When Youre Gone escrita por TaTa B-P, Babi


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pelo atraso!!!! Podem me enforcar e me sinto como que desviando de pedras aqui, mas como a vida de terceiro ano está se mostrando muito difícil eu saí só as seis da tarde da escola e fui direto pra aula de kung fu, então nem deu para tocar no pc! Também foi minha culpa não ter mandado o cap antes para a babi betar, então mil perdões para as duas e farei de tudo para que não se repita! Aproveitem o capítulo!



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Durante o caminho, que estava silencioso, até os porões da embarcação, onde ficavam as cargas, Jasper tentou, quase sem nenhum efeito, aplacar os sentimentos de Bella, tentando passar alguma calma para ela.

Eles caminharam em silêncio pelos corredores vazios. Todos dormiam, ou estavam enfiados ou no bar ou no baile, que acontecia no salão. Já era tarde da noite.

Quando chegaram ao depósito, Jasper guiou Bella até as caixas onde estavam os quadros. Ela se sentou em frente à caixa e olhou para o irmão, com os olhos sem brilho. Seu olhar era implorativo.

- Podem me deixar só? – Pediu com a voz fraca.

- Eu não sei se seria uma boa ideia, Bella... – Jasper tentou argumentar.

- Eu prometo que não os destruirei. Alice avisará caso isso for acontecer. – Bella cortou-o.

Jasper deu um longo suspiro e disse:

- Tudo bem.

- Eu estarei de olho, Bella. – Alice completou.

Eles se viraram e saíram ouvindo o simples agradecimento que Bella murmurara.

Sozinha naquele compartimento escuro e silencioso, Bella abriu uma das caixas e retirou de lá um dos quadros, que estava envolto em um lençol branco para protegê-lo da poeira. Ela o desembrulhou e olhou para ele. Os olhos verdes faiscaram para ela tão fielmente retratados, que, como todas as outras vezes que Bella o observava,deixou-a sem ar por alguns segundos.

A face dele congelada no tempo, por aquela pintura, permitiu que Bella, por pouco tempo imaginasse que ele estava ali com ela. Logo o buraco em seu peito queimou e ela começou a soluçar e a chorar copiosamente. O outro quadro que ela retirou da caixa e desembrulhou era onde um pintor que estava de passagem pela cidade pintou-os de repente quando Edward a surpreendera no mercado. Ele era o único que conseguia pegá-la desprevenida e naquele quadro ele dava um sorriso radiante quando ela olhava pra ele irritada. O quadro era uma imagem muito incomum na época, que era regida pelas rígidas regras de etiqueta, principalmente entre classes sociais tão diferentes como a de Edward e Bella.

Ela fechou os olhos lembrando com raiva de todas as vezes que viu Edward sofrer pelos cochichos e olhares, todas as repreensões e preconceitos que ele ouviu e sofreu por causa daquela maldita sociedade. Era por isso que Bella sempre detestou os humanos, porque eles nunca olhavam para o próximo como semelhante, mas sim de acordo com o que era adequado ao mundinho deles, ou seja, de modo que sempre eles mesmos fossem superiores. E por causa disso, ela sempre os odiou. Até conhecer ele. Edward era diferente dos outros. Ele tinha um coração e fez Bella votar a acreditar no melhor da humanidade. E mesmo assim a humanidade não foi piedosa com ele.

FLASHBACK ON:

Bella andava calmamente pelo parque público daquela cidade. Porém ela apenas aparentava estar calma. Seus olhos buscavam o tempo todo por algum sinal daqueles cabelos bronze ou daqueles hipnotizantes olhos verdes. Ela não conseguia entender porque um ser humano tão insignificante conseguia deixá-la tão ansiosa. “Só que ele não é um insignificante.” Ela se contradisse em pensamentos. E realmente Edward tinha um jeito de ver as coisas que nenhum humano que Bella conheceu tinha.

Desde que ele descobriu o segredo que ela guardava, Bella estava decidida a fazer com que ele mantivesse o segredo e então se livraria dele, porém jamais matá-lo. Nenhum ser humano, por mais detestável que fosse, merecia a morte pelas mãos dela. Ela já matara demais. Mas aquele humano era diferente. Edward não temia Bella, ele a enfrentava diante de suas discussões sobre a tamanha raiva e descrença que Bella tinha do seres humanos. Ele dizia que ela já tinha sido humana uma vez, que ainda existiam pessoas pelas quais ainda valiam à pena lutar.

