Querido Diário,
Estou cada vez mais sozinha,pois hoje Damon partiu e não sei se voltara algum dia.

Elena ficou olhando para aquela única linha de anotação que havia feito em seu caderninho secreto,onde escondia todas as suas magoas e refletia sobre seus erros e acontecimentos de vida.Nunca pensou que se Damon algum dia partisse ela sentiria um vazio tão grande,porque não tinha Stefan para ajudá-la a esquecer,na verdade não tinha mais ninguém.

[...]

Damon desembarcou no aeroporto de Seattle, estava cansado de tato ficar sentado em uma cadeira de avião, cruzando o país.
Não tinha a mínima idéia de onde iria ficar,mas sabia que se queria tentar encontrar Stefan de uma maneira que ninguém soubesse onde ele estava,não poderia ficar em um hotel.Bastaria perguntar para a recepcionista quem se hospeda ali que ela com certeza cederia a informação.
Foi até o balcão de informações,onde havia um longa e demorada fila.Damon não teria outra opção a não ser entrar.Ele parou atrás de uma mulher com cabelos lisos um tanto cacheados na cor de castanho,que procurava alguma coisa na imensa bagagem de viajem.
Quando finalmente se endireitou agora com um chumaço de papeis na mão ela reparou no vampiro em suas costas observando seus movimentos,deu um pequeno sorriso.

-Essa fila esta grande não é mesmo?-Falou ela educadamente tentando puxar conversa com o Salvatore.

-Não esperava por isso,estou exausto.-Disse Damon.Ela riu e observou por cima do ombro um carro amarelo chamativo largar um passageiro na entrada do estabelecimento,um taxi com os números 562.

-Será que gostaria de ir na cafeteria do aeroporto comigo,eu não gosto de ir lá sozinha.E parece que vamos mofar aqui.-Pediu ela.Damon pensou duas vezes antes de aceitar mas realmente ela tinha razão,parecia que nunca iriam sair daquele lugar.

-Claro,vamos.-Ele disse.

Os dois se sentaram em uma mesa no centro,que tinha apenas duas cadeiras bastante desconfortáveis.

-Parece sua primeira vez aqui – Reparou ela bebendo um gole do seu café amargo e frio.

-Na verdade sim,mas já visitei algumas vezes quando era garoto.Isso não conta pois infância é como ressaca,apenas os outros lembram o que você fez.-Falou Damon rindo com ela.-Você mora aqui? 

-Sim,a algum tempo desde que mudei de emprego.Agora trabalho no Museu de Arte que fica no centro de Seattle,embora algumas vezes tenha que ir para Tacoma onde existe um lindo Museu dedicado a apenas trabalhos feitos com vidro.Acho que peguei esse gosto quando minha mãe me levou a um museu em Bellevue no subúrbio. Rosalie Whyel Museum of Doll Art é uma museu de bonecas antigas.-Ela parou de falar e bebeu mais um gole de seu café,fez uma careta.-Juro que essas coisas estão cada vez piores.E você porque está aqui?

-Estou atrás de um homem chamado Klaus,conhece?-Perguntou Damon.Talvez ela soubesse quem era ou não pois poderia haver centenas de pessoas com esse nome.

-Não,desculpe.Não é um nome muito comum,embora quando se trabalha em um Museu você todo tipo de homenagem possível á Deuses,Santos criaturas mitológicas...-Ela parou de falar e coroou- Olha pra mim.Estou abrindo minha vida para um cara que nem sei o nome.

-Meu nome é Damon Salvatore - Apressou-se a dizer o vampiro.

-O meu é Nicole Roberts.É um prazer conhecê-lo Damon.

-O prazer é meu,mas vou ter que ir agora.-Ele disse se levantando e pegando seu casaco que estava sobre a cadeira.E deixando uma nota de cinco dólares sobre a mesa para pagar seu café.-Se eu quiser arranjar um lugar para ficar hospedado.Até mais Nicole.

A garota não disse nada apenas observava o vampiro se afastar e ir a caminho do balcão de informações que agora estava vazio,apenas a atendente que conversava ao telefone.Nicole sabia que o que estava prestes a fazer poderia ser arriscado e provavelmente um grande estupidez,mas não poderia tentar a continuar viver naquele apartamento sozinha.Ela pagou seu sua bebida e pegou suas coisas rapidamente,saindo apressada do local.Ela correu até o homem bonito e legal que acabara de conhecer.

-Damon,você por acaso não estaria interessado em ficar hospedado em meu apartamento?Eu sempre tive uma colega de quarto, mas a ultima se casou e eu não gosto de morar sozinha.

Damon sabia que aquilo seria ótimo se não estava planejando ficar em um hotel,e a própria atendente do Aeroporto disse que não havia vagas disponíveis em pensionatos.

-Sério?Não sou um estranho?-Perguntou ele com um sorriso no canto da boca.

-Não é mais desde o momento que eu comecei a falar dos museus pode apostar.-Riu ela se afastando com ele em direção aos taxis.