If You Hear Me, Let Me Know. escrita por giulindaaa


Capítulo 20
I'm scattered through this life.


Notas iniciais do capítulo

OI MEUS AMORES, COMO VOCÊS TÃO?
Mil desculpas pela demora, fiquei lotada de lição essa semana e ninguem nunca me chama pra sair, quando chamam, chamam tudo no mesmo tempo -.- mas enfim, capitulo aqui e boa pascoa pra vocês C:



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Brian sorriu e se aproximou de mim, senti os lábios dele tocando os meus e a língua dele encostando na minha, coloquei meus braços em volta do pescoço dele e ele em volta da minha cintura, nosso beijo era diferente, era como se nenhum sabia direito o que fazia, mas isso funcionava, porque nossas línguas dançavam em uma sincronia que eu nunca tinha provado. Ouvi Matt gritando “arrumem um quarto”, parei de beijar ele e ri, ele me olhou malicioso.

- A gente não vai arrumar um quarto.

 Ele passou a mão na minha cintura e todo mundo começou a bater palma, senti meu rosto ficando vermelho, roxo, amarelo, todas as cores possíveis, ele desceu do palco comigo e ficou me encarando.

- Voce sabe que toda vez que você fizer merda, você não vai poder cantar uma musica gay e eu fico calma

- Eu sei, ainda tem musicas graves, rápidas, lentas... – Bati nele e fomos procurar os meninos.

(...)

Ouvi o começo de Two Minutes To Midnight e acordei no susto, Brian resmungou alguma coisa e voltou a dormir.

- Acorda, a gente tem aula

- Tem não...

- Tem sim 

 Comecei a fazer cocegas nele e ele virou com uma cara de “eu vou te matar” e me puxou pra perto dele e começou a fazer cocegas em mim, eu me debatia, parecia um peixe na cama, ele parou e me deu um beijo na testa.

- Poe a blusa do Iron Maiden, e a calça... – E voltou a dormir

- Eu vou me trocar aqui então, já que ele voltou a dormir... – Ele levantou em um pulo, dei um tapa nele

- Eu não deveria ter levantado viu.

EU levantei e fui pro banheiro me trocar, coloquei a roupa que ele falou e fiz uma trança espinha de peixe, sai do banheiro e ele já tava trocado, como? Saimos e fomos buscar o Jimmy e etc e chegamos na escola. Ele passou a mão em volta da minha cintura

- Pronta pra ver todas as meninas morrendo de inveja e os meninos me odiando?

Continuamos andando e achamos os meninos, a Val veio dar abraço na gente, toda fofa e com ela, vem o encosto da família, que quase me matou com o olhar. Dei uma risada e o Brian se segurou também, ela ficou brava e saiu andando, comecei a gargalhar, foda-se ela

- Vei, você vai acabar levando um salto na cabeça

- Cai dentro

 As aulas passaram normalmente e quando saímos da escola, Gael tava na porta e veio diretamente falar comigo, ignorando o Brian e os meninos do meu lado.

- Então é verdade? Você tá com ele?

- Sim.

- Você vai se arrepender, nem que eu faça isso. – Brian passou a mão em volta de mim – e vai ser sua culpa.

-  Quer saber Gael? Cai pra dentro, cai você, seus amigos, to cansada desse seu drama, arruma um vida, bate uma, sei lá, mas me esquece. – Ele se aproximou de mim e apertou meu braço, Brian não tinha percebido, até eu dar uma cotuvelada nele porque tava doendo, ele virou com um olhar mortal pro Gael e deu um soco nele

- VOCÊ NÃO ENCOSTA NA MINHA NAMORADA, ENTENDEU? – Todos, inclusive eu, olhamos assustado pra ele, namorada?

- Namorada? Haner... Se eu fosse você, ficava se olho nela – Brian foi bater nele de novo, mas eu não deixei

- Deixa Brian, quando chega a noite, é com você que eu vou tá, nao com esse punheteiro de merda – ele me olhou bravo e o Brian riu

Voltamos pra casa, cada menino pra sua e eu pra mim, nem chegamos direito e meu celular tocou, olhei pro Brian e ele pra mim, era minha mãe.

- Alo?

- Oi filha

- Oi

- Como você tá?

- Normal e você?

- To bem então, e então, como tá tudo ai

- Normal

- Voce só sabe falar isso?

- Sim

- Você não muda né

- Normal

- Enfim, só liguei pra avisar que no final de semana a gente tá indo ai

- PERA, A GENTE QUEM?

- Eu e seu irmão

- Porque?

- Porque a gente tá com saudade?

