A New Beginning escrita por Kim Jin Hee


Capítulo 5
Detention Potter?


Notas iniciais do capítulo

beeeeeeeeem esse é o maior capitulo até agora! E é dedicado a todos que mandaram reviews, muito obrigada!
E é especialmente dedicado à Isa, Minha Alcaçuz, que me incentiva a postar!
As aulas não são muito modificadas não, são praticamente fiéis ao livro!
Espero que gostem. Boa leitura :)



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A aula de Transfiguração correu normal e, segundo James Sirius, chata.

Chegaram na sala de poções e foram direto se sentar.

– Quem é o professor? – Lily perguntou para Rose.

– Acho que é o... – ela foi interrompida pela porta que abriu e revelou Severus Snape. – Ele – ela disse sorrindo inocentemente para Lily.

A ruiva sentiu um aperto no peito ao pensar que teria que ver seu ex-melhor amigo durante um ano, sem poder fugir, como fazia no seu tempo.

– Sentem-se – disse Snape friamente, fechando a porta atrás de si.

Não havia a necessidade de chamar por ordem, no momento que a classe ouviu a porta fechar o silêncio caiu e todo movimento cessou. A mera presença de Snape era normalmente o suficiente para assegurar o silêncio da classe, nem mesmo os alunos novos ousavam desobedecer.

– Antes de começarmos a aula de hoje - disse Snape, atirando-se para sua mesa e virando para encará-los – devo dizer aos alunos novos que não tolero nenhum tipo de gracinha em minha aula. Bem, eu acredito que seja apropriado lembrá-los que em junho vocês vão encarar um exame importante, durante o qual cada um vai provar, ou tentar, o quanto aprendeu sobre a composição e o uso das poções mágicas. Sendo alguns dessa classe claramente estúpidos, eu espero de vocês um sofrível "Aceitável" em seus N.O.M's, ou vão sofrer meu... Descontentamento.

Lily viu o olhar do professor parar em um aluno um pouco atrás dela, parecia muito assustado, porque engoliu em seco.

– Depois desse ano, é claro, muitos de vocês não vão mais estudar comigo – Snape continuou. – Eu apenas aceito os melhores em minhas classes para os N.I.E.M's, o que certamente quer dizer que alguns de vocês estarão se despedindo.

Lily novamente seguiu o olhar do professor e viu que seus olhos pousaram em Harry e seus lábios de curvaram. Harry o encarou de volta, sustentando o olhar frio e ressentido de Snape.

– Mas ainda temos um ano antes desse momento alegre de despedida – o professor disse suavemente. – Então estando ou não vocês dispostos a tentar os N.I.E.M's eu aconselho todos a concentrarem todos seus esforços em manter os níveis mais altos como espero de meus estudantes de N.O.M's. Hoje nós vamos misturar uma poção que costuma ser dada em Níveis Ordinários de Magia: o Gole da Paz, a poção para acalmar a ansiedade e suavizar a agitação. Tenham cuidado: se você pesar a mão nos ingredientes vai colocar quem a beber em um sono pesado e às vezes irreversível, então precisam prestar muita atenção no que estão fazendo – Lily se empertigou na cadeira, pronta para dar o máximo de si. – Os ingredientes e método estão no quadro negro – e com um aceno da varinha de Snape eles apareceram no quadro. – Vocês vão encontrar tudo que precisam no armário de estoque – balançou novamente a varinha e a porta do dito armário se abriu. – Vocês têm uma hora e meia... Comecem.

Snape não poderia ter lhes dado poção mais difícil. Os ingredientes tinham que ser adicionados ao caldeirão na ordem e quantidade corretas; a poção tinha que ser mexida um número exato de vezes, primeiro no sentido horário e então no anti-horário; o fogo em que estava sendo cozinhado tinha que ser baixado a um determinado grau por um número específico de minutos antes que o ingrediente final fosse adicionado.

– Um leve vapor prateado deve estar agora levantando de suas poções – avisou Snape, com dez minutos para o fim do tempo dado.

Lily sorriu, era exatamente o que acontecia com sua poção neste momento.

