Entre Pais E Filhos escrita por Carol Bandeira


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Espero que estejam se divertindo.Muito obrigada aqueles que me deixaram reviews, é bom saber que tem quem goste do que escrevo!
Neste capítulo Mathew tem o empurrão que lhe faltava para reencontrar Sara, enquanto ela leva sua relação com Grissom para um nível mais intimo.
Boa leitura!



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Entre pais e filhos

Capítulo IX:

As 15:00 hs Gil esperava Mathew no estacionamento da escola,como combinado.Usando óculos escuros para se esconder do sol forte o homem estava quase dormindo no banco do motorista.Ele não teve muito tempo para descansar depois do trabalho,por causa de uma certa morena.E nem depois,com os pensamentos em Sara...ah sempre Sara.Ele só esperava que a noite no trabalho não fosse tão agitada.Ele não ficava na melhor forma quando não podia dormir.

Com os pensamentos ao longe nem viu seu filho saindo do colégio e se aproximando do carro.Só quando Mathew bateu no vidro Gil se ligou e abriu a porta do carro para ele.O garoto então jogou a mochila no banco de trás e sentou-se no banco do carona.

-E ai,filho.Como foi o seu dia?-Gil perguntou enquanto dava a partida no carro.

-Foi bom...não tão esquisito como eu pensei que fosse.

E era verdade.Os colegas de classe de Mathew foram todos amistosos.A turma era meio diferente daquele que ele deixara na Califórnia.Não era dividida em grupos,como a maioria é.Claro que tinham grupinhos,mas não eram tão fechados como poderia ser.E ter Lindsay na sua turma ajudou em muito.Ela serviu para quebrar o gelo inicial com os colegas.Apesar de que ele sentiu que poderia ter algum problema com certas pessoas,com os olhares lançados a ele quando estava perto da garota.O que também era normal,já que Lindsay era uma linda garota.

Quanto ao colégio e aos professores,o garoto também estava animado.Ele não era tão nerd quanto seu pai mas mesmo assim curtia as maravilhas de um laboratório de ciências bem equipado.Ele havia aprendido desde cedo que certas matérias eram bem mais fáceis de entender com experimentos,pois além de visualizar melhor prendia a atenção mais fácil do que um quadro negro.

O melhor para o garoto,entretanto eram as oficinas oferecidas pela escola.Uma em especial, a de artes.Mathew começara a fazer um “cursinho” com sua avó,mas fora desestimulado.E agora,com essa possibilidade,era algo que ele sabia que tinha que fazer.Então seu nome já constava na lista de inscrição.

Gil,vendo que seu filho parecia feliz,aumentou ainda mais o seu sorriso.Afinal,um dia perfeito assim era raridade em sua vida.

Mathew,por sua vez reparou que o pai parecia muito feliz.E cansado,pois o homem não parava de abrir a boca.Mathew então olhou para a janela e viu os ônibus passando.

-Pai, você não precisa vir me buscar todos os dias.Tenho certeza que você precisa descansar.

-Não se preocupe com isso Matt.Eu queria fazer isso por você.

-Ok,pai.Mas sério,se você me disser qual o ônibus que eu pego,eu to feito.

-Se você insiste.

Gil não sabia se devia levar essa insistência do filho para o lado negativo.Será que Mathew não gostava de sua companhia?Ou será que isso era algo comum entre adolescentes?Pensando bem,na idade de Mathew Gil já ia sozinho para a escola.Mas também as circunstancias eram diferente.Matt não conhecia a cidade direito e Gil também não tinha consciência dos males que aguardavam as pessoas em cidades como Las Vegas.Mas Gil também se lembrou que prometera a seu filho que confiaria nele.E se Mathew achava que podia ir e voltar da  escola sozinho... Bom ele não poderia contestar

Ao chegar em casa, Mathew foi tomar um banho e Gil resolveu dormir até a hora do trabalho.Ele jantaria com o filho antes de sair de casa,tentando arrumar um tempo para dedicar a ele,pretendendo fazer disso um hábito.No jantar Mathew falou do que gostou da escola e do que era diferente da escola que ele estudava.Gil até falou um pouco do tempo dele como estudante,como ele era diferente.Foi um jantar agradável.

