mesmo o nome daquele feitiço que serve para reanimar uma pessoa desacordada?

Lysander estava de cabeça quente, realmente furioso, afinal de contas, a garota de quem gostava elogiava o desempenho de Scorpio, dizia que ele era um bom duelista, que não necessitava de ajuda, mesmo sendo amigo sentia inveja dele, sempre fora ele o centro das atenções de Lily, por quem ela suspirava, e sempre corava quando ele dizia algo, ele tinha ciúmes, queria mostrar que era melhor que o outro, e faria isso mesmo que tivesse que ir contra seus princípios e quebrar regras. Os seus oponentes eram bons, realmente duelistas bem treinados, não duvidaria nada se participassem de algum clube de duelos ou coisa assim, a cada feitiço que lançava outros dois eram disparados contra ele, um seguido do outro, de modo que tinha que se manter a alerta para desviar e se esquivar de todos. Vários feitiços passavam raspando, na maioria das vezes, chamuscando um pouco as suas vestes, poderia vencer se fosse esperto, os garotos que enfrentava eram mais velhos, e lançavam feitiços que o gêmeo apenas teve o prazer de ler em algum livro.

_ Estupefaça – disse Lysander e o garoto defendera, o outro lançara um feitiço – Protego – o feitiço foi rebatido, acertando bem o rosto do estudante de Beauxbatons que o lançara, restava agora apenas mais um oponente para o gêmeo.

Quando fora atingido no rosto por um feitiço lançado pelo outro, voara alguns metros se chocando de costas contra o chão. Ele abrira novamente os olhos, sentindo um forte formigamento no rosto, e começara a tocá-lo, se surpreendera a notar que havia algo de diferente em sua face, ela agora possuía alguns tentáculos, quase que uma barba dela, que envolvia o seu rosto e bochechas. Levantara-se rapidamente, com certa dificuldade, olhara em direção ao seu adversário, mas este já havia sido estuporado por Alvo.

_ Lysander, por favor... – disse uma voz atrás dele, ao se voltar, notara se tratar de Lily, que estava ajoelhada ao lado de Chloe ainda inconsciente – me ajude, não consigo acordá-la.

_ Por que não pede ajuda ao Malfoy? Talvez, ele saiba o que fazer – disse Lysander um tanto grosso e Lily o olhara espantada, ele nunca a tratara assim.

_ eu... quero que você me ajude – disse Lily seriamente.

_ por que? Eu não sou tão bom quanto o Scorpio não é mesmo? – disse Lysander – você sabe disso.

_ não, isso não é verdade – disse Lily – vocês dois são bons, em coisas diferentes... Você é em algumas, e Scorpio em outras... – ele ficara em silencio por um tempo, até decidir andar até a ruiva e se ajoelhara ao lado dela no chão, encarando a loira que estava desacordada.

_ o que ela tem? – disse Lysander – que feitiço a atingiu?

_ acho que foi estuporada – disse Lily – você por acaso não saberia...

_ Ennervate – disse Lysander apontando a varinha sobre o peito da garota uma pequena rajada de luz saiu e ela acordou – é um feitiço muito avançado para você realizar, talvez agora você veja que não sou tão inútil quanto pareço.

_ não acho você inútil – disse Lily segurando a mão de Lysander – você nunca será um inútil para mim... – ele sorrira fracamente, enquanto o rosto da ruiva atingia um tom vermelho.

_ Lorcan... – disse Chloe ainda um pouco atordoada, encarando Lysander – Lorcan é você?

_ não, sou Lysander – disse o gêmeo – você foi estuporada, fique calma, pode ter se machucado quando caiu.

_ o-onde ele está? – disse Chloe e os olhos dos três se voltaram para o gêmeo que ainda duelava.

Lorcan duelava furiosamente contra seu oponente, ele sabia que havia sido aquele que lançara o feitiço que atingira Chloe, e o faria pagar por isso, nunca desejara antes machucar tanto alguém quanto naquele momento. O Estudante de Beauxbatons com quem ele duelava, parecia meio assustado, com todos os feitiços que o loirinho lançava em sua direção, feitiços que causariam grande estranho se ele fosse atingido. Um feitiço passara raspando por Lorcan quase o acertando, se não fosse por Lysander avisá-lo, e o gêmeo se jogou no ultimo instante no chão. O estudante pareceu analisar o oponente caído, ele parecia inconsciente fora então que ao dar alguns passos em direção ao Sonserino foi surpreendido, o loirinho lhe dera uma rasteira, o derrubando no chão também, a varinha caiu e mais que rapidamente Lorcan a pegou apontando a sua e a própria varinha contra o garoto.