Então resolveu dar uma olhada em volta, Marlene, que estava ao seu lado, tinha uma poção verde e mal cheirosa, que soltava fortes baforadas de fumaça verde musgo, James estava suado e de seu caldeirão saia, de fato, um leve vapor prateado, já Sirius, que estava ao seu lado, não teve tanta sorte e tinha várias coisas presas ao seu cabelo, Lily achou melhor não tentar descobrir o que era aquilo. Já o caldeirão de Harry estava soltando montes de fumaça cinza escura; o de Rony estava cuspindo faíscas verdes. Um garoto que ela lembrava vagamente se chamar, Simas, estava incitando febrilmente as chamas na base de seu caldeirão com a ponta da sua varinha, enquanto elas pareciam estar apagando. A superfície da poção de Hermione, no entanto, estava tremeluzindo com uma nuvem de vapor prateado, assim como a de Lily. Snape passou por ela olhando para baixo com seu nariz de gancho apontado para seu caldeirão sem nenhum comentário, e fez o mesmo com Lily. A ruiva achou que ele não elogiaria ninguém, então se ele não dissesse nada, certamente era um bom sinal. Ao chegar ao caldeirão de Harry, no entanto, Snape parou, olhou para baixo com um horrível sorriso no rosto.

– Droga – Lily murmurou.

– Potter, o que isso deveria ser?

Os alunos na frente da classe olharam para trás ansiosamente, os da sonserinos porque adoravam ouvir Snape acabar com Harry e os grifinórios porque eram curiosos por natureza.

– O Gole da Paz – disse Harry tenso.

– Diga-me Potter – Snape falou suavemente –, você sabe ler?

Draco Malfoy gargalhou. James, que estava na frente do sonserino, lhe mandou um olhar mortal e o loiro se calou.

– Sim, eu sei – Harry respondeu entredentes, seus dedos se fechando ao redor de sua varinha.

– Leia a terceira linha da instrução para mim, Potter.

Harry apertou os olhos para ver o quadro negro, não era fácil ler as instruções com as nuvens multicoloridas que agora enchiam a masmorra.

– Adicionar pó de pedra-da-lua, mexer três vezes no sentido horário, deixe cozinhar por sete minutos e adicione duas gotas de xarope de hellebore.

Seu coração afundou. Ele não tinha adicionado o xarope de hellebore, mas sim, pulado direto para a quarta linhas depois de deixar a poção descansar sete minutos.

– Você fez tudo que mandava a terceira linha, Potter?

– Não – disse baixinho.

– Perdão...? – Snape fingiu não ouvir.

– Não – disse Harry mais alto. – Eu esqueci o hellebore.

– Eu sei que você esqueceu, Potter, o que quer dizer que essa mistura não vale nada. Evanesce – disse apontando a varinha para o caldeirão de Harry.

Os componentes da poção de Harry desapareceram, ele estava parado tolamente ao lado do caldeirão vazio.

– Aqueles que sabem e conseguiram ler corretamente as instruções encham um frasco com uma amostra da sua poção, etiquetem claramente com seu nome e tragam para minha mesa para ser testada – disse Snape. – Dever de casa. Trinta centímetros e meio de pergaminho sobre as propriedades de pedra-da-lua e seus usos para o preparo de poções, para ser entregue na quinta-feira.

Logo após o almoço os alunos novos estavam indo em direção à aula de Adivinhação.

Lily achava aquilo uma grande baboseira, mas preferia assistir aula do que ficar sozinha no pátio de uma Hogwarts desconhecida.

– Aquilo foi uma enorme injustiça! – Rose exclamou. – A poção do tio Harry não estava pior do que a do papai, ele estava atrás de mim e a poção dele, se é que pode ser chamada de poção, estava com um cheiro de ovos podres; ou a do tio Nev, estava igual cimento recém-misturado e ele teve que raspar o caldeirão – ela disse indignada.

Todos riram quando Rose contou sobre a poção de Neville.

– A poção dele não estava nem de longe tão ruim quanto a do menino que estava sentado ao lado do Malfoy; quando ele a pôs no frasco ele derreteu e pôs fogo nas vestes dele. Mas desde quando o Ranhoso é justo? – James disse azedo e irritado.

Aquele Seboso infernizava a vida de seu filho... Mas ele teria o que merecia.

– O que é seu está muito bem guardado Ranhosinho – ele murmurou.

– O que disse? – Lily, que estava ao seu lado, perguntou.

– Nada Lil... Lydia – ele disse sorrindo para ela. Ela, que havia percebido que ele havia mudado o nome dela no meio da frase, olhou para frente e viu alguns alunos parados debaixo alçapão da Torre Norte. Entre eles, Harry. Assim que o sino tocou Harry foi o primeiro a subir, e logo depois os outros o seguiram.

