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       Inuyasha estava me levando de volta para a vila. Permaneci cabisbaixa, não queria tocar no assunto e ele entendeu perfeitamente.

Azumi, pra mim, você é minha irmã. Suas palavras ecoaram em minha mente de novo.

Apertei a Tasseiga com mais força, fazendo meus dedos ficarem mais brancos.

Até mais, Azumi-chan.

Parei de andar e sentir o olhar preocupado de Inuyasha.

- Por quê? – falei. – Por que ele falou aquilo tão delicadamente? – uma lágrima escapou.

- Azumi, onee-chan... – disse ele tocando no meu ombro. Levantei a cabeça e olhei para seus olhos. – Sesshoumaru, às vezes, é cabeça dura. Não se preocupe. Eu estou aqui, com você. Eu sou seu ototo, né? – disse delicadamente.

Sorri como se tivessem me dado o presente que eu sempre quis e o abracei em gratidão.

- Obrigada, ototo.

- Vamos! Temos que voltar. Kagome deve está preocupada com você. – disse sorrindo.

Assenti e começamos a correr. Senti algo em mim e comecei a correr mais rápido ultrapassando Inuyasha. Ele ficou boquiaberto e aceitou isso como desafio, e aumentou mais a velocidade.

Ah, tá. Como se ele pudesse contra mim! Pensei.

Aumentei minha velocidade e pulei indo para um galho. Fiquei assim até chegarmos à vila. Pulei de um galho para o teto da cabana de Kaede. Vi Inuyasha chegando segundos depois. Ele olhou para os lados e depois para cima. Acenei para ele, sorrindo. Ele deitou no chão derrotado. Pulei do telhado e pousei ao seu lado, deitando-me também.

Eu não ofegava, mas Inuyasha sim. Ficamos olhando para o céu. Ardia aquela luz toda que o sol trazia. Fechei meus olhos e me despreguicei.

- Faz muito tempo que não me sinto inteira. – eu disse depois de despreguiçar.

- Como assim? – perguntou Inuyasha me olhando.

- Depois do acidente, eu não podia fazer nada. Só ficar deitada e ver o tempo passar. Depois de um ano mais ou menos, eu saí do hospital e fui para casa. Eu não agüentava mais aquele isolamento, eu queria fazer alguma coisa, mas a dor que eu sentia me impedia disso. – eu disse olhando para o céu que amanhecia. Coloquei meu braço na testa e fechei os olhos. – Aliás, quando se estar com ferimentos gravíssimos não se pode fazer nada, a não se esperar. – murmurei.

Senti Inuyasha me olhar e ouvi um riso dele.

- Ah, qual é! Eu posso fazer essas coisas! – disse numa voz arrogante.

- Baka. – murmurei e senti que ele abriu uma cratera ao meu lado.

Sentei-me e olhou para o lado, vi Inuyasha debilitado após eu dizer “baka” (idiota)... E lá foi o rosário fazer seu trabalho.

Comecei a rir como se eu nunca tivesse rido a minha vida toda.

- Ei! Você que faz a merda e ainda rir! Azumi, eu te... – ele parou de falar quando me ouviu rir.

- Azumi-chan! – olhei para o lado, parando de rir, e vi Kagome.

- Kagome-chan! – correspondi.

Ela parou ao meu lado e me ajudou a levantar.

- Como você está? – perguntou gentilmente.

- Kagome, ela está bem. Não vê a cratera que ela fez. – disse Inuyasha atrás de mim.

Olhei-o irritada, ele recuou e olhou para o lado.

Kagome viu a cratera e começou a rir.

- Como você fez isso? – perguntou.

- Kagome, se eu falar, só via piorar a cratera. – murmurei.

Ela me olhou preocupada e depois sorriu.

- Vamos, o café está servido! – gritou Sango da cabana.

Todos assentiram e foram para lá.

Continua...