_ agora você vai aprender a não azarar garotas inocentes – disse Lorcan sombriamente – ora de aprender sua lição, idiota... – ele apontara sua varinha para o garoto que se encontrava assustado no chão, enquanto a outra, ele guarda em suas vestes – Inflatus...

Fora tudo muito rápido, o garoto começara rapidamente a tomar formas mais arredondadas, suas bochechas cresceram rapidamente tomando a forma de grandes laranjas roxas, que era a cor que a face do francês estava tomando, os dedos começaram, juntamente com as mãos a incharem rapidamente, quase do tamanho de luvas de beisebol, as vestes iam estourando, conforme o corpo dele inflava logo não mais resistindo, sendo rasgadas, a pele foi tomando uma coloração pálida, e veias rochas começaram a saltar e destacar, logo não mais se encontrava no chão, estava no ar, como o verdadeiro balão que era aquele momento. Nos olhos de Lorcan o brilho da vingança, queria fazê-lo pagar, nunca em toda sua vida sentira tanto ódio de alguém como daquele que atacara Chloe. Ele ouvia vozes, pessoas o chamavam, gritavam para que ele parasse afinal se continuasse o corpo do garoto acabaria explodindo em mil pedaços, e isso estava próximo, pois as veias agora praticamente cobriam cada centímetro do corpo do francês, a pele parecia borracha esticada ao Maximo, como um verdadeiro balão, estava prestes a explodir.

_ Lorcan... – disse uma voz e ele reconhecera, era a voz dela – por favor, pare...

_ Chloe?! – disse Lorcan encarando a garota por canto de olho – você está...

_ estou bem... Lorcan... – disse Chloe enquanto se aproximava – estou bem, não foi nada de mais...

_ pensei... Que ele tivesse te machucado seriamente – disse Lorcan – eu... Fiquei com raiva...

_ tudo bem, eu entendo, mas... – disse Chloe lhe tocando a mão da varinha – não o machuque... Por favor, você não é assim... Você é uma pessoa boa Lorcan... Seu coração não suportaria saber que você fez mal a alguém... – ele abaixara a varinha, e o estudante começara a esvaziar, todo o ar que o inflara agora escapava por todos os lugares possíveis – sabia que ia me ouvir...

_ eu não quero que me veja como uma pessoa má - disse Lorcan.

_ nunca farei isso – disse Chloe – pois sei que você não é.

_ eu tive medo – disse Lorcan – de que...

_ estou bem, não precisa ter medo – disse Chloe.

Scorpio duelava com Louis, nunca antes o Sonserino encontrara alguém como o rapaz, era horrível admitir, mas aquele que enfrentava fora o primeiro duelista que encontrara que estava no mesmo nível que ele, que não fosse um de seus amigos. Louis nunca fora um garoto de se meter em algum tipo de confusão como aquela, mas Scorpio conseguia fazer qualquer um renegar seus princípios, e assim fora com o estudante de Beauxbatons, ele não mais se importava se um deles sairia machucado dali, apenas queria fazer o outro loiro pagar pelas palavras que havia dito.

_ Incarcerous – disse Louis e algumas cordas voaram amarrando Scorpio que caira no chão – parece que acabou finalmente não?

_ não esteja tão certo sobre isso Romeu – disse Scorpio apontando sua varinha com o braço que ficara livre das cordas, que cada vez mais apertavam – Levicorpus – rapidamente o garoto se erguera no ar, como se pendurado pelo tornozelo.

_ me coloca no chão Malfoy – disse Louis, fora quando sua varinha caiu e o feitiço que prendia Scorpio se desfez, as cordas afrouxaram e ele pode escapar.

_ não sem antes te mostrar um truque que aprendi com meu pai – disse Scorpio murmurando um feitiço e apontou a varinha para Louis, rapidamente o garoto começara a encolher, e rodopiar no ar, até que quando parou não havia mais um adolescente suspenso pelos tornozelos, em seu lugar, estava um pequeno animal de feições roedoras, e pelagem branca, o Sonserino sorriu – e agora? Quem que é o filhote de doninha?