– Vou morrer com tanto dever de casa! – Sirius exclamou uma hora mais tarde, enquanto iam em direção a aula de Defesa Contra As Artes Das Trevas.

– Eu também Pads – James concordou. – Binns já pediu quarenta e oito centímetros de pergaminho sobre a Guerra dos Gigantes, Seboso quer trinta sobre os usos da pedra-da-lua e agora a gente tem que manter um mês de diário para a Trelawney, essa mulher é louca! É melhor essa tal de Umbridge não nos dar nenhum...

– O Snape quer trinta centímetros e meio. Não se esqueça. E eu já passei por isso antes meu caro James. E acredite: você vai sofrer. – Scorpius disse. – Minha professora de Poções era pior que o Snape. A tal da Parkinson, da Sonserina. 

James olhou com uma expressão de pena para o amigo. Já tinha percebido que os alunos da Sonserina nesse tempo não eram melhores do que em seu próprio.

Quando entraram na sala de Defesa Contra as Artes das Trevas encontraram a professora Umbridge já sentada em sua mesa, ela usava cardigã rosa estufado e uma boina de veludo preto sobre a cabeça.

James a olhou e lembrou estranhamente de um sapo.

A classe estava quieta enquanto entrava na sala; a professora Umbridge era, ainda, uma incógnita e ninguém sabia quão severa ela podia ser.

– Bem, boa tarde! – exclamou ela quando finalmente toda classe se sentou.

Alguns alunos murmuraram um "boa tarde" em resposta. James nem se deu ao trabalho.

– Tsc, tsc – fez a professora Umbridge. Assim não pode ser. Eu gostaria que vocês respondessem, por favor, "boa tarde professora Umbridge". Uma vez mais, por favor. Boa tarde classe!

– Boa tarde professora Umbridge – entoaram de volta.

– Agora sim – disse docemente. – Não foi tão difícil, foi? Agora, varinhas guardadas e penas nas mãos, por favor.

Muitos alunos trocaram olhares melancólicos e indignados; a ordem "varinhas guardadas" ainda não viera seguida de uma aula que achassem interessante. James, emburrado, enfiou sua varinha de volta na mochila e tirou sua pena, tinta e pergaminho. A professora Umbridge abriu sua bolsa e tirou sua própria varinha, que era bem mais curta do que o normal, tocou o quadro negro com ela; palavras apareceram:

"Defesa Contra as Artes das Trevas, Um retorno aos Princípios Básicos"


– Agora, seus ensinamentos nessa matéria têm sido constantemente interrompidos, não é? - começou a professora Umbridge, olhando para a classe com suas mãos cruzadas à sua frente. – A constante mudança de professores, muitos dos quais parecem não ter seguido nada do currículo aprovado do Ministério, fez vocês estarem infelizmente muito abaixo do nível que esperamos de vocês para esse ano de N.O.M's. Vocês ficaram felizes em saber, entretanto, que esses problemas agora serão retificados. Nós vamos, esse ano, estar seguindo um curso de defesa mágica bem estruturado, teoricamente centrado e aprovado pelo Ministério. Copiem isso que se segue, por favor.

Ela tocou o quadro negro novamente; a primeira mensagem desapareceu e foi substituída por:


"Propósito do curso

Entendimento dos princípios básicos da magia defensiva.

Aprender a reconhecer situações onde a magia defensiva pode ser legalmente usada.

Colocando o uso da magia defensiva em um contexto para uso prático."


Por alguns minutos a sala ficou cheia dos sons de penas arranhando pergaminhos. Quando todos haviam copiado os três propósitos do curso da professora Umbridge ela perguntou.

– Todos têm uma copia de Teoria de Defesa Mágica, de Wilbert Slinkhard?

Houve um fraco murmúrio de assentimento pela classe.

– Acho que temos que tentar de novo – disse a Professora Umbridge. –

Quando eu fizer uma pergunta gostaria que vocês respondessem "Sim, professora Umbridge". Então... Todos têm uma cópia de Teoria de Defesa Mágica, de Wilbert Slinkhard?

– Sim, professora Umbridge – correu pela sala.

– Ótimo. Gostaria que vocês abrissem e lessem a página cinco, Capitulo um, Básico Para Iniciantes. Não será preciso falar.

A professora Umbridge deixou o quadro negro e se ajeitou na sua cadeira atrás de sua mesa, observando-os de perto com aqueles olhos de sapo.

