Inuyasha: O Mistério De Inuichi escrita por Mira Pevas


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Olha outro capítulo!
Para uma autora é difícil começar as notas do cap, ok? uahsuashuahs
Bem, nesse capítulo vocês vão conhecer a Monka-chan! Sinceramente, a Monka-chan é a personagem mais divertida da história, ela que vai colocar um pouco de humor na história (creio eu), mas ela é legal.
E vocês tem mais uma lembrança da Inuichi.
Então, boa leitura.
almirapevas =)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/194551/chapter/16

16

— Ah, Sayuri! Por que eu tenho que fazer isso? – perguntei entediada.

— Porque Kiki está cuidando do macaco. – disse Sayuri tirando uma erva.

Olhei para Kiki e a vi brincando com o macaco.

— Se isso é cuidar quero ver quando ela tiver o filho dela. – eu disse chateada.

Sayuri riu e colocou as ervas na cesta que eu segurava. Até que a aldeia que Sayuri ficava não era muito longe da aldeia da Kagome-chan.

— Kiki ainda é uma criança em treinamento. Quero que ela seja uma sacerdotisa muito bem treinada. – disse Sayuri catando mais ervas.

Queria perguntar aquilo, mas eu não tinha coragem. Será que ela ia fugir do assunto? Ou ia ficar com raiva de mim para sempre?

— Sayuri... – a chamei. Ela me olhou com aqueles olhos bondosos. – Como foi treinar Inuichi? – perguntei.

Ela sorriu um pouco e olhou para as plantas.

— Bem, foi meio difícil, porque a alma dela estava debilitada. Seu corpo estava muito machucado e ela nunca me disse quem havia a machucado. – respondeu e me olhou mais uma vez. – Inuichi tinha aquele poder de miko em suas veias. Nunca entendi isso, pois sua mãe não era miko. Então comecei a treiná-la. Queria que ela fosse uma miko-youkai. Todos me diziam que seria difícil por causa do seu humor e do seu rancor. Nunca pensei que ela tinha uma alma tão... Malvada. – disse abaixando os olhos e depois se recuperou. – Aliás, as lembranças que ela deixou pra você podem explicar.

— Só que... Quando eu tento, sempre vem Naraku em minha mente. Ele sempre diz que vai matá-la ou até mesmo fazê-la se arrepender por uma coisa que não me recordo. Só sei que Inuichi fez algo para Naraku e ele começou a odiá-la. Ainda não sei o que é esse algo. – comentei olhando para Kiki.

— Então, para Inuichi ter chegado a mim, ela teve que sofrer nas mãos de Naraku? – disse Sayuri com pena.

Eu queria ter, pelo menos, uma lembrança dela com Naraku, mas só o que eu consigo são mais e mais perguntas e pesadelos.

Realmente, ninguém sabia o que tinha acontecido com ela quando estava Naraku. Aí, por sorte, ela encontrou Sayuri e pronto. Toda sua vida mudou, mas de um jeito rancoroso e odioso.

— Inuichi não tinha mais aquele amor por todos. Ela estava traumatizada com algo. – eu disse.

Sayuri me olhou e assentiu.

— O que quer que seja, vai continuar entre ela e Naraku. – disse numa voz baixa.

Assenti. O que isso quer dizer? Que eu não podia invadir um pouco da privacidade dela e descobrir o porquê ela amava Naraku e sua convivência com ele?

Senti um cheiro familiar. Comecei a farejar. Sayuri me olhou preocupada e pegou o arco e flecha. Era um youkai com certeza, mas o poder dele era...

— Inuichi, há quanto tempo. – disse alguém atrás me mim.

Girei o corpo e vi um youkai gato. Ela tinha cabelo laranja e os olhos negros, usava uma roupa um tanto... Vulgar. Parecia um maiô, com um decote V, preto e apertado. Ela estava descalça, deixando as patas de fora, e tinha uma gargantilha com um sino pendurado. Suas orelhas eram pretas e seu rabo preto abanava toda hora.

— Quem é você? – perguntei.

Ela tombou a cabeça para o lado e bateu na testa murmurando:

— Ela não se lembra. – ela se recuperou e apontou para mim, dizendo: - Vou vingar a morte da minha mãe! Desgraçada!

Sayuri começou a rir e depois deixou o arco e flecha no chão.

— Monka-chan é bom vê-la. – disse ela sorrindo.