Scorpio começara a brincar com a doninha, fazendo ela voar em ziguezague, de cima para baixo as vezes a fazendo quicar no chão, em meio a risos, apesar de ser uma cena um tanto engraçada, nenhum dos ali presentes parecia rir, e também pudera, ainda estavam chocados de como um aluno do Terceiro Ano conseguira fazer uma transfiguração de tal grandeza.

_ O que está acontecendo aqui? – disse uma voz vinda de trás de Lily e Lysander, o casal encarara por cima dos ombros, o mesmo fizera Lorcan e Chloe e viram alguém que realmente não gostariam de ver naquele momento, com seus óculos de meia lua e coque no cabelo, Minerva McGonagall se encontrava observando a cena, com cara de poucos amigos.

_ cara, isso não vai prestar – disse Lorcan.

_ não mesmo – disse Lysander.

_ Senhor Malfoy, o que pensa que esta fazendo? – disse McGonagall assustada ao ver o garoto fazendo uma doninha quicar no chão.

_ estou mostrando para nossos amigos franceses do que nos britânicos somos capazes – disse Scorpio sorrindo malvadamente.

_ ele pirou, só pode – disse Alvo aos gêmeos que concordaram – será que esqueceu que está falando com a diretora? – Minerva McGonagall encarara o moreno com um olhar severo, como se o censurasse, ela apontara a varinha para a doninha flutuante, e sem dizer uma palavra o pequeno animal retornara a sua verdadeira forma, que era Louis Weasley.

_ todos vocês – disse McGonagall seriamente – no escritório de Madame Máxime, agora.

A diretoria de Beauxbatons se localizava numa das torres principais, ao pararem frente uma porta, todos entraram no espaço, que a primeira vista o quarteto julgou ser realmente muito pequeno para as varias pessoas ali presentes, mas magicamente conseguiram todos ficarem ali, o chão sobre seus pés começou a se mover, e logo todos estavam subindo em direção ao escritório, como se estivessem em uma espécie de elevador. Ao chegarem no escritório, a diretora McGonagall entrara, abrindo a porta e logo o quarteto Sonserino, e Louis com seus amigos, juntamente com Lily e Chloe entraram.

Alvo se surpreendeu com a aparência do lugar, possuía algumas estantes nas paredes, feitas de madeira branca embutidos nas paredes, as paredes de um tom de azul bebê, algumas colunas de mármore, um telhado de vidro, por onde toda a luz do sol podia entrar, iluminando o chão de pedra, e o tapete de veludo branco, possuía algumas poltronas de couro brancas, assim como grandes janelas retangulares com cortinas brancas e leves de seda, entre as outras decorações do escritório a diretora retratara sua a maior paixão que eram os cavalos, havia quadros que os retratavam, e algumas estatuetas e fotos desses belos animais. Madame Máxime se encontrava sentada atrás de sua mesa, aqueles que haviam acabado de chegar, andaram a seu encontro, Scorpio e Louis que foram os que haviam começado inicialmente toda a confusão se sentaram, os outros se mantiveram de pé ao redor deles . Ambas as diretoras encaravam os dois jovens como se esperasse alguma explicação para tudo aquilo, mas o silencio continuara, os loiros não queriam se pronunciar, então McGonagall teve que tomar a palavra para si.

_ vocês sabem que o que fizeram foi errado não é? – disse McGonagall e eles assentiram – ótimo, pelos tem consciência do porque de estarem aqui, realmente esperava mais de alunos de Hogwarts, vocês me decepcionaram amargamente quando causaram esse transtorno todo, onde já se viu duelarem no meio dos jardins de Beauxbatons? E com membros dessa escola, que nos acolheu tão bem? Realmente imperdoável, a atitude de vocês não passara impune frente a isso.

_ nos sabemos diretora – disse Alvo e McGonagall a olhou severa por ter sido interrompida – nos sentimos muito, mas não fomos nós que começamos.

_ icsso sêr verdad? Louis et verdad or quê el falar? – disse Madame Máxime e Louis olhou espantado para a diretora por ela lhe ter dirigido a palavra, realmente não esperava por aquilo, ainda mais aquele olhar questionador que a francesa lhe lançara.

_ non, não diretora, não fomos nós – disse Louis com a voz indignada – o Malfoy me provou, eu apenas me defendi, não fui eu que iniciei isso tudo.