- Na hora de me expulsar de casa você não tava né

- Scarlett, a gente tá indo e ponto

- Tá bom, mas não garanto que vou ficar com vocês

- Até sábado, pede pro seu pai buscar a gente.

Desliguei a porra do telefone e me enterrei no sofá, o Brian veio e me deu um tapa, eu levantei e ele sentou e me encostei nele.

- Eu vou ter que conhecer eles?

- Só se você quiser, nem eu sei se eu vou falar com eles

- Scarlett, você tem

- Não tenho

- Tem

- Não tenho

- Tem

- Cala a boca – Ele abaixou e me beijou – Isso serve também

 Não demorou muito e eu acabei caindo no sono, acordei e o Brian dormia também, levantei silenciosamente e deixei um bilhete pra ele falando que ia no mercado, não era totalmente verdade, mas não era totalmente mentira. Peguei minha bolsa e sai, passei em casa, na minha e fui ver se tinha alguém e pra minha surpresa, claro que não. Decidi ir até o trabalho, andei um pouco e cheguei lá, toquei o interfone e uma voz melosa atendeu.

- Posso ajudar?

- Ah, eu preciso falar com o Rodrigo

- Você tem hora marcada?

- Não preciso, ele é familiar...

- Minha querida, você precisa marcar uma hora

- Ok, então eu tenho sim,  chama mesmo sangue, ele é meu pai porra

- Me desculpe Sra. Scarlett, correto? Pode subir, vou chama-lo

Por isso não gosto de vir aqui, esperei o elevador e subi com uma cara de cú linda, cheguei lá e nem dei oi pra ninguém, entrei direto na sala dele.

- Scar? O que você faz aqui filha?

- Então, é o seguinte, a mãe e Bruno tão vindo pra cá nesse final de semana e eu não to saco pra aguentar eles, então como você é meu pai, você tem que me falar o que fazer – ele começou a rir, acho que eu sou o filho que ele nunca teve, porque de menina, só tenho a parte lá de baixo

- Pera, eles tão vindo pra casa? A minha?

- Exato, tu tá entendendo a gravidade da situação?

- Puta que o pariu, tem que dar um jeito lá, faz 1 semana que não vou pra lá, to morando uma amiga – olhei pra ele com um cara de conta outra – ok, amante e ...

- PAI, ENTENDI, eu dou um jeito, mas você precisa tá lá né, pra fingir que a gente é uma família e unida e tal

- Verdade, falando nisso, vai apresentar seu namorado?

- OI?

- não me engana ow, você tá com o Brian né? – fiquei encarando ele, como ele sabia? – eu vi vocês se beijando outro dia na frente da casa dele, você mora com ele né?

- Moro, é melhor que morar sozinha – Ele me deu um sorriso torto

- Ok então, sexta de noite eu vou pra casa e você também, se quiser levar o Brian, pode levar, só não se comam

- Pode deixar pai, e pode levar sua amante também, e eu deixo vocês se comerem

- Eu deveria te dar uma bronca por esse vocabulário, mas é bom saber que você não é fresca

- Isso ai, te vejo sexta então.

- Fechado

Sai de lá e fiquei pensando enquanto ia pro mercado, todo dia as pessoas reclamam que os pais não são presentes ou são muito presentes, enquanto isso, o meu pai faz combinados comigo pra fingir que é feliz e minha mãe me visita por obrigação e eu nunca reclamei disso, na verdade, eu até prefiro, não quero ninguém atraz de mim perguntando onde eu vou, com quem, que horas e esses caralhos, foda-se que eu sou menor, sempre soube me cuidar, é bom saber que eles não se importam tanto comigo, eu já tenho os meninos e é disso que eu preciso.

Fui pro mercado e comprei miojo, salgadinho, refrigerante, doce e essas coisas rápidas de comer, faz um bom tempo que não comia comida mesmo, vou virar uma bola logo logo, Paguei tudo e passei no bar do tom, dei oi pra ele e pedi 2 engradados de heineken, ele sabia que eu era de menor mas nem ligava, paguei e ele pergutou se era verdade que eu tava com o Brian.

- É mais ou menos, não é algo rotulado, mas é, é complicado

- Você é complicada – e riu

- Sim, bastante

- Se ele fizer alguma coisa, eu bato nele – olhei pra ele e comecei a gargalhar, não consegui me segurar – É SÉRIO, PARA DE RIR

- AI TOM, MUITO ENGRAÇADO VOCÊ, mas ok, fico feliz em saber disso.

- Se cuida

- Você também.

Voltei pra casa e o Brian ainda dormia, caralho viu, mudei o bilhete e falei que tava em casa arrumando uns negócios e que era pra ele ir lá. Fui pra lá e tava tudo deserto e sujo, vai ser uma looooooooonga faxina...


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