Prólogo:

Ele sempre gostou de velocidade, principalmente naquele momento em que estava furioso. Era ótimo para extravasar e se acalmar. Ele açoitou mais uma vez os cavalos, rezando para que aquela carruagem conseguisse ser mais rápida. O vento batia em seu rosto, deixando as maçãs do rosto vermelhas, e agitava seus cabelos cor de uísque, enquanto a chuva que caia naquela noite molhava-os fazendo com que suas roupas colassem no seu corpo.

Ele não conseguia acreditar no que ela fizera com ele. Não conseguia entender o porquê de ela achar uma tragédia ele se transformar em um ser como ela. Será que ela não o queria para sempre? Será que, para ela, ele não passava de um simples humano, uma aventura em sua eternidade?

Ele decidira que não a perdoaria enquanto ela não o transformasse. Porém sofreria muito sem ela. Ele a amava demais.

A chuva ficava mais forte enquanto ele subia a toda a velocidade a encosta da pequena montanha que ficava ao lado da margem do grande lago, que quando percorrida, levava até o porto, e este foi mais uma revolução e uma conquista tecnológica para a época. Levava cargas de Chicago até todas as outras cidades que beiravam os “cinco grandes lagos”.

A carruagem dava pequenos deslizes durante a subida e o caminho ficou estreito a ponto de apenas uma carruagem conseguir passar por vez, mas ele estava só na estrada. Porém a velocidade, a que ele estava, era perigosa e sua insensatez teve um preço. A carruagem derrapou na terra molhada e tombou.

Os cavalos conseguiram se soltar da carruagem e saíram correndo desesperados e ele, como estava sentado na condução da carruagem, despencou e caiu na água. Porém a queda foi muito grande e o impacto com a água o deixou em choque.  Ele não conseguia se mexer e nadar até a superfície em busca de ar, que começou a faltar.

Derrotado pelo cansaço e sem ar, prestes a desfalecer, Edward pensou no quanto amava Isabella e lamentava que jamais pudesse vê-la novamente. Então a escuridão o tomou e ele se preparou para encontrar a morte.