Mama, We All Go To Hell escrita por Suiku_KHR


Capítulo 1
A Morte e a Vingança


Notas iniciais do capítulo

Bem '-' Nada a falar, só aproveitem a leitura.



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–MÃE, ME AJUDE, POR FAVOR – Gritou, desesperada, mas a adulta só olhou para trás, a menina, que dizia ser sua filha, estava sendo levada. A mulher não se arrependeu de nada, já que ela não nascera de seu ventre, tudo que a garotinha acreditava era ilusão.

A loira despencou na cadeira, não poderá evitar as lágrimas. Tentava se convencer que era a coisa certa a se fazer e não iria voltar atrás por nada, nem pelos gritos, nem pela dor.

Enquanto isso, a garota de apenas 6 anos se debatia, de repente sentiu seu corpo se amolecer e perder completamente o controle de seus membros. Mas sua mente continuou alerta e viva. “Por quê? Por que ela mentiu para mim?” Pensou “Por que estou aqui? O que essas pessoas vão fazer comigo? Mãe, me ajude, por favor”. Então, os batimentos se foram, junto com o próprio coração. Restos de lágrimas caíram dos olhos mortos da menina. Os médicos esconderam seus rostos por trás das mascaras, envergonhados. Uma vida sacrificada para salvar outra. Mesmo assim, era brutal, muito brutal. A pobre garota nunca iria crescer, se apaixonar, vivenciar mais a felicidade, nem a tristeza. Era tão jovem.

“Eu fui abandonada”

Uma enfermeira retirou o corpo. Olhou uma vez para o rosto pálido da menina e pensou em sua própria filha, então afastou tais pensamentos da cabeça. Não, aquela nunca seria sua filha, jamais. Olhou pela segunda vez, os olhos abertos; mostrando claramente o dilatamento, os cabelos loiros embaraçados, mas, mesmo assim, muito bonito. Imaginou como deveria ser ver uma criança tão bonita como aquela sorri, demonstrando todo o amor do mundo. Por fim, balançou a cabeça, levando-a em uma maca até um outro quarto, depois saiu, esquecendo-se do que pensara agora pouco.

“Por que eles são assim? Ignoram tudo tão facilmente”

Entre outras salas de cirurgia, acontecia uma transferência de órgãos. Uma garotinha recebera um coração, dado por sua própria irmã, ou assim ela pensara.


A mãe apertara as mãos uma contra a outra, apreensiva. Só via a hora de abraçar a filha legitima e lhe dar um grande beijo.


***

O cadáver colocou a mão sobre o peito, só para ter certeza que estava morto. Não sabia como, mas lágrimas caiam sem piedade. Morrera por mãos humanas. Morrera por causa de sua mãe, desesperada. Pois os pés no chão, tentando andar, mas caiu. “Eu vou ter minha vingança” Fora tudo que pensara. Não descansaria até ver aquela mulher morta em suas mãos.

Depois de se adaptar, foi até a recepção. Nas pontas dos pés, encarou a recepcionista, que a olhou assustada.

–Meu amor, não faça isso – Falou, com a mão no peito. – Se perdeu? Quer que eu ajude encontrar sua mãe?

–Não, obrigada – Respondeu – Por favor, queria saber o quarto de Hana Yamamoto.

–Ah! – A mulher olhou para a tela, procurando tal pessoa – Sua irmã?

A menina assentiu.

–203 – Disse, esboçando um sorriso. Virou-se para encarar a garota, mas ela já não estava mais lá.


***


Seus passos ecoaram pelos corredores vazios. Adentrou com cuidado no quarto. Arregalou os olhos para cama, sua querida irmã estava ali. Se aproximou e, nas pontas dos pés, encarou a menor.

“Por que tinha que ser assim,Hana?”

Passou sua mão suavemente no rosto da menina desacordada, então colocou a mão em seu peito, sentiu o coração bater, SEU coração bater, dentro do corpo de sua irmã. Quem dera que ele estivesse em seu corpo... Deu um sorriso fraco, o que fez a garota soltar mais lágrimas, que, agora, se entrelaçavam com o sangue, as deixando vermelha.

Ouviu-se um copo quebrando. A loira olhou para trás. Na porta a mulher tremia de medo, mal acreditando no que seus olhos via. A garotinha deu um sorriso maldoso.

–N-Não pode ser – Sussurrou a mais velha – V-Você deveria estar morta!!! MORTA!!!

–Oi, mamãe – Falou, se aproximando da adulta – Como vai?

Esticou as mãos, em forma de abraço, mas a mais velha soltou um gemido e correu, correu como nunca havia corrido. “Não pode ser” Pensou “Ela não pode estar aqui”. Atravessou outro corredor olhando para trás.

–Por que você me abandonou, mamãe? – Ecoou a voz da garota entre os corredores. – Por que fez isso comigo?

–DEIXE-ME EM PAZ – Gritou em resposta.

Uma mão atravessou a escuridão, agarrando o pé da mulher, que caiu violentamente no chão. Ela se virou assustada, tentou gritar, mas nada saiu de sua boca. A garotinha a sua frente se transformou: Seus olhos desapareceram, as bochechas, antes fofas e rosadas, afundaram; o cabelo tão sedoso perdeu o brilho e, de repente, ela ficou magra demais. Grandes e afiados dentes cresceram de sua boca.

–Mamãe... – Disse com a voz rouca e profunda – Todos... Nós... Vamos... Para... O... INFERNO.

Ao dizer isso, abriu a boca. A mulher fora sugada e desapareceu na escuridão... Para sempre.

Por que tinha que ser logo você, mãe?”



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Notas finais do capítulo

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