Mais uma vez eu acordo suada no meio da noite, sufocando um grito, após o terrível pesadelo. Ao olhar para a janela percebo que as primeiras luzes do amanhecer surgirão em breve.

Maldito pesadelo!

Tudo começou no dia em que o Harry contou a mim e ao Rony sobre a profecia: "Nenhum pode viver enquanto o outro sobreviver". Aqueles linhas sombrias não saíam da minha cabeça mais, pareciam ter-se colado junto aos pensamentos

***

O pesadelo começa com Harry indo ao encontro do Lorde das Trevas, numa floresta um tanto familiar. Não demoro muito a ouvir o esgar de risada de Voldemort ao ver Harry caminhando até ele.

– O menino que sobreviveu ousa me desafiar?- diz Voldemort em tom de deboche

– Sim eu ouso, mas não vim apenas para te desafiar, eu vim vingar a morte dos meus pais, de Síruis e todos que morreram pelas suas mãos- Harry responde numa voz séria,corajosa

– Se é o que o quer, então duelaremos, quem sou eu para desafiar O Eleito não é mesmo?

E avança para Harry lançando um jato de luz verde, que faz com que Harry caia, morto no chão. É nessa parte que eu acordo gritando o nome do garoto que eu amo

***

Sempre me arrepio ao lembrar do pesadelo, só a ideia de perder Harry me deixa trêmula, e meus olhos começam a lacrimejar.

Decido levantar da minha cama no dormitório feminino, uma vez que, definitivamente não quero ter aquele sonho novamente. Vou até o banheiro tomar um banho quente e demorado que, com sorte me fará esquecer por alguns segundos aquela profecia. Ligo o chuveiro e já começo a sentir os efeitos relaxantes da água quente caindo em minhas costas.

Agora que paro para pensar, não é o pesadelo que mais me assusta, é a ideia de estar apaixonada por Harry, é isso o que faz o sonho ser tão terrível, o medo de perdê-lo para sempre. Mas quando foi que isso aconteceu? Quando foi que, eu, Hermione Granger comecei a ter sentimentos por meu melhor amigo? Será que foi no quarto ano quando soube que Harry quase perdeu a segunda prova do Torneio Tribuxo tentando me salvar? Não, não posso ficar pensando nisso. Não posso começar a ver Harry com outros olhos, principalmente quando sei que a Gina está apaixonada por ele.

Saio do banheiro enrolada em uma toalha azul-claro, e me deparo com ele, Harry Potter, sentado na minha cama, obviamente esperando por mim.

Como ele entrou aqui? Supostamente, nós meninas podíamos entrar no dormitório masculino, mas os garotos não podiam entrar no feminino por não serem "confiáveis"

Fiquei tão surpresa ao vê-lo que esqueci completamente o fato de que nenhum garot nunca tinha conseguido entrar no dormitório feminino, só mais tarde eu viria a saber que foi um feitiço invetado pelos Marotos, mas que nenhum deles havia usado.(N/A: quando postei esse capítulo tinha esquecido que os garotos não podiam entrar no dormitório das meninas, mas um leitor, o Naruto Potter, reparou nisso e eu fiz umas modificações no texto para concertar o erro, se alguém, no decorrer da fic encontar mais algum erro desse tipo ou de outro, por favor me avisem que eu concerto)

A única coisa que consegui reparar é que ele estava sem camisa, deixando seu vigoroso peito á mostra.

– H-Harry? O-o que faz aqui á esssa hora? - pergunto tremendo de frio com o vento que entra pela janela.

Reparando que eu estava tremendo, Harry caminha até a janela e a fecha.

– Bem, eu não consegui dormir muito bem essa noite, estava no corredor a caminho da Sala Comunal quando ouvi você chamar o meu nome. Então vim até aqui para saber o que você queria, quando percebi que você estava no banho resolvi esperar.

No banho... essa palavras me fizeram lembrar que eu estava só de toalha, sozinha, com ele sem camisa no meio do meu dormitório

– Harry, me dê só um segundo para vestir algo e nós podemos conversar tudo bem?

– Não se preocupe, você está muito bem só de toalha- diz ele em tom de brincadeira

– Engraçadinho! - ri um pouco envergonhada.

Fui até a cômoda ao lado da cama e peguei uma camiseta roxa, uns jeans surrados e roupa de baixo.

– Já volto - disse a Harry enquanto fechava a porta do banheiro atrás de mim.

Uma vez vestida descentemente, sentei-me ao lado de Harry na cama.

– Então - diz Harry- porque chamou o meu nome?

– Eu... hã... eu não chamei o seu nome Harry, você deve ter escutado mal - tentei mentir, mas, pelo visto falhei

– Hermione, não minta, eu escutei alguém chamando o meu nome em alto e bom som, e era alguém nesse quarto, portanto, foi você, porque não tem mais ninguém aqui. O que houve?

– Tá, ok, você venceu! Foi um pesadelo Harry.

– Mais um?

– Não, é o mesmo, todas a noites: você, a floresta, você-sabe-quem, um jorro de luz verde e você estatelado no chão, morto.

Não percebi que estava chorando até Harry limpar uma lágrima na minha bocheca com o polegar e me puxar para um abraço.

– Ei, ei, está tudo bem, eu estou aqui agora - ele repetia enquanto eu chorava em seu ombro nu.

Nós ficamos ali, juntos, abraçados um ao outro enquanto minhas lágrimas desciam, por aproximadamente meia hora.