James começou a ler... E então sentiu seus olhos pesarem e irem fechando lentamente.

Hermione nem ao menos abrira seu livro. Ela estava olhando fixamente para a professora Umbridge com sua mão estendida no ar.

Depois que vários minutos se passaram, entretanto, já mais do que a metade da classe estava com os olhos fixos em Hermione. James havia sido acordado por Remus com um tapa na cabeça.

Com a turma quase toda encarando Hermione em vez de ler seus livros, a professora Umbridge pareceu decidir que não podia ignorar a situação por mais tempo.

– Você deseja perguntar algo sobre o capítulo, querida? – perguntou para Hermione, como se só agora a notasse.

– Não sobre o capitulo, não.

– Bem, nós agora estamos lendo – disse a Professora Umbridge, fazendo o que julgava ser sorrir. – Se você tem outras dúvidas nós podemos lidar com isso ao fim da aula.

– Eu tenho uma dúvida sobre os propósitos do curso.

A professora Umbridge levantou suas sobrancelhas.

– E seu nome é?

– Hermione Granger.

– Bem, Srta. Granger, eu acho que os propósitos do curso estão claros se você os ler cautelosamente - disse a professora Umbridge com uma voz de determinada doçura.

– Bem, eu não acho isso – disse Hermione asperamente. – Não há nada escrito ali sobre o uso de feitiços defensivos.

Houve um pequeno silêncio durante o qual vários alunos da classe viraram suas cabeças para ler mais atentamente os três pontos dos propósitos do curso que ainda estavam escritos no quadro.

– Usar feitiços defensivos? – a professora repetiu com uma curta risada. – Porque, não posso imaginar qualquer situação surgindo na minha sala de aula que exigiria o uso de feitiços defensivos, Srta. Granger. Você certamente não está esperando ser atacada durante as aulas?

– Nós não vamos usar magia? – Rony exclamou alto.

– Estudantes levantam suas mãos quando desejam falar em minha classe, Sr...?

– Weasley – disse Rony, jogando sua mão para o alto.

A professora Umbridge, sorrindo ainda mais abertamente, virou suas costas para ele. Harry e Hermione imediatamente levantaram suas mãos também. Os olhos de sapo da professora pousaram em Harry por um momento antes de se voltar para Hermione.

– Sim, Srta. Granger? Deseja perguntar alguma coisa mais?

– Sim. Claramente todo o objetivo de Defesa Contra as Artes das Trevas é praticar feitiços defensivos?

– Você é uma expert educacional treinada do Ministério, Srta. Granger? - perguntou a professora Umbridge, em sua falsa voz doce.

– Não, mas...

– Então temo que não esteja capacitada para decidir sobre "todo o objetivo" de qualquer matéria. Bruxos mais velhos e espertos do que você aconselharam nosso novo programa de estudos. Vocês estarão aprendendo sobre feitiços defensivos de uma maneira livre de riscos...

– Que uso tem isso? - disse Harry alto. - Se formos atacados, não vai ser em...

– Mão, Sr. Potter! - cantou a professora Umbridge.

Harry jogou seu punho para o ar. Novamente a professora deliberadamente deu as costas a ele, mas agora vários outros alunos tinham as mãos levantadas também.

– E seu nome é? – a professora perguntou a James Sirius que havia levantado a mão.

– Jason Parker.

– Bem, Sr. Parker?

– Bom, é como Harry disse, não é? Se nós formos ser atacados, não vai ser num ambiente livre de risco.

– Eu repito – disse a Professora Umbridge, sorrindo de um modo irritante para James. – Você espera ser atacado em minha aula?

– Não, mas...

A Professora o cortou.

– Eu não desejo criticar a maneira que as coisas estão correndo nessa escola – disse, um falso sorriso rasgando sua boca – mas vocês têm sido expostos a bruxos muito irresponsáveis nessa matéria, muito irresponsáveis mesmo. Pra não mencionar – ela deu uma risada maldosa – raças extremamente perigosas.

– Se você se refere ao professor Lupin – silvou Rony com raiva – ele foi o melhor professor que nós...

"Lupin? Mas Lupin sou eu! Há, eu vou ser professor, e o melhor" – Remus pensou alegre.

– Mão, Senhor Weasley! Como eu ia dizendo... Vocês foram introduzidos em feitiços que foram complexos, inapropriados para sua idade e potencialmente letais. Vocês foram levados por medo a acreditar que poderiam estar sendo atacados pelo mal a cada dia...