Mesmo que os pais dele o maltratem, o impeçam de seguir seu sonho, ele ainda acreditava no melhor das pessoas. A única coisa que ela podia fazer diante disso era sorrir descrente e balançar levemente a cabeça. Ela tinha certeza que Edward não sabia nada sobre a humanidade. Afinal ele não vivera e nem vira tantos acontecimentos como ela.

Logo ela foi tirada de seus devaneios quando gritos animados chegaram aos seus ouvidos:

- Bella! Bella!

Edward corria em sua direção na praça e todos os nobres presentes torceram o nariz ao ver o rapaz praticamente maltrapilho que corria gritando uma Senhorita pelo apelido. Ela, sem se importar com os olhares recebidos, apenas franziu o cenho na direção do rapaz. Edward chegou até ela sorrindo e disse enquanto se apoiava sobre os joelhos, ofegante:

- Se continuar a franzir sua testa dessa maneira será capaz de ficar assim permanentemente, Senhorita de Pedra.

Ela revirou os olhos tanto com o apelido, quanto com o comentário.

- Existe algum momento no qual você não esteja sorrindo? – Ela perguntou, ainda sem acreditar na facilidade que ele tinha para sorrir. Até para um humano, que sorria facilmente, ele parecia feliz demais.

- Bem eu precisaria pensar e ver se me lembro de algum. – Brincou ele.

Bella em resposta apenas revirou os olhos. Nesse momento um guarda se aproximou rapidamente e, pegando Edward pelo ombro, fazendo-o soltar um gemido de dor, disse:

- Esse moleque está a aborrecer a senhorita, milady?

- Ei! – Protestou Edward. – Eu não estou fazendo nada!

Ele começou a puxar Edward para longe de Bella, mas ela reagiu e segurou o pulso do policial. Seu olhar era assassino e por um momento Edward realmente temeu pelo homem.

- Você não ouviu o cavalheiro dizer que não estava fazendo nada? – A voz dela era baixa e cortante.

- Não devemos confiar no que esses pivetes dizem. Ele pode estar com um canivete no bolso pronto para assaltá-la, milady. – A voz do policial fraquejou, porém ele ainda não soltara Edward.

O olhar de Bella faiscou. O guarda tremeu.

- Eu já disse que ocavalheiroem questão não traz risco nenhum. Eu o conheço e ele está comigo.

O policial então soltou hesitante, Edward e disse, por fim:

- Só que eu infelizmente devo exigir que ele se retire. Aqui é um parque familiar e essas pessoas respeitáveis estão incomodadas e apreensivas com a presença deste cavalheiro.

-Isso é um parque público! Irá expulsa-lo porque este parque está sendo freqüentado pela elite?! Esse cavalheiro também tem todo o direito de frequentar esse lugar. – Bella tremia de fúria.

O guarda sem saber o que responder, ameaçou:

- Se continuar com esse comportamento, eu terei de levá-la também, milady.

Edward estava preocupado com o rumo, que as coisas estavam levando, e incomodado com a atenção levantada sobre Bella, então ele tocou o braço dela e disse:

- Lady Chevalier, por favor, esqueça isso. Vamos embora e poderemos tratar dos assuntos pendentes em outro lugar tão agradável quanto o parque.

Bella desviou o olhar do guarda por dois segundos para fitar o olhar implorativo de Edward. Ela suspirou consternada e aceitou o braço de Edward dando as costas ao policial.

Quando ambos estavam distantes o bastante do parque, Bella rosnou e flexionou os punhos, totalmente furiosa e resmungando:

- Maldita sociedade imbecil, malditos humanos miseráveis. Eu queria matar aquele infeliz por ousar...

Porém Edward a interrompeu e surpreendeu-a, dizendo simplesmente:

- Você me protegeu.

Ele parecia admirado e isso intrigou Bella.

- Por que não o defenderia? – Perguntou curiosa.

- Por que você simplesmente não gosta de ninguém, além de si mesma, principalmente eu e também porque vocêéda “elite”. Bella se você queria se livrar de mim aquele era o melhor momento! Você já sabe que eu não revelaria o seu segredo. – Disse ele exasperado.

