A Batalha No Pôr-do-sol escrita por Rafael Ed Kepler


Capítulo 1
O Início


Notas iniciais do capítulo

Opa, fica aqui um capítulo, até lá em baixo xP
(Bom, eu uso estilo de narração em primeira pessoa e o narrador é sempre dito no topo do capítulo, e quando muda no decorrer do mesmo, também é avisado)



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LAVI


Fazia um mês desde o incidente, o incidente em que Allen foge do QG e o inspetor Link morreu. Depois daquilo, o papa transformou o Allen em um criminoso do nível do Conde.

As coisas aqui no QG estão longe do normal, todos estão desanimados, ninguém quer aceitar o Allen como um inimigo, todos aqui só querem que as coisas voltem a ser como eram, no tempo em que todos ríamos juntos.

Mas a mais afetada de longe é a Lenalee. Ela está distraída demais, não se concentra em nada e muitas vezes já a peguei acordada na madrugada, chorando.

E o pior não é isso, e sim o fato do Allen ter simplesmente sumido da face da terra, não há notícia alguma sobre ele, nada, absolutamente nada.

Eu estava almoçando no refeitório quando os auto-falantes me chamam a sala do Komui, uma missão? Perfeito, não podia ter vindo em hora pior.

Cheguei, Lenalee também estava lá, e com a sua cara desanimada que já era normal ultimamente, Komui estava sentado no sofá em frente.


–Oh, Lavi-kun, sente-se – disse o Komui


Me sentei ao lado de Lenalee que acho que nem sentiu minha presença


–Lenalee, Lavi-kun, eu sei que essa não é uma boa hora, mas vocês são os únicos exorcistas que estão no QG atualmente. Então eu tenho uma missão para ambos. Quero que vocês vão até o Estados Unidos, mais especificamente, em Miami. Lá encontramos uma casa, rodeada de Akumas, literalmente, a relatos de até dezenas de Akumas nível dois e três rodeando aquela mansão, então isso me leva a crer que lá dentro possa ter uma inocência.


–Mas por que tantos? Com aquela quantidade de Akumas, como ainda não pegaram a inocência? – perguntei


–É isso que queremos saber, parece que sempre mais Akumas chegam, mas o número deles não aumenta, resumindo, eles estão sendo destruídos por alguma coisa antes de chegarem à inocência. – Komui falou


–Então, temos que ir até aquela mansão, descobrir o que está acontecendo, pegar a inocência e voltar. – completei


–Exato. Partem amanhã. Descansem até lá. – Komui disse


Lenalee se levantou e saiu da sala sem dizer uma palavra, quando eu estava prestes a fazer o mesmo, Komui me segurou pelo ombro e sussurrou no meu ouvido


–Sabe, dizem que daquela casa, uma música de piano é ouvida


–E? – perguntei


–Quando chegar lá, você entenderá o que quero dizer – então ele me largou



Seguia até o meu quarto, quando resolvi ir ao quarto da Lenalee, ver como ela estava.

Cheguei a porta do quarto, estava prestes a bater, quando eu escuto um choro, ela estava chorando de novo. Nem bati, simplesmente entrei, ela apenas me olhou assustada por um momento e depois escondeu o rosto com as mãos


–Ah, Lavi, o que foi? – ela perguntou tentando disfarçar a voz chorosa


–Lenalee, escute – me sentei ao lado dela, na cama – Eu sei que está sofrendo com o fato do Allen ter ido embora, mas você tem que superar isso, como você acha que ele se sentiria se soubesse como você está?


–Mas, Lavi, você... Você não entende... – ela disse começando a chorar de novo


–Lenalee, você lembra como ele era? Sempre se importava mais com os seus amigos, mais com a ordem do que consigo mesmo, você tem que ser forte-


–Lavi – ela disse tirando as mãos do rosto e botando nos meus ombros, fazendo eu olhar nos olhos marejados dela – Eu... Amo ele!


–Lena-


–Eu demorei pra descobrir isso... Demorei demais... É isso que não me deixa em paz – ela disse botando as mãos no rosto de novo


–Você tem que ser forte, não só por você, mas por nós, pela ordem, e por ele. Allen não morreu, ele ainda está por ai, enfrentando os Akumas, ele nunca vai deixar de ser um exorcista, mesmo que a ordem o cace, você sabe disso, uma hora vamos encontrá-lo de novo, e nessa hora, você dirá tudo o que sente a ele, mas chorar pelos cantos como uma coitada não vai te levar a nada.


–Lavi... – ela disse me olhando


–Eu não sirvo muito para dar conselhos, mas você precisa ser forte, por ele. – ela esboçou um sorriso e olhou para cima, provavelmente pensando nele


–Está certo, obrigada...


