Harmony - O Meu Melhor Amigo escrita por nane


Capítulo 3
Sala Precisa


Notas iniciais do capítulo

Bem, está aí o terceiro capítulo, espero que gostem, eu não tenho recebido reviews, portanto não tive como adaptar a história de acordo com a opinião dos leitores. Se ler a história, por favor me diga o que acha, se está ficando boa, ruim, se eu deveria parar de escrever e me trancar em quarto escuro, se estiver gostando, me dê ideias para os próximos capítulos.
Espero que gostem do 3º cap :)



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– Lá vamos nós novamente - murmurei

– O que você disse Mione? Eu não escutei - disse Rony sem entender nada

– Estava falando sozinha - respondi - mas... afinal, o que você quer?- completei relutante

– Bem... na verdade foi um erro eu ter te procurado, esqueça o que eu disse - e saiu andando em direção ao dormitório masculino

Achei estranho o modo de agir de Rony, o que ele queria me dizer?

Bem, seja lá o que for não tinha importância o suficiente para fazê-lo falar. Decidi fazer o que ele disse e esquecer o assunto.

Eu ainda não tinha visto o Harry depois do lago negro, e estava pensando em ir procurá-lo quando o buraco do retrato se abriu e lá estava ele, parecendo cansado e muito sujo.

– Por Merlim! O que houve com você Harry? - me precipitei até ele

– Nada, Mione, absolutamente nada, eu só estava treinando quadribol... pensando em algumas coisas, e acabei perdendo a noção do tempo- disse em uma voz cansada, e, sem se importar em estar sujo, deixou-se cair ao meu lado, onde Rony tinha estado minutos antes.

Diferente de Rony, ao sentar-se ao meu lado, Harry despertou em mim uma espécie de corrente elétrica, como se fosse um ímã me atraindo até ele. Eu já havia sentido isso antes com Harry, mas não tão forte, tão intenso.

– Então, como foi o treino? - perguntei tentando ignorar a nova sensação

– Nada mal, exceto pelo fato de eu ter estado tão distraído que quase levei um balaço na cara

– Harry, eu estive preocupada, ao sair do lago esta manhã, você me parecia... estranho, diferente... está acontecendo algo?

– Bem, sim, está acontecendo algo, mas, não quero falar sobre o assunto agora, me desculpe por esconder algo de você, é só que... eu preciso lidar com isso primeiro entende?

– Claro que entendo, tome o tempo que precisar, quando estiver se sentindo á vontade e quiser desabafar, sabe que estarei aqui, para o que der e vier.- tranquilizei-o

– Hermione, eu não mereço ser amigo de alguém como você!

" Não precisa ser meu amigo, se quiser podemos ser muito mais que isso" pensei, mas não disse nada, apenas sorri para ele.


Mesmo tendo dito para Harry que não precisava me dizer o que estava acontecendo, eu fui dormir pensando nisso, tentando descobrir de alguma forma o que tinha deixado ele tão diferente.

Por outro lado, felizmente, eu consegui dormir bem, pela primeira vez em meses o meu pesadelo não veio. Não sei se foi o fato de Harry ter dito não gostar da Gina ou se eu estava tão preocupada com outras questões que acabei me esquecendo da profecia. O que me preocupava?

A) A Gina me odiando

B) O Rony parecia estranho

C) O Harry estava me escondendo algo

e por último mas não menos importante

D) Eu estou apaixonada pelo meu melhor amigo, não sei se ele corresponde os meus sentimentos e tenho sentido um turbilão de emoções que nem mesmo eu entendo.


É, a típica vida de uma adolescente bruxa.


Como era sábado, eu decidi ficar na cama até um pouco mais tarde, admito que não estava refletindo sobre os meus problemas, decidi deixá-los de lado por alguns momentos.

Na verdade, estava apenas observando os primeiros flocos de neve caírem lá fora, se aculando no canto da janela. Definitivamente, seria um dia mais frio que de costume.