Gil chegou ao laboratório uma meia hora antes do turno começar e ,como de costume, Sara já estava lá.Os dois se cumprimentaram com um sorriso e Gil fez um sinal para Sara segui-lo.Os dois andaram até o escritório de Gil.Ele fechou a porta e se sentou no sofá,indicando para Sara fazer o mesmo.A garota sentou-se deixando um bom espaço entre eles.

-Então.-Sara disse vendo que Gil encontrava dificuldades para falar.

-Então...Sara...acho que apesar de cobrir muito esta noite...ah...ainda tenho uma coisas que eu queria resolver...

-Como por exemplo...-Sara tinha uma ideia do que ele iria falar,mas preferiu esperar para ele se expressar.

-Nós falamos muito do passado e esquecemos do presente.Como a situação aqui no Laboratório.

-Nós podemos deixar quieto aqui...ninguém precisa saber.

-Seria a melhor estratégia no momento...mas se você não quiser, nós podemos...

-Griss.Eu não ligo pra isso.Nós dois somos pessoas muito privadas...e só estamos começando.Não precisamos de ninguém se intrometendo agora.

Gil sorriu para Sara e pensou que não podia existir ninguém no mundo mais feito para ele do que ela.Pegou a mão de Sara e deu um beijo em sua palma,pois era o único gesto de afeição que se permitiria fazer no trabalho.E ele precisava estar mais perto dela.

-Quando posso te ver novamente?

-Podemos fazer algo no sábado...não vou trabalhar esse fim de semana.

-Então está combinado.

Sara sorriu e se levantou.Mais um segundo ali e ela se jogaria para cima dele,sabendo que agora ela podia.

-Mal posso esperar Griss.

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As semanas passaram rápido para os Grissom e logo foi estabelecida uma rotina.Quando Gil chegava do trabalho,pela parte da manhã,fazia um café da manhã e tomava com o filho.Só quando Mathew ia pra escola é que Gil dormia.O garoto retornava das aulas as segundas,quartas e sextas as 15:30.Terças e quintas ele freqüentava a oficina de arte da escola,só chegando em casa no horário do jantar.Como eles não passavam muito tempo juntos pela tarde,Gil fazia questão de conversar com ele enquanto jantavam juntos.Ele não queria ser aquele tipo de pai que não sabe nada do filho (bom,não mais ).

Tal esquema dava um tempo para Gil curtir sua mais recente relação com Sara,quando o filho não estava em casa.O casal ainda achava cedo para contar a Mathew essa novidade deles, e por isso eles não podiam se ver mais do que isso. Mas para um homem solitário como Gil,ele estava até no lucro!

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Terça-feira na escola:

Tudo corria na medida na vida de Mathew.Porém,a marca de um mês de aula,Mathew encontrou seu primeiro percalço na vida acadêmica do garoto.Tendo feito um dos testes mais difíceis de física da sua vida,o resultado não  fora o esperado.Ele conseguira um 5,configurando uma das melhores notas da turma.Ainda bem que o pai provavelmente não estaria em casa quando chegasse.Estava puxando um turno dobrado no trabalho e Mathew conseguiria esconder a nota horrível que tirou.

A única nota acima da média fora a de Lindsay, e Mathew foi cumprimentá-la por tal feito.

-Parabéns ,Linds!Você não me disse que era fera em física antes.

-Que nada.Eu só tive uma ótima professora.

-Então acho que não estamos assistindo a mesma aula.Essa mulher não sabe ensinar nada e ainda cobra um teste digno de faculdade!

A garota riu e balançou a cabeça loira.

-Não estou falando dessa aula de física,cabeção!Se eu não tivesse procurado ajuda por fora nem um 5 teria tirado.

-Então como você fez a mágica dos 9 aí?

-Nah,que mágica nada.Eu pedi pra uma amiga da mamãe me ajudar a estudar.Talvez você a conheça.Sara Sidle.

Ah, se Mathew não a conhecia!Foi só o nome dela sair da boca da garota para o jovem sentir um frio na barriga.Fazia um tempo que ele pensava em formas de voltar a ter contato com ela,e não encontrava um jeito. Fora um telefonema dele para agradecer por Sara ter cumprido a promessa feita no dia em que ele fugiu do laboratório,eles nunca mais se falaram.Lindsay,sem saber,podia ter dado o empurrão que faltava para o garoto conseguir reatar um convívio com Sara.

-Sim eu conheço- ele respondeu depois de um tempo- Mas não sabia que ela dava aulas  particulares.

-Ela geralmente não dá.Mas ela abriu uma exceção para mim.Filha de uma superiora dela,sabe como é...

