Pov Bella:

“Você se parece muito com... Carlie.”

A bendita fraze não saia da minha cabeça. Eu estava dentro de minha picape a horas vendo a chuva cair. Charlie já havi tentado me puxar para dentro de casa mais nada adiantou. Eu queria ficar sozinha. Lágrimas escorriam pelo meu rosto, meu nariz estava inchado assim como meu olhos, eu estava abraçando meus joelhos. A imagem de família feliz não saia de minha cabeça. Era tudo o que eu queria. Poder contar a verdade para Edward, sem ele me odiar. Sem me chamar de mentirosa talvez criminosa.

Carlie é tudo para mim. Eu tentei deixar Edward entrar na mina vida, mais eu não iria conseguir conviver com eles sem contar a verdade. Sem contar a verdade sobre Carlie. Um grito atravessou meu peito. Mordi meus lábios tentando reprimi-lo. Eu era apenas uma adolescente há 8 anos atrás. Eu não podia, eu não consegueria criar minha bebê, eu era apenas um criança que acidentalmente gerou outra. Eu não fazia ideia de que Edward havia ficado com minha pequena. Eu não cheguei a conhecer o marido de Victoria. E de novo um grito tentou sair mais reprimi. Eu não queria que Charle voltasse a brigar comigo por causa desse assunto.

Eu sei parece tudo muito confuso. Sem nexo. Mais há 8 anos atrás eu fui irresponsável, fiquei com um garoto que nunca meais vi em minha vida. Mas ele marcou ela para sempre. Pois deixou um pedaço dele comigo. Eu me lembro como se fosse ontem quando descobri que eu carregava uma princesinha em meu ventre. Lembro como se fosse ontem quando eu a segurei por uma única, porem inesquecivel vez. Foi a única vez que tive minha filha em meus braços.

Eu também não esqueço de quando Victoria minha colega de quarto que havia acabdo de dar a luz esta morrendo. Seu bebê estava imóvel ao seu lado, os dois pareciam frágeis. Eu era apenas uma menina. Ela me implorou que eu deixasse minha bebê com seu marido. Prometeu que seria amada, bem criada e tudo oque eu não podia dar para ela. Eu lembro das últimas palavras dela “Por favor chame ela de Carlie”. Eu repito. Eu era apenas uma adolescente não pensei duas vezes quando troquei minha Carlie pela pobre meninha já morta. Quando contei a Charlie ele surtou, mais entendeu, e viu que seria melhor para ela.

Os anos se passaram eu não fazia ideia que ele estava com ela. Eu não fazia ideia que ela seria miha aluna. E há exatamente 2 anos atrás quando ela pareceu na porta de minha sala de aula com seu pai eu não tive dúvidas. Era ela. Era a minha bebê, minha princesa, crescida, educada perfeitamente e muito esperta. Era ela minha Carlie. A partir daí eu tinha prazer de levantar cedo todas segundas, quintas e sextas só para ver minha minha princesa. Eu tinha prazer em ensina-lá a desenhar, em ensina-lá diversas coisas... As vezes eu segurava o choro quando ela falava com aquela voz de anjo dela “Eu queria que você fosse minha mamãe.” minha vontade era de abraça-la bem forte e dizer “Mais eu sou sua mãe!”. Mais eu não podia, eu não queria tirar aquela vida boa dela. Muito menos o pai, aliás, o melhor pai do mundo. Victoria foi um anjo em minha vida. Graças a ela minha filha é uma criança educada, amada e cercada de pessoas boas.

Tanto ela insistiu em tentar me aproximar de seu pai que ela acabou conseguindo fazer meu coração bater mais forte por ele. Mais eu não posso. Eu não consegueria olhar no rosto dele e contar a verdade, eu não queria. Eu poderia ir presa. ELe poderia me odiar para o resto da eternidade. Ele poderia me proibir de ver minha Carlie. Eu não posso me entregar a Edward Cullen por isso. Eu tenho que ser forte se eu quizer ter Carlie por perto.

As horas passaram rapidamente, olhei em meu relógio de pulso, marcavam exatamente 10:00 da noite. Eu já havia parado de chorar, eu só estava pensando em como agir com Edward. Seria uma coisa difícil. Se Carlie não tivesse nos aproximado, aliás se eu não tivesse me permitido nada disso estaria acontecendo. Eu sou uma idiota. A chuva já havia sessado então tomei coragem para sair de minha picape, abri a porta e fechei rapidamente. Entrei correndo em casa passando direto por meu pai e me tranquei em meu quarto. Me joguei em minha cama. As imagens do desenho da “família de Carlie” tomaram conta de minha mente. E eu estava lá. De alguma forma ela sabia que eu era realmente a mãe dela.

Eu fiquei fitando o teto por um bom tempo pensando em Edward e Carlie. Não me dei conta quando peguei no sono.
Foi a pior noite da minha vida é o que posso dizer. Acordei com o canto dos pássaros lá fora, respirei fundo e olehi para meu relógio de pulso 10:30 da manhã, para minha sorte nem todos os meus alunos não estavm tendo aula. Me levantei da cama sem vontade.Andei lentamente até a porta de meu quarto, quando eu abri avistei um bilhete de Charlie pregado na porta.

“O Cullen ligou, pediu que você retornasse. Faça o que achar melhor. Eu amo você.”

Suspirei tristimente. Só Deus sabe como eu queria correr para os braços de Edward Culen e para os braços de minha pequena. E enfim ser feliz. Não me arrependo de confiar Carlie a Edward. Foi bem melhor assim. Eu sabia que ele a amavas mais que tudo, mas não suportaria a verdade e provavelmente não aceitaria. Eu não queria tomar essa decisão não queria, eu tinho que ficar por perto de Carlie... Edward...

Mais eu não consigo mais. Eu encarava o bilhete “O Cullen ligou” ele queria falar comigo. Eu daria um fim nisso, eu sairia da vida deles. Mesmo que eu tenha que ir para longe. Eu não quero arriscar a felicidade deles. Muito menos a de Carlie, que sofre por achar que não tem uma mãe. Meu peito doeu só de imaginar como ela me odiaria se soubesse que tinha uma mãe, e que essa era eu. Ela não precissaria ter passado pela dor de não ter uma mãe. Então foi tudo muito rápido. Não sei ao certo quando tomei a decisão.

Eu havia recebido um proposta de emprego meses atrás em Nova York. Meu pieto doía so de pensar na distancia. Mais seria o melhor. Eu iria trabalhar na Galeria de Artes de Aro Volturi. Então em piloto automático peguei meu celular e disquei o número de Aro. Depois de dois toques ele atendeu.

–Olá Senhorita Swan.-Ele disse com sua voz doce.
Respirei fundo.

–Olá Aro.-Eu disse mordendo meu lábio.-Eu liguei para avisar que aceito sua proposta.