Inuyasha: O Mistério De Inuichi escrita por Mira Pevas


Capítulo 27
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Agora, vocês vão testemunhar o início da morte do Hino...
Oi, minna-san!
Bem, essa capítulo tem um flashback... Sabe aquele que eu falei que ia ter uma cena quente, mas eu cortei... E só.
Agora é com vocês!
Boa leitura!
almirapevas =)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/194551/chapter/27

27


       Ainda sentia a sensação de seus lábios. Aquele doce sabor e a suavidade deles. O carinho e a paixão que sentia. Era tão presente que sempre me pegava lembrando aquela cena, onde nos beijávamos.

Não queria apagar aquilo da minha mente. Nunca mais.

- Sesshoumaru-sama, você escutou algo que eu disse? – ouvi Jaken falar.

- O que houve? – perguntei ainda avoado com a lembrança.

- O senhor está estranho nesses últimos dias. Sempre olhando para a copa das árvores e sorrindo. – disse Jaken desconfiado. – Ah, Azumi-sama voltou.

Assenti. Estava tão óbvio que eu amava Azumi? Que eu amava aquela pessoa que aparentava ser minha irmã? Que era realmente a reencarnação daquela mulher que um dia amei e não de minha irmã.

Por que ela falava que era reencarnação de Inuichi? Acho que ela ainda não teve a lembrança daquele dia.

Sorri mais uma vez e percebi que Jaken quase desfaleceu.

- Sesshoumaru-sama, você está me assustando. – proferiu.

Eu sei que estava o assustando, pois eu nunca sorri dessa maneira boba e infantil.

- Desculpe-me. – eu disse parando de sorrir e tirei aquela cena de minha memória.

- Está tudo bem com o senhor? – perguntou ele colocando a mão na minha testa, medindo minha temperatura.

- Estou. – tirei rudemente a mão dele de mim.

- Azumi conseguiu tirar Hino daquele corpo humano. – comentou.

- Espero que ele não tenha tocado nela. – eu disse enciumado.

- Claro, ela é sua imoto, Sesshoumaru-sama. Você não gostava que nenhum ser tocasse em Inuichi, só o senhor, pois estava a protegendo.

- Calado! – gritei impaciente.

Eu não gostava quando Jaken se lembrava de quando eu tinha aqueles ciúmes bobos por Inuichi. É a mesma coisa que eu tenho por Azumi. Aliás, eu só deixo Inuyasha vivo, porque ele é ototo dela.

- Um dia eu conseguirei dois braços para te abraçar direito. – murmurei para mim.

- Ér... Sesshoumaru-sama, não precisava disso. – Jaken disse com a voz tímida e corando.

Pensei mil vezes no que eu falei e bati nele com o único braço que eu tinha.

- Não era pra você! – minha voz saiu fria.

- Desculpe-me, Sesshoumaru-sama. – disse ele se curvando.

Deixei-o ali, pedindo desculpas e fechei meus olhos. Agora eu ia me lembrar detalhadamente daquele beijo que dei em Azumi. Sorri mais uma vez e senti Jaken assustado.

***

       Toquei em meus lábios. Pensava que eu tinha sentido Sesshoumaru me beijando de novo. Sorri bobamente e olhei para o teto, juntando minhas mãos atrás da minha cabeça.

Suspirei e senti aquela vertigem conhecida. Fechei os olhos e deixei a lembrança aparecer.

      ***

       - Sesshoumaru-nii-chan. – disse uma garotinha de cabelos prateados. – O que viemos fazer aqui? – perguntou ela curiosamente.

- Só quero passar uma noite aqui. – disse ele naquele tom frio.

- Você veio ver Azumi Hoshui isso sim! – ela disse sarcasticamente.

Sesshoumaru não deixou aquela coisa irritante e pequena lhe atingir. Ele sabia que tinha que deixar isso em sigilo. Ele amava aquela hime com toda a certeza, mas não sabia como começar.

- Inuichi-chan! – disse uma voz familiar a eles.

Inuichi correu para os braços de uma jovem garota que vestia um quimono azul que combinava muito com seu rosto, seus cabelos negros e seus olhos castanhos.

- Azumi-hime-sama. – disse Inuichi alegre nos braços da jovem hime.

- Ah, há quanto tempo não lhes vejo. – disse a jovem hime sorrindo.

Sesshoumaru relutou em sorri. Ele não queria estragar aquela coisa que ele tinha por causa de uma humana. Ele odiava humanos, tinha um ódio profundo por eles.

