#POVSakuraOn

                Tinha se passado uma semana normal e lentamente. Hoje eu e o Sasuke íamos voltar finalmente para Konoha. Eu estava animada e triste ao mesmo tempo, já tinha arrumado as minhas malas e enquanto o Sasuke terminava de arrumar as dele eu ia tomar um banho. Peguei a minha roupa que estava separada e fui ao banheiro. Entrei no chuveiro e tomei um banho demorado, deixando a água quente escorrer pelo meu corpo tenso.

                Sai do chuveiro e passei um creme em meu corpo e logo em seguida me vesti (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=52893257&.locale=pt-br)e sai do banheiro. Peguei a minha bolsa e Sasuke pegou as malas e fomos para a recepção do hotel. Nós ligamos para um táxi e fomos para o aeroporto.

                Chegamos e o aeroporto estava literalmente vazio o que me deixou bem aliviada. Não gostava de multidão. Eu peguei minha mala e o Sasuke segurou minha mão livre. Nós fizemos o check-in e esperamos um tempo até anunciarem o nosso vôo. Levantamos, respiramos fundo e bateu uma enorme raiva de mim mesma por estar deixando Tókio três meses e meio antes do combinado. Sei que era pela minha família, mas eu sou assim.

                Sentamos em nossos acentos e tivemos que fazer escala em alguma cidade que eu não me importei de saber. Assim que o avião decolou novamente estava muito mais cheio. Sasuke segurava minha mão bem forte o que me fez ficar um pouco preocupada. Olhei para ele que estava com uma expressão triste no rosto.

                -Não era pra ser assim. – Ele disse baixo, percebendo que eu o encarava.

                -Nem sempre as coisas são como queremos. – disse sentido meus olhos se encherem de lagrimas, não era fácil lembrar de minha mãe e de meu pai assim e tenho certeza que também era assim com ele. Seus olhos também estavam encharcados, mas assim que uma lagrima caiu pela sua face ele a limpou de pressa com objetivo de me fazer não perceber que estava chorando, mas ele falhou.

                -Pode chorar. – falei o abraçando. – Estou aqui com você. – Ele colocara uma mão atrás de minhas costas, mas logo em seguida ele já estava completamente abraçado a mim. Me apertava cada vez mais como se não quisesse me deixar escapar.

                -Eu te amo. –Sussurrou em meu ouvido, fazendo-me arrepiar. Sua voz estava tremula e eu o abracei mais forte, se isso for possível.

                -Eu também te amo. – respondi. Depois de mais alguns minutos nós nos separamos e nos endireitamos nos acentos. Eu estava com meu braço apoiado no braço do acento e senti o braço de Sasuke se encostar ali também, fazendo nossos braços ficarem colados um ao outro. Mesmo sendo namorados eu corei. Ele me olhou e logo depois segurou minha mão.

                O avião pousou e nós saímos dele. Pegamos nossas malas e chamamos um táxi. Fomos direto para a minha casa, que era onde os corpos estavam. Assim que chegamos tinha várias pessoas ali. Amigos de meus pais e outras pessoas que imagino ser amigos dos pais do Sasuke. Tinha também algumas pessoas do colégio que nos olharam assustados por estar de mãos dadas.

                Nós abaixamos a cabeça e entramos dentro de casa. Levamos nossas malas até meu quarto resolvi trocar minha roupa, porque a que eu estava usando não era apropriado para o momento, peguei qualquer coisa que era preto no meu armário e vesti (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=52894327&.locale=pt-br) e descemos novamente fazendo questão de cumprimentar cada pessoa, e sendo obrigada a sorrir a cada vez que nos desejamos pêsames. Aquilo era doloroso.

                Por fim, nós fomos até o quintal e encontramos dois caixões abertos. Nós nos encaminhamos até lá e soltamos nossas mãos. Cada um foi para o caixão de seus familiares. Eu olhei para o rosto pálido de minha mãe. Ela parecia tão infeliz, tão triste. Eu segurei sua mão e a apertei com toda a minha força e fechei os olhos.

                -Sasuke, sei que sua família também esta aqui, mas eu posso ficar sozinha? Depois eu deixo você sozinho com sua família também. – Ele simplesmente assentiu e saiu cabisbaixo pelo quintal.

                -Desculpe mãe. – sussurrei para ela. – Eu sei que nem sempre fui uma boa filha...m-mas eu quero que v-voce saiba, que eu me arrependo de todas as vezes que eu briguei, fui grossa ou xinguei você...você é a pessoa mais especial da minha vida, e eu quero que você saiba que dói muito te ver aqui e não poder fazer nada. Se eu pudesse eu estaria em seu lugar agora mesmo....me desculpe mãe...mas eu acho que eu não sou forte o suficiente pra viver sem você...eu não vou conseguir, não vou...mesmo nunca te falando isso, eu me jogaria na frente de um trem pra salvar você, mas eu não pude fazer nada, e mesmo sendo tarde de mais eu quero que você saiba que...eu te amo, e eu tenho orgulho de dizer que tudo isso que eu falei foram as palavras mais verdadeiras que saíram de minha boca. – Eu disse chorando desesperadamente. Eu a beijei no rosto e a abracei. Fiquei um tempo acariciando seu rosto e logo depois fui ao lado de meu pai.

                -Oi...pai... – disse começando novamente a chorar. Eu observei seu rosto, ele parecia feliz, mais que a mamãe. – você sempre foi assim né? Feliz e forte...mesmo que acontecesse a pior coisa do mundo, você permanecia com um sorriso no rosto e nunca desistia. Você sabia que tudo em minha vida eu me inspirei em você? Todas as vezes que eu tentei ser forte, foi pra tentar seguir o seu exemplo...me desculpe não conseguir ser como você queria, mas é difícil demais, é muito duro saber que eu poderia ter feito mais por você...eu nunca falei isso pra você, mas...você sempre foi mais engraçado que a mamãe. – disse dando um leve risinho. – Sempre que eu tinha um problema eu ia falar com você...eu me divertia tanto ao seu lado.... – Eu deitei minha cabeça sobre seu peito o abraçando. – Sinto sua falta pai. – disse sem parar de chorar. – Sinto muito a sua falta... – sussurrei e senti uma mão em meu ombro, me virei e vi Sasuke atrás de mim chorando menos que eu. Me levantei e deixei ele sozinho com seu pai.