Terrible Truth escrita por Stemp


Capítulo 1
Pilot




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O clima na casa está bem pesado. Já faz alguns anos desde a morte completa dos Harmon, porém Hayden está sempre alerta em busca de alguma confusão. O sr. Harmon diz que ela é pscicopata, que nem eu. Será que ele estava gozando com a minha cara?

Minha mãe nunca mais apareceu por aqui. Sumiu com o meu filho - não que eu ligue para isso, é claro - mas eu gostaria de dar alguma olhada, no garoto. Todo esse tempo eu passo aqui, no porão. Eu diria que é desagradável encontrar a cada corredor um fanstasma. Mas eu já estou acostumado, preso, engaiolado, sempre nessa casa.

E para piorar ainda mais a minha "vida", Violet nunca mais olhou na minha cara. É estranho, porque, eu pensei que ela voltaria a falar comigo depois de um tempo. Assim como eu, ela deveria ter vontades, desejos...

Perdi a contagem de quantos dias esperei para que Violet aparecesse naquela porta ou, ou me chamasse. Eu tinha saudade do seu beijo frio, seu gosto... Mas o quê eu poderia fazer? Estou condenado a ficar a eternidade aqui, magoado, ressentido. Então Hayden apareceu.

— Tate? Está com vontade de práticar alguns... joguinhos? — disse, com sua voz seca e sem qualquer emoção. Eu diria que, no mínimo, toda semana ela aparecia com esses joguinhos e eu sempre deixei claro que não estava interessado...

— Eu já disse que não! Qual é o seu problema, o sr. Harmon não lhe quiz agora você precisa ficar se jogando em cima de mim para garantir uma noite de sexo? Por quê não experimenta mostrar essa sua cara de vadia para o Chad? — respondi irritado. A presença dessa mulher me incomoda, não que ela possa me machucar, já estou morto mesmo. 

— Porque eu adoro quando você fica irritado, querido. Sua voz fica sexy e... Me excita. — sua voz era ignorante e gélida, e ela fazia alguns gestos, levantava a blusa e mostrava estar interessada. Foi quando Hayden subiu no meu colo que eu me excitei, mas era algo que eu não podia controlar. Eu não queria, e não iria...

— Não Hayden, não! VÁ EMBORA! — gritei. Estava confuso, e o que menos desejava naquele momento era ser incomodado pelas investidas sexys que a mulher me dava.

Ela foi embora então eu decidi subir e... Comer alguma coisa? Estava com saudade do gosto de comida, massa. Com certeza não haveria nada comestível nos armários abandonados da cozinha, por isso mudei de opinião e passei a andar pelos corredores. A onde eu iria? Eu nunca soube.

Andava pela casa, meio cambaleando. Enquanto eu andava pelo corredor do segundo andar, acabei parando subitamente no quarto da Vi. O quarto que já fora meu e de tantos outros... Eu sabia que ela não iria falar comigo, mas não custava nada tentar. 

— Vi... Por favor, Violet, se você estiver me ouvindo... Por favor... — eu suplicava e chorava. — VIOLET! VIOLET!

Ela abriu a porta. Eu finalmente revi aquele rosto, o rosto de uma adolescente que a muito fora deprimida, eu não sabia como ela estaria agora. Talvez tivesse ficado mais, madura... Senti a felicidade (mesmo?) tomar conta do meu "corpo", e um sorriso se fez no meu rosto.

— O que você quer, Tate? — Ela disse, com um tom ríspido.

Eu sabia que ela também me desejava.

— Eu quero você, Vi! — Disse. — Eu tenho saudade, das nossas carícias... Eu queria ter você agora. — Continuei, fitando aqueles olhos escuros que imploravam por um beijo.

— Eu não sei se eu consigo, Tate. Eu quero, mas eu não posso...

— Nós temos todo o tempo do mundo para nos entendermos. Aqui, só temos um ao outro... — disse, sorrindo fraco.

— Eu tenho a minha mãe, meu pai. — ela sorriu. — E meu irmão, Jeffrey. Você, Tate, não tem ninguém. — completou.

Ela estava sendo grossa comigo. Não entendi, depois de tanto tempo decidiu aparecer poderia ser um pouco mais gentil.

— Sinto sua falta... — disse Violet. 

— Vi, nós podemos recomeçar, tentar novamente! Eu juro que não vou fazer nada... — respondi, com lágrimas nos olhos.

— Não Tate. Você é um psicopata, poderia me matar em uma fútil discussão, como se isso fosse possível, é claro. 

— Não era para ser assim! Não era para dar tudo errado! — eu estava tendo uma das minhas "crises", minha voz ficou exaltada e eu respirava ofegante.

— Me dê mais uma chance... Por favor, Violet? 

— Vá embora, Tate. 




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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Comentários, reviews?!