Bella olhou para seus olhos por incontáveis minutos, em completo silencio. E Edward estremeceu sob o olhar perfurante e profundo de Bella. Finalmente ela deu um fraco sorriso irônico e balançou a cabeça negativamente, olhando para baixo.

- Agora eu tenho duas opções. Ou você não enxerga as coisas com clareza, ou eu estou me saindo uma atriz muito boa. – Disse sarcástica. Porém a sua voz não tinha um pingo de humor.

Edward a encarou confuso. O que será que ela quis dizer com aquilo? Será que ela mentira para ele? O pensamento o deixou magoado. Mesmo assim ele perguntou:

- O quê?

- Simples Edward. – Ela gesticulou revirando os olhos, algo totalmente inadequado para uma dama da sociedade. – A última pessoa de quem eu gosto sou eu mesma. Eu sou da elite porque é mais fácil manter o segredo. E se eu sei que você não vai revelar o meu segredo e não me livrei de você, acho que você chegaria à conclusão racional de que eunãoquero me livrar de você. – Explicou ela com a voz entediada, porém com os olhos repletos de sentimentos reprimidos.

- Sério?! – Edward perguntou ainda sem acreditar nas palavras daquela vampira que parecia tão fria.

Então Bella ignorou a pergunta de Edward e voltou a ficar séria trazendo a tona um detalhe que a incomodou de uma maneira intrigante, que ela não conseguia entender. Sua voz saiu rude quando ela disse:

- Só um aviso Edward Anthony Masen Júnior. Nunca me chame ou me trate dessa maneira absurdamente formal como fez no parque, ou eu juro que eu não permitirei que toque piano em minha casa novamente, entendeu?

- Mas por quê? Eu só estava mantendo as aparências!

- Você não vai, porque eu não sou melhor ou superior a você, Edward. Formalidades são para tolos, mesquinhos e insignificantes que precisam de um ego constantemente alimentado. Estamos entendidos?

Edward apenas afirmou com um aceno. Logo ele se deu conta de outra coisa e perguntou:

- Você não gosta de si mesma? Por quê?

- Tem como gostar de uma criatura amaldiçoada que nem eu, Edward? Quantas malditas vezes eu já disse que eu sou um monstro?! –Bella disse com completo asco.

- Você não é um monstro, Bella. – Edward murmurou em resposta.

- Isso não é da sua conta. Eu sei muito bem o que eu sou. – Ela disse sem olhar para ele.

Ele apenas suspirou sem acreditar em como Bella podia ser absurda.

FLASHBACK OFF

Bella soluçou mais ainda ao relembrar de quanto tempo se passou com ela desprezando Edward quando ela já o amava. Ela simplesmente caiu deitada em frente ao retrato de Edward e chorou copiosamente.

Ah se seu sofrimento pudesse trazer Edward de volta! Se Deus existisse e gostasse um pouco de Bella, será que ele traria Edward de volta para ela? Como ela desejava que essa possibilidade fosse real. Qualquer coisa que fizesse com que Edward voltasse.

- Qualquer coisa! – Murmurou desesperada.

Ela conseguiu reunir coragem para olhar para mais um quadro, porém foi demais para ela. O último quadro que ela retirara antes de finalmente entrar em um furor desesperado causados pela dor culpa foi aquele que ela mandara pintar quando mostrara a pequena cabana para Edward. A pequena casa amarela construída a partir de tijolos vermelhos estava lá recém construída, nova, pedindo para ser ocupada. A expressão de amor, felicidade e emoção de Edward estavam tão fielmente retratadas quanto à perfeita memória daquele dia. Ela se sentira tão feliz e tão realizada ao ver a felicidade do amado, ela sentia que, pela primeira vez na vida que considerava tão maldita, ela finalmente havia feito algo certo.

O dia obviamente estava nublado quando Bella apresentou a casa ao amado e ela lembrava perfeitamente das palavras dirigidas a ela assim que ele se acalmou e se acostumou com a bela visão da casa no topo da colina na pequena propriedade que Bella adquirira apenas para aquele objetivo.