Azumi o olhou e sorriu.

- Bem vindo, Sesshoumaru-sama. – disse ela naquela voz angelical.

Sesshoumaru ainda permaneceu com aquela face gélida. Ele apenas movimentou a cabeça e depois olhou para o lado.

- Azumi-hime-sama, Sesshoumaru-nii-chan veio te ver e ele diz que quer que eu durma em um lugar bom. – disse Inuichi debochadamente.

Sesshoumaru não deixou aquelas palavras o afetar.

- Há muitos lugares por perto que hospedariam vocês. – disse Azumi corada.

- Acho que eles não queriam que youkais se hospedassem na casa deles. – disse Sesshoumaru rudemente.

- Claro; claro. – Inuichi falou num tom de deboche.

- Inuichi, vamos. – disse Sesshoumaru irritado.

- Nós mal chegamos Sesshoumaru-nii-chan. – disse ela numa voz chorosa.

Sesshoumaru olhou para a cara de aquele ser pequeno e irritante que estava prestes a chorar. Ele bufou.

- Tá, tanto faz, mas eu vou ficar aqui fora. – disse Sesshoumaru se retirando de perto delas.

A jovem hime olhou aquele majestoso youkai ir embora.

- Você não vai correr atrás dele, não? – Inuichi decidiu dar uma de cupido.

- Mulheres não correm atrás de homens. São eles que têm que correr atrás de nós. Lembre-se disso, Inuichi. – disse a jovem hime.

Inuichi riu e elas adentraram ao castelo.

 ***


Sesshoumaru olhava para a lua. Como ele tinha chegado a esse ponto? Ele não queria amar aquela jovem hime! Não! Ele odiava seres humanos!

- A lua não está linda, Sesshoumaru-sama?

Ele olhou para a pessoa que vestia um quimono branco e segurava uma vela.

- O que está fazendo aqui? – disse ele rudemente.

- Não consigo dormi. Sempre venho aqui e, por coincidência, encontrei você aqui. – disse ela gentilmente.

Ela se sentou ao lado do inu-daiyoukai e olhou para a lua cheia, que brilhava fortemente.

Sesshoumaru a olhava maravilhado. Como uma humana tinha essa beleza tão linda, tão apaixonante... Ele balançou a cabeça e olhou para a lua.

- Sesshoumaru-sama, você sente algo por mim? – perguntou ela baixinho.

Sesshoumaru pareceu falhar, mas respondeu:

- Não.

- Tem certeza? – ela o desafiou.

- Claro que tenho. Nunca amaria uma humana como você. – disse friamente.

A jovem hime não deixou que aquelas palavras a abatessem.

- Está mentindo. – sua voz saiu rouca.

Sesshoumaru a olhou irritado e foi para cima dela, segurando os pulsos dela e deixando a vela cair e apagar.

- Como você ousa! – disse irritado.

- Apenas fale a verdade. – sua voz saiu normal, ela não se sentia assustada com aquele gesto. Nunca sentiu medo de Sesshoumaru e nunca sentiria.

Sesshoumaru analisou seu belo rosto. Aqueles olhos castanhos estavam o encarando não estavam com medo. Ela estava certa, ele a amava e ele mentira. Mas, como? Como ele foi se apaixonar por uma mortal?!

- C-como? – ele gaguejou.

- Não sei, mas eu sinto a mesma coisa por você. – a voz da jovem saiu rouca.

- Azumi-chan, por quê? – perguntou ele confuso.

- Não sei.

Sesshoumaru beijou os lábios da jovem hime ferozmente. Ele sentiu aqueles lábios macios e doces. Sua língua pediu passagem e ela a liberou. Suas línguas “dançavam” alegremente dentro de suas bocas.

Sesshoumaru afrouxou o aperto nos pulsos da jovem e pode jogar o peso do seu corpo nela. Uma das mãos de Azumi prendeu nos cabelos prateados daquele lindo youkai. A outra ela deixou que passeasse pela costa dele.

Sesshoumaru se afastou dela e olhou naqueles olhos chocolates. Os dois ofegavam, mas logo voltaram a se beijar. Sesshoumaru foi para o pescoço dela e começou a mordiscar. A jovem hime gemeu com o ato.

Era isso, eles iam fazer aquilo. Os dois tinham desejos.

Sesshoumaru tirou o quimono dela e o seu. Aquilo não daria muito certo, mas eles queriam um ao outro. Com os corpos suados e colados...