Pouco tempo depois, após ter decidido me levantar, fui até meu armário e vesti uma das suéteres que havia ganhado da senhora Weasley no último Natal, jeans escuros e tênis.

Quando estava descendo para a Sala Comunal acabei dando um encontrão com Gina, que ao contrário do dia anterior decidiu me ignorar.

"Já é um bom começo" pensei irônicamente.

Como não avistei Harry em lugar algum, saí da Torre da Grifinória e fui direto para o Salão Principal tomar café da manhã, estava faminta.

Engraçado, Harry não parecia estar na mesa da Grifinória. Será que ainda estava dormindo?

"Não, ele não deve estar dormindo, tem jogo de quadribol daqui meia hora" pensei com meus botões

– Bom dia Hermione! - cumprimentou Neville ao ver eu me aproximar

– Bom dia Neville, dormiu bem? - perguntei

– Ah, sim, como se você tivesse me lançado um petrificus totalus de novo. - brincou relembrando de quando o enfeiticei no 1º ano

Nós rimos juntos lembrando da época em que tudo era mais simples para mim. Harry e eu éramos apenas amigos, não havia nada mais que amizade entre nós, a Gina não me odiava, afinal ainda não nos conhecíamos ainda.

Neville e eu conversamos sobre as férias de inverno que haviam acabado de começar, enquanto comíamos ovos com bacon e torradas e tomávamos chá.

Vinte minutos depois eu estava no campo de quadribol, na arquibancada, tentando localizar o MEU apanhador, mas nem sinal dele. Somente quando deram inicio á partida Grifinória x Corvinal foi que eu consegui avistar Harry, voando a toda em sua firebolt.

Como era de se esperar, Harry arrasou, capturando o pomo de ouro apenas 15 minutos após o início da partida, deixando o placar em 170 a 20 para a Grifinória.


– Parabéns Harry, você foi incrível - disse indo ao encontro dele quando estava saindo do vestiário

– Obrigado Mione, mas eu não teria conseguido sem o restante do time - disse ele em espírito de equipe

– Ah, não seja modesto Harry, essa foi uma das partidas mais rápidas que você já fez, afinal qual foi o motivo da pressa? - perguntei

– Você logo verá! - disse Harry com um ar misterioso

Será que eu estava prestes a saber o que ele estava escondendo de mim?

– Harry, você está com aquela cara - disse abrindo um sorriso

– Que cara Mione? Eu não estou com cara nenhuma

– Aquela cara de quem vai aprontar!

– Bem... talvez eu esteja... - disse com um ar malicioso

– Devo me preocupar? - perguntei prendendo o riso

– Absolutamente - riu Harry- Venha e tire suas próprias conclusões - disse me puxando pela mão em direção ao castelo.

Não sei o que Harry estava  fazendo, mas levou a tarde toda aprontando algo, enquanto eu estava lendo um livro grosso que ele me entregou e disse simplesmente: "Se distraia um pouco". O engraçado é que eu não sabia onde estava, sabia apenas que estava "trancada" em algum lugar, enquanto Harry estava por perto, por vinha olhar se eu estava espiando pela grossa que cortina que havia entre nós. 


– Já posso abrir? - perguntei ansiosa

– Ainda não, continue de olhos fechados - avisou-me Harry

– Onde nós estamos Harry? Eu sei que não é a Sala Comunal porque está tudo muito silencioso. E que cheiro é esse? Isso são flores? O que você está aprontando Harry?

– Espere mais um minuto e verá com seus próprios olhos ok?

– Tudo bem - resmunguei

Alguns minutos se passaram.

– Pode abrir! - disse Harry numa voz radiante

– Har-ry... o-o que é tudo isso?

Quando abri os olhos deparei-me com a coisa mais romântica que alguém já tinha feito para mim, não que já tivessem feito muitas coisas. Agora sabia onde estávamos, como poderia não saber? Passei a maior parte do ano passado dentro desta sala, treinando feitiços com Harry e o restante da AD. Mas a Sala Precisa estava irreconhecível, com rosas brancas por todos os lados.