FLASHBACK ON

- Bella, pelo amor de Deus, pare com esse suspense todo! Onde estamos? Posso tirar essa maldita venda de meu rosto? – Edward reclamava pondo a mão livre sobre a venda com o propósito de tirá-la.

Porém Bella era mais rápida e, com a mão que não estava guiando Edward, impediu-o de tirar a venda. Ao mesmo tempo ela respondeu à reclamação dele com um sorriso:

- Um: Deus não existe então sua apelação não conta; Dois: É surpresa e Três: Pela milésima vez NÃO!

Ele bufou audivelmente e Bella soltou uma gargalhada.

- Relaxe que estamos quase chegando. E eu já disse que você fica muito charmoso quando está emburrado?

A expressão dele relaxou e ele abriu o sorriso torto que Bella tanto amava. Então eles pararam e Edward começou a sentir o que estava ao redor. Uma brisa suave passava por eles agitando levemente os seus cabelos. O cheiro de grama e de flores silvestres invadiu seu sistema nervoso e ele ficou cada vez mais curioso. Ele estava prestes a perguntar novamente onde eles estavam quando Bella disse suavemente:

- Pode tirar a venda.

Ele o fez. E então sua mandíbula se abriu e ele olhou fascinado para a cabana à sua frente. Era mais do que ele esperava. Mesmo sabendo que Bella faria tudo por ele, jamais imaginara que ela em alguns meses fizesse a casa. Ele nem sabia que ela tinha começado!

- Bella! – Ele apenas conseguiu exclamar isso e sua expressão era puro espanto.

- O quê? Tem algo errado? Está faltando alguma coisa? Você gostou? Edward, fale alguma coisa, está me deixando maluca aqui! Droga eu sabia que tinha alguma coisa errada... – Bella falou freneticamente, ficando preocupada.

- Eu seria um imbecil se não gostasse! – Disse ele sorrindo e a surpreendendo. – Você não existe, Bella!

Ela suspirou aliviada e soltou uma risadinha. Então ela se aproximou dele e colocou algo metálico e gelado em suas mãos. Ele olhou para as chaves com os olhos brilhantes e depois para Bella que sorria.

- Acho que você gostaria de olhar por dentro. – Explicou ela.

Ele praticamente correu para a entrada da casa pronto para abrir a porta. Nesse meio tempo, Bella olhou interrogativamente para o pintor um pouco distante. Ele apenas acenou um “Vá” com as mãos e ela foi ao encontro de Edward.

Ele abriu a porta e entrou. Bella apenas o seguiu sorrindo. Edward olhava em volta sem saber o que dizer. A sala era bem simples. Havia uma lareira e um sofá de três lugares junto com duas poltronas e um divã. Nenhuma tapeçaria mais cara ou algo de mais valor. Havia uma porta que levava à sala de jantar e à cozinha. No fundo da sala uma porta levava a um corredor com três portas. A primeira levava a uma biblioteca parcialmente cheia de livros, a segunda para um quarto, que Bella afirmou ser o de hóspedes, para qualquer eventualidade e o que ficava no final do corredor. Ao entrar no quarto Edward arfou. Bella, novamente preocupada perguntou:

- Têm alguma coisa errada? Eu sei que não tem muitos móveis, mas eu não sabia se você iria querer algo especifico ou então trazer alguma coisa da mansão ou da sua casa, mas com o tempo podemos terminar de completar tudo. Na biblioteca também faltam algumas coisas e eu também quero trazer os quadros da mansão e...

- É lindo, Bella! – Interrompeu-a. – Provavelmente maior do que sequer imaginei, mas é tudo perfeito, Bella.

O quarto possuía uma cama de casal com dossel, cortinas espessas na janela e ao lado dessa mesma janela havia uma cadeira de balanço.

- Cadeira de balanço? Pensei que não pudéssemos ter filhos. – Edward comentou surpreso.

Bella lhe deu um sorriso duro e Edward se repreendeu mentalmente. Ele sabia o quanto aquele assunto a afetava. Ela respondeu:

- Eu vou observar você dormir da cadeira. É confortável, apesar de que lembrar sua verdadeira função me deixe um tanto... Incomodada.

- Me observar? Você não vai... Quero dizer... Er... – Edward se embaraçava com as palavras suas bochechas atingiram um leve tom avermelhado.