-Sei...e quanto é que ela cobra.

-Nada.Ela diz que adora voltar pra esse mundo acadêmico.Ajudar os vivos de vez em quando...ela até me fez gostar um pouco de física.

-E ela ensina bem?

-Claro! Você ia pensar que os nossos professores deviam ter gosto de ensinar como ela tem...com a nota preta que ganham...e também tem o fato de que ela é graduada de Harvard...se isso não bastar como currículo não sei o que basta.

Mathew não falou,mas estava certo de que ele já fora vendido só pelo fato de ser Sara.Ele não entendia o porquê de ter ficado tão mexido por uma mulher mais velha,que acabara de conhecer.E tão pouco sabia o que fazer com esses sentimentos.Ele nunca se sentira tão...tão...apaixonado? Não, isso não podia ser.Não era certo o primeiro amor da vida de um garoto ter 15 anos de diferença dele.

Mathew teria que tirar essa história a limpo,e o primeiro passo para fazê-lo era juntar mais evidencias.Evidencias que comprovariam se aquela mulher o enfeitiçara ou se foi só coisa do momento.Foi ai que um plano infalível se formou na cabeça do pequeno Grissom.E o primeiro passo do plano era arrumar umas aulas de apoio com uma certa professora de física.

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Terça-feira pela manhã no laboratório de criminalística

Gil Grissom estava muito cansado.Acabara de sair de um turno duplo do trabalho.Ele tivera muita sorte até agora em evitar dobrar os turnos para ficar mais tempo com o filho,mas a sorte dele nunca ficava por muito tempo.Não via o filho fazia quase dois dias.Se sua mãe soubesse que Mathew estava se alimentando de miojo,mandaria caçarem sua cabeça.Além disso,não teve mais tempo de se encontrar com Sara.Ele precisava desesperadamente de um tempo para descansar.

Grissom fez uma última ronda no laboratório e, vendo que não havia mais nada o que fazer,mandou todos os seus csi’s para casa.Ele queria muito fazer o mesmo,mas lembrando do tamanho da papelada que tinha na mesa dele,resolveu ler ao menos os documentos mais importantes antes de sair.

Foi em seu escritório que Sara o encontrou,de cabeça baixa assinando alguns documentos.Ela parou e ficou olhando para ele da porta,com um sorriso no rosto.Sem fazer nada esse homem fazia seu coração pular.Seria até ridículo se ela não tivesse certeza de que era amor o que sentia.E Sara teria ficado mais um tempo observando se Gil não tivesse levantado a cabeça e chamado sua atenção:

-Sara,achei que você já tivesse ido embora.-o homem disse,feliz por ver a amada ali.

A perita resolveu entrar mais na sala, e falou com a voz baixa

-Eu já estava de saída,mas aí vi a luz do seu escritório acesa.Resolvi passar aqui para ver se você queria tomar um café ou algo assim...-espero que não tenha sido sugestiva demais essa última fala!

Gil sorriu,pensando que um algo a mais seria perfeito.Sara ,percebendo que realmente Gil achou a fala sugestiva,tratou logo de se defender atacando:

-Gil Grissom,nem me venha de novo com essa mente poluída!

-Ah,Sara, assim você tira toda a graça da situação.-o homem falou,uma expressão fingida de tristeza no rosto.

Agora Sara já estava em frente da mesa dele,as mãos apoiadas nela

-Bom,que pena que você pensa assim.Eu tinha uma boa ideia para uma manhã romântica,mas já que você disse isso.- ela terminou essa frase com o rosto bem colado no dele.

Grissom estava totalmente vidrado na mulher a sua frente agora,quase a puxando para cima da mesa e fazendo amor com ela ali mesmo.

-Sar,não diga essas coisas aqui...você não sabe o que isso faz comigo.

Sara se afastou dela,com um sorriso no rosto,pensando que tinha esse homem bem onde queria.

-Bom,então você vem ou vai me fazer tomar café sozinha?

-Não mais,Sara.Faça o seguinte,hoje Matt fica até tarde na escola.Vá pra casa que eu já passo lá,ok?

-Estou te esperando então.Até mais.

Grissom não podia ter dirigido mais rápido do laboratório até a casa de Sara.Ele pensara em passar em casa primeiro e tomar um banho,mas lembrando que ainda tinha um conjunto limpo no armário do vestiário, usou o chuveiro do lab e partiu.