– Não, não fomos – disse Hermione. – Nós somente...

– Sua mão não está levantada Srta. Granger!

Hermione levantou a mão. A Professora Umbridge deu as costas a ela.

– É do meu conhecimento que meu predecessor não só praticou feitiços ilegais em frente a vocês, também os praticou em vocês.

– Bom, ele se revelou um louco, não foi? – Disse Rony alterado. – Mas, mesmo assim aprendemos muita coisa.

– Sua mão não está levantada, Sr. Weasley! – ralhou a Professora Umbridge. – Agora, essa é a visão do Ministério que o ensinamento teórico mais do que suficiente para vocês passarem pelo exame, que, afinal, é para o que serve a escola. E seu nome é? – disse, apontando para Rose, que, destemidamente, acabara de levantar a mão.

– Rose Weaver, e não há exame pratico de Defesa Contra as Artes das Trevas nos N.O.M's? Nós não devemos mostrar que podemos realmente fazer um contra feitiço e outras coisas?

– Contanto que vocês estudem a teoria com afinco, não há motivo para que não aptos a praticar feitiços sobre condições cautelosamente controladas - disse a professora, dando por encerrado o assunto.

– Sem nem mesmo praticarmos antes? – disse Lily, incrédula. – Está dizendo pra nós que a primeira vez que faremos os feitiços vai ser no exame? Isso é pura idiotice!

– Eu repito, contanto que estudem com afinco a teoria...

– E que bem a teoria pode fazer no mundo real? – disse James Sirius quase gritando, seu punho no ar.

A professora Umbridge olhou para ele.

– Isso é a escola, Sr. Parker, não o mundo real – disse suavemente.

– Então nós não devemos estar preparados para o que está esperando por nós lá fora? – Harry perguntou.

– Não há nada lá fora, Sr. Potter.

– Ah, é? – disse Harry, seu humor, que parecia estar borbulhando abaixo da superfície o dia todo, estava chegando ao ponto de fervura.

– Quem você imagina que atacaria crianças como vocês? - inquiriu a professora Umbridge numa voz horrivelmente melada.

– Hum, me deixa ver... – disse Harry em voz de escárnio. – Talvez... Voldemort!

Rony engasgou; Lilá Brown soltou um pequeno grito; Neville escorregou do seu banco; e James estava com um sorriso orgulho no rosto, afinal, seu filho não era idiota e sabia se defender. A professora Umbridge, entretanto, nem piscou. Estava encarando Harry com um sorriso de satisfação no seu rosto.

– Dez pontos debitados da Grifinória, Sr. Potter.

A classe estava silenciosa e parada. Todos estavam encarando Umbridge e Harry.

– Agora, vamos deixar algumas coisas claras.

A professora levantou e se inclinou para eles, seus dedos gorduchos espalmados em sua mesa.

– Foi dito a vocês que certo mago negro retornara dos mortos...

– Ele não estava morto – disse Harry com raiva – mas é, ele retornou!

– Senhor Potter, você já perdeu para sua casa dez pontos, não faça as coisas piores para você mesmo – disse a professora Umbridge em um só fôlego, sem olhá-lo. – Como eu dizia... Vocês foram informados que certo bruxo negro está ao largo novamente. Isso é mentira.

– Não é mentira – gritou Harry. – Eu o vi, eu lutei com ele!

– Detenção, Sr. Potter! – disse a Professora Umbridge triunfante. – Amanhã de tarde. Cinco horas. Meu escritório. Eu repito, isso é uma mentira. O Ministério da Magia garante que vocês não estão em perigo vindo de nenhum bruxo das trevas. Se ainda estiveram preocupados sobre qualquer coisa venham me ver depois das aulas. Se alguém está alarmando vocês com besteiras sobre bruxos das trevas eu vou gostar de ouvir sobre isso. Estou aqui para ajudar. Eu sou sua amiga. E agora, vocês vão amavelmente continuar lendo a pagina cinco, "Básico Para Iniciantes".

A professora Umbridge sentou atrás de sua mesa. Harry, entretanto, continuou em pé. Todos estavam olhando para ele. Simas parecia meio assustado, meio fascinado.

– Então, no "novo plano de ensino do Ministério" – James disse sarcasticamente se levantando e se postando ao lado de Harry – levamos detenções por falar a verdade? Ah, mas que ótimo! – exclamou exasperado.