- Você achou que eu iria me deitar com você? – Bella perguntou um tanto chocada.

- Não do jeito que você pensa! – Edward exclamou desesperado. – Eu só gostaria de ter você mais perto. Só isso.

- Edward. Eu entendo você, mas as pessoas já falam demais sobre nós e agora vamos morar juntos então é melhor mantermos alguma distancia. Por enquanto. Meu quarto fica aqui ao lado, se quiser vê-lo depois.

- Pensei que não ligasse para o que as pessoas dizem. – Acusou-a.

- E eunãoligo, mas se as pessoas falarem demais irá se espalhar e pode chegar até osVolturie eu quero evitar isso. Meu nome já é conhecido demais por eles. – Ela sussurrou o nome com raiva e preocupação.

- Quem são os Volturi? – Ele perguntou.

- Um clã perigoso demais e que devemos evitar. Ponto. – Explicou ela brevemente.

Bella não queria que ele se envolvesse demais em seu mundo e envolver-se com os Volturi seria arranjar problemas grandes demais e ela não queria isso, temendo pela segurança daquele que lhe era tão precioso.

- Você sabe que não vou me contentar apenas com essa resposta, não é mesmo? –Edward acusou levantando uma sobrancelha.

- E você sabe que não vou dizer mesmo assim, não é? – Retorquiu sorrindo presunçosa.

Ele suspirou audivelmente e então voltou a sorrir, fazendo com que Bella sorrisse também. Edward ficou perdido em seu sorriso até finalmente dizer:

- Quando vamos nos mudar para cá?

- O mais breve possível. – Ela respondeu.

Depois disso eles ficaram em silêncio e Edward apenas observava os detalhes de tudo ao redor. Por fim, ele olhou nos olhos de Bella e sorriu.

- Você é a melhor coisa que poderia ter me acontecido, Bella. – Ele disse quebrando o silêncio.

FLASHBACK OFF

- Oh meu Deus!Eu o matei! Eu o matei, meu Deus! – Ela gritava desesperada puxando os cabelos enquanto soluços descontrolados irrompiam pela sua garganta, se misturado aos gritos de dor e remorso. – Eu não permiti ao menos que ele realizasse seus sonhos! Por que, meu Deus?! Por que ele?!

Poucos segundos depois Bella sentiu dois braços fortes a envolvendo e então ela enterrou o rosto na camisa de Jasper chorando desesperadamente. Ela nem notou Alice encostada na porta totalmente chocada com o surto de Bella. Jasper tentava mandar ondas de calma para ela e fazia carinho em seus cabelos tentando acalmá-la.

- Shhh, shhh... Ah, Bella. Você sabe que não é culpada.

- Eusouculpada, Jazz. Você apenas não consegue ver o que eu fiz. Eu posso não ter jogado ele do precipício, mas cometi graves errosantes! Eu tive dois anos para fazer a coisa certa, mas não fiz quase nada!

- Eu não estou entendendo aonde quer chegar, Bella. – Jasper disse ligeiramente confuso.

Bella mal conseguia falar com os soluços saindo incessantemente de sua garganta. Mesmo assim deu um suspiro tentando se acalmar, sem sucesso, e disse:

- Eu o ignorei, o desprezei por quase um ano, mesmo sabendo que já o amava. Simplesmente porque minha experiência e meu subconsciente me alertavam que isso iria acabar mal com todas as outras vezes. Eu demorei tanto para sufocar o meu medo e o meu egoísmo e no fim eu o perdi e tudo foi em vão. Eu apenas não consigo parar de desejar que não tivesse acabado. Um exemplo disso tudo foi: Pouco antes de eu... Deixar de ser cabeça-dura, ele fez aniversário, e é claro que na época eu já praticamente precisava ver ele feliz para viver e então eu dei um baile em minha mansão. Todos os amigos que ele tinha e parentes que consegui encontrar foram. Tem... Tem um quadro desse dia em algum lugar por aqui. Eu não tive coragem de procurar. Ele estava tão feliz. Argh!ARGH! E então eu quase matei os pais dele. Ah! –Ela gritou desesperada enquanto lembrava-se de todos os modos em que falhou.

- Por que, Bella? – Jasper perguntou querendo que ela falasse e se acalmasse.