Assim que tocou a campainha do apartamento de Sara a morena atendeu.Gil de um beijo nela e passou pela porta.Era impressionante como ele já estava acostumado em entrar no espaço de outra pessoa assim,sem nem pedir licença, sabendo que era bem recebido.E isso porque não fazia nem um mês que ele deixou realmente Sara entrar em sua vida.Uma pessoa tão reservada quanto Grissom ainda devia estar ao menos um pouco tímido na relação.

-Você chegou rápido.Ainda não preparei nada.-disse Sara ao fechar a porta.

-Tudo bem,eu não estou realmente com fome- dizendo isso ele sentou-se no sofá e bateu com a mão do lado dele,chamando Sara para seu lado.

A garota se sentou perto dele com o corpo virado para Grissom .Vendo como ele ainda estava com o espírito brincalhão de mais cedo,resolveu mexer com ele mais um pouco:

-Então por que você chegou tão rápido aqui?

-Pra isso...

Gil tentou beijar-la mas Sara jogou o corpo para trás,escapando por pouco dos lábios dele:

-E se eu disser que eu realmente estou com fome,Griss?

-Então eu te digo para levantar daqui e ir fazer esse lanche que me prometeu -Ele já tinha se aproximado novamente dela,seu corpo quase que deitando sobre o dela- Até ofereço uma ajuda para esse processo andar mais rápido.

-Sério?- ela colocara as mãos no peito de Gil,como se queria afastá-lo

-Aham...mas eu vou precisar de um pagamento,afinal,eu sou o convidado aqui.

-E qual seria o seu preço?

Gil respondeu com um beijo,pegando Sara de surpresa.Ela ,porém,não demorou a responder, e logo os dois estavam envolvidos demais um no outro para pensar em algo mais.

Apesar de estarem juntos faz quase um mês e se conhecerem a anos,nenhum dos dois havia tentado nem falar,quanto mais pensar, em sexo. Sara pensava que já que sendo Gil a parte mais insegura da relação,ela devia esperar algum sinal dele,mostrando que estava pronto.Já Gil,sendo um cavaleiro,acreditava que era dever de todo homem mostrar para a mulher de seu interesse que ela era especial e não só um meio para satisfazer suas necessidades.Além do mais,ele já tinha machucado tanto essa mulher que para Gil era mais do que necessário cortejá-la, mimá-la.Ele queria mostrar que o que importava era o que ela precisava,não o que ele queria.

E Gil estava indo muito bem até aquele ponto.Embora não tivesse levado sua amada para um restaurante caro,ele tinha se mostrado o último romântico naquelas terças e quintas maravilhosas em que se encontravam na sua casa ou na dela.Sempre que a situação fugia do controle,ele era muito bom em retomar as rédeas da situação e diminuir o ritmo,pois nunca era o momento certo.

Porém, hoje parecia impossível de se controlar.Sara estava tão deliciosamente irresistível por debaixo dele.Seus lábios tão suaves,tão quentes,respondiam a todo o toque dos dele.Suas mãos,que antes sempre passavam perto,mas nunca encostavam nas partes em que Sara mais as queria,hoje estavam decididas a conhecer toda aquela área antes proibida.Uma delas havia encontrado o caminho por debaixo da blusa dela e chegara perto demais dos seios dela,enquanto a outra já se encontrava acariciando a bunda dela.Sara então parou de beijá-lo para levar seus lábios até o pescoço do homem.Dali foi até mais em cima, para brincar com o lóbulo da orelha dele.

A partir daí,Gil não agüentou.Com um gemido,a mão dele que estava mais embaixo trouxe o corpo da garota para encontrar-se com o seu.Sara abriu mais as pernas para melhor acomodá-lo entre elas e Gil,querendo aliviar a pressão que sentia,pressionou sua ereção contra ela.Dessa vez,Sara parou o que estava fazendo e soltou um gemido,que coincidiu com o de Gil.

-Querida...-ele disse, quase sem fôlego,dando pequenos beijos no rosto e no pescoço dela-eu preciso de você...

-Hummm,Gil..- ela pegou o rosto dele entre as mãos dela e disse- Você me tem toda pra você.

Gil sorriu e beijou-a ardentemente,depois se levantou e,puxando Sara pela mão,os dois se dirigiram até o quarto dela para finalmente darem um ao outro o que queriam desde aqueles dias de São Francisco.   


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