Dance The Night Away escrita por OblivionWing


Capítulo 2
Comprimidos


Notas iniciais do capítulo

Capítulo 2 /o/



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Heiwajima Shizuo? Morto. Eu o quero morto. Mais do que nunca.
Claro, mas antes ele ia pagar, MUITO caro. E eu ia fazer questão de que...


Argh! 


- Izaya, tome os comprimidos. – Shinra estava com um frasco de pílulas brancas e um copo d'água na mão.


- Eu já disse, não quero e – aquela dor lancinante de novo – Droga! Shinra!


- Você tem que tomar, senão não vai melhorar a dor. Por favor. 


Peguei a droga dos remédios rapidamente e engoli um comprimido com quase nada de água. Era horrível, eu ia ter que viver a vida toda tomando essas...
É tudo culpa dele!


- Você já pode ir. Estou te receitando dois frascos do remédio, quando faltar me ligue e mandarei a Celty te levar mais. – disse Shinra apontando para um pacote em cima de uma mesa.


Logo depois ele saiu do quarto. Eu já não tomava mais soro, então me levantei aos poucos para não me sentir tonto. Além de tudo o que estava acontecendo, eu ainda tinha o trabalho com o Shiki-san. Eu não ia me privar disso – seria realmente interessante – e essa dor de cabeça idiota não ia me atrapalhar.
Fui saindo do quarto quando me deparei com a “motoqueira-sem-cabeça” ou “Celty” já que é assim que a chamam. Ela parecia meio agitada então começou a digitar na tela de um celular. 
“Você está bem?” 
Não pude evitar de soltar uma risada.


- Claro que estou! Melhor impossível. Orihara Izaya de volta à ativa. Ja ne.


Não ia deixar ninguém saber dessa droga toda. Nenhum deles ia saber dessa minha fraqueza. Mas eu ia adorar jogar isso na cara de certo alguém. Só de pensar nele minha cabeça quase explodia. Desci o elevador apreciando o silêncio, com os olhos fechados. Quando chegou ao térreo, quase quis apertar o botão para subir de novo, só pra ficar mais algum tempo sem ouvir nada além dos ruídos do elevador.
O Sol machucou meus olhos. Argh. Como pequenas coisas que antes não eram nada pareciam que me debilitavam... Deve ser por que passei um tempo no hospital e...


Ah! Só podia ser brincadeira.

Aquele ser fumando um cigarro nojento encostado na parede de concreto do edifício onde eu estava, aquele protozoário alto e patético.


- O que você quer? – falei rispidamente.


- Você estava no hospital e – ele começou a falar com aquela voz nojenta.

- Ah! Resolveu dar uma de bom moço depois de ter ferrado comigo? Não é do feitio de bestas fazerem isso! – falei com o tom mais sarcástico que eu pude.

Ele pareceu ficar nervoso. Fechou os punhos. Sorri.


- O que? Veio terminar o serviço? – provoquei.


- Sua pulga, eu não fiz...


- Sabe por que eu estava ali? Sabe? Sabe o que é isso na minha mão? – levantei o pacote - São comprimidos que eu vou ter que tomar pra sempre! Agora eu tenho uma doença na cabeça sabia? Ah, sabe quem é o culpado? 


Ele não respondeu.


- Você! Você e essa sua maldita força brutal não-humana ferrou com a minha cabeça! – depois, soltei uma gargalhada – ironia, não?


Ele ficou meio confuso no começo. Ficou parado, sem saber o que fazer. Amassou o cigarro, inquieto.
Eu odiava ver qualquer sinal de humanidade naquele monstro. 


- Pergunte ao Shinra.– sorri – e então? O que quer aqui?


- Você...ME IRRITA! – ele largou o cigarro no chão – Qualquer merda que você fala eu...me...IRRITA! 


Isso não podia ser sério. Ele REALMENTE é um idiota...ele...
Saquei o canivete. Eu ia corta-lo e...


Argh!


Aquela dor. Aquela droga de dor...
Meu crânio vai...explodir...


Não pude ficar de pé direito, tive que me recostar na parede. Eu tomei a droga do remédio e...


- Pulga?! O que...?


- SAIA! SEU...– quando gritei isso, minha cabeça latejou mais ainda. Eu ia desmaiar de novo. 


Tudo ia ficando escuro. Um mal estar tão...horrível. Enjôo. Dor. Eu...Senti algo estranho. Um solavanco diferente. Um horrível cheiro de cigarro. 


- O-o que você...? – falei, já meio débil.


- Eu vou te levar de volta pro hospital. Cala a boca.


Ele me envolveu forte com os braços e me levantou do chão. Comecei a me debater, mas a náusea estava tão forte...tive que ceder. Mal sentia meu corpo.
Mas senti um calor estranho.
Um pouco antes de apagar.

-
De novo. De novo essa porcaria de cheiro de hospital. Mas quando abri os olhos, eu não estava em uma maca. Estava no sofá em um sala com Shinra.


- Você não pode passar por situações de stress mal começando o tratamento e...


- Eu...apaguei de novo...?


Ele assentiu. Me senti um inútil.


- Calma. Está melhor? Que ficar mais um tempo aqui?


- Não. Agora sei que não posso mais me estressar. Obrigado, de qualquer forma.


Acho que uma parte de mim teve o orgulho ferido com essa coisa da cabeça. Por que eu me sentia um idiota.Fui saindo da porta de Shinra me lamentando.


- Pulga...?


Ah! Que inferno!


- O que faz aqui ainda?! – perguntei rispidamente.


- Eu...fui eu...realmente que...fiz isso com você?


Sorri.


- Acha que estou mentindo agora..?


- Não...


- Pois é. Sinta-se culpado à vontade. 


Ele olhou para o chão, pensativo.


- Droga...me...


Arregalei os olhos. Não...ele não estava...


- Me desculpe, pulga. 


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