- Eles queriam impedi-lo de me ver, queriam impedi-lo de tocar piano! Insultaram-no e me insultaram em minha casa, na festa dele! Eu... Eu não pensei, não me controlei e quando eu vi, estava segurando o pai dele pelo pescoço, arriscando tudo o que levei séculos para construir. Meu anonimato. Minha vida perto da única pessoa que me faziaviva. Eu o soltei quando Edward me acalmou – Ela apertou os olhos. – E então eu simplesmente... Destratei-o no aniversário dele, e acabei com a melhor festa que poderia oferecer.

- Ah, Bella... – Jasper procurava palavras para consolá-la, mas ela continuava a falar.

- Sabe o que ele fez no dia seguinte?! Ele foi ver se eu estava bem! Eu mandei ele se explodir junto do pai dele e ele veio ver se eu estava bem! Agora me responda se eu merecia isso? Eu devia ter morrido naquele maldito dia, naquele maldito incêndio na França!

- Será que uma vez na sua vida você poderia parar de falar de você como se fosse uma condenada?! Sinceramente, Bella, a sua auto-piedade cansa! – Alice resmungou se aproximando com a expressão fechada.

Jasper e Bella olhavam para ela chocados. Bella ainda soluçava freneticamente agarrada à blusa do irmão. Ela não parou de falar:

- Sua família foi assassinada cruelmente e você foi muito ferida. Ganhou a chance de viver pela eternidade. Com seu preço, é claro. Depois devolveu na mesma moeda. Então foi traída, ameaçada. Matou até finalmente achar uma alternativa. Reconstruiu-se. E simplesmente vivia. E então você encontrou esse Edward. Eu não preciso saber de detalhes que ele foi o amor da sua vida. Bella, pelo amor de Deus! Vocêviveuo amor verdadeiro. Você sabe quantas pessoas, quantos seres têm essa chance? Quase nenhum! Não importa o que aconteceu, porque enquanto vocês tinham um ao outro nada mais importava! Você esta se torturando simplesmente porque agiu como humana?! Por favor, Bella. Ninguém, seja até mesmo um vampiro, pode ser perfeito! Isso seria tãomecânico! Então onde estaria a emoção? Tudo a mesma coisa, a mesma calmaria! Você viveu, tem memórias. E aposto que a maior delas boas! Esses quadros são as provas disso. Sentiu raiva, sentiu amor, sentiu ciúmes, revolta, felicidade. Então por que fica agindo como se fosse a vilã do mundo? Se você chegasse perto disso Edward jamais ficaria com você! Acorde Isabella!

Jasper estava confuso, pois sabia que Bella estaria sofrendo e sabia que Alice jamais falaria algo nesse tom para Bella e, mesmo falando, estava sofrendo para fazê-lo. Então qual era o sentido de tudo aquilo? Bella estava estática. Ela não tirava os olhos de Alice enquanto ela guardava cuidadosamente todos os quadros espalhados de volta para suas respectivas caixas, apesar de não prestar muita atenção no que fazia.

- Mas tanta coisa que eu poderia ter evitado. Ele poderia estar aqui se eu não tivesse relutado em transformá-lo.

- E se, e se, e se... Caramba, Bella, você não se cansa, não?! Não existe “e se”. “E se” só existe na cabeça dos tolos. Você e ele fizeram escolhas e elas tiveram conseqüências desagradáveis. O que fazer? Ter paciência. Euseique você está sofrendo, afinal sua felicidade, seu ar, seu tudo que se foi. Eu ficaria assim se Jasper morresse. Eu sofreria. Porém eu não me culparia de nada, porque tudo que teria feito seria com ele. E só de ter a chance de tê-lo, já vale a pena.

Jasper ficou aparado avaliando a possível reação da irmã. Sua experiência dizia que aquilo não iria dar certo. Ele teria de conversar seriamente com Alice. Ao mesmo tempo ficou tocado com a declaração de Alice, mas precisava se focar na sua irmã.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado da dose extra de drama e sofrimento hoje e comentem caso tenham algo para criticar ou elogiar, ou qualquer outra coisa para dizer! ^^
Até a próxima quinta SEEEEEM FALTA!
bjusssss
Babi: Gente, desculpa a demora. Na quinta tem mais um capítulo, espero que tenham gostado desse =D Beijooos