– O que está querendo dizer com isso Sr. Parker? – a professora perguntou perdendo totalmente a sua "boa pose".

– O Ministro é um idiota e todos sabem disso – disse Albus se levantando e entrando na discussão.

– E quem o senhor pensa que é? – a professora disse já totalmente alterada.

– Ah, muito prazer querida – Albus disse doce e ironicamente. – Meu nome é Anthony Petterson.

– Detenção Sr. Petterson. Mesma hora e lugar que o Sr. Potter.

– Uma a mais ou a menos, tanto faz – disse dando de ombros.

– Então, de acordo com você, Cedrico Diggory caiu morto porque ficou com vontade, não foi? – Harry perguntou, sua voz tremendo.

Houve uma coletiva tomada de ar da classe, pois nenhum deles, fora Rony e Hermione, nunca escutou Harry falar sobre o que acontecera na noite que Cedrico havia morrido. Eles olhavam avidamente de Harry para a professora Umbridge, que havia levantado seus olhos e o estava encarando sem um traço do sorriso falso no rosto.

– A morte de Cedrico Diggory foi um trágico acidente – disse friamente.

– Foi assassinato – disse James sem pensar.

– E como o senhor sabe disso? – Umbridge perguntou.

– Nada, a não ser a Maldição da Morte, mata sem deixar rastros. Até mesmo se ele tivesse sido envenenado, ainda teria algo no sangue dele, mas nada foi encontrado. Voldemort o matou e você sabe disso – ele disse torcendo para que ela não perguntasse de onde tirou a ideia de que o sangue do garoto foi examinado.

O rosto da professora Umbridge estava sem expressão. Por um momento James pensou que ela ia gritar com ele. Mas ela disse no seu macio, mais doce tom de voz:

– Venham aqui, queridos – chamou os quatro que estavam de pé.

Eles andaram até a mesa da professora. Podiam sentir o resto da classe segurando a respiração. Estavam com tanta raiva dessa velha com cara de sapo que nem se importavam com o que aconteceria depois.

A professora puxou um pequeno pergaminho rosa de sua bolsa, esticou-o na mesa, molhou sua pena na tinta e começou a escrever, curvando-se para os alunos não verem o que estava escrevendo. Ninguém falava. Depois de um minuto ou quase ela enrolou o pergaminho e bateu nele com a varinha; ele se selou, assim o quarteto não poderia lê-lo.

– Levem isso à professora McGonagall – disse, estendendo a nota para eles.

Harry pegou sem dizer uma palavra, deu a volta e deixou a sala e os outros o seguiram, batendo a porta da classe atrás deles.

~o~ HP ~o~ HP ~o~ HP ~o~ HP ~o~ HP ~o~ HP ~o~HP ~o~ HP ~o~ HP ~o~ HP ~o~

Lene, Sirius, Lily, Remus, Isa, Nick, Rose e Scorpius estavam na Sala Precisa esperando os Potter e Hugo. Faltava um tempo para o jantar e eles resolveram conversar antes deste. Estavam a quase dez minutos esperando quando a porta foi aberta e por ela entraram James, James Sirius e Albus rindo e conversando entre si.

Lily estava vermelha de raiva.

Como assim eles tinham pegado detenção na primeira aula? Qual o problema dos Potter?

– Detenção Potter? – a ruiva perguntou raivosamente. Como ela não havia perguntado a nenhum Potter em especial, todos a olharam. Então a ruiva foi andando calmamente até parar de frente para Albus.

– Por que teve que defender o Harry? – a voz de Lily estava aumentando perigosamente.

Mesmo que estivessem na Sala Precisa, seria possível ouvir seus futuros gritos. Então Isa pegou a varinha, apontou para a porta e disse:

Abafiatto.

Lily, que ainda estava vermelha de raiva, chegou para o lado e ficou de frente para James Sirius.

– James... Pensei que como sendo mais velho seria o Potter menos idiota, Jay – ela disse exasperada.

– Ele é o mais idiota de todos Lils – Isabela disse risonha chegando atrás de Lily.

A ruiva deu uma risada sem humor e ficou em frente a James. O maroto lhe mandou um sorriso torto que foi retribuído com uma carranca muito maior de Lily.

– James Potter. Você é avô... Entende a gravidade da coisa? Avô, James. Deveria protegê-los e não manda-los para a forca!

– Mas Lily... – ele começou.