— Sayuri-sama. – ela disse e se curvou. – O que Inuichi faz viva? – ela me olhou sombriamente.

— Bem, essa é a reencarnação de Inuichi, Azumi Hoshui. – respondeu gentilmente.

— Inuichi reencarnou. Aquela maldita nem merecia ter reencarnação. – disse olhando para o lado.

— O que Inuichi fez para você? – perguntei com uma voz rouca.

Ela me olhou e cerrou os olhos.

— Matou todos da minha vila e minha mãe. Aliás... – disse ela tirando algo entre seus seios. – Vou devolver isso, não preciso mais. – disse ela jogando um saquinho para mim.

Peguei o saquinho e senti a presença das Pérolas.

— Água. – sussurrei.

— É... Você é mesmo a reencarnação dela. – murmurou irritada.

— Vamos entrar e tomar um chá, Monka-chan. – disse Sayuri gentilmente

Monka a analisou e deu uma risadinha.

— Você continua a mesma de sempre, nem envelheceu. – disse com a cabeça virada e com os olhos fechados.

É verdade, Sayuri deveria está velha.

— Bem, digamos que Inuichi tenha feito algo de errado e me deu a imortalidade. – disse ela olhando para o chão. – Bem, vamos entrando! Temos muito que conversar!

Monka a olhou e depois fixou seu olhar em mim. Senti um calafrio, mas me recuperei.

***

— Monka—chan, quer mais? – disse Kiki segurando um bule.

— Não, obrigada. – disse Monka gentilmente, abanando o rabo.

— Conte-me, o que Inuichi fez? – perguntei de novo. Queria saber o que Inuichi fez enquanto estava com Naraku, isso seria uma ótima pista para minha busca.

Monka me olhou e suspirou.

— Bem, há 47 anos, houve uma guerra entre Naraku e minha vila. Inuichi era serva dele e, bem, seu humor não era o mesmo. Eu já a conhecia quanto pertencia a Sesshoumaru. Ela era tão doce e gentil, pensava que ela seria uma ótima pessoa, mas quando a vi daquele jeito... Eu... – ela parou de falar e a lembrança governou minha mente.

***

— Ah, Sesshoumaru! – gritou Inuichi. – Você deveria pelo menos agradecer.

Sesshoumaru a olhou com desdém e depois olhou para o youkai morto.

— Não faça isso de novo. Usar essa espada toma seus poderes. – disse ele arrogantemente.

Inuichi pareceu falhar e uma lágrima caiu de seu rosto.

— Com licença. – disse e correu para longe de Sesshoumaru.

— Não vai atrás dela, Sesshoumaru-sama? – perguntou Jaken.

— Deixe-a. – disse apenas.

Inuichi estava chorando quando parou de correr. Ela queria que seu aniki parasse de ficar daquele jeito quando ela usava a Tasseiga. Ela estava o protegendo, pela primeira vez! Ela o protegeu uma vez! Como ele não podia ter aceitado isso.

Ela ouviu alguma coisa correndo e um cheiro de youkai.

Droga! Pensou e limpou as lagrimas com a manga de sua roupa.

Ela correu para onde o cheiro era mais forte. Ela viu um youkai javali atacando uma gata. Ela pulou em cima da gata youkai e a salvou.

— Você vai morrer Monka! Filha do general gato! – disse ele naquela voz monstruosa.

Inuichi olhou para o youkai e ele pareceu falhar.

— A filha do inu-daiyoukai? – disse assustado. Ele ficou de joelhos e pediu desculpas. – Desculpas, princesa Inuichi, eu não queria fazer isso.

Inuichi pareceu reconhecer a voz e se irritou.

— Baka! Quantas vezes eu já disse para parar de caçar youkais indefesos? – disse ela furiosa. – Vou poupar sua vida dessa vez. Queria saber o que meu chichi-ue tinha com você.

— Desculpa, me perdoe! – disse ele ainda de joelhos.

Inuichi se levantou e o olhou sombriamente. Ele a olhou assustado e sentiu seu poder nele.

— Ah, se preocupe não! Não sou que nem Sesshoumaru. Pode ir! – disse ela brincando e abanando a mão.

O youkai tombou a cabeça para o lado e assentiu, se retirando dali. Inuichi virou seu corpo e olhou para a gata youkai. Ela usava um quimono branco, muito lindo, seus olhos negros não combinavam muito com seu cabelo laranja.

