Filha Do Amor escrita por Noderah


Capítulo 2
In My Place


Notas iniciais do capítulo

Oláá! Espero que tenham ficado curiosos. Enfim, ai está o capítulo.



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Eram sete horas em ponto quando acordei, eu estava suada e gelada. Fruitloop, pela primeira vez, pesava em cima da minha barriga. Eu o empurrei e levantei. Rápido demais pelo visto, por que eu fiquei tonta e as coisas giravam. Me apoiei na mesa e esperei.

Me vesti e acordei Fruitloop. Ele miou até que se levantou e desceu do sofá. Peguei minhas armas que se consistiam em pedaços de dez centímetros de pontas de lanças que eu usava para caçar lebres e esquilos.

– Mas um dia, né? – Disse para Fruiloop.

Ele miou e se esfregou em meus pés. Peguei a corda e descemos a gruta. Fui em direção a um riacho que tinha por perto, mas dessa vez eu vi algo do outro lado, que era no mínimo... Interessante, beeem interessante.

Em placa pequena, a única coisa que eu pude ler e que para mim fazia total sentido, era plantação de morangos.

Eu arfei e eu ia começar a chorar, mas alguém podia ver. Entao deixei para depois...

– Você tá vendo a mesma coisa que eu? – Perguntei

Fruitloop miou e sentou aos meus pés. Eu não podia acreditar, eu estava ficando maluca achando que o gato ia me entender. Mas não era só isso que eu não conseguia acreditar. Na carta, estava escrito para eu achar o acampamento meio sangue, que se escondia atraz da fachada de uma plantação de morangos. Eu não estava nem ai se tinham outras plantações de morando em Long Island, pois eu sentia o cheiro. O cheiro de semi deuses!

Quando conclui isso, pulei e joguei Fruitloop para cima e entrei na água jogando água para cima e gritando:

– Está do outro lado da estrada! Do outro lado! – E rindo que nem uma louca.

Mas quando virei, vi algo que não me fez pular de alegria. Algo que tinha corpo de leão, cabeça de leão, cobra e cabra. Eu sabia o mínimo para dizer que aquilo era uma Quimera pulando para arrancar minha cabeça e comer os meus dedos.

Gritei e me joguei no chão, sendo que a Quimera só pegou água.

– Fruitloop! – Gritei procurando.

Ele surgiu atrás de mim e me deu tempo pulando na Quimera. Tirei a mochila e procurei o estojo com as pontas de lanças. Joguei uma após a outra na Quimera e aquele tão esperando pó de monstro começou a cair, mas ela se aproximou tão violentamente e era tão grande que eu não consegui me mover, ela me arranhou e eu caí no chão. Coloquei a mão no rosto e senti três riscos em minha bochecha subindo para o meu cabelo. Ela ia acabar comigo, mas peguei uma das pontas da lança e enfiei em seu corpo. Ela ficou parada e eu pensei que ela ia me atacar de novo, mas se desfez em pó verde. Chegando por tras dela, mas não o suficiente para ataca-la, dois garotos altos que pareciam ter mais ou menos a minha idade, 16 anos, estavam parados com as mãos prontas para atacar a fera com espadas.

– Você está bem? – O mais alto perguntou.

– Ahn, eu acho que sim. – Eu olhava para o meu corpo contando os estragos e os meus dedos.

– Certo. – Ele sorriu. – Você, com toda a certeza, é uma semi deusa. – O mais baixo falou.

Eles tinham quase a mesma altura, mas um deles era um pouco mais baixo. O mais alto tinha cabelo loiro escuro, olhos quase azuis e um brilho neles intenso, como se sua cabeça pensasse em várias coisas e formas de me ajudar a levantar. O outro, tinha pele morena clara, mãos ágeis e grandes, cabelo preto e seus olhos também tinham aquele brilho, mas era como se ele pensasse em uma máquina para me levantar do chão.

O loiro me ajudou a levantar. E me deu um lenço para tirar o sangue do meu rosto.

– O meu nome é Mark, o dele é Daniel e temos algo para te contar...

– Tipo, que eu tenho sangue dos deuses?

– Ahn, bom... – Eles pareciam encabulados.

– Ah, eu já sei de tudo, fiquem calmos. Meu nome é Helena Geans.

– Deixa eu entender, você veio até aqui sozinha? Onde estão a sua mãe, ou o seu pai? – Daniel perguntou.

– Eu... Não conheci os meus pais. Nenhum deles. Eu tinha pais adotivos, mas eles morreram tentando me proteger. Eu tenho vivido em uma gruta por 3 anos. - Eu já sabia o que dizer, meu discurso estava todo preparado, mas naquela hora, tudo saiu como se fosse a primeira vez.

– Sozinha? – Mark perguntou. – Você não parece ter morado em uma gruta...

Eu não disse...

– É. Com Fruitloop. – Chamei o gato.

– Ela tem um gato. – Daniel sussurrou para Mark.

– Hum... Por que nos não entramos?

– Eu preciso pegar minhas coisas. Eu encontro vocês lá, sim? – Perguntei pegando Fruitloop no colo.

– Sim. Não vai se perder, viu?

Eu ri e assenti com a cabeça.

– E... Obrigada. - Agradeci.

– Nos não fizemos nada. - Mark disse sorrindo.

Eles deram a volta e voltaram para o acampamento. Sorri para Fruitloop em meus braços e falei:

– Eles são umas gracinhas, não?

O gato miou.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Amaram? Vão me matar?
Amore