No centro da sala havia um pequena mesa com uma toalha branca sobre ela, posta para duas pessoas. No restante da sala, onde quer que eu olhasse haviam arranjos de outras flores, agora que notei, não eram apenas rosas, eram todos os tipos de flores brancas.

– Isso, é um jantar – disse Harry respondendo á minha pergunta

– Mas um jantar para quê?

– Um jantar para comer, é claro! – disse como se explicasse algo a uma criança de 6 anos

Lancei-lhe um olhar.

– Ei, calma, vamos comer, eu prometo que explico depois – disse com uma expressão divertida

Harry guiou-me até a mesa por um caminho repleto de pétalas de rosas. Como um cavalheiro, puxou a cadeira para que eu me sentasse e em seguida foi para o seu lugar. Tudo parecia perfeito, enfeites pendiam do teto da sala formando lindas espirais de cor branca, aliás, como toda a decoração da sala. Perguntava-me quanto tempo Harry levou para organizar tudo e qual a finalidade disso.

Harry fitava-me com um olhar estranho, diferente, como se eu fosse muito mais que apenas uma amiga para ele. Por um instante, eu até pensei que a paixão que ardia em mim encontrara um espelho dentro de seus olhos verdes brilhantes.

– Dobby! – chamou Harry, e com um estalo o elfo doméstido apareceu, usando uma roupa impecável de mordomo que destoava de suas meias desparelhadas, uma amarela e uma rosa.

Fiquei tão intrigada com o modo como o elfo estava vestido que não havia reparado que o jantar estava servido.

– Obrigado, meu amigo – disse Harry – fico te devendo pelo menos mais 10 pares de meias – completou rindo

– Não precisa meu senhor, Hary Potter é muito bom para Dobby, Dobby não merece um amigo como Hary Potter! – e, fazendo uma reverência para mim e para Harry, o elfo doméstico desapareceu com outro estalo

– Vamos comer! – disse Harry novamente – eu estou faminto

– Eu estranharia se não estivesse depois daquele jogo de quadribol – disse espetando o garfo em minha comida francesa favorita

– Boujilabaisse! Como adivinhou que era a minha comida francesa preferida Harry? - perguntei curiosa

– Lembro de quando conversamos sobre isso no quarto ano – respondeu simplesmente

Continuamos comendo em silêncio, mas não um silêncio desconfortável, estávamos ambos envolvidos em nosso próprios pensamentos.

– E então? – disse finalmente

– Então o quê?

– Você não está esquecendo de nada? – perguntei

– Ah, desculpe - disse limpando a boca com o guardanapo e levantou contornando a mesa e vindo até mim.

Harry colocou-se sobre um joelho ao meu lado e pegou a minha com uma das suas enquanto enfiava a outra no bolso da calça.

– Agora, por favor, não me interrompa até eu terminar de falar, tudo bem? È importante que você ouça tudo que eu tenho a dizer. – disse fitando-me com suas duas esmeraldas.

Eu apenas acenei, incapaz de falar, um bolo havia formado-se em minha garganta ao perceber que Harry tirara uma caixinha de veludo preto de dentro do bolso.

– Bem, vamos lá – disse Harry – Eu não sei quando aconteceu, quando me dei conta, não havia mais volta, eu já estava inegável e irremediavelmente apaixonado por você. Já há algum tempo que tenho tentado criar coragem para te confessar isso. Mas, só ontem tomei a minha decisão, só ontem consegui reunir coragem o suficiente para dizer que te amo. E só hoje consegui colocar tudo para fora, você não sabe como eu estou aliviado por ter te contado isso. Nem todos os jantares, nem todas as flores do mundo poderão expressar o quanto eu te amo. Eu sei que não devia te amar, é errado, o Rony também te ama, e, mesmo sabendo disso, eu sou egoísta o suficiente pra te fazer um pedido: Hermione Jean Granger quer ser para sempre minha? Quer namorar comigo? – dito isso, Harry beijou minha mão, levantou-se puxando-me junto com ele e abriu a caixinha que estava em sua mão.