 ***

       Abri meus olhos rapidamente. Já era de dia. Controlei as batidas do meu coração.

Parecia que eu estava sentindo o toque dele pelo meu corpo. Aquele estranho desejo que Sesshoumaru teve por aquela jovem humana.

Por mim.

Sentei-me e cocei minha cabeça. Agora eu entendi o que ele quis dizer. Essa era uma lembrança minha, de quando eu era hime. Mas, por quê? O que eu tinha haver com tudo aquilo?!

Eu me sentia tão confusa!

Balancei a cabeça e me levantei. Sai da cabana da Kaede-baba. Ainda era cedo, mas eu já sabia que todos estavam de pé.

Respirei fundo e me despreguicei. Cocei os olhos e dei um enorme bocejo. Aquela coisa chata de quando acordamos e temos vontade de dormir mais uma vez. Isso eu domino.

- Azumi-chan!

Olhei para o lado e vi Ichiu.

- Ichiu!

Ele veio correndo até mim e o abracei.

- Você está bem? – perguntou ele sorrindo.

- Claro, por que não estaria?! – eu disse rindo.

Ele riu e me abraçou mais uma vez.

- Ichiu! – a voz de Setsu surgiu.

- Setsu-nii-chan! – gritou Ichiu acenando.

Ri e peguei o pequeno no colo. Setsu chegou e parou ofegante.

- Da próxima vez, não corra tão rápido assim. – disse ofegante.

Eu e Ichiu rimos. Setsu me olhou e sorriu.

- Aliás, eu acho que eu morri, porque estou vendo um anjo. – disse ainda sorrindo.

Corei. Já basta Hino agora Setsu! Eu sou algum tipo de objeto para eles?

- Quase isso. – respondeu Hino ao meu lado.

Assustei-me.

- Aliás, Sayuri está querendo falar com você e... – ele olhou de soslaio para mim e sorriu debochadamente –... Arruma seu cabelo e vá tomar um banho. Você parece que passou uma longa noite ao lado de um homem.

Ruborizei de tanta vergonha.

- Azumi-chan passou a noite com um homem? – perguntou Ichiu inocentemente.

- Não acredite no que ele fala! – minha voz saiu nervosa. Eu estava nervosa!

Soltei Ichiu e olhei sombriamente para Hino.

- Quando eu arranjar um rosário para você, eu vou fazer você sofrer. – eu disse apontando ameaçadoramente para ele.

Ele pegou meu pulso e em um movimento rápido, ele me abraçou, deixando-me de costas para ele. Corei mais ainda e percebi os ciúmes de Setsu.

- Vai me fazer sofrer como? – sussurrou ao pé do meu ouvido.

- Vou te matar, ora. – minha voz saiu rouca.

- De quê? De prazer? – disse ele esfregando o nariz no meu pescoço.

Olhei para Ichiu que tinha os olhos tampados por Monka e depois olhei para Setsu. Ele olhava para Hino mortalmente, parecia que ele ia matá-lo aqui e agora.

- Humanos, sempre com ciúmes. – murmurou ele mais para si do que para mim.

- Ah, Hino! Qual é! Tem crianças aqui! – reclamou Monka.

Ele me soltou e colocou as mãos para cima, como estivesse se rendendo.

- Desculpe-me! – disse ele.

Esfreguei meu pulso, pois eu ainda sentia seu aperto e, por incrível que pareça de Sesshoumaru.

Hino me olhou debochadamente e riu depois.

- Agora explica. – disse ele.

Corei, mas agora não foi de vergonha, era de raiva.

Ouvi alguém recitar palavras sagradas e então vi coisas brilhantes em volta do pescoço de Hino.

- Azumi, use qualquer palavra agora. – disse Monka debochadamente.

Sorri maliciosamente enquanto o olhava. Ele arregalou os olhos e viu o rosário em seu pescoço, tentou tirar, mas não deu certo.

- Hentai! – eu disse (pervertido em japonês). O rosário fez seu trabalho, levando-o para o chão.

- Merda. – murmurou

Eu ri debochadamente.

- Agora, meu querido, você morre. – eu disse malignamente.

Todos que estavam vendo riram.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sim, pessoal. Agora o Hino está frito.
Sesshoumaru romântico? Sesshoumaru sem roupa... hihihihihihi...
Agora explica essa macacada toda. uashaushaush
Ja ne, minna-san!
almirapevas =3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Inuyasha: O Mistério De Inuichi" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.