_ Sr. Malfoy? – disse McGonagall se virando para Scorpio – tem algo a declarar?

_ simplesmente que não devíamos criar tanto caso com isso tudo, certo nos duelamos, mas ninguém se machucou gravemente – disse Scorpio com uma voz indiferente – só o Weasley que revelou a sua verdadeira forma patética, mas tirando isso, não tivemos grandes danos – os olhos da diretora ficaram encarando o garoto por um tempo, como a analisá-lo friamente.

_ o senhor transformou o Sr. Weasley em uma doninha, se fosse outras situações teria de admitir que foi um bom bocado de magia, e que realmente você e seus colegas devem estar muito avançados em Transfiguração – disse McGonagall, “você nem sabe quanto” pensou o quarteto – mas em situações como essa, certamente que esse ato vai ser punido.

_ de que forma, a senhora pensa em nos punir diretora? – disse Lysander receoso.

_ a melhor das idéias, certamente seria mandá-los novamente para Hogwarts – disse McGonagall – ao que parece, vocês estão com muitas saudades do nosso castelo, pois se esquecem de que quando vieram para cá, uma das regras era para não criar confusão, e o que fazem? Duelam com estudantes de Beauxbatons.

_ diretora, a senhora não pode estar falando serio – disse Alvo – não podemos retornar, precisamos ficar, queremos ver o final do Torneio Tribruxo, ficar e torcer por Hogwarts.

_ podem torcer por nossa escola em Hogwarts – disse McGonagall seriamente – se queriam tanto ficar, deveriam ter pensado antes de agir daquela forma, agora se Madame Maxime aceitar, podemos usar a chaminé da diretoria para mandá-los de volta.

_ Professora McGonagall – disse Scorpio se pronunciando – por favor, não faça isso com meus amigos, eles só estavam querendo me ajudar, se alguém é realmente responsável por isso, sou eu, me mande para Hogwarts, mas deixe meus amigos ficarem – novamente a diretora o encarara em silencio por um tempo.

_ é uma atitude bastante nobre essa sua Sr. Malfoy – disse McGonagall – mas seus amigos, também erraram.

_ mas foi por minha causa que fizeram isso – disse Scorpio seriamente, quase gritando, não deixaria seus amigos acabarem mal por conta de uma atitude dele.

_ muito bem, deixemos Madame Máxime decidir, ela verá o que faz com vocês, afinal estamos em Beauxbatons, nada mais justo que isso – disse McGonagall com a voz cansada, se voltando para a diretora meio-gigante – o que acha sobre isso, mandamos apenas o Malfoy ou os amigos dele também?

A diretora encarara os quatro sonserinos seriamente, com seus grandes olhos negros como carvão, fora então que da janela se rompera um pequeno vulto, que pousara com um bater de asas sobre a mesa de Máxime, que pulara para trás, quase quebrando a cadeira em que estava sentada por conta disso, a ave parara de frente para ela, e deixara cair um pequeno pacote pardo e amassado. Alvo encarara confuso, parecia conhecer aquela coruja, fora então que a identificara, ela era sua.

_ Edwin? – disse Alvo e Lily ao mesmo tempo.

_ cournhecê ecssa corruja? – disse Madame Máxime pegando o pacote que a coruja lhe deixara.

_ sim, ela me pertence senhora – disse Alvo, se apressando a pegar a coruja, que lhe picara, uma pequena vingança por ter-la deixado muito tempo sem fazer uma entrega sequer – ai, Edwin... – ela a pegara, colocando sobre seu braço – o que você faz aqui? – ele dissera enquanto fazia um pouco de carinho nela, tendo cuidado para não ser picado novamente.

_ ecssa... corruja é sua menin? – disse Madame Máxime um tanto surpresa depois de ler o bilhete que viera junto com o pacote, já aberto por ela, o Sonserino assentira – vous cournhecê Hargrid entón?

_ sim, todos nos o conhecemos – disse Alvo, e então ele reconhecera o pacote que estava com a diretora, a cerca de um mês, o meio-gigante lhe dera aquele pacote para entregar para a diretora de Beauxbatons, e ele se esquecera completamente – esse pacote, ele me mandou entregar a senhora...

