-Oi, Joe – murmurei, quando consegui encontrar minha voz.

-Oi – murmurou ele, e sorriu – quer que eu vá chamar o Tom?

-Ainda não, primeiro chame a Chris. Eu preciso falar com ela. – ele assentiu e foi chamá-la. Alguns minutos depois ela entrou, primeiro me olhando chocada, mas depois começou a chorar e correu para meus braços. 

-Ei, o que você queria falar comigo? – murmurou ela, passada a fase de felicidade por ela me ver acordada.

-É sobre o Tom. Eu não sei mais o que fazer quanto a ele. – murmurei com os olhos marejados. Contei pra ela utdo sobre o Joe e sobre o que o Tom havia feito por mim, tudo o que ele havia me falado nesses últimos dias – ele sabe que eu acordei?

-Não, ele não sabe. Você acha que ele estaria lá fora se soubesse que você está acordada? Claro que não. Amanda, ele te ama, ele não deixava ninguém saber, mas ele chorava todo dia, se culpava pelo que havia feito com você e só eu e o Bill sabemos como ele estava sofrendo. – ela balançou a cabeça, triste – ele sente sua falta, e não é porque eu e ele somos amigos que vou dizer isso: você precisa voltar com ele. Um ama o outro, e vocês não podem ficar separados. 

-Você acha que ele me ama mesmo? – murmurei, sorrindo em meio às lágrimas.

-Eu tenho certeza que sim - ela sorriu, me abraçou e saiu da sala, me deixando sozinha com meus pensamentos.

Tom estava sofrendo por mim, ele se culpava pelo que tinha feito comigo, e o mais importante, ele me amava.

Ah, merda. O que eu tinha feito?

Nessa hora o Tom entrou, falando com alguém no celular. 

-Não Bill, eu não entendi o que a Chris quis dizer. To dizendo, sua namorada está ficando louca, e... - ele me olhou - ai, meu Deus. - Tom desligou o telefone na cara o Bill, ainda me olhando chocado.

-É feio desligar na cara das pessoas, sabia? - sorri. Tom não respondeu,só continuou se aproximando devagar. - oi, Tom - murmurei enquanto ele se sentou ao meu lado. 

Tom me abraçou com força e começou a murmurar coisas sem sentido enquanto eu o abraçava.

-Ei amor, está tudo bem, sério. 

-Não, não está nada bem. Eu te magoei, te fiz fazer aquelas coisas horriveis consigo mesma. Eu fui o pior namorado do mundo, não fui digno da sua confiança. Eu...

-Tom, cala a boca e me escuta - ele ficou quieto e me olhou - a Chris, a Mel e a Karol me contaram o que houve naquela festa. Elas me disseram que não foi culpa sua, e até me mostraram um video de a garota se jogando pra cima de você e você as rejeitando. Fui uma idiota em pensar em morrer e deixar você aqui. Pare de se culpar tanto. - segurei seu rosto entre minhas mãos e o obriguei a olhar em meus olhos.

To retribuiu meu olhar, mas logo abaixou o seu para olhar para meu corpo. Ele passava os dedos trêmulos pelas minhas marcas avermelhadas em minhas pernas e braços, sempre em silêncio.

-Desculpa - murmurei com os olhos marejados.

-Pelo quê?

-Por ter sido fraca e por ter te magoado fazendo isso.

-Ei, não chore - ele enxugou minhas lágrimas e se aproximou de mim. Suspirei com a proximidade de nossos corpos. Ele sorriu - senti tanta falta disso - suspirou ele, e me beijou.

-Eu te amo - respondi, antes me entregar àquele beijo e me derreter nos braços do homem que eu amava.

O meu homem. Meu Tom.