–Estamos ai. Amanhã partimos, quem sabe não cruzamos com ele no caminho não acha? – eu disse me levantando da cama e indo até a porta


O dia terminou bem, Lenalee melhorou o humor, parecia quase como normalmente, e no dia seguinte, fomos à missão. Chegamos aos Estados Unidos sem complicações e logo o Finder nos levou a uma mansão mais afastada da cidade, certamente a mansão estava rodeada de Akumas.


–Certo, o que fazemos Lenalee? Derrotamos os Akumas primeiro ou invadimos a mansão? – perguntei a ela


–Não sei, deve ter algum motivo para os Akumas não conseguirem entrar na mansão, então provavelmente será desperdício de força, vamos primeiro vencer os Akumas e depois entramos – ela deduziu


–Certo.


Puxei minha inocência, e Lenalee ativou as suas


–Creça, creça, creça! – minha inocência foi crescendo conforme eu falava e logo atingi alguns akumas nível 2, mas esses não eram os problemas, quem era o verdadeiro problema eram os níveis três.


Você deve estar pensando, já derrotamos akumas níveis 4 e estamos dizendo que os 3 são problema, porém, tinha pelo menos uma dúzia dos níveis 3, isso seria um problema para qualquer um.



LENALEE


Derrotei alguns níveis dois, e juntando com Lavi, todos níveis dois tinham sido derrotados, agora só faltava os três. Me aproximei da mansão para atacá-los, quando eu comecei a ouvir uma música, era... Piano... E essa música... É familiar, é como se fosse uma música que eu admiro muito, pois eu a conhecia e a adorava, mas não me lembrava onde eu a tinha ouvido.


–Essa música... – Lavi disse logo atrás de mim – Não é a música que o Allen tocou no piano da arca?


–T-Tem razão... Será que?


No instante em que terminei a minha fala a música cessou, uma janela alta da mansão se abriu e dela surgiu uma garota, cabelos brancos compridos e tinha olhos azuis ela olhou para os Akumas e de certa forma, vi decepção em seus olhos, então fechou a janela antes que os Akuma invadissem.


No instante em que o primeiro Akuma encostou na janela da casa fechada, a janela se abriu novamente, e dela surgiu uma imensa espada idêntica a espada do conde... E a dele...


–Aquilo é... Crown Clown? – perguntei



A espada foi fazendo o trajeto em todos os Akumas e destruiu a todos, então ela veio até mim, em uma velocidade sobre-humana, eu não consegui desviar, ela me empalou.

Mas eu não fui atingida, não, ela ficou apenas atravessada em mim como se eu fosse um fantasma.


–É a Crown Clown – falei


No mesmo instante a mulher apareceu novamente na janela, olhou para nós e agora eu vi esperança em seus olhos, ela voltou, ouvi ela descer as escadas, abriu a porta e veio até nós


–Graças a Deus! Vocês são exorcistas??? – ela perguntou


–S-Sim, como sabe? – perguntei


–Ele me disse que vocês viriam, ele prometeu que vocês viriam, graças a Deus, vocês realmente vieram – ela disse com a mão no peito


–Ele? – perguntamos eu e Lavi em uníssono


–Sim. Um exorcista, ele disse que não podia me levar a ordem, mas prometeu que se eu continuasse a usar a arma dele para derrotar os Akumas, logo vocês viriam


–A arma dele? Fala dessa espada, então o exorcista que você encontrou...


–Allen Walker – falou a garota meio... Corada?


–Allen-kun!!!!!! – eu falei e a pegando pelos ombros – Você sabe onde ele está??? Ele está bem??? Por favor! Me diga


–Eu não sei onde ele está, eu encontrei ele semana passada na cidade...


[...]

Eu andava por uma rua movimentada, uma pequena garota, que tinha perdido os pais e que todos menosprezavam... Não tinha família, caminhava sem rumo, até que sem perceber, esbarrei em alguém, me esbarrei em um garoto, com cabelos brancos iguais aos meus, tinha uma espécie de tatuagem no olho esquerdo, vestia uma manta preta com um símbolo estranho no peito.

–M-Me desculpe – falei encabulada, com medo que ele me batesse como todos os outros

–Não, tudo bem, venha, você está com fome? – ele perguntou com um sorriso no rosto

–N-Não – mas meu estômago me traiu e roncou na hora errada

–Não precisa ter medo – ele disse – Venha, eu vou te dar algo pra comer

Eu o segui até uma mansão mais fora da cidade, eu sei, como eu poderia ser tão ingênua? Eu tinha quinze anos e estava acompanhando um garoto que tinha aproximadamente a minha idade para a casa dele, sozinhos.

Mas você não entenderia, eu estava completamente faminta, não agüentaria mais muito tempo.

Chegamos na casa, ele foi até a cozinha e disse que eu podia esperar em um sofá que tinha ali, depois de algum tempo ele me trouxe uma tigela de sopa.