_ mandour? El Mandê vous entreguer icsto para mi? – disse Madame Máxime, e o garoto pode perceber que os olhos da meio-gigante brilhavam muito, quase como perolas negras – oh... Hargrid... – ela suspirara, todos os alunos da frança se encaravam se perguntando o que acontecera de repente com sua diretora, ele parecia tão, apaixonada? O quarteto sabia muito bem que o velho guarda-caça nunca esquecera o que sentia por aquela mulher, mesmo tendo se passado tanto tempo desde que se viram.

_ nos somos muito amigos de Hagrid – disse Lorcan e a diretora encarara a todos os alunos britânicos acenaram positivamente com a cabeça - ele gosta muito da gente.

_ amis de Hargrid? – disse Madame Máxime abrindo o pacote, e retirando dali de dentro uma pequena perola azulada, nela havia o desejo de um cavalo – mâs o quis que... – ela então vira um bilhete pequeno, que possuía a grande e garranchosa letra do meio-gigante, Alvo pode ler algo como, coloque na água, devia ser isso mesmo, pois a diretora colocou a pequena pedra branca numa jarra sobre sua mesa.

A perola soltara algumas bolhas quando tocara a água, e começara a afundar rapidamente, mas antes de tocar o fundo da jarra, ela se transformara, se modificara num jeito mágico se tornando o que parecia um cavalo, na verdade Alvo tinha certeza de que se tratava de um Cavalo Marinho.

_ oh... que fofo – disse Lily e todos os presentes a encararam.

_ é... el semper fuoi un fufo... – disse Madame Maxime e tornara a suspirar, ela parecia uma adolescente que havia acabado de ganhar o presente do namorado, ao perceber os olhares sobre ela, a diretora tossira e se recompora - mâs, onder estamis mesmu? Oh... oui, clarro, o duele, non veje probleme nicsso, achuo que deverriamos esqucere o que acontecere, estamus en um Tourneio Triburxo, non devemes estragarro por contê alunes que duelarram entrre si... e segunde o Monsieur Malfoy, ningué se machucar...

_ Olimpia, tem certeza disso? – disse McGonagall surpresa pela atitude da meio-gigante.

_ professora, a senhora tem certeza disso? – disse Louis surpreso, se perguntando qual era o problema da sua diretora.

_ oui, absolute – disse Madame Maxime ignorando Louis – alies, bonne oportunidad que est alunes eston asqui... – ela se referira ao quarteto – son une band non?

_ ah... oui – disse Alvo surpreso com a pergunta, e se perguntando quem contara aquilo a diretora.

_ bon, terremês, une fest no finale de Octubre, sabês Halloween – disse Madame Maxime – queres sabêr, se vous poderrian tocâr parra nous, prescisemês de intertrerriment...

_ eu não sei se seria uma... – começara Lysander mas fora interrompido por Scorpio.

_ nos adoraríamos, serio adoraríamos tocar – disse Scorpio animado não podendo esconder a empolgação na voz – será dia 31 de outubro não? – ela assentira – excelente, temos tempo para ensaiarmos e escolhermos as musicas que vamos...

_ Magnifique – disse Madame Máxime – vous abrirras, o show di la band de Monsieur Karkaroff, oui? – Alvo não ficara muito feliz com aquilo, não queria ter qualquer ligação com aquele búlgaro, e agora tinha que trabalhar para ele na festa de Halloween, mas pelo menos não teria que voltar para Hogwarts, então estava muito bom para ele aquilo.

_ concordamos – disse Alvo apertando a mão da diretora.


_ Fabule, podier se retirra, vous todôs – disse Madame Maxime e todos se entreolharam, mas concordaram, e começaram a se retirara – tenhus que escrive une carta – todos já se retiravam quando ela chamara por Alvo – Portter, querro mandê un present para Hargrid, vous podê mi ajudar?

_ claro madame – disse Alvo sorrindo e tornara a se sentar, não imaginara o quanto aquele dia seria esquisito, primeiro começara com ele se passando por Tiago em uma prova perigosa, duelara com um estudante de Beauxbatons sem saber o motivo, e agora após se quase mandado de volta para Hogwarts mas no lugar disso iria escolher presentes para Hagrid com Madame Máxime? Ele esperava que tudo voltasse ao normal logo, pois aquilo estava muito esquisito.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do Duelo???
De Maxime apaixonada???
Do Quarteto se apresentar no baile???
Espero Reviews.
ps: Leiam minha oneshot: A Lista de Fred e George Weasley
https://www.fanfiction.com.br/historia/229333/A_Lista_De_Fred_E_George_Weasley