– Calado James! – ela disse severamente. – Não diga nada, ou tudo que disser pode ser usado contra você.

James a olhou com medo. Não sabia que Lily ficaria assim por causa de uma simples detenção.

Lily estava com uma expressão de puro ódio. Ela era vários centímetros mais baixa que os três Potter, mas isso não os impediu de ficar morrendo de medo da ruiva.

Albus estava com a mesma dúvida de James na cabeça.

Por que a ruiva estava tão brava por causa de uma detenção? Tudo bem que havia sido no primeiro dia de aula, mas ele ainda estava confuso.

"Não é só isso, não é a detenção. Tem algo mais por trás disso" – ele pensou.

Então levantou a mão timidamente e com medo.

– Diga Al – Nick disse seriamente, mas Albus pôde ver um brilho maroto e divertido em seu olhar, e ainda a sombra de um sorriso no canto de seus lábios.

– Por que vocês estão com essa raiva toda da gente?

Lily suspirou cansada. E Rose respondeu antes que a nova amiga arrancasse o pescoço do seu primo.

– Não estamos com raiva Al, estamos preocupados – ela disse bem mais calma que todos ali.

– Preocupados? – foi a vez de James questionar.

– Isso mesmo. Preocupados James – Lily respondeu.

Alguns se assustaram com o modo que ela falou com James, e até mesmo por ela tê-lo chamado pelo primeiro nome, mas os três Potter estavam mais interessados em saber o porquê da preocupação.

– Explique a eles Bela – Scorp pediu.

Isabela reparou que todos os idiotas, incluindo ela mesma, ainda estavam de pé. Rapidamente pensou em onze confortáveis pufes. Todos se sentaram e ficaram atentos para ouvir o que a ruiva tinha a dizer, até mesmo os que já haviam ouvido a história queriam ouvir novamente, para tentar achar alguma coisa que os ajudasse.

– Bem, na aula de poções eu me sentei ao lado de Jane Bristol, da Sonserina. E ela é bem legal e me contou sobre o ano passado e sobre o banquete de abertura. Ela disse que...


[Flashback]


– Olá – disse Isa se sentando ao lado de uma menina morena de olhos verdes. – Meu nome é Isabela Dixon – se apresentou sorrindo. A menina ao seu lado sorriu de volta.

– Meu nome é Jane Bristol. Prazer.

– Prazer.

Um pouco da aula transcorreu normalmente até que Isa ouviu alguém comentar sobre a aula com a nova professora.

– Quem é essa nova professora de que todos falam, e o que ela tem de tão especial? – a ruiva perguntou a Jane.

– Ela é subsecretaria sênior do Ministro.

– Ah... Mas ela tem motivos para estar aqui? – Isa perguntou se fazendo de desentendida.

– Bem, ter não tem, mas acho que ela está aqui com a intenção de nos fazer acreditar que Dumbledore é louco e que Harry Potter é mentiroso.

– Mas por que ela faria isso? – Isa perguntou ainda se fazendo de "burra". Precisava saber se tinha alguém do lado certo.

– Bem, no ano passado teve o Torneio Tribruxo. Sabe o que é? – Isa assentiu. – Então, Harry Potter foi misteriosamente escolhido pelo cálice de fogo. E eu digo misteriosamente porque só poderia participar os alunos com mais de dezessete, e Harry Potter estava no quarto ano! Mas voltando... Na última prova do torneio, Cedrico Diggory foi morto e Potter veio trazendo o seu corpo. Ele afirma ter visto Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado voltar à vida, mas o Ministro insiste em dizer que é mentira. E como Dumbledore apoia Potter, ele também sofre as consequências.

– Então, Harry e Dumbledore estão sendo difamados somente porque afirmam que Voldemort voltou? – Isa perguntou parecendo surpresa.

– Isso mesmo – Jane afirmou.

– E em quem você acredita? – Isa perguntou, torcendo para que ela acreditasse em Harry.

Jane sorriu.

– Pode parecer estranho – disse enquanto mexia sua poção. – Mas eu acredito no Potter. Cedrico Diggory foi assassinado e nada, a não ser a Maldição da Morte, mata sem deixar rastros. Até mesmo se ele tivesse sido envenenado, ainda teria algo no sangue dele, mas nada foi encontrado – ela disse o que James havia dito na aula de Umbridge.– E como eu sei? Minha mãe trabalha no Saint Mungus – ela disse dando de ombros com a última parte.

