“Turn Way
If you could get me a drink
Of water cause my lips are chapped and faded
Call my Aunt Marie
help her gather all my things
and bury me
in all my favorite colors,
my sisters and my brothers, still,
I will not kiss you,
cause the hardest part of this,
is leaving you.”

Cheguei correndo no hospital, saí do carro, fui à “recepção” correndo e falei que estava com dois desmaiados no carro, sendo um dos dois uma ferida por bala, e o outro, o meu irmão que está se recuperando de um acidente recente. Logo em seguida apareceram quatro caras trazendo duas macas, e duas enfermeiras vieram junto.

            Levei-os até o carro, e eles colocaram Thaís e Bill nas duas macas. Thaís, ou melhor, Bill por enquanto, foi levada para uma sala da UTI, e Bill, ou melhor, Thaís por enquanto, foi levado para um quarto onde um médico começou a examiná-lo.

            Fui tentar ver a situação atual de Thaís, já que ela é minha cunhada e a vítima de um tiro nas costas, o que é uma covardia (atacar pelas costas do inimigo, se é que me entendem), o que não é nada legal. Nada mesmo.

(Narração Tom off – Thaís on)

       Bill? Bill, onde você está???

            Estou em um penhasco, e tudo à minha volta é uma neblina muito, mas muito intensa. Está tudo branco. Ouço alguns gritos de desespero abaixo de meus pés, ou seja, no fundo do penhasco. Olho para mim mesma, e vejo que estou com os cabelos longos e sem tintura alguma, e estou vestindo um longo vestido branco bem simples.

            Parecia roupa grega.

            Olho então para o meu lado e tem alguém ao meu lado. A pessoa parecia o Tom, mas de certa forma sabia que não era ele, algo me dizia isto. Ele não tinha dreads, nem piercings, nenhuma tatuagem.

            -Bill? –chamei-o. Minha voz saiu como um eco.

            Ele olhou para mim e sorriu docemente.

            -O que você faz aqui? Onde estamos? –Perguntei, desesperada.

            -Não faço idéia, Thaís, mas temos que voltar para a Terra. Que com certeza não é onde estamos. –ele segurou minha mão, olhando agora seriamente para mim.

            Então, de repente, tudo ao nosso redor começou a desmoronar, por assim dizer, e fomos levados daquele lugar. Reaparecemos então em um Hospital. Na UTI para ser mais exata.

            Havia uns dois cirurgiões em volta de um corpo, que logo reconheci ser o meu.

            -Thaís, volte para o seu corpo, que eu tenho que voltar para o meu. –sussurrou-me Bill, ou melhor, a alma dele, e em seguida ele desapareceu.

            -Bill! Volte! –gritei, mas nada aconteceu.

            Os médicos tiraram a bala de minhas costas e começaram a recosturar-me, por assim dizer, tive muita aflição nessa hora, mesmo sendo ainda uma alma, mas tive, porque eu MORRO de medo de cirurgias em geral, sendo que acabo de ter um. Assim que tiraram a máscara de oxigênio de mim, tudo ficou escuro, e fui então “sugada” para o meu corpo.

            Finalmente vou voltar a ser eu mesma! E eu não estou mortinha da silva!

“Now turn away,
cause I'm awful just to see
cause all my hair's abandoned all my body,
Oh my agony,
know that I will never marry,
Baby I'm just soggy from the chemo,
but counting down the days to go.

It just ain't living
and I just hope you know
that if you say,
good-bye today,
I'd ask you to be true,
cause the hardest part of this,
is leaving you...”