–Pegue – ele disse com o mesmo sorriso gentil de antes

–O-Obrigada – eu disse encabulada, dentro de mim eu ainda estava com medo de ele me machucar

–Você não tem pais? – ele perguntou se sentando em um sofá em frente

–Meus pais morreram a pouco tempo – eu disse comendo colherada por colherada da sopa

–Entendo... E desde esse pouco tempo que você não come nada? – ele perguntou

–N-Não... Eu conseguia rou- pegar algumas frutas de vez em quando – eu disse

Derrepente eu olhei para um dos braços dele, o braço esquerdo era negro.

–O que aconteceu com seu braço? – perguntei

–Ah, isso, esse braço é o meu poder... Eu sou um exorcista, e esse braço é o que me dá forças para exorcizar os Akumas – ele disse

–Espera... Akumas? Exorcista? Isso é alguma brincadeira? – perguntei

–Não, pode parecer meio absurdo, mas é a pura verdade, veja...

Ele puxou a manga do casaco que usava e aquele braço negro se transformou em uma espécie de... Garra? Sim, uma garra negra

–O-O que é isso?

Deixei a tigela vazia no chão e encostei na garra, imediatamente a luz do meu colar começou a brilhar e o meu braço esquerdo se transformou na garra, idêntica

–Ahhhhhhhhhh! O que é isso???? – perguntei assutada

–Isso é... Inocência... – ele disse assustado – O seu colar, é uma inocência, deixe-me perguntar, por acaso seus pais foram mortos por monstros?

–C-Como você sabe disso? – perguntei assustada

–Esse seu colar, é uma inocência, é disso que os Akumas estão atrás, e aliás, o nome daqueles monstros são Akumas, são esses monstros que nós, exorcistas exorcizamos.

–O-O que quer dizer... Que meus pais morreram... Por minha causa? – perguntei assustada

–Não. Os Akumas estavam atrás da inocência no seu pescoço e...

Ele foi interrompido, alguém bateu na porta, o garoto se levantou e foi atender a porta, havia um homem ali.

–Com licença...

Mas o garoto chutou o homem para longe

–O que está fazendo?? – perguntei assustada

–Ele é um Akuma, eles se disfarçam de humanos, meu olho esquerdo é capaz de distinguir os humanos dos Akumas

Eu fui correndo até a porta a tempo de ver o homem se desfazer até um monstro um pouco maior surgir, ele usava uma armadura azulada e a pele parecia podre, segurava uma espada negra

–Nível 3 – o garoto disse – Se afaste

O garoto foi correndo até o Akuma com seu braço em forma de garra, o Akuma bloqueou, mas o garoto era extremamente habilidoso, ele se jogou no chão e atingiu o Akuma de baixo para cima

–Edge End! – e o Akuma se desfez em pó

Ele veio até mim

–Q-Quem é você? – perguntei assustada

–Eu? Eu sou Allen Walker... Um exorcista... E você? – ele perguntou

–S-Sarah... Sarah Kanade

–Sarah... Você gostaria de se tornar uma exorcista? – ele perguntou com aquele mesmo sorriso gentil

–Exor... Cista?

–Sim, assim você poderá combater essas criaturas, para que ninguém tenha que sofrer mais

–Q-Quero! – eu disse convencida com as palavras do garoto – Eu não quero que ninguém mais tenha que passar pelo que passei!

[...]

–Então o seu poder é o de copiar inocências – perguntei a garota


–Sim, foi o que ele me disse – ela respondeu


–Que arma incrível – Lavi disse impressionado


–Então Allen-kun deixou você copiar a espada dele... Mas ela parecia se controlar sozinha – eu disse pensativa


–Allen-kun disse que é por que a inocência dele é automática, a hora que ela ver um Akuma ela intuitivamente ataca, ele disse que a espada me protegeria até os exorcistas aparecerem


–E a música... Como sabia aquela música? – Lavi perguntou


–Ah, ele me ensinou ela também, disse que seria um meio dos exorcistas me reconhecerem como aliada


–Bom, certo então, vamos voltar para ordem – Lavi disse


–Ordem... Ah, a casa dos exorcistas... O Allen está lá? – ela perguntou


–Ah... Não... Não creio que você verá o Allen tão cedo – eu disse


–Por quê? – ela me perguntou


–Bem... Anmm... Como eu posso dizer... – fui cortada por Lavi


–Por que ele é um cara ocupado, ele quase nunca para na ordem, é por isso – olhei para Lavi e fiz um agradecimento silencioso


–Ahh, que pena – ela disse olhando pro chão


–Bom... Vamos – eu falei me levantando – Temos um longo caminho.



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Notas finais do capítulo

O que acharam? Mereço Reviews??