Dentro da caixa, havia uma correntinha de ouro, com um pingente, um símbolo do infinito incrustado de pequenos diamantes. Quando fiz menção de falar, Harry colocou um dedo em meus lábios impedindo-me.

– Eu sei que não vai ser fácil para você, se aceitar o meu pedido, com todo o perigo que eu estou sempre correndo com Voldemort e seus partidários atrás de mim, mas isso – e levantou o lindo colar da caixa - é o que eu te prometo, amor eterno, infinito. Então, apesar de tudo, quer ser minha namorada? – Harry repetiu a pergunta.

Eu não consegui falar imediatamente, pasma com um pedido de namoro, por mais que amsse Harry, não esperava ser correspondida.

Eu parecia estar em um conto de fadas, naquele momento todas as minhas preocupações desaparecerem. Não existia nada, só Harry e eu.

– Sim, Harry Tiago Potter, eu quero ser para sempre sua. Só sua para todo o sempre, meu amor. Você não sabe como eu esperei por esse momento – disse com a voz embargada.

Não tinha reparado as lágrimas descendo pelo meu rosto até ser envolvida por dois braços fortes, que me abraçaram como nunca antes.

Quando nossos lábios se tocaram, foi como se eu houvesse entrado em combustão instantânea. Tudo dentro de mim queimava com um fogo incontrolável enquanto nossas línguas se moviam com perfeita sincronia.

Era como se eu houvesse beijado aqueles lábios durante uma vida inteira, como se já conhecesse o caminho daqueles lábios como quem conhece a palma da própria mão.

Quando nos separamos em busca de ar, cedo demais na minha opinião, deparei-me com os olhos de Harry fitando-me como se ele houvesse conseguido ganhar o melhor de todos os prêmios. Isso não fazia sentido algum já que, quem se sentiu assim fui eu. Por vários minutos ficamos ali, só nos olhando nos olhos.

– Minha Mione – sussurrava Harry no meu ouvido

– Meu Harry – sussurrei de volta

– Nem acredito que você agora é minha. Tenho a partir de agora uma enorme responsabilidade: a de carregar todo o meu mundo nas mãos – disse ao pegar-me no colo e girar-nos por toda a Sala Precisa.


– Acreditaria se eu dissesse que sou a pessoa mais feliz do mundo? – perguntei mais tarde, mutio mais tarde, quando voltávamos para a torre da Grifinória, o colar de diamantes brilhando em meu pescoço.

– Nem por um só minuto, não existe no planeta pessoa mais feliz que eu – disse Harry

– Hum... como sua namorada, eu te aconselho a nunca discordar de mim, se não quiser ter uma morte lenta e dolorosa – disse rindo

– Essa é a minha garota – Harry juntou-se a minha risada.

Antes de entrarmos pelo buraco do retrato da Mulher Gorda, Harry me deu um último beijo de boa noite. Havíamos concordado que, enquanto não resolvêssemos a nossa situação com Gina e Rony, o nosso namoro deveria permanecer em segredo. Harry conversaria com Gina, e eu com Rony, esperando assim, não perdermos nossos amigos. Afinal de contas o que seria de nós sem os Weasley?

Ao adentrar a Sala Comunal, o que eu vi me deixou muito feliz, pois metade dos meus problemas desapareceriam em pouco tempo. Harry e eu demos de cara com uma Gina que parecia muito satisfeita beijando Dino Thomas de uma maneira que me fez ter a certeza que Rony não estava por perto.

Harry estava decidido a conversar com Gina sobre “nós” ainda esta noite, mas dadas as circunstâncias, convenci-o que esta conversa poderia esperar. Argumentei que do mesmo modo que não gostaríamos de ser interrompidos quando estávamos na Sala Precisa, não deveríamos fazê-lo com Gina e Dino, não tínhamos o direito de estragar o momento deles.

Ele poderia esperar até o outro dia para resolver tudo com Gina.

Quisera eu poder dizer a mesma coisa a respeito de Ronald.



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Notas finais do capítulo

E então? o que acharam? Mereço reviews?