Quando percebi que não ia mais chorar, me soltei de Harry, um pouco envergonhada pela proximidade entre nós.

– Melhor? - ele perguntou com um sorriso preocupado

– Sim, me desculpe Harry, eu sou uma chorona mesmo.

– Não Mione, você é a garota mais forte que eu já conheci, todo mundo chora.

– É só que... é só que... eu tenho tanto medo de perder você - disse desviando o olhar

– Você nunca vai me perder - disse ele erguendo o meu queixo para que eu pudesse olhá-lo nos olhos.

Eu corei furiosamnete com o comentário dele, mas, o quarto ainda estava banhado na escuridão, apesar de já estar amanhecendo. Com sorte ele não perceberia que eu estava escarlate como um tomate.

– Er... nó somos melhores amigos, então você nunca me perderá... - disse Harry, um tanto embaraçado, notando que suas palavras anteriores poderiam ser interpretadas de outra forma.

– Mas... o pesadelo, é tão real que não posso deixar de acreditar nele até conseguir me dar conta que foi só mais um sonho.

– Mione, relaxe, nada de mal me acontecerá - tranquilizou-me

– Assim espero - disse em um murmúrio

– Bem, já que estamos acordados, vamos descer para o Salão Comunal?

– Sim, claro... mas eu acho que você deveria ir ao seu quarto colocar uma camisa primeiro - disse olhando novamente para seu peito musculoso.

Foi a vez de Harry ficar vermelho.

– Talvez você tenha razão, vá na frente e me espere lá embaixo, desço em um minuto.

Assim que Harry deixou meu quarto eu fiz como havia dito e fui para o frio Salão Comunal esperar por ele. A lareira ainda brilhava com um resto de brasa acesa da noite anterior, mas não era o suficiente para me manter aquecida na manhã de inverno.

Quando Harry finalmente chegou, com uma camisa justa em um tom verde escuro, eu estava remexendo as brasas da lareira com um atiçador.

– Hermione, venha, vamos nos sentar ali - disse harry apontando para um sofá perto da lareira.

Fui até lá e sentei ao lado dele, um pouco encolhida e arrependida por não ter vestido uma suéter. O frio não durou muito tempo já que, Harry, reparando que eu estava encolhida pegou um cobertor que descansava sobre o braço do sofá e jogou por cima de meus ombros.

– Melhor? - reparei que era a segunda vez que ele me fazia essa pergunta

– Sim, bem melhor - disse, apesar de querer dizer que estaria melhor ainda se ele me abraçasse como fez alguns minutos atrás no meu dormitório.

– Então, está animada para as férias de inverno? - perguntou-me Harry

– Nem tanto, esse ano eu vou ficar em Hogwarts durante as férias- respondi

– É, eu também, não quero voltar para os Dursley, principalmente depois da morte de Sírius, seria um insulto á memória dele passar o Natal com aquela gente que não considero nem um pouco como minha família - Harry disse tristemente

– Eu sinto muito por isso Harry

– Não, está tudo bem, pelo menos nós nos divertiremos passando o Natal juntos

– É, pode apostar que sim, mas e o Rony, passará aqui ou n'A Toca?

– O Sr. e a Sra. Weasley vão passar o inverno na França, para combinar com a família da Fleur sobre o casamento, então o Rony e a Gina também ficarão em Hogwarts.

Passamos mais um tempo conversando sobre coisas bobas e sem importância, enquanto a Sala Comunal começava a se encher de alunos com a cara amassada de quem acabara de acordar.

– Bom dia! - disse Rony sorridente, seguindo por uma Gina com cara de quem fora contrariada

– Bom dia Ron! - dissemos eu e Harry ao mesmo tempo, o que nos fez rir

– Olá - disse Gina em um tom de quem fora totalmente ignorado

– Ah, oi Gina, dormiu bem? - eu disse enquanto Harry dava um alô distraído

– Nem tanto quanto queria, esse aí - disse apontando pra Ron - fez questão de me acordar cedo, olha só, não são nem 7:30h!

– Calma - disse Ron desculpando-se - são ordens da mamãe, veja, eu acabei de receber uma coruja dela, e ela disse para ler quando estivéssemos todos juntos - e fez um gesto que incluía Harry, Gina e eu

– E o que diz a tal carta? Desenbucha logo pra eu poder voltar a dormir! - disse Gina ainda mal humorada

– Diz o seguinte - e Rony começou a desenrolar um pergaminho que estava em sua mão

" Meus queridos, Ronald, Gina, Harry e Hermione, queria por meio desta, lhes passar os meus votos de Feliz Natal (sim, eu sei que ainda não chegou o Natal), mas não sei quando terei tempo de escrever de novo, já que estarei com os Delacour. Encantei os presentes de vocês para que cheguem a Hogwarts na manhã de Natal. Queria avisar-lhes também (especialmente o senhor Ronald e a senhorita Ginevra) que o professor Dumbledore estará em contato comigo todo o inverno, portanto, nem pensem em aprontar alguma, que eu ficarei sabendo, e tenho autorização do diretor para aparatar imediatamente nos arredores da escola para lhes aplicar o castigo devido.

Com amor, Molly Weasley

p.s. Harry, cuide-se"

– É só isso Ronald? Posso voltar para a minha cama? - disse Gina

– Vá logo e não volte antes de meio dia, assim terei um tempo livre de você - respondeu o irmão

– Ha ha, muito engraçado - falou Gina já do alto da escada que leva aos dormitórios- e, Hermione, pode vir comigo por alguns minutos? Preciso conversar com você.