– Entendo. Bem, ainda não posso tomar partido, mas pelo que disse, o Harry está dizendo a verdade – Isa disse como quem não quer nada.

O resto da aula correu normalmente, com Snape dando broncas em Harry e o pessoal da Sonserina, menos Jane, rindo dele.


[Fim do Flashback]


– Entendem porque estamos preocupados agora? – Lene perguntou.

– Sabe pessoal... – James começou.

– A verdade é que... – James Sirius continuou.

– Nós ainda não entendemos o motivo de tanta preocupação – Albus finalizou.

Sirius, que até então estava apenas observando, respirou fundo e disse.

– Gente, até eu entendi. Mas tudo bem, eu sempre fui o mais inteligente do grupo mesmo – ele disse risonho, mas no fundo, estava angustiado. – O caso é que se a mulher é do Ministério ela pode de alguma maneira saber que nós não somos transferidos. E ai a coisa vai ficar feia.

O rosto dos três Potter passou de confusão para surpresa, e logo depois para vergonha e culpa.

– Foi mal, não tínhamos pensado por esse lado – James disse envergonhado.

– Tudo bem, só o que vocês têm que fazer é não dar motivos para ela "investigar" vocês – Nick disse enquanto todos se levantavam e saiam da sala para ir jantar.

Já estavam perto do Salão Principal quando avistam um Hugo ofegante a cansado, e Lily Luna com uma expressão assassina.

– O que houve com vocês dois? – perguntou Sirius em tom risonho.

– Essa maluca me fez correr feito um louco atrás do tio Harry, papai e mamãe – Hugo disse bufando.

– Maluca é a vovozinha Weasley. E eu estava atrás deles sim, por quê? Ouvi muito bem quando A Chorona disse para a amiga dela – e afinando a voz a ruiva disse em tom debochado: – "O Harry está bonito esse ano não? Pena que não pude dar uma chance a ele no ano passado, mas esse ano se ele me quiser, eu posso pensar no caso dele". E se ela fosse agarrar o papai agora? ARGH, que ódio dessa... Dessa, idiota! – a ruivinha disse quase explodindo de raiva. Hugo apenas revirou os olhos na história toda.

– Lily, não viaja. O seu pai só fica, finalmente, com a sua mãe no ano que vem. Então, esqueça a Chang. Ela não tem culpa de querer o famoso vencedor do torneio Tribruxo – Hugo disse desdenhando.

Lily o olhou fervendo de raiva. Seus olhos castanhos brilhavam com a vontade da ruiva de acabar com o primo.

– Não. Defenda. A. Chorona. Weasley – ela disse pausadamente, como quem ensina algo a uma criança. Estava ficando perigosamente cada vez mais vermelha.

– Gente... O jantar já vai ser servido, é melhor irmos – disse Remus timidamente.

– Não é só porque você fica se agarrando pelos corredores com as filhinhas dela que você tem que defendê-la Weasley! – Lily exclamou ignorando completamente o que Remus havia dito.

– Inveja Potter? – Hugo perguntou em tom maroto. – Só porque eu me agarro com elas e você não se agarra com ninguém? – Hugo perguntou desdenhando.

Rose, vendo que a prima e o irmão não iriam parar de discutir tão cedo, olhou para Scorpius, e esse assentiu.

– Vamos deixar eles ai. Amanhã eles param – Rose disse cansada.

Porém, ninguém deu ouvidos. Estavam mais interessados em saber o que o casal de ruivos iria fazer.

– Então é assim Weasley? Você acha que eu não posso ficar com ninguém? – ela perguntou e o ruivo assentiu. ­– Pois saiba Huguinho que eu posso ficar com qualquer garoto de Hogwarts.

Hugo, ao ouvir isso, deu um sorriso maroto.

– Não faça isso – James Sirius gemeu.

E então as próximas palavras de Hugo fizeram todos suspirarem derrotados:

– Eu duvido Potter.

– Tarde de mais Jay – Lily murmurou para o neto.

Lily Luna de um sorriso sarcástico antes de virar para o lado e beijar a primeira pessoa que viu.

O único problema é que essa pessoa era...


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Quem a pequena Potter beijou? Respondam por review! HAHA'


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Notas finais do capítulo

Eeeee ai? Gostaram? Espero que sim!
E que tal reviews grandes para compensar o tamanho do capitulo? UAHSUAUSA
Beijoos.
ChristineWard xoxo*