— Você está bem, gato youkai? – perguntou Inuichi estendendo a mão.

— Sim, estou. – disse e segurou a mão dela.

Inuichi a ajudou a levantar, mas a gata pareceu cambalear e as duas caíram no chão. As duas permaneceram assim, descansando.

— Desculpa, mas você tem um cheiro muito bom. – disse a gata. – Aliás, meu nome é Monka e o seu é Inuichi, certo? – sua voz era apenas um murmúrio.

Inuichi corou e olhou para o topo das árvores.

— Sim, meu nome é Inuichi. – ela disse com a voz tremula.

Monka se endireitou e ficou em cima de Inuichi, ela a olhou nos olhos e a beijou na bochecha.

— Obrigada, Inuichi-sama. – disse ela no ouvido de Inuichi.

Inuichi corou mais ainda. Monka a olhou nos olhos mais uma vez e sorriu.

— Ér... Ahn... Você poderia... Ér...

— Ah, desculpe. – disse Monka saindo de cima de Inuichi.

Inuichi se levantou e olhou para Monka. Ela estava de pé e olhando para Inuichi com um sorriso.

— Aliás, está ficando tarde. Posso dormir hoje com você e Sesshoumaru? – perguntou com a bochecha corada.

Mais que gata mais afobada. Pensou Inuichi.

— Tá. – disse ela gentilmente, mas com a voz um pouco rude.

Monka sorriu e a seguiu.

— Sesshoumaru! – gritou o nome do irmão. – Maldito! Ele se foi! – disse Inuichi tristemente.

Monka a olhou com pena e começou a farejar.

— Ele foi para o riacho. O que houve Inuichi-sama? – perguntou Monka.

Inuichi falhou e olhou para as mãos. Ela sabia que não podia ficar ali àquela hora. Ela pegou a mão de Monka e as duas começaram a correr para o riacho. Inuichi avistou Sesshoumaru e Jaken.

— Jaken! – gritou.

Ele a olhou e depois olhou para o céu. Já estava anoitecendo.

— O que foi Inuichi-sama? Um youkai? – perguntou preocupado e ao mesmo tempo estava alerta.

— Não, eu só quero que cuide de Monka-chan para mim, por favor.

Jaken tombou a cabeça e assentiu. Sesshoumaru olhou de soslaio para Inuichi e depois voltou o olhar para o riacho.

— Vá logo, Inuichi. Está anoitecendo. – disse ele numa voz monótona.

Inuichi assentiu e tentou pular, mas ela já tinha perdido a chance. Ela caiu de joelhos e lentamente a Tasseiga entrou no modo proteção.

— O quê...? – perguntou Monka preocupada.

— Inuichi é uma hanyou, Monka-chan. – disse Jaken.

— Mas hoje é o começo do mês. Hoje tem Lua Nova. – disse Monka.

— Eu sei e é hoje que ela se transforma em humana. – disse Sesshoumaru.

— E é isso que faz você me odiar hoje. – disse Inuichi. Ela se levantou e todos olharam para ela.

(Ela era quase parecida comigo quando humana! Im-impossível!)

***

Voltei a mim e toquei na minha testa. Ela era parecida comigo quando humana... Ela tinha os mesmos cabelos negros e os olhos castanhos...

— Azumi-chan, está tudo bem? – perguntou Sayuri preocupada.

— A Inuichi... Era... Parecida comigo...

— Ahn? Como assim? – perguntou Sayuri.

— Sério? Queria te ver quando era humana. – brincou Monka.

Sayuri arregalou os olhos e olhou para a fogueira.

— Inuichi era hanyou. Ela desaparecia quando tinha Lua Nova e só voltava no dia seguinte. Eu só fui entender quando Myouga-jiji me disse que ela era hanyou. – Sayuri falou numa voz baixa.

Olhei para ela e entendi. Ela nunca tinha visto Inuichi na forma humana.

Por que Inuichi escondia isso dela?

— Agora quero saber o que aconteceu para você odiar ela. Pelo menos, me lembrar. – murmurei para Monka.

Ela suspirou e começou a contar.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então... Gostaram da Monka-chan? O que será que a Inuichi fez para ela? Mais uma pérola? Como assim? uashuashuash
Gostaram? Reviews?
Agora que começa a coisa, meu povo.
Até o próximo capítulo.
almirapevas =3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Inuyasha: O